PVD Hermione

Com toda essa confusão” pós guerra” a prof. Minerva teve que assumir a direção da escola. Sendo assim, anunciou que duplas de alunos deveriam ser formadas para ajudarem na organização de tarefas e reparos na escola. Animei-me logo. Candidatei-me e aguardei os resultados. Isso não estava me preocupando, já que sou uma aluna totalmente responsável para com minhas responsabilidades. Como o esperado, fui uma das escolhidas. No total foram seis os alunos incumbidos das tarefas que seriam anunciadas. Harry era um deles, porém Rony não estava lá (dã Hermione, alunos RESPONSÁVEIS seriam escolhidos).

Sinceramente, eu não estava entendendo o sistema de parceria que seria formado. O Malfoy também estava lá. Humpf, responsável não sei de quê. Só se for de todos os assassinatos que ele COM CERTEZA cometeu.

“ Prestem atenção! Obrigada. Agora, serão anunciadas as duplas incumbidas de realizarem as tarefas que lhe forem designadas. Muito bem... A primeira dupla é...” falou Minerva, enquanto mexia em um saquinho de veludo preto. Ah, meu Merlin! Vai ser sorteio. Dos seis alunos, quatro eram da Grifinória e dois da Sonserina. Muito bem, a sorte está do meu lado!

“Pronto. Os nomes estão devidamente embaralhados. Eu irei passar na frente de três de vocês para que vocês possam escolher um papel” falou a professora vindo em nossa direção “Muito bem, você, você e você.” O primeiro escolhido foi o Simas, seguido pela Parkinson e depois eu.

“Hum... Luna Lovegood” anunciou ele, um pouco perdido.

“Muito bem. Senhorita Lovegood, venha aqui e posicione-se ao lado de seu parceiro.”

Luna atravessou o espaço que os separava e se posicionou ao lado de Simas.

“Certo, agora é sua vez senhorita Parkinson.”

Ela olhou o nome no papelzinho e fez uma careta de nojo. Pronto! É o meu fim. Eu fui a escolhida.

“Er... Harry Potter.” Murmurou ela enojada.

“Não...” sussurrou Harry ao meu lado, derrotado.

“Ok. Senhor Potter, posicione-se ao lado de sua parceira.”

Harry obedeceu, caminhando espontaneamente rumo à morte. Coitado!

Observei seu trajeto até chegar ao lado da sonserina. Meu olhar se encontrou com o do Malfoy e, sinceramente, eu me assustei. Ele encarava-me com espanto, incredulidade, raiva até chegar ao nojo. Mas, por quê?

“Agora senhorita Granger, creio que não é preciso sua anunciação. Posicione-se ao lado de seu parceiro.”

Hã?

Ah. Meu. Merlin.

Admito, eu tenho um pouco de raciocínio lento. Basicamente, eu sou uma idiota.

“Vamos, é para hoje!” resmungou Minerva.

Caminhei lentamente, procurando não olhar diretamente nos olhos do Malfoy. Fiquei o mais longe possível, o máximo que me era permitido.

“ Muito bem. Agora que todas as duplas estão formadas irei designar as tarefas. Não se preocupem, não é nada de monstruoso.”

Ela leu silenciosamente um pergaminho e começou a distribuir as tarefas.

“Senhorita Granger e senhor Malfoy. Vocês serão encarregados de realizarem tarefas que estejam relacionadas com lazer. Deverão proporcionar atividades extracurriculares, bailes, não sei! Usem sua criatividade. Estão dispensados. Ah, não, não. Voltem. Agora que o sistema de parceria foi criado algumas mudanças serão feitas. Decidimos que as duplas terão seu próprio salão comunal e dormitório, para obtermos um melhor trabalho em equipe.” O QUE? “Sigam-me quando seus nomes forem anunciados.

“O QUÊ? Eu não admito isso!” esbravejou Malfoy” Vocês não estão satisfeitos em me obrigar a trabalhar com essa sangue- ruim, também querem que eu durma no mesmo ambiente que ela? Mas que droga!”

Eu o encarei, indignada. O que ele estava achando? Que eu amei a idéia? E isso de ficar me xingando?

“Silêncio! Já está decidido. Acompanhem-me quando chamarem seus nomes.”

“Era só o que me faltava! Que droga de vida!” resmungava Malfoy ao meu lado.

Isso me irritou. Será que ele pensa que é o único indignado aqui?

“Cala essa boca, Malfoy!” gritei enfurecida. Ele arregalou os olhos atônitos por um instante, mas depois se recompôs e me olhou enraivecido.

