There Is no Love Here Inside escrita por Miss Volturi, Louise Borac


Capítulo 3
Capítulo 2 - Impossível


Notas iniciais do capítulo

EBBBAA, meu primeiro capítulo *------*Espero que gostem! Betado pela Bella.Banner feito por ela também (ele ta lindo, não ta gente? *-*)



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Andamos alguns minutos até chegar à casa de Bree. Eu só havia vindo aqui uma vez e o lugar ainda me assustava. Todas as casas estavam caindo aos pedaços, caras carrancudos cheios de tatuagens andavam com prostitutas para lá e pra cá, sempre olhando para mim maliciosamente e para Alex com raiva, como se ele fosse um desgraçado por “me ter” ao invés deles. Mas não era só isso. Mulheres varriam a porta de suas casas tentando tirar cacos de vidro ou machas de sangue de suas portas, enquanto crianças magérrimas brincavam com uma bola furada, na falta de um brinquedo melhor. Agarrei-me ao braço de Alex, pouco me importando no que ele iria falar depois, eu estava com muito medo, tinha me esquecido de como esse lugar era horrível.

- Esse lugar me dá medo – Sussurrei para Alex, que concordou com a cabeça.

- Você sabe onde fica a casa da Bree, pelo menos? – Perguntou ele, olhando para os lados. Assenti. Corremos até o nº 36, a casa da Bree, querendo achar um lugar “seguro” para ficar.

Aquela casa era uma das piores, cheirava a álcool, urina e a outra coisa que não consegui identificar.

- Esse lugar cheira a maconha – Disse Alex, tampando o nariz com a manga de seu casaco.

- Como você sabe que é maconha, muleque? Já cheirou por acaso?

- Meu tio é policial, senhorita Kimball – Falou irritado – Já senti esse cheiro na delegacia onde ele trabalha, é igualzinho. Vamos bater de uma vez e pegar sua amiguinha.

- Ela tem um nome e se chama Bree!

- Tanto faz, bate logo vai Nina – Obedeci. Puxei a manda do casaco que eu usava até a minha mão, não querendo tocar naquela porta e bati três vezes. Esperamos alguns minutos até que a porta foi aberta. De lá, saiu o velho gordo e fedorento que era o pai da Bree.  Ele nos olhava com raiva, seus olhos estavam vermelhos e inchados, sua blusa estava toda molhada de suor e ele cheirava a aquele cheiro estranho de antes, maconha, ou seja, lá o que aquilo for.

- O que querem?

- Oi senhor Tanner. A Bree está? – Perguntei, ele não respondeu. Sorri nervosa – Não sei se o senhor lembra-se de mim, mas sou Angelina Kimball, sou amiga...

- Claro que me lembro de você! – Exclamou ele – A riquinha que estranha a minha putinha e que fez a fugir de casa!

 - Não chame a Bree de putinha! – Berrei brava, mas me arrependendo logo em seguida, ele podia muito bem ter uma arma aí.

- Espera – Falou Alex – Você disse que a Bree fugiu? Quando? Como?

- Como eu vou saber, muleque? Eu cheguei em casa e ela não estava aqui. E como os dois riquinhos estão atrás dela, suponho que ela não esteja com vocês.

- O senhor não sabe para onde...

- CARALHO, COMO EU VOU SABER, GAROTA? – Gritou ele. - Espero que aquela vadia morra de fome. Para aprender a não me desrespeitar mais e espero também que vocês dois levem um tiro por se atreverem a por o pé na minha casa. Agora, vão embora, antes que eu mesmo acabe com vocês dois.

Alex olhou com raiva para o homem, mas ficou quieto. Puxou-me pelo braço em direção a rua, já que eu não conseguia me mexer, estava ainda tentando absorver essa nova informação. Como assim a Bree havia fugido? Ela tinha muito medo do pai, nunca ousaria “desrespeitá-lo” dessa forma. E porque ela não tinha ido para a minha casa?  Era o lugar mais obvio para ela ir, já que lá ela teria lar e comida garantidos. Parei de pensar nisso por um segundo, me concentrando em correr o mais rápido possível para sair dali o quanto antes. Às vezes, Alex me ajudava já que alem de ser mais rápido, suas pernas eram muito maiores do que as minhas. Corremos por quase dez minutos, mas conseguimos sair de lá.

Andamos até uma lanchonete que havia ali perto para podermos tomar alguma coisa e pensar no que fazer a seguir. Nossa sorte foi que Alex tinha trazido dinheiro, na pressa, tinha me esquecido de pegar minha carteira. Nos sentamos em uma mesa mais afastada.

- O que vão querer? – perguntou a garçonete, uma moça de uns 16 anos que comia Alex com os olhos. Ignorei.

- Uma coca-cola – Disse ele com um sorriso.

- Duas – Completei. Certifiquei-me de que a mulher havia ido embora para começar a falar.

- Acha mesmo que a Bree fugiu? – Perguntei olhando para os lados, sentia que alguém nos observava.

- Você ainda tem duvidas, Baby? Acha que alguém ia querer morar naquele lugar, com aquele homem como pai e não querer fugir? Eu já teria ido embora há muito tempo.

- Tem razão. E não me chame de Baby! Sabe que eu odeio quando você me chama assim.

- Você não parecia nada brava quando de agarrou em mim lá – Corei, mais de raiva do que de vergonha. Estava demorando...

- Porra, eu teria me agarrado a um cão raivoso se ele estivesse do meu lado! E teria sido mais agradável do que te tocar em você!

- Sério? – Perguntou ele vindo para mais perto de mim e encostando nossos lábios. Fiquei em choque por uns momentos, antes de empurrá-lo, fazendo com que caísse da cadeira.

- É isso que eu ganho por te levar naquele lugar? – Perguntou se levantando.

- Sim – Falei indo até a porta brava, mas me virei por um segundo de volta – Isso e um obrigada.

Dizendo isso, comecei andar em direção a minha casa, ainda tinha esperanças de que Bree poderia estar lá.  


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Merecemos reviews?Beijosxoxo