Dead Life escrita por melisica


Capítulo 8
Hands Stained Red From The Times That I've Killed


Notas iniciais do capítulo

Olha só, voltei rapidinho né? Pois é, mais um cap aqui!
Beijinhos :)



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O ódio me corroia, me queimava, fazia com que tivesse pensamentos horríveis sobre eles, agora juntos. O ódio era tanto que chegava a me dar uma vontade absurda de matá-lo e arquitetar planos de morte a ele. Como pude ser tão estúpido de novo? Como pude deixá-la ir assim? Maldito o dia em que nós o conhecemos, maldito dia que fomos naquela festa filha da puta. 

Estava no jardim dos fundos da casa de Caleb, sozinho. Era sábado de manhã e ele saíra. Eu fumava nervosamente enquanto pensava. Agora tudo se ligava. Os telefonemas estranhos e constantes da tal "Natalie", as flores, o dia em que o Gerard estava em casa quando eu voltei mais cedo... Tudo fazia sentido. Talvez eu estivesse cego e apaixonado demais para enxergar. Acendi mais um cigarro, mas eles já não estavam adiantando. Olhei para meu casaco e elas ainda estavam lá. Eu não podia me entregar aos comprimidos novamente... Mas só por hoje. 

Levantei-me e peguei o saquinho dentro do casaco. Lá elas estavam, mas na mesma hora, a voz de Caleb veio-me a memória. "Se você pensa que se drogar vai ajudar em alguma coisa Frank, está muito enganado. Não adianta fugir!". Mas elas pareciam tão convidativas...

Os problemas se foram. Tudo parecia ser tão tranquilo, a vida era tão calma, tudo era tão perfeito. Pensei em Amy junto a Gerard e não doeu, ao contrário, foi engraçado. Engraçado, sim, engraçadíssimo. Danem-se eles. Dane-se o mundo. Porque, agora, eu estava livre! Livre!

Acordei no dia seguinte com a luz do sol invadindo minhas pálpebras. Eu dormira no jardim, ou melhor, eu apagara no jardim, e Caleb provavelmente me encontrara jogado no chão e me colocara em minha cama. Ainda estava com a roupa do dia anterior e estava atrasado! Não, não estava... Era sábado. Finais de semana eram o meu alívio e o meu martírio. Eram nos finais de semana que percebia o quanto a presença de Amy me fazia falta. Senti um vazio tão grande em meu peito, uma ferida aberta, que sangrava e me corroia por dentro. Olhei o relógio do meu celular e este marcava que eram oito e trinta e três, estava cedo. Podia voltar a dormir, mas como sabia que não conseguiria, resolvi dar uma caminhada. Longas caminhadas sempre faziam com que eu pensasse melhor, refletisse sobre os prós e contras de certas ações e atitudes que eu devia ou pretendia tomar. Caminhar me fazia parar para pensar que rumo tomar na minha vida. 

Depois de escovar os dentes e lavar o rosto, vesti-me, coloquei um jeans velho, uma camiseta branca, um moletom e um all star, ambos pretos. Peguei meu maço de cigarros e saí. Era uma manhã fria, onde o sol batia preguiçosamente contra as árvores. Apesar de fazer sol, havia um vento gelado cortante. Caminhei sem rumo, sem saber para onde minhas pernas me levavam, mas quando me dei conta, estava perto de uma praça que havia próximo do apartamento onde eu e Amy morávamos. 

Sentei-me em um dos balanços. O balanço onde já me sentara várias e várias vezes com Amy. Mas que droga, não havia sequer uma coisa que eu fazia sem não me lembrar de Amy? Qualquer coisa que eu fazia me trazia saudades, memórias, recordações do momentos mágicos que se foram. Era incrível a intensidade com que a depressão me atingiu novamente, como eu estava depressivo novamente. Permaneci lá, balançando devagar, sem tirar os pés do chão, de olhos fechados e fumando não sei por quanto tempo, até que me veio sons de risadas, risadas felizes, risadas tão... 

- Frank?! 

