Meu Sonho agora é Voce ! escrita por Sunshine


Capítulo 57
O inverno mais frio de todos




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Eu sinceramente não sabia o que fazer.

Sebastian não disse nada somente abaixou a cabeça, fechou os punhos e saiu dali.

- Droga... – foi a única coisa que Jared disse.

- droga? Droga? É a única coisa que voce sabe disse depois disso, Droga?

- o que voce quer que eu diga então Cloe? Se acalma!

- me acalmar? Voce quer que eu me acalme? Então primeiro de tudo voce não devia ter me beijado! Se voce não tivesse feito isso, nada teria acontecido! Voce não entende? EU AMO O SEBASTIAN! Ele é o meu namorado não voce!

- espera ai, mas quem começou a guerra de farinha foi voce.

- desculpa então, se eu cheguei a pensar que podia ser sua amiga, sua amiga! Quando voce pediu pra dançar, eu so aceitei, porque tinha prometido, a bastante tempo atrás, mas eu tinha! E eu sempre cumpro as minhas promessas... eu pensei que voce não seria tão idiota ao ponto de fazer isso, voce sabia que eu tinha namorado e sabia que eu amava ele, então porque voce fez isso Jared?

- POR QUE EU AMO VOCE CLOE! EU AMO VOCE, EU! – ele gritou segurando firme meus braços. Respirei fundo e olhei para o chão. – desde que ele chegou, voce nunca me deu uma chance pra mostrar que eu também te merecia... agora, eu so te beijei, pra tentar te provar isso, provar que eu também posso te fazer feliz...

- e olha no que deu... - eu disse levantando minha cabeça, mostrando a Jared as lagrimas que agora começavam a cair de meus olhos. – Voce disse que, queria provar que também pode me fazer feliz certo? Mas agora, olhe bem nos meus olhos, e me diga se voce realmente conseguiu me convencer disso... se voce realmente provou isso... eu pareço feliz pra voce Jared? – disse finalmente soltando meus braços de suas mãos e indo ate a porta, parei e abaixei, olhando o que Sebastian havia deixado cair, era uma sacola branca e um buquê de rosas. As lagrimas começaram a cair mais ainda. Peguei a sacola e abri, tinha uma caixinha azul marinho, abri. Dentro havia um colar prata com um pingente de Coração.

“nos estávamos passeando por uma rua de comercio em Paris, perto da casa de Sophie, ate que vi na vitrine de uma loja um colar prata com um pingente de coração, me apaixonei por ele na hora, entrei na loja pra saber mais.

- esse colar simboliza o amor... voce compra e da pra pessoa que voce ama, voce ate tem o direito assim que efetua sua compra de escrever alguma frase nele, um recado pra pessoa! – foi o que a moça me disse, nesse ponto eu já havia ficado louca por aquele colar. Mas na hora de disser o preço meu animo caiu totalmente. Era um pouco acima do que eu tinha ali, do que me havia sobrado depois das 3 outras viagens.

- é cloe... parece que hoje voce não leva esse colar pra casa... – disse Blair.

- agora me conta uma novidade Blair! – disse, ela riu. – bom, obrigado! – disse a moça que sorriu simpática. – droga, eu queria aquele colar... – disse baixinho para mim mesma antes de sairmos da loja.”

A lembrança daquele momento que havia acontecido algum tempo antes da festa de Louise me veio a mente, Sebastian havia escutado meu sussurro, ele comprou esse colar, so porque eu queria. Peguei o colar na mão, passando meu dedo delicadamente sobre o contorno daquele lindo pingente, ate ver algo um tanto discreto escrito no canto do coração, trouxe o colar para mais perto de meus olhos para que assim pudesse enxergar o que tinha escrito ali.

“Pra sempre seu!” era isso que Sebastian havia pedido para escreverem no colar. Pra sempre meu... com uma mao segurei o colar com força, e a outra passei por meu cabelo, quase o puxando com força. Raiva e tristeza,era o que eu sentia. Como deixei que Jared fizesse aquilo? Como deixei aquele beijo acontecer? pensei comigo mesma. Não posso errar mais uma vez, não posso deixar que ele va embora sem pelo menos tentar me explicar! Não posso perder ele... não posso! Me levantei e sai dali correndo.

A tempestade que todos haviam dito que viria havia acabado de chegar com mais força do que nunca, o frio era tanto, tanto... mas aquilo no momento não importava para mim. A única coisa que eu queria mesmo era encontra-lo, pedir desculpas, mesmo que não adiantasse nada.

