Entre o Amor e o Ódio escrita por Uchiha Amanda


Capítulo 2
Hoje não é meu dia...


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui está o segundo capítulo.´Só tive dois reviews, mas vou postar mesmo assim! Só queria que mais gente lesse minha fic =( Mas tudo bem! Boa leitura(pra quem estiver lendo), e obrigada pelos reviews



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PVD Hermione

Abri meus olhos lentamente, aproveitando todo o conforto da minha cama. Sabe aquele momento de transição entre o sono e a obrigação de acordar? Então, eu estava nesse momento. Decidi esperar alguns instantes, afinal as malucas do quarto já iriam pular em cima de mim e começar toda a algazarra no dormitório.

Contei mil oitocentos e trinta e três segundos, de acordo com o tique-taque do meu relógio trouxa, e simplesmente nada aconteceu. Será que elas morreram? Sentei-me na cama, ainda grogue e passei a vista por todo o quarto, esfregando meus olhos com as mãos.

Seqüestraram as outras camas? O que é isso?

“ Mas que...” murmurei, levantando-me.

É impressão minha, ou esse dormitório tá diferente? Sei lá, mais bonito...

“Ahn... eu não durmo mais lá!” exclamei, batendo a mão na minha testa, tipo uma retardada.

Às vezes, acho que minha alma abandona esse corpo e se instala no corpo de algum protozoário, ou outro ser vivo primitivo. Então, quando ela retorna ao seu corpo de origem demora a se acostumar com essa mudança tão radical de cérebros. Conseqüência: situações como essa que acabou de ocorrer.

Olhei de relance para o relógio de cabeceira.

“ AAAAAAAAAAAHHHHHHHHH!” Merlin! Eu estou super-hiper-mega-ultra-power atrasada!

Corri pelo quarto retirando a minha camisola e jogando-a de qualquer jeito no chão. Entrei no banheiro e tropecei no pequeno batente que ficava bem na entrada no cômodo.

“Droga!” exclamei, massageando meu dedão.

Abri o chuveiro, depois de prender meu cabelo rapidamente.

Peguei minha toalha e saí do banheiro me enxugando. Vesti o uniforme às pressas. Amarrei meu cabelo novamente, já que essa porcaria não quis nascer lisa, o jeito é improvisar! Peguei meus livros e saí do quarto parecendo uma louca. Quando cheguei ao salão comunal- que não é da Grifinória- me deparo com nada mais nada menos que...

“Malfoy!” grito, parando minha corridinha matinal.

“Muito bem, sangue-ruim. Regra número um: nunca se dirija a mim, a menos que eu o faça primeiro.” Murmurou, colocando a mochila no ombro e virando-se para me encarar “ Regra número dois...” ele parou de falar ao me ver.

Ficou em silêncio alguns segundos.

E gargalhou.

Simplesmente isso.

Eu contei exatos três minutos e quarenta e sete segundos para a criatura se recompor.

“Ai, ai... Granger, Granger. Eu sempre soube que você tinha duas costas, mas não precisava fazer isso para comprovar esse fato. Ninguém de Hogwarts é cego...” e fazendo essa linda declaração, deu continuidade a seu surto de gargalhadas sem motivos iniciais aparentes.

Hahaha... Duas costas? Eu ouvi direito?

“Ai, sua doida!” gritou o imbecil do Malfoy, ao perceber a consequência do contato entre meu punho e sua cara podre.

“Perdeu a noção do perigo, sua doninha? Duas costas é a *&¬¨$@_&&*+§^+=!?/° da sua mãe!” esbravejei, aproximando-me novamente do infeliz. Hoje eu mato ele!

E como ele é muito corajoso e honrado, saiu correndo.

E eu fiquei sozinha no salão.

Cretino.

“AAAAAHHHHHHHHHHH!” dei um grito bem histérico mesmo, pra liberar a raiva que estava em mim.

Corri novamente, rumo ao salão comunal. Nossa! Hoje eu vou encher o bucho (hein?)!

Adentrei o local, já sentindo o delicioso aroma das belas obras de arte que receberam o nome de comida.

“Comida, comida, comid...” interrompi minha musiquinha ao notar os risos que se espalhavam pelo salão. Os risos duraram pouco, dando lugar a gargalhadas espalhafatosas.

