Confusões e Romances na Inglaterra escrita por Aya Reddington


Capítulo 16
Possível?


Notas iniciais do capítulo

Ei gente? Tudo bem? Sei que faz quase 2 anos que não posto nada, mas tive momentos de desânimo, mas finalmente vou voltar com tudo.
Espero que gostem :)



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Enquanto eu corria o mais rápido que minhas pernas me permitiam em direção ao cheiro de Alec, Erick carregava o lobisomem fedorento.

–ONDE ELE ESTÁ?- eu gritei para Erick. Ele apenas meneou com a cabeça para frente, eu comecei a correr mais freneticamente. Quando vi o corpo de Alec no chão eu me desesperei e sentei sua cabeça em meu colo. Comecei a analisar o estado de Alec.

–Aria, saia daí, deixe- me vê-lo.- Quando Erick viu que eu não me mexia, me arrastou para longe de Alec.

–Ele irá morrer? - eu perguntei em choque, Alec estava completamente fodido, suas roupas estavam surradas e o processo de cura em seus membros estava lento, eu podia ver claramente onde a mandíbula do lobisomem havia cravado em seu pescoço.

–Não, se nós agirmos rápido.- Erick disse enquanto arrancava os trapos que Alec estava vestindo, eu desviei o olhar do Volturi.

–Por que está tirando as roupas dele?- eu perguntei enquanto me afastava um pouco.

–Porque elas estão destruídas, não tem mais serventia nenhuma. -Erick disse enquanto revirava os olhos e verificava o corpo quase mutilado de Alec.

–Que diabos está fazendo?- Erick não respondeu, só se levantou e veio até mim, me puxou para cima e me colocou na frente de Alec.

–Coma isso.- ele me passou aquela planta estupidamente repulsiva. Eu neguei, o cheiro era horrível. Vendo que eu não estava colaborando muito, ele enfiou aquela coisa na minha boca e me fez engoli-lá.

Manteve minha boca fechada para que eu não pudesse vomita-lá.

–PARE!- eu gritei quando me desvencilhei de seu aperto esmagador, então Erick mordei meu pulso, deixando uma ferida aberta horrível, estava sangrando pra caramba.

–FILHO DA PUTA, você vai me matar.- eu disse correndo para longe dele, Erick passou os braços ao redor de mim e me jogou no chão.

–Quieta, eu estou ajudando a salvar a vida de Alec, agora seja uma boa menina, dê seu sangue à ele, AGORA!- Erick disse me soltando.

Me aproximei de Alec e segui a instrução de Erick, coloquei o pulso com a ferida aberta entre os lábios de Alec, a reação dele foi quase imediata, seus olhos se abriram e ele agarrou meu pulso, tomando alguns bons goles, eu estava tendo uma vertigem, estava perdendo muito sangue, então Erick interviu e tirou Alec de perto de mim, a vertigem estava mais forte e então eu apaguei.

***

–Aria, acorde, vamos garota, não posso levar os três e ainda nos manter ocultos dos lobisomens, ACORDE!- eu ouvia os gritos de Erick e então fui jogada no chão, bati minha cabeça com força e levantei assustada.

–Que foi? Onde estamos?- eu olhei ao redor a cabeça zunindo de dor. Erick sorriu e colocou Alec e o lobisomem no chão.

–Ele está bem?- Erick apenas meneou com a cabeça negativamente.

–Sim, ele está melhorando, só tenho que mantê-lo inconsciente, os gritos dele podem guiar os lobisomens até nós.

–Como sabe que meu sangue pode ajudá-lo?

–Já vi isso acontecer com alguns vampiros, minha irmã raptou alguns híbridos e drenou parte do sangue deles, para fazer algumas experiências. Funcionou e os vampiros sobreviveram ao veneno. Se acalme ele acordará logo.

–Experiências, que tipo de experiências?

–É uma longa história, conto outra hora, agora me ajude aqui, leve Alec, precisamos nos apressar e ir para sua casa. Já informei todos da situação estão vindo pra cá o mais rápido possível. - Erick começava a correr e eu já estava em seu encalço colocando Alec em minhas costas.

–O que vai acontecer comigo? Aquilo que você fez poderia ter me matado.- eu gritei para ele enquanto tentava alcança-lo.

– Você não irá morrer, está imune agora. - ele gritou de volta.

Parei de correr e o encarei suas costas, enquanto ele corria. Ele notou e parou se virou para mim e sorriu.

–De nada, agora temos que ir logo. - Voltamos a correr.

Eu não tinha muito tempo para processar aquela informação e escolhi pensar naquilo depois.

