Mona Lisa escrita por Alana5012, YagamiMegumi
Notas iniciais do capítulo
Legenda
Narração: (Ponto de Vista dos Personagens - 1a Pessoa)
Mudança de POV - Point of view (Ponto de vista): ●๋..●๋
Diálogos: - Então por que? Por que nos fazer lutar? Só não consigo descobrir o propósito.
Poesia: "Itálico"
Lembrança: Negrito
●๋•..●๋•
Cartas Perdidas: Parte I
Para Lúcifer - Lembre-se disso...
“Observe ela agora
Curve-se e a encare com admiração
Você não sabe o quanto os traiu
E eu ainda não acredito que tudo começou com uma canção
De alguma forma
Você fez todo mundo de idiota
Sem a máscara onde é que você vai se esconder?
Não consegue encontrar a si mesmo, perdido em sua mentira
Estão todos cansados de sofrer - por você
De alguma forma agora ela é a tola dos tolos
Obscurecendo e confundindo a verdade
Agora ninguém sabe o que real e o que não é
Você faz mesmo parte da realidade?
Prove.
Estão afundando
Estão se torturando
Terão que passar por isso
Só mais um pouco
Está com tanto medo de abrir seus olhos - hipnotizados
Covarde, mentiroso, desgraçado
Os deixe viver sem você - respirar
Antes que eles o tornem o sacrifcio.
Da sua carne irão provar
Assim como você se deliciou com o sangramento deles
Agora aquiete-se e veja.
Observe-os cuspirem em você
E lembre-se que voc adorou cuspir neles
Lembre-se disso..."
Miguel
Quatro dias haviam se passado; eu estava cada vez mais apaixonado por minha Alice. Lucífer desaparecera; suspeito que foi tentar aliar-se a Castiel. Imagine: o suposto Deus e o maldito Diabo! Certamente crê que pode me derrotar. Mas não, não pode; pois agora há um motivo pelo qual não hesitarei em lutar:Mona Lisa. Ao lado dos Winchesters, sei que derrotaremos Lucífer uma vez mais – que seja a última, espero.
- Quando vai contar pra ela? - Deixei meus pensamentos de lado para encarar a figura do loiro sentado a minha frente, que segurava o amuleto entre os dedos como se pudesse absorver a sua essência.
- Não sei, Dean. - Suspiro - Não é tão fácil pra mim...
- Mas ela sabe quem ele é de verdade; uma hora vai descobrir, mais cedo ou mais tarde. – Tinha razão; não podia discordar. Era um argumento bem plausível.
- Entenda: apesar de tudo, ele ainda é nosso irmão. Não iria suportar ver a tristeza em seus olhos quando soubesse que sua existência ao lado dele não passou de uma ilusão: foi tudo uma máscara, outra das mentiras de Lucífer. - Explico, dando o assunto como encerrado. Não gostaria de falar daquilo. Não agora, quando finalmente tenho a oportunidade de dar um fim nisso.
- Toma. - Diz, entregando-me o cordão. Fito-o surpreso - Eu confio em você. Só... Acaba logo com isso, ‘tá bem? - Sorri. Eu assinto.
- Prometo fazer o possível. - Não estou tão certo quanto a minha vitória contra o dragão; entretanto, estou confiante de que o Senhor ficará ao meu lado.
- Sei que vai. Você não é tão chato assim, sabe? - Ele ri. Pela primeira vez desde que toda essa Guerra começara, eu ouvia um elogio de verdade; sim, esta era a forma dele mostrar que gostava de mim.
- Queria que tivesse sido assim desde o começo... - Lamento nossas desavenças do passado.
- É, eu também; sinto muito. - Fala pouco constrangido.
- Depois que isso acabar provavelmente não nos veremos mais; só gostaria que soubesse que aquilo que eu disse sobre o livre-arbítrio... - Não pude concluir a frase, pois fui interrompido.
- Ah, qual é, Miguel, justo agora! - Dean parecia decepcionado e indignado; acho que fui mal interpretado.
- Não, não é isso! - Apresso-me em corrigir o erro - É só que... Talvez eu estivesse errado; vocês mostraram que a Destino nem sempre pode controlar suas vidas.
- É, coitada da bibliotecária... Acho que Castiel ser proclamado o novo Deus não estava nos planos dela; esquece, ela só ‘tava fazendo o trabalho dela. Que nem você.
- Que cena mais adorável! - Bobby acabara de entrar na sala e escuta parte da nossa conversa - Nunca pensei que viveria pra ver isso... Olha só, garoto: parece que seu irmão tem um novo amigo! - Sam e Alice riam. Aquele era um momento feliz; uma recordação que gostaria de guardar como a minha última lembrança, acaso perdesse a Última das Batalhas – Vamos caçar Deus ou não?
- Estamos prontos, Bob. - Eu e o rapaz nos levantamos, prontos para partir. Todos portavam armas: o caçula dos Winchesters trazia o Colt, enquanto Dean portava uma lâmina celeste e um coquetel de molotov, carregado com óleo santo, preparado para enfrentar os anjos, e Singer levava uma pistola, acompanhado de muito sal e água benta; se Lucífer estava realmente ao lado de Castiel, haveriam muitos demônios para tentar nos deter - É isso aí, agora somos nós contra o Céu e o Inferno.
