Confusões e Romances na Inglaterra escrita por Aya Reddington


Capítulo 15
Caça


Notas iniciais do capítulo

Oi gente... ~le cara de pau da autora que depois de um ano, resolve postar mais um capitulo.
Desculpe pessoal que acompanha essa fic, eu realmente não tive tempo nem criatividade para escrevê-la no decorrer desse ano, sorry, MAS eu estou de volta, e prometo que vou compensá-los...

Boa leitura pra vocês.

Beijoos



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[Aria Venaro]

  -Victor, já fazem semanas! Meus filhos estão com sede e nós precisamos caçar.- pude ouvir Aro falando do escritório.   Estávamos em confinamento desde que Erick veio para nossa casa, alguns dias depois sua irmã Claire voltou de Portugal, com algumas raízes de plantas estranhas, ela fez alguns chás, obrigando e eu meus irmãos a tomarmos aquela coisa. Devo confessar, chá de Aconite é a coisa mais horrível que eu já experimentei na vida, empata com o fígado que a minha mãe me obriga a comer uma vez por semana.    Pensando bem no que Aro havia dito. Ele estava certo fazia muito tempo que não caçávamos. Eu não havia percebido que o tempo havia passado tão rápido assim, meus instintos de predador estavam começando a se sobressair de meu controle.   -Vou ver se consigo algumas bolsas de sangue ainda hoje.- meu pai disse com a voz cansada, ele também estava com sede e frustado.   -Apenas bolsas de sangue não conseguirão nos sustentar, temos que caçar, o mais rápido possível.- ele disse meio irritado. Saindo do escritório e indo até a cozinha se unindo a sua esposa Sulpicia.   Suspirei entediada, eu estava tentando pensar em algo para salvar minha família de um possível massacre, mas eu não estava conseguindo muito exito naquilo, minha mente estava longe, em algum lugar escuro onde eu pudesse cravar meus dentes em algum pescoço saliente, meu corpo precisava desesperadamente de  sangue. Sai do meu quarto e fui até a sala, onde minha mãe estava sentada lendo um livro.   -Mãe, eu estou com sede.- eu disse me deitando no sofá.   -Sei como se sente, eu também estou.- ela disse me olhando com aqueles olhos negros e sedentos de sangue, ela logo se voltou para seu livro, continuando a leitura.   -Onde os outros estão?- eu perguntei entediada.   -Os gêmeos estão no jardim, junto com John e Sophia. Erick e Claire, estão junto com eles, acho que estão tentando colocar Sophia em cima de um dos dragões. Gabriel resolveu ir para casa e seu pai está no escritório, tentando pensar em uma solução para tudo isso.- ela disse calmamente.   -Certo.- eu disse enquanto andava em direção ao jardim. Assim que contornei nossa casa, pude ver Sophia dando gritinhos felizes enquanto um dos filhotes lambia seu rosto, aquilo...era nojento, mas estranhamente divertido.   -Aria! Vem cá, é tão divertido, faz cócegas. É tão....legal e esquisito. Eles são adoráveis.- Sophia disse enquanto ria com um dos dragões lambendo sua bochecha. Todos prestavam atenção e riam daquilo. Me aproximei deles me sentando perto de Alec, ele também se sentou ao meu lado e me deu um beijo na bochecha, sorri para ele. Então meu celular tocou.   -Alo?-eu perguntei.   -Aria? É o Tom, você desistiu da escola?!- ele perguntou.   -Não, eu apenas estou tendo uns problemas pessoais e preciso de algumas semanas para resolve-los.- eu disse rapidamente. Não era mentira. Todos que estavam à minha volta ficaram em silêncio.   -Certo...Espero que resolva logo seus problemas e volte logo para a escola.- ele disse pensativo.   -Aconteceu algo?- eu perguntei.   -Nada não...- suas reticências me deixaram curiosa.   -Tem certeza?- eu perguntei.   -Certo, parece loucura mas... Tem algumas pessoas que perguntaram sobre você.- ele respondeu.   -Que pessoas?