Olhei em direção a voz que chamara e era Gerard junto de Amy. Eu sabia que aquela risada idiota não me era estranha...

- Frank, o que você faz aqui? - perguntou ela, espantada. 

Reparei que os dois estavam de mãos dadas e me doeu muito, quase morri de ciúmes. 

- Ah... Nada não. Gosto de tomar um ar quando estou entediado - traguei. - Algo tão bizarro assim?

- Na verdade, não - ela negou. - Só achei estranho de te achar aqui. Você não costuma acordar cedo - disse ela, rindo meigamente para mim. 

- É verdade - sorri sem vontade, concordando. 

- Bom, acho que já vamos indo - Gerard falou sorrindo para mim. 

- É, foi bom te ver, Frank - Amy concordou. 

- É, digo o mesmo pra vocês... - mais uma mentira e era capaz do meu nariz crescer de verdade. 

Eles se foram e me largaram novamente sozinho, imerso em meus pensamentos. Ver Gerard só me fez descobrir e aflorar meu lado perverso, meu lado criminoso, maldoso, frio e capaz de matar. Comecei a imaginar planos e mais planos de como tornar a vida dele um inferno. 

xxx

Quarta-feira, de manhã, eu estava digitando uns relatórios no computador quando Ray apareceu com várias pastas nos braços e bateu a mão na minha mesa. 

- Frank, reunião imprevista, na sala do Caleb, daqui a quinze minutos. 

- Ok Ray, já vou - falei sem desviar minha atenção do que já estava fazendo. Dez minutos depois, fui ao banheiro lavar meu rosto e logo após isso, fui para a sala do Caleb. 

- Bom dia, Frank, por favor, sente-se - era incrível como ele podia ser formal em horário de trabalho. Sentei-me de acordo como ele pedira. - Bom, eu sei que vocês devem estar achando estranha essa reunião, mas é que aconteceu algo imprevisto. 

Todos olharam curiosos uns para os outros. 

- Bem... - disse Caleb, continuando. - Nesta manhã, o presidente decidiu fechar um contrato que promete dar certo - sorriu e percebi que todos estavam ansiosos por saber. - Como é de costume, estou passando as informações a vocês. 

- Mas de quem estamos falando? - perguntou Tony, o gerente de marketing. - Quer dizer, ninguém estava comentando sobre contratações... 

- De Gerard Way, o cara que faz o Umbrella Academy - sorriu e entregou um maço de folhas para cada funcionário.

Pensei não ter ouvido direito. Será que eu estava louco e ouvira dizer que nós, da Dark Horse Comics, havíamos feito um contrato com o Gerard Babaca Way? Não podia ser verdade, só podia ser brincadeira. 

- Mas o que é isso?! - disse, exaltando-me. 

- O que é isso o quê, Frank? - perguntou Caleb. 

- Você fechou contrato com esse insolente?! 

- Marcarei outra reunião para maiores detalhes, podem ir - ele disse, dirigindo-se aos outros do grupo. - Quero que você fique, Frank, precisamos conversar.

Todos saíram da sala. Ficaram apenas Caleb e eu. O silêncio caiu sobre nós. Estava muito nervoso irritado, senti-me traído. Comecei a conversa. 

- Você não comentou nada sobre esse contrato, Caleb! - reclamei. - Uma contratação não acontece sem que ocorra alguns boatos, burburinhos. Não foi nem comentado que a editora estava analisando as histórias dele... Menos ainda sobre ele ser contratado! 

- Desculpe, Frank, mas eu também sou subordinado. O filho do presidente da editora leu os rascunhos e amou a história e então o pai dele resolveu fechar contrato direto com o Gerard - deu de ombros. - Eu não posso fazer nada Frank. Eu fiquei sabendo na segunda, mas já que você ainda estava sofrendo demais com o lance da Amy, resolvi ter certeza do fechamento do contrato para depois te avisar. Por favor, entenda.

- Entender, Caleb?! - quase gritei. - Como você quer que eu entenda? Você sabe o que aconteceu! 

- Sei, mas também recebo ordens, temos que ser profissionais, Frank - ele explicou. - Eu sei que é difícil te pedir isso, mas, por favor, você terá que trabalhar com ele. 

Fiquei quieto, não havia o que responder. Na hora, sentia tanta raiva de Caleb, que estava quase quebrando o copo de água na cabeça dele. 

- Desculpe, Frank - disse ele, depois de ver que eu não responderia. - Mas isto não é uma opção. Espero que você seja profissional porque já está marcada uma reunião com ele na sexta. Quero que tudo corra bem - e terminado o que disse, ele se retirou.

Dois dias depois, como Followill avisara, houve a maldira reunião com Gerard, na qual, Mikey o acompanhou. A reunião estava marcada para as dez da manhã, e as dez para dez, eu, Caleb, Ray, Nathan estávamos na sala, à espera deles. Como era uma reunião formal, com a presença do presidente e tudo, todos nós estávamos vestidos socialmente. Odiava vestir-me daquele jeito... Aqueles ternos quentes, as gravatas lhe sufocando e os sapatos nada confortáveis... 

- Frank, eles estão entrando - Caleb disse baixinho - Por favor, comporte-se. 

- Sim, papai - fiz uma voz infantil, cínico. 

A secretária abriu a porta para que eles entrassem. Todos eles estavam bem vestidos. Gerard foi o primeiro a entrar. Estava bem vestido, muito bonito por sinal. "Como você é idiota, Frank!". Ele entrou confiante na sala. Percebi que ele me olhou de uma forma cínica, com um sorriso nos lábios. Veio e cumprimentou Caleb calorosamente, logo em seguida me cumprimentou secamente, como se nunca tivesse me visto antes e depois cumprimentou os outros presentes na sala de forma neutra. 

Vi Mikey, pelo menos alguma coisa boa aconteceu. Ele também estava tão bonito. Quando ele me viu, deu um sorriso lindo, que fez meu coração, por alguns instantes, se alegrar. 

Sentamo-nos à mesa e começamos a velha ladainha de sempre. Não participei muito. Só respondia quando Caleb ou o presidente perguntavam, apenas anotava tudo. Gerard fingiu me ignorar. Melhor assim. 

- Bom, então creio que estamos combinados, rapazes? - disse o presidente. 

- Claro - falou Gerard, parecendo satisfeito. 

- Ótimo! - o presidente exclamou. - Então vou pedir pra minha secretária fazer o contrato para você assinar.

- Perfeito - ele sorriu. 

- Enquanto isso, não gostariam de conhecer a editora? - ele sugeriu e os dois pareceram se animar com a idéia. - Ótimo - disse. - Frank poderá mostrar a vocês. 

Olhei para Caleb, assustado. Ele apenas olhou para mim e sorriu; um sorriso de "Vamos, só mais um pouquinho". Suspirei, resignado àquela tarefa chata.

- Claro - disse eu seriamente. - Se quiserem me acompanhar... - então eles se levantaram e seguiram-me. 

Mikey foi o que conversou comigo, sem dúvida, ele era uma pessoa maravilhosa. 

- E, aqui, é o estúdio de desenho digital e coloração - disse, mostrando para eles. 

- Nunca estive em um estúdio profissional antes - disse Gerard, parecendo maravilhado. 

Ele virou-se e olhou para mim, sorrindo. Seus olhos brilhavam de paixão e deu para notar que aquele tipo de arte era muito importante para ele. Por um instante, todo o ódio que eu sentia dele desapareceu. Ele não deveria ser uma má pessoa, a não ser pelo fato de que me tirou Amy. A visita ocorreu como esperada. Consegui me controlar, e os dois pareceram satisfeitos e felizes quando Gerard finalmente assinou o contrato com a editora. Por hora, a missão estava cumprida.

Pelo fato de estarmos fazendo documentação de contrato e vendo o que precisaríamos para fazer para o mais breve possível lançamento dos comics, o dia foi muito cansativo. Nem ao menos tive tempo para almoçar direito e saí bem mais tarde do que previra. Caleb era muito dedicado e resolveu ficar mais um tempo no estúdio para dar alguns telefonemas e resolver alguns outros detalhes. Mas ainda faltava muito que fazer. Followill disse que eu poderia ir porque eu parecia mesmo estar tão cansado quanto dizia. Como eu não tinha carro e automaticamente recusei a carona de Caleb, resolvi pegar um táxi para ir para casa. Saí da editora e fazia frio. Uma brisa gelada passou por mim, fazendo-me arrepiar. Caminhei em direção à calçada e vi que havia uma pessoa nela, parada, encostada no poste de luz. 

- Gerard?! 

- Oi - ele sorriu com as mãos nos bolsos da jaqueta. 

O que ele estaria fazendo ali à uma hora dessas? 

- Nossa Frank, como você demorou pra sair... - disse ele, rindo meigamente. Falso! 

- É, tive que trabalhar mais do que o esperado por causa do seu contrato inesperado - dei ênfase ao "seu" da frase. 

- Mas mesmo assim, eu te esperei. 

- Esperou? - eu perguntei, olhando cinicamente para ele. 

- Esperei - disse, dando um sorriso zombeteiro. Como aquilo me irritava.

- E esperou pra quê?! - franzi o cenho. - Eu achava que você tinha mais o que fazer.

- Talvez... Mas eu tinha que falar com você. 

- Você já está falando - falei e ele riu. 

- Como você é cínico Iero. 

- E como você me irrita Way. 

- Olha só como você fala com o seu novo cliente! - ele falou rindo e apontou o dedo indicador no meu rosto. 

- Pois é, mas você é o meu cliente dessa porta pra dentro - eu disse, apontando para a porta da editora - Agora, não me venha querer fazer chantagem, ok?

- Além de cínico é irritadinho. 

- Acho que tenho os meus motivos - rolei os olhos. 

- E é por isso que eu vim aqui hoje. 

- Pra quê? 

- Te pedir desculpas... - disse ele, sussurrando e chegando mais perto. 

- Desculpas? - cruzei os braços. - Acho que é tarde demais - eu falei olhando para baixo, para que ele não percebesse o quanto sentia com isso tudo. 

- Mas, mesmo assim, sinto muito. 

- Por que você não para com isso? - eu disse sentindo lágrimas começarem a se formarem em meus olhos. - Desculpas não vão fazer as coisas voltarem a ser o que eram antes. 

Ele viu que eu estava prestes a chorar enquanto eu desviava meu olhar de seu rosto a todo custo. Eu apenas olhava para o asfalto, para o chão. Gerard pareceu perceber que eu o evitava e veio tentar me abraçar. 

- Não! - eu disse, empurrando-o. - Me deixa em paz! - mas ele foi mais forte, me puxou e abraçou-me. 

Carinhosamente, colocou sua mão em meus cabelos e começou afagá-los. Aquilo pareceu ter feito minha vontade de chorar ainda maior. Não sei quanto tempo fiquei ali, abraçado à ele. Eu o odiava, mas me sentia seguro nos braços dele. "O que você pensa que está fazendo Frank?!" Separei-me dele. 

- O que você pensa que está fazendo, Gerard? - disse, olhando-o nos olhos pela primeira vez, mostrando toda a minha fraqueza. 

- Te consolando...?

- Me consolando por algo que você me roubou? 

- Não se roubam pessoas, Frank - ele falou sério. 

- Eu te odeio - disse, olhando nos olhos dele e chorando mais ainda. 

- Eu sei... - sussurrou abraçando-me de novo e por mais idiota que pareça, aceitei de novo seu abraço. - Vamos, eu vou te levar pra casa - disse ele, abraçando-me de lado, fazendo com que caminhássemos lado a lado. 

Não respondi, simplesmente o deixei me guiar. Olhava para baixo, sem entender o que eu acabara de falar ou fazer. Pegamos um táxi e fomos para casa de Caleb. Não conversamos nada durante o trajeto de volta, apenas ficamos abraçados. E quando chegamos à casa de Followill, Gerard acompanhou-me até a porta. Eu olhava fixamente para o chão quando disse: 

- Obrigado por ter me trazido. 

Então, ele levantou meu queixo e respondeu: 

- Por nada. 

Vi que ele se aproximou um pouco de mim e me deu um beijo suave nos lábios. Eu fiquei parado. Não o rejeitei nem o aceitei. Ele se distanciou e olhou em meus olhos. Vi que seus olhos fitavam fixamente os meus. Depois, passaram para o nariz e ficaram lá, fitando meus lábios. 

- Frank... - disse ele, olhando ainda fixamente para minha boca.

- O quê? 

- O que você diria se eu dissesse que eu quero te beijar?

- Eu diria que você é um idiota - falei convicto e ele riu.

- E o que você faria se eu te beijasse? 

- Eu te odiaria mais do que odeio agora.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos. Logo em seguida, olhando em meus olhos, disse:

- Acho que vale a pena o risco. 

Não tive nem tempo de pensar no que aquela resposta queria dizer. Gerard me puxou bruscamente ao encontro de seus braços, prendendo-me e beijou avidamente minha boca. Beijou com rudeza, sem se importar o que eu sentia ou se eu queria. Ele beijava com tanta ansiedade, com tanto desejo, que foi difícil não entregar-me. Gerard encostou-me na parede e me beijou mais e mais. Sugava minha língua e mordia meus lábios. Aquele beijo parecia me trazer vida. Mas de repente, me dei conta. Ele estava com Amy, a fez me largar, e agora estava ali, me beijando? 

Me beijando. 

Empurrei-o, espalmando com as duas mãos em seu peito. Ele se afastou um pouco e me encarou. Estávamos ofegantes por causa daquele beijo estonteante. 

- Você é um idiota! 

- O quê?! - disse ele, fazendo cara de surpreso. 

- É isso mesmo! Quem você pensa que é, hein? Você não vale nada! Vai embora daqui! - falei, destrancando e abrindo a porta da casa de Caleb.

- Você é maluco? 

- Não! - gritei. - Simplesmente te odeio! E se você acha que as coisas acontecem assim, meu querido, você está muito enganado. Agora me deixa em paz! 

- Você é louco! - disse ele, também se exaltando. - Você me odeia, mas já reparou que adora os meus beijos? - ele perguntou, fazendo aquela cara de cínico. 

- Seus beijos? - perguntei cínico destrancando a porta e entrando. - Faça-me o favor!

- Por que você está falando isso? - disse ele, entrando para dentro da casa comigo e prendendo-me em torno de seus braços.

- Me larga! - comecei a dar tapas em qualquer área que pude alcançar de seu corpo. 

Mais uma vez, Gerard me prendeu na parede. Eu me debatia e o xingava de tudo quanto era nome, mas ele não me soltava. Até que ele me segurou os braços e com a outra mão pegou no meu queixo, fazendo com que nos fitássemos. Ele olhou no fundo dos meus olhos. Eu estava ofegante e ele me veio com outro beijo, um beijo mais ousado. Beijava meus lábios com volúpia e acariciava minha cintura e minha nuca com rudeza. E tão rapidamente quanto ele me beijou, ele se afastou de mim, começando apenas a roçar seus lábios contra os meus. Aquilo era uma tremenda tentação, era um convite explícito para um próximo beijo. Enquanto ele roçava seus lábios levemente nos meus, eu fui para frente querendo beijá-lo mais uma vez. Só que em vez de Gerard ficar parado e aceitar, ele fugiu do beijo, dando um passo para trás e me largou. 

- Eu sabia que você gostava... - disse, sussurrando em meu ouvido e soltando uma risada de deboche. 

- Sai daqui! - disse eu empurrando ele, roxo de raiva. 

Ele só sorriu, aquele sorriso que eu odiava e que ao mesmo tempo me entorpecia. Virou-se com as mãos nos bolsos e foi embora, sem dar mais explicações. O que eu estava fazendo?! Estava ficando louco, completamente louco. 


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