Fiquei correndo na tempestade por um bom tempo, ate finalmente ver Sebastian perto da casa de Louise, andando lentamente, coberto com a toca de seu agasalho.

- Sebastian! – gritei, vi ele parar, mas não olhar para trás. Eu também fiquei aonde estava a metros de distancia. – Por favor... para, por favor... – pedi, sem muita voz pra isso.

- o que voce quer? – ele perguntou simplesmente.

- Pedir desculpas... tentar me explicar...

- explicar o que Cloe? Eu vi o que aconteceu, voce não tem que explicar nada...

- Não, voce não sabe de tudo, não sabe o que aconteceu, voce so viu o final...

- acredite, eu não quero mesmo saber como foi o começo.

- Sebastian por favor... me deixa explicar.

- Explica Cloe... Explica Então! – disse ele elevando o tom e finalmente me olhando. Eu já estava totalmente molhada, a chuva fria tocando minha pele antes quente, não era a melhor sensação do mundo, eu com aquela roupa no meio de uma tempestade, no inverno de Paris. Realmente nao era uma coisa boa.

- Ele me pediu pra dançar, me pediu para cumprir a promessa que a tanto tempo eu tinha feito. Eu aceitei, pra acabar logo com aquilo, esquecer de vez aquela promessa, mas ele parou de dançar, eu fiquei confusa e olhei pra ele, pra poder entender porque ele tinha parado, nisso ele me beijou, eu não esperava aquilo, não mesmo...

- porque você não parou o jared? Hem?

- porque eu não esperava aquele beijo, foi tão rápido...

- O beijo do Zac também foi inesperado, mas voce deu um jeito de impedir ele.

- é diferente Sebastian...

- diferente como?

- Zac me forçou, me machucou, eu não queria mesmo aquele, de jeito nenhum eu...

- então o de Jared voce queria...

- o que?

- Voce queria, que Jared te beijasse...

- não, não mesmo... eu já gostei do Jared, mas isso já passou, eu não sinto mais nada por ele, nada... sebastian, por favor...

- Chega cloe... voce não me disse nada que eu já não imaginasse... Chega ta?! Cansei disso! Eu aturei voce se jogando pra cima de muitos meninos nessas viajens, muitos... fora o Zac ter te beijado, e agora o Jared também... e voce nunca espera que eles te beijem neh?! Nunca incrível isso... voce não tem culpa por isso, nunca tem certo? Chega de desculpas que não passam de mentiras... já chega pra mim de ser seu brinquedinho Cloe... acabo! – ele disse quando ia começar a andar.

- Espera! – gritei desesperada. – espera, espera, espera por favor... – continuei a repetir baixinho.

- O que foi agora? – ele disse me olhando uma ultima vez. Simplesmente estiquei minha mãe direita, mostrando o colar a ele.

- eu não mereço isso... – disse somente, olhando para o chão. Pude ouvir os passos de Sebastian se aproximando. Ele então esticou o braço também, colocando sua mão bem embaixo da minha, soltei então o colar, que caiu de leve em sua mao. Deixei minha mão cair, em cima da dele. O toque. Provavelmente o ultimo toque meu nele. Ele inacreditavelmente estava quente. Senti meu corpo se arrepiando como sempre fazia após minha pele tocar a dele. Mas o toque foi rápido, Sebastian logo tirou sua mão e saiu andando, sem rumo.

- eu amo você... – sussurrei, quando ele ainda estava perto, mesmo tendo falado tão baixo, tinha certeza de que ele havia escutado. – não vai embora... não vai embora... por favor, não vai embora... - eu repetia mesmo não tendo mais voz nenhuma pra isso. O frio der repente surgiu com força em meu corpo, que agora parecia estar pouco a pouco congelando, eu já não conseguia mais me mexer, nem falar. Eu estava ficando cada vez com mais frio. Olhei para meus braços e pernas, meu corpo estava branco, na verdade, cinza, devia ser por causa do frio. Com muita força consegui mexer meu braço que foi lentamente tocar meu rosto. Eu estava gelada, muito gelada. Minha respiração mal saia, minhas pálpebras começaram a ficar pesadas, meus olhos iam levemente se fechando, eu não tinha mais controle sobre nenhuma parte de meu corpo. Onde eu estou? O que estou fazendo aqui? O que aconteceu? Lembro dessa confusão em minha cabeça, antes de ter finalmente fechado os olhos e sentindo meu corpo bater contra o asfalto da rua. Frio, muito frio. Era a única coisa que eu sentia...

- Cloe? Mon Dieu, Cloe! – pude ouvir quase como um sussurro antes de perder completamente a consciência.



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