* * *

Não tive muitas falas quando minha família me encontrou, ao que parecia apenas meu grupo havia encontrado problemas, todos estavam bem alimentados e checando minha fisionomia a cada minuto, quando finalmente meu pai conseguiu me examinar melhor e à Alec também ele manteve uma aura de preocupação conosco. Mesmo com Erick dizendo que nada de ruim iria acontecer conosco.

Pelo que pude absorver da conversa, Erick havia me dado acônito e me mordido -o que segundo experiências que seu pai havia feito anos atrás com ele e sua irmã - havia criado uma espécie de vacina, sendo assim, mordendo um hibrido de vampiro com 50% de humanidade, com essa parcela humana podendo ser mudada para uma pequena parte imune ao veneno de lobisomem, que especificamente teria que ser mordida apenas por Erick e Claire resultaria em uma imunidade que possibilitaria a cura de envenenamentos por lobisomens para com os vampiros. Isso me fazia tão ironicamente desgraçada.

Mas segundo Erick eu não seria mais contaminada/morta pelo veneno de lobisomens, ou seja aqueles filhos da puta, não poderiam mais me morder e causar danos. Ele apenas não sabia qual seria meu futuro a longo prazo já que não haviam testes clínicos de quanto à esse "tratamento". Me mandaram descansar e ficaram vigiando e quebrando o pescoço de Alec toda vez que ele acordava e gritava - o que ocorria a cada dois minutos - aquilo estava me deixando irritada e com tanto sono, mas pelo menos eu não sentia mais fome.

Droga, os gritos de Alec ficavam piores a cada vez, como guinchos, aquilo estava irritando a todos e minha cabeça já estava doendo demais, meus sentidos pareciam mais ampliados eu queria me afastar de tudo aquilo, mas minha mãe ficava me vigiando o tempo todo para não se certificar de que eu estava morrendo.

Eles deviam ficar de olho em Alec, já fazia mais de cinco horas que ele não parava de gritar e reclamar da dor, alguém tinha que fazer algo, Jane não saía do lado dele e tentava calar a boca dele com uma fita crepe, ela pedia que Erick fizesse alguma coisa mas ele estava ocupado demais torturando o lobisomem chamado Natan e Claire havia saído com meus irmãos.

Aro havia se sentado ao meu lado e perguntado se eu estava bem, eu quis dar um murro na cara dele, que pergunta idiota. Eu havia colocado minhas mãos em meu ouvidos para tentar bloquear o barulho, foi quando comecei a ouvir minha pulsação e o fluxo de meu sangue - desde que cheguei meu pai verificava minha temperatura á procura de algum sinal de infecção - mas fora a cura acelerada da ferida tudo estava normal.

–Nenhum sinal de infecção ainda. Parece que você vai ficar bem.- John disse se sentando ao meu lado e passando o braço em meus ombros, nunca fomos muito próximos mas tínhamos nossos momentos.

–Apenas dor de cabeça. Os gritos dele me irritam.- John concordou e deu um sorriso cansado.

–Compreendo, Erick não nos disse o que aconteceria com Alec, não entendo porque ninguém perguntou. - Esse era um fato que havia me esquecido completamente.

–Talvez apenas o cure do veneno.

–Não acho que faça apenas isso, caso fosse só isso pra que fazer tanto escândalo. - ele disse rindo, dei um tapa em seu braço e ele ficou sério.

–John pare de falar merda, já temos problemas o suficiente.

–Desculpe, só acho que devíamos ter um plano caso nada disso dê certo.

Erick entrou na sala e me encarou, ele parecia com muito sono haviam olheiras negras embaixo de seus olhos.

–Isso é cansativo - ele me olhou e disse - pelo amor de Deus, ele vai ficar bem, já vi isso acontecer centenas de vezes, claro que depois do processo meu pai queimava os vampiros, mas vai dar tudo certo.

–Não parece que está tudo bem, já o viu? Está escutando os gritos dele?

–Ele vai ficar bem Aria, se o procedimento não tivesse ocorrido bem, ele já estaria morto agora, logo vai acabar e ele vai estar ótimo. - Erick sorriu e sentou no chão.

Então como um aviso, eu comecei a sentir um cheiro de fluxo sanguíneo, com essa mudança os gritos de Alec se intensificaram por alguns segundos, ouvi sua respiração ficar mais ofegante. Eu não sabia dizer se minha audição havia ficado melhor ou se órgãos começando a funcionar faziam muito barulho, mas eu podia ouvir a pulsação através do corpo dele e num último suspiro de dor, pude ouvir o som de um coração começando a bater.

–Eu disse ruiva, ele ia ficar bem.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Devo melhorar algo, está ficando meio sério, mas ainda quero manter o lado cômico de Aria para a história fluir como antigamente.



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