- eu lhe perguntei. O silêncio à minha volta, pairava como uma névoa.   -Eu não as conheço, eram rapazes um pouco mais velhos do que nós, me perguntaram se você estudava aqui, e onde você morava. Pareceu meio estranho. Até me mostraram uma foto sua....Eu disse que não sabia quem você era, e eles apenas assentiram, e perguntaram para os outros alunos. Eles eram mal-encarados e suas expressões transmitiam hostilidade. Eu deveria ter dito a verdade? Ou...Foi melhor eu ter mentido mesmo?...Aria?!- ele perguntou.   -Não, você fez o certo. Obrigada por ter dito que não me conhecia. Obrigada por tudo Tom.- eu disse.   -Espera Aria....- ele disse e então eu desliguei.   -E agora, o que faremos?- eu perguntei.   -Devem ter sido alguns lobisomens guarda-costas de meu pai.- Claire disse.    -Logo eles irão descobrir onde nós estamos.- Erick disse.   -Isso se já não descobriram...-Jane disse deixando a frase morrer.   -Não, eles ainda não sabem onde estamos, mas não duvido que nos rastreiem até aqui.- Sophia disse enquanto Claire a pegava no colo.   -Seria suicídio, meu pai sabe que isso seria insanidade.- Erick ponderou.   -Venham para dentro, crianças.- meu pai pediu.   Nós entramos em silêncio.   -Vamos caçar amanhã pela manhã, iremos nos dividir em três grupos: Aria, Erick e Alec: irão para o sul; John, sua mãe, Sophia e Aro: irão para o leste; Jane, Sulpicia, eu e Claire: iremos para oeste, temos exatamente três horas para nos alimentarmos, nos encontramos aqui as oito da manhã, não quero saber de atrasos, qualquer suspeita de perseguição vocês voltam irão para a cidade de Ewel.   -Papai, vai ficar tudo bem, não vejo nenhuma ameaça eminente para amanhã.- Sophia disse.   -Acredito em você, minha filha, mas cautela nunca é demais.- meu pai disse. Todos nós nos dispersamos pela casa, todos estávamos com tanta sede, eu e meus irmãos fomos dormir mais cedo, minha mãe não fez o jantar, ela sabia que não aguentaríamos mais ver nenhum tipo de comida humana.   Deitei na minha cama e fechei bem os olhos, tentando dormir- graças a minha sede- consegui apagar.   * * *   Na manhã seguinte acordamos exatamente as quatro da manhã, tínhamos até as sete para nos alimentarmos bem, e voltarmos rapidamente para casa, não tínhamos tempo para brincadeiras e joguinhos com os humanos, tínhamos que ser discretos e rápidos e não nos afastar uns dos outros por medidas de segurança. Os grupos de minha mãe e de meu pai foram na frente em direção as cidades de Brighton (leste) e Cardiff (oeste); e meu grupo foi para Southampton (sul); se algo desse errado e fossemos surpreendidos teríamos de levar nossos inimigos até Ewel para uma armadilha, em um campo vazio e distante o suficiente dos humanos. Eu tinha receio de que algo acontecesse com alguém da minha família, se algo acontecesse e alguém se machucasse eu não conseguiria me perdoar.   Assim que todos saímos de casa em direção as cidades de caça, eu e Erick trocamos um olhar preocupado, ele parecia entender a angústia que eu carregava. Assim que chegamos à Southampton, começamos a caçar, a sede nos impossibilitou de fazermos joguinhos ou qualquer coisa do tipo, éramos predadores e os humanos nossa comida. Matei alguns humanos tamanho era minha sede, quando terminei, vi Erick drenando o sangue de um rapaz alto e musculoso que se debatia em vão, a postura dele parecia muito selvagem. Ele terminou com o garoto rapidamente e se virou para mim.   -Tudo bem?- ele perguntou enquanto limpava a boca, Alec saiu de uma parte isolada do galpão e se juntou à nós.   -Sim, eu só estava esperando vocês terminarem.- eu disse.   -Querem caçar mais? Ainda temos meia hora, antes de irmos.- Erick perguntou.   -Seria ótimo, não sabemos por quanto tempo ficaremos sem nos alