Odeio Amar Você! escrita por Sunny_Monroe


Capítulo 12
Reconforto.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, meus amores s2



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Depois de me entregar a escuridão, não sei quanto tempo fiquei ali, jogada no chão. Fui recobrando a consciência aos poucos ao sentir meu corpo mudar do chão frio, pra braços quentes e acolhedores. As coisas ainda rodavam um pouco, e eu mal conseguia me mexer, fechei os olhos os apertando com força e voltei a abri-los, para assim poder ver ali ao meu lado o meu salvador, o meu amor.

- Bella, pelo amor de Deus, fala comigo? Bella? - senti suas mãos em meu rosto e seu silêncio, esperando que eu dissesse alguma coisa.

- Edward... - enfiei minha cabeça em seu peito, o abraçando com o resto das forças que me restaram.

Meus olhos se encheram de lágrimas, não de tristeza, nem de dor... Eu estava feliz por ele estar ali, ao meu lado, mais uma vez me fazendo me sentir segura.

- Ei, calma... Está tudo bem agora, está tudo bem, meu amor. - ele me apertou em si, beijando o alto de minha cabeça.- Eu vou tirar você daqui, preciso levá-la a um hospital, olha só pra você... Bella, o que foi que aconteceu?

Não sabia se contar sobre Jack seria a coisa certa, Edward ficaria furioso, iria atrás dele como Jack tanto queria. Eu não sabia o que fazer, e se ele o machucasse? Lembrar de suas palavras me doía, me aterrorizava. “e dessa vez ele não saí vivo", foi o que ele havia dito. Decidi falar a verdade, eu não conseguiria mentir, não pra ele.

- Bella?

- Jack. Ele... El...Ele me encontrou na rua e me agarrou, me arrastou pra cá e .. - As palavras saiam de pressa e junto vinham as lágrimas.

- E...? Continue Bella! O que aquele desgraçado fez com você?

- Ele me estuprou, Edward. - disse engolindo o choro, me contendo pra não entrar em pânico ao relembrar a cena. - Eu tentei fugir, eu não consegui, não consegui...

Senti seu corpo enrijecer, olhando-o fechar as mãos em punho. Realmente contar não havia sido uma boa ideia. Eu tinha certeza de que por mais que eu pedisse Edward não me ouviria. Ele iria atrás de Jack, eu sabia disso.

- Edward, me escute, por favor. - disse colocando minhas mãos em seu rosto, o puxando pra mim e fazendo com que ele olhasse em meus olhos. - Por favor, não vá atrás dele, eu te imploro! Ele vai te machucar, Edward! Ele me disse, eu te imploro, não vá atrás dele!

- Não tenho medo dele! Ele vai pagar muito caro por isso, Bella, eu vou matar aquele filho de uma puta! Não me implore nada, sinto muito, eu não vou ouvir.

- Edward, por favor... - implorei mais uma vez.

Ele não me ouvia mais, eu o conhecia bem, e sabia que nada que eu falasse adiantaria. Edward me pegou no colo, e então começou a caminhar para fora dali.

Agora eu vivia uma sensação diferente da de horas atrás. Não era medo, nojo, desespero... Agora eu me sentia segura, acolhida, como se nada no mundo pudesse me atingir. Como eu pude guardar isso dentro de mim por tanto tempo? Como eu pude negar a ele que eu o amava? As coisas só ficam claras a partir do momento em que você perde as pessoas. Mas agora nada mais importava. Nem Tânia, nem ninguém. Eu precisava de Edward e não negaria sua presença nenhum momento mais.

- Edward...

- Sim?

- Me leva pra casa?

- Você precisa ir a um hospital, Bella...

- Eu quero ir pra casa.

Se eu fosse ao hospital, teria de ficar explicando como as coisas aconteceram , e tudo que eu queria naquele momento era esquecer aquilo. Claro que eu denunciaria Jacob, mas não agora, eu precisava ir pra casa.

-  Tem certeza?

- Tenho. Eu vou ficar bem, não se preocupe.

Ele assentiu e me colocou no chão, abrindo a porta do carro pra mim. Minha casa ficava a umas duas quadras dali, pra falar a verdade, chegaríamos mais depressa se fossemos a pé, de qualquer forma, eu não estava muito bem pra andar. Me sentia melhor, mais meu corpo ainda doía, minhas roupas estavam cobertas de sangue e eu estava completamente imunda. Não só por fora, mas eu me sentia suja por dentro, Jacob havia cavado um buraco em meu peito que não cicatrizaria jamais.

No caminho até minha casa ambos ficamos em silêncio. Edward tinha o olhar distante, seu corpo não havia relaxado um minuto se quer. Ele estava pensando em como se vingar de Jacob, eu o conhecia bem pra saber que seu silêncio não se tratava de algo bom. Eu tinha de mantê-lo longe do Jacob, tinha que mantê-lo seguro, Edward não tinha nada haver com aquilo. Na noite em que saímos, eu havia aceitado o convite daquele imbecil para dançar, a culpa era toda minha, e eu faria o que fosse preciso pra que ele não se envolvesse nisso. Eu preferia que Jack me matasse a vê-lo tocar em Edward.

Era extremamente vergonhoso o fato de como as coisas estavam vindo a tona. Parecendo tão bobas e obvias... Coisas que talvez eu sempre tivesse sentido, mas nunca estive disposta a assumir, a enfrentar.

O celular de Edward tocou fazendo um barulho ensurdecedor e me tirando dos meus pensamentos.

- Alô? - atendeu ele por fim.

Ele ficou um tempo esperando que a pessoa falasse, pela demorada, eu tinha uma leve desconfiança de quem era.

- É, eu a encontrei Alice. Sem desespero ok? Eu preciso de um favor. - suspirou ele parando o carro em frente a minha casa. - Ache o Emmett pra mim, diga que estou na casa da Bella, pra ele vir pra cá o mais rápido que puder. - pra que ele queria falar com Emmett? - Venha com ele, mas mantenha Tânia bem longe daqui, não a quero perto de mim, muito menos da Bella.

Nisso eu concordava plenamente. A cena daquela... "Garota" se jogando em cima de Edward voltou a minha memória, admito que levei um cutucão do carinha chamado ciúmes.

- Até. - falou ele desligando.

- O que quer com o Emmett? - perguntei, adivinhando a resposta.

Edward saiu do carro e veio em minha direção, abrindo a porta pra mim. Saí cambaleando um pouco, sentindo seu braço a minha volta, impedindo que eu caísse.

- Você não vai atrás dele, Edward.

- Para de se preocupar comigo, Bella. Não sou eu quem precisa de cuidados aqui.

- Porque não me ouve uma vez na vida?

- Não é porque eu te amo que vou começar a fazer o que você me manda. - ele sorriu, me pegando no colo outra vez.

- Não preciso nem dizer.

- Não, não precisa. Você me odeia, eu já sei.

Sorri ao ouvi-lo, tanto ele quanto eu sabíamos que era justamente ao contrario. Na verdade, sempre fomos odiosamente apaixonados, agora era claro e nos braços de Edward eu sentia que ninguém jamais mudaria isso.


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