- Precisam de ajuda? - A chegada daquele ser maligno me surpreendeu; nunca pensei que houvesse um demônio sequer que não temesse meu irmão. Até que o Apocalipse teve início e conheci Crowley: o demônio que tentou surrupiar o trono de soberano do Inferno pertencente a Lucífer. Afinal, o que ele queria conosco?! Todos nos colocamos numa posição defensiva; os rapazes erguem as armas e eu puxo minha Mona Lisa pra perto de mim.
- Mas o que? Crowley? Que é que ‘cê ‘tá fazendo aqui? - Assim como todos os presentes, Dean estava possesso; confuso e possesso.
- Ora, pensei em me juntar a vocês! - Disse, como se fosse algo muito evidente.
- Como assim?! - Eu o mirava de cima a baixo, tentando compreender.
- Simples: Lucífer me odeia porque tentei tomar o lugar dele lá embaixo; Cass e eu éramos parceiros nisso tudo, até ele tentar me chutar, eu ir atrás de Raphael, e perder pro cretino; agora ele também odeia. Como podem perceber, de qualquer forma, estou ferrado: por isso aqui estou eu! - Faz sentido: somos os únicos insanos o suficiente para desafiar anjos e demônios.
- Caí fora, BANDEIRINHA! Escuta aqui, eu já perdi a conta de quantas vezes você ferrou a gente, então não me vem falar de encrenca não, por que eu já levei uma surra do Diabo, fui torturado no Inferno, me tornei um dos aprendizes de Alastair, impedi que o fim do mundo começasse antes e posso fazer de novo agora; vê se cala essa boca! - Realmente, a mágoa que nutriam um pelo outro ainda era mútua...
- Ótimo; se acha que pode com eles sozinhos... Mas não esqueçam: eu tenho meus seguidores, conheço uns amigos de Raphael que estão sendo perseguidos como o Miguel aí - Apontou pra mim - e que estão desesperados procurando por um novo líder.
- E pensa que eles te ouviriam? - Pergunto, com desdém.
- Não; mas aposto cem pratas como escutariam você... - Este me sorri presunçoso.
- E o que você ganha com tudo isso? - Tinha certeza de que não fazia aquilo por apreço pelos Winchesters e Singer.
- Não é óbvio? Se Lucífer morrer...
- Você volta a ser o Rei... - Dean completou com um sorriso debochado - Desgraçado!
- É pegar ou largar, amigo. - Eu olho os semblantes ali presentes; Sam dá de ombros, enquanto Bobby e Dean se encaram, receosos.
- Eu confio nele, Miguel. - As palavras de Alice chamaram a minha atenção - Dê outra oportunidade ao Crowley.
- Está bem. - Concordo - Unicamente por ser você quem me pediu... - Ela cora. O demônio revira os olhos.
- Não abusa da sorte não, que você ‘tá marcado. – Dean o mira de cima a baixo, desconfiado - Eu tenho o olho do tigre, cara... - Diz, já afastando-se e rumando em direção a porta.
- Que seja. - Ele retruca com um olhar arrogante - Devo chamar mais convidados para a festa? - Balanço a cabeça, numa afirmação. - Então boa sorte, meu General: seguiremos você.
- Espere. - Dou-lhe uma ordem - Vai cuidar dela. - Alice encara-me sem entender. Me volto para a mesma, murmurando - Entenda que é perigoso; sou o alvo de Lucífer. Não posso permitir que você se machuque por minha causa. - Ela compreende, ainda que seu semblante esteja transbordando aflição - Eu te amo. - Trocamos um beijo. Como da primeira vez, hesitava em me separar dela. Porém, foi necessário: o momento havia chegado. Desfaço o abraço no qual ela envolvera-me; seco uma lágrima que escorre por sua face – Não chore por mim.
- Então me prometa que vai voltar! - Sussurra.
- Essa é uma promessa que não sei se seria capaz de cumprir... - Sorrio amargo.
- Não esqueça que eu também te amo.
- Nunca. - Jamais: seria impossível! Esperei por todos esses anos e, agora, quando estava finalmente tão perto...
- Nós estamos esperando! - Maldito demônio.
- Dá um tempo pra eles, Crowley. - Sam intervém.
- Tudo bem. - Digo - É melhor cuidar bem dela. - Aviso sério.
- Pode deixar... - Vejo minha Alice se distanciar de mim e aproximar-se daquele ser repulsivo.
- Humpft. Foi a mesma coisa que disse sobre a minha alma e veja só o que aconteceu! – Bobby tinha assuntos pendentes para resolver com Crowley.
- Ainda tenho a foto do nosso beijo, Singer.
- Vai se ferrar!
- Se eu fosse você, seria um garoto bonzinho, do contrário, eu coloco na internet!
- Não se eu te matar primeiro...
- Ô, pessoal! - Dean interrompeu a discussão - Precisamos ir. Acabamos com ele depois, Bobby.
- Com toda certeza! - Este concorda, já indo também em direção a porta. Sam, Alice, Crowley e eu ficamos.
- Tchau, Alice. Foi legal te conhecer... Agradeço por tudo. - Ele se despede. Minha Mona Lisa lhe sorri. Crowley e ela desaparecem diante de meus olhos. Estou imóvel. Samuel toca meu ombro - Vem; quanto mais cedo isso acabar, mas cedo você volta pra ela. – Sorrio. Me junto aos outros e, de posse do amuleto, também partimos, guiando a nossa tropa até onde Lucífer e Castiel nos esperavam.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Logo, o último... Acabei de escrevê-lo! *---*