Eu não sei se é a fome, mas estava parecendo que os risos eram direcionados a mim. Bem, então quer dizer que eu sou o motivo da piada? Mas hein?

Até agora não consigo entender o motivo de meu olhar ter se direcionado à mesa da Sonserina, mas o fiz. E encontrei o quê? O Malfoy vermelho que nem um pimentão, esforçando-se para não rir mais. Uma veia pulsou em minha testa. Eu quero bater nele.

Depois de notar esses pequenos detalhes, pude ver que ele falava alguma coisa para mim.

“Duas costas.”

Hã?

Ele apontou para minha blusa e recomeçou a sua amada gargalhada.

Abaixei meu olhar, só para entender o que aquele protozoário quis dizer com aquele apelido ridículo.

Inicialmente, não vi nada de estranho. Mas passado alguns segundos encarando o meu uniforme, que nem uma pateta mesmo, compreendi o ataque de felicidade do idiota mais cedo.

Tipo, eu vesti minha roupa ao contrário. O cretino viu. Riu de mim. E não me disse nada.

Maldito.

Certo. O que eu faço agora? Vamos Hermione, pensa, pensa.

“Sonorus.” Sussurrei, ainda na entrada do salão.

“Atenção!” falei, com a voz magicamente aumentada.

Por incrível que pareça todos se calaram. Agora é rezar para eu não gauejar.

“Muito bem. Como todos perceberam, eu estou com as roupas um pouco fora do comum.” Comecei, podendo escutar um Você é fora do comum por natureza. Tenho certeza de que essa voz é do Malfoy, então fiz questão de ignorar.

“Todos vocês presenciaram esses últimos acontecimentos que resultaram em grandes perdas, mas também em grandes vitórias. A guerra no mundo bruxo. Mas por que dizer No mundo bruxo? Se envolveu incontestavelmente o mundo trouxa também? Essa guerra foi produto de várias gerações contaminadas pelo pensamento preconceituoso apoiado por grande parte de sangues-puros. Sim, preconceituoso. Esse pensamento teve como conseqüência a criação de um dos mais temidos bruxos de todos os tempos. Depois de longos anos lutando e resistindo bravamente, conseguimos vencer essa guerra. Mas como eu disse, tivemos muitas perdas...” parei um pouco, sentindo minha garganta apertar. Respirei fundo e continuei meu discurso. “Porém, vencemos. E estamos aqui. O objetivo de eu ter me vestido dessa forma é exatamente para mostrar que não importa a aparência do indivíduo, mas sim seu caráter. Seu interior. Todos os dias percebemos pessoas ao nosso redor, ou até nós mesmos, julgando outras pessoas tomando como base a aparência delas. Chega disso! Ninguém é igual a ninguém. É hora de mudar essas ideias preconceituosas, a menos que queiramos presenciar novamente os horrores de uma  guerra bruxa.... Pois Voldemort se foi, mas outros poderão nascer a qualquer momento...” encerrei meu breve discurso. Nossa! Eu cansei.

Observei os alunos que estavam no salão. Todos estavam em silêncio.

“É isso aí!” gritou Rony. Bem, estavam em silêncio.

O ambiente se encheu do som de palmas, assovios, uivos e gritos.

“Hã?” exclamei boquiaberta. Eu não acredito. Eles engoliram essa história, mesmo?

Minha expressão era acompanhada pela de um loiro sonserino, que mantinha a boca aberta em incredulidade.

Saí de fininho da entrada do salão (sim, eu ainda estava lá) e segui correndo pelos corredores. Abri a primeira porta que encontrei.

O espaço estava muito apertado.

“Ah. Que legal.” Sussurrei sarcástica, percebendo que eu tinha entrado no armário de vassouras.

Troquei minha roupa lá mesmo, não estava com paciência para procurar uma sala qualquer de verdade.

Girei a maçaneta... Mas nada aconteceu.

“Ai, meu Merlin.” Resmunguei irritada. Hoje não é meu dia mesmo.

Procurei minha varinha nas minhas coisas e não a encontrei. Tirei minha roupa completamente, revirando todos os pontos possíveis e a porcaria não estava lá.

“Merda...” sussurrei, tentando imaginar todo o resto de minha curta vida trancada no armário de vassouras.


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Notas finais do capítulo

Muito bem! Reviews? Reviews?
Bjos e até o próximo



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