Gritos da Alma escrita por EPG


Capítulo 6
Capítulo 6




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BPOV

É o ciúme turbador da tranquila paz amorosa! Ele é o punhal que mata a mais firme das esperanças! (Miguel de Cervantes)

_ Porque não me contou que o Dr. Cullen era o meu amigo de infância ? _ Perguntei ao meu pai.

_ Pensei que uma hora ou outra você descobriria por si só. _ Falou saindo do meu quarto.

   Agora eu entendia o porquê de Edward me parecer tão familiar e o motivo de me sentir tão bem em sua presença, ele sempre teve esse poder de me acalmar quando estava nervosa, de fazer brotar um sorriso nos meus lábios quando minha vontade era chorar e sabia exatamente o momento certo de me abraçar, era como se ele pudesse ler a minha mente.

    Batidas na porta me trouxe de volta de meus devaneios.

_ Entre. _ Gritei.

_ Te acordei ? _ Minha mãe perguntou.

_ Não.

_ Tenho algumas coisas aqui para você. _ Ela disse me entregando uma maleta que imediatamente conheci, era meu notebook e uma mochila bem pesada e saiu logo em seguida.

    Coloquei os objetos sobre minha cama e passei longos minutos só olhando, com suspiro de resignação abri minha velha mochila, presente de meu pai quando eu ainda era adolescente e ali havia vários livros, tirei-os um a um lembrando que em uma época distante eu amava lê-los, alguns estavam lacrados. Por ultimo abri a maleta de meu computador, sabia que ali havia muitas recordações, mas não desisti tirei-o e imediatamente apertei o botão iniciar, meu coração bateu em um ritmo louco quando a proteção de tela apareceu.

    Todas as minhas forças se esvaiu e tudo que eu queria ao ver sua imagem em minha frente era estar em seus braços. Gostava desta foto dele em especial porque era do tempo em que namorávamos e éramos felizes. As malditas lagrimas caiam em minha face nublando meus olhos, limpei-as com ódio de minha fraqueza, minha vontade era sumir, eu queria poder fechar os olhos e simplesmente acordar em um lugar onde a dor não existisse, mas infelizmente isso é o mundo real e tenho que passar por isso, com este pensamento conectei meu modem e entrei em meu e-mail, me assustei com a quantidade de mensagens, a maioria eram de Jacob. Fechei minhas mãos em punho e o amaldiçoei com toda minha ira.

_ Como você faz isso comigo, mesmo depois de todo mal que me causou. _ Murmurei ao ler um dos e-mails cheio de declarações de amor.

   Era sempre a mesma coisa, todas as vezes que brigávamos, ele me mandava um milhão de mensagens. Li todas não me surpreendendo em nada pois era a mesma ladainha de sempre, mas a ultima tocou em cheio meu coração, ele enviou um vídeo com imagens nossas juntos e em quanto cada imagem mudava, a musica “I never told you” de Colbie Caillat entrava em meus ouvidos mexendo comigo de uma forma inexplicável.

Eu sinto falta desses olhos azuis

De como você me beijava de noite

Eu sinto falta de como a gente dormia

Como se não houvesse nascer do sol

Como o gosto do seu sorriso

Eu sinto falta de como a gente respirava

Mas eu nunca te disse

O que eu devia ter dito

Não, eu nunca te disse

Eu simplesmente segurei dentro de mim

E agora

Eu sinto falta de tudo sobre você

Não acredito que eu ainda te quero

E depois de tudo o que a gente passou

Eu sinto falta de tudo em você.

http://www.vagalume.com.br/colbie-caillat/i-never-told-you-traducao.html#ixzz1RZ0y9Sw5

Se eu estivesse em Nova York neste exato momento eu estaria correndo de volta para os braços dele, mas eu não estava e ao mesmo tempo que agradecia, meu coração sangrava e em um surto de dor gritei com todas as forças de meus pulmões fechando violentamente a tampa do Notebook.

    Em segundos braços me envolveram e desabei em um pranto doloroso, cada soluço era como milhões de agulhas sendo enfiadas em meu coração.

_ Estou aqui minha filha. _ Papai disse simplesmente.

   Atraves de minhas lágrimas podia ver minha mãe sendo abraçada pelo seu marido, ela nunca poderia fazer o que Charlie fazia por mim nestes momentos de desespero e me assustei ao perceber que eram muitas as magoas que eu tinha de Renée.

   Cansada logo adormeci nos braços protetores de meu pai e ao senti-lo se retirando agarrei sua camisa de pijama com todas as forças, não queria que ele fosse.

_ Fique aqui esta noite. _ Falei meio exaltada.

_ se acalme meu anjo, não sairei de seu lado.

_ Promete.

_ Eu prometo. _ Ele disse apertando ainda mais seus braços em torno de mim.

   Acordei na manhã de domingo com meu corpo todo dolorido, abrir os olhos e os fechei imediatamente eles doíam muito, meus planos eram passar o dia na cama curtindo minha depressão, mas os barulhos violentos de meu estomago me fez mudar de ideia.

   Levantei-me sentando na cama e corajosamente abri os olhos me surpreendendo ao ver quem eu menos esperava observando-me com um olhar indecifrável.


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Notas finais do capítulo

Obrigada minhas amadas leitoras pelos reviews deixados, amei cada comentário!



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