Chegando à praia, eu vejo uma cena que eu preferia não ter visto, eu vejo minha filha Annabeth, beijando, BEIJANDO, aquele garoto filho de pescador.

  Sem acreditar na cena que vi, me aproximei

- O que está acontecendo aqui? – perguntei com raiva em minha voz e acabei os assustando.

- Mãe?! – Annabeth falou surpresa.

- Athena?! – Percy, falou surpreso.

- Sim, sou eu! O que vocês pensam que estão fazendo? Annabeth, minha filha, nunca pensei que você, aquela que sempre se mostrou sábia, justa, fosse beijar esse filho de pescador - falei ainda não acreditando.  

-Mãe, quem não está sendo justa aqui é você, está julgando ele, só por ser filho de quem é – falou Annabeth.

-Vocês, ainda não me responderam o quê vocês estão fazendo? – perguntei tentando mudar de assunto.

- Estávamos namorando. – falou ela.

- Annabeth, não foi só um beijo? Vocês estão namorando? – perguntei, não acreditando.

- Sim, nós estamos namorando – falou Percy, quem chamou ele na conversa?

- Eu estou falando com Annabeth, não com você Cabeça de Algas Júnior.

- Mãe, não fale assim do meu amor! – falou Annabeth.

- Amor? – perguntei surpresa.

- É mãe, nós estamos completamente apaixonados. – falou ela, dando um sorriso para Percy, agora tudo faz sentido, Afrodite está brincando com os sentimentos da minha filha, mas isso não vai ficar assim, vou resolver isso agora mesmo.

  Me telesportei para o palácio de Afrodite, e bati duas vezes na porta rosa cintilante.

- Quem é? – perguntou ela.

- Sou eu Athena – falei.

- Irmãzinha, o que te trás aqui? – falou abrindo a porta com um sorriso no rosto.

- Irmãzinha, nada sua piranha, como...

- Que boca suja, Atheninha – falou me interrompendo.

- ME DEIXA TERMINAR DE FALAR! – falei começando a ficar nervosa – QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA FAZER MINHA FILHA SE APAIXONAR POR AQUELE FILHO DE PESCADOR? – perguntei, e logo reparei que todos que passavam ali, paravam e ficavam olhando para nós duas – RESPONDA AFRODITE! – falei a pegando pelo braço e entrando com ela dentro do palácio.

- ME SOLTA ATHENA! – falou ela, tirando minha mão do seu braço.

- RESPONDA LOGO!

-EU SOU A DEUSA DO AMOR, EU QUE SEI QUEM SE APAIXONA NINGUÉM MANDA EM MIM, MUITO MENOS VOCÊ, SEU CÉREBRO AMBULANTE. – falou ela tentando me ofender.

- EU ACHO MELHOR SER UM CÉREBRO AMBULANTE, DO QUE NÃO TER UM!- respondi a ela

- PRA QUE EU PRECISARIA DE UM?

- PRA PENSAR! – respondi, com a resposta mais óbvia.

- PRA QUE EU PRECISARIA PENSAR? – eu não acredito que ela perguntou isto.

-PRA QUE PENSAR? AFRODITE, PENSAMOS PORQUE É NECESSÁRIO, PARA PODERMOS FAZER AS COISAS DO NOSSO JEITO E PARA CONSEGUIMOS AS COISAS MAIS RÁPIDO – burrice me deixa nervosa.

- EU JÁ TENHO TUDO QUE QUERO, É SÓ ESTALA OS DEDOS! – gritou ela fazendo um movimento de estala dedos.

- CADA UM TEM SEUS MÉTODOS, EU PENSO, VOCÊ FICA SE... DANDO. – falei, querendo matar ela já. (Ela não é imortal!?)

- É MELHOR FICAR, ME DANDO, DO QUE SER MAL COMIDA QUE NEM VOCÊ NÉ ATHENINHA! – este Atheninha está me irritando – MAS PELO VISTO SUA FILHA NÃO É IGUAL A VOCÊ NÉ?

- VOCÊ NÃO TEM DIREITO NENHUM DE FALAR ASSIM DA MINHA FILHA, E OUTRA COISA SUA OPINIÃO TAMBÉM NÃO ME INTERESSA, SUA PROSTITUTA. – falei, enquanto dava um tapa na cara dela.

- ATHENA, VOCÊ VAI SE ARREPENDER POR TER FALADO ASSIM COMIGO! – me ameaçou, alisando onde minha mão tinha batido.

- CLARO O QUE VOCÊ VAI FAZER? RASGAR MINHAS ROUPAS? – perguntei irônica

- BRINCA MESMO ATHENA, BRINCA ENQUANTO CONSEGUE, você não faz idéia do que a Deusa do Amor é capaz, Atheninha – falou ela, meu nome com nojo e logo depois sumiu em uma fumaça rosa com cheiro de perfume.

FLASHBACK OFF

 É eu nunca devia ter duvidado, ela me fez a pior coisa que ela podia ter feito, me fez me apaixonar, por ele, e a cada dia me vejo mais apaixonada, vejo que cada dia que  passa fica mais difícil esconder esse amor que eu jurava ser impossível, o único jeito que eu achei de liberar este amor foi escrevendo cartas, que sempre ficaram escondidas, cartas secretas. Mais uma coisa com isso tudo eu aprendi: ‘Nunca duvide de Afrodite’.