“Quem você pensa que é, hein Granger para gritar comigo?”

“Eu grito com quem eu quiser Malfoy! E é melhor você calar essa sua boca nojenta antes que eu...”

“Granger e Malfoy”, chamou a professora.

Bufamos em uníssono.

Encaramos-nos com raiva e seguimos a professora.

Caminhamos por longos minutos, subimos escadas, viramos corredores... Que lugarzinho mais longe!

“Bem, é aqui” falou a professora quando paramos em frente ao quadro de uma senhora gorda. ”Unidos”, murmurou ela e o quadro se moveu, permitindo nossa entrada.

“Unidos?”, sussurrei revoltada.

“Muito bem, estão entregues. Boa noite.” Disse a professora se afastando.

Ficamos em silêncio por alguns segundos.

“Aff, se você quiser ficar aqui fora, eu não ligo. Mas eu vou entrar.” Disse Malfoy, áspero.

Muito gentil ele, não?

Esperei alguns instantes fora, para me acalmar.

Quando senti que não havia (muito) risco de acabar com a vida (inútil) do garoto, entrei.

Eu acho que babei.

O salão era espaçoso com uma grande mesa redonda no centro. Havia uma lareira no lado esquerdo e algumas luminárias ao redor; dois corredores em lados opostos, onde um levaria ao meu quarto e o outro ao do Malfoy, eu creio; duas escadas em lados opostos, mas no mesmo sentido levavam a uma porta. Merlin, eu não quero dividir o banheiro com aquele bocó!

Por falar nisso... Ele não estava no salão. Deve ter ido se trancar no quarto. Então, aproveitei o breve momento de paz. Fui checar aquele cômodo no alto da escada. Subi os degraus e parei em frente à porta. Abri-a e arregalei os olhos.

“Uau...” sussurrei admirada.

A pequena sala estava ocupada com duas estantes cheias de livros e no centro uma mesa de tamanho médio. Eu estava ansiosa para ler  aqueles livros, contudo meu cansaço era maior.

Saí da mini- biblioteca e me dirigi ao corredor da direita. Não era comprido, afinal só tinha uma porta, onde na mesma estava entalhado o símbolo de um leão, emblema da Grifinória.

Entrei e observei o quarto. Naturalmente, minhas coisas já estavam arrumadas. A cama era grande, com entalhes dourados em forma de rosas na cabeceira. A colcha era vermelha e amarela- por que será? ¬¬’. Havia uma cômoda no outro lado do quarto, oposta à cama com todas as minhas “coisinhas de mulher” em seus devidos lugares. Então, gente... Eu também me arrumo... uma vez ou outra... no século.

Ah, gente! Dá um desconto, né? Eu passei anos e anos nessa guerra maldita, lógico que eu não ia priorizar coisas fúteis como a aparência, concordam?

“ AAAAAAAHHHHH! CADÊ MINHA LINGERIE VERMELHA DE RENDAA? CADÊ?”

Er... muito bem, o que eu estava dizendo antes de meu colapso assassino? Ah, sim. Eu não ligo MUITO pra aparência.

Bem ao fundo do quarto uma porta estava fechada. Isso tá ficando sinistro. O que mais falta ter aqui?

Abri-a e me senti uma... deixe-me ver uma palavra adequada... é, eu me senti uma jumenta.

“Um banheiro, Hermione. Faltava um banheiro.”

Joguei-me na cama, estressada.

“ Bem, vamos analisar a Incrível Vida de Hermione Granger:

Ponto Positivo: Eu vou ajudar a reconstruir Hogwarts!

Ponto Negativo: Eu vou ajudar a reconstruir Hogwarts junto com Malfoy.

Ponto Positivo: Vou ficar em um dormitório VIP super legal!

Ponto Negativo: Vou ficar em um dormitório Vip super legal junto com o imbecil do Malfoy.

Ponto Positivo: Vou acordar todas as manhãs e me sentir extasiada com a beleza deste lugar!

Ponto Negativo: Vou acordar todas as manhãs e me sentir enojada por ter que olhar a cara podre daquele cretino.

De uma hora pra outra a morte me pareceu uma idéia tão atraente... Tipo, que mal tem em levar um Avada de Voldemort? Poxa. Eu até que to com saudades dele. Ele era legalzinho, né? Com aquele estilo emo mal compreendido-assassino-psicótico... Por que mesmo que eu não fui Comensal?... Ah, lembrei! Porque eu sou do bem *-*.

Levantei-me e fui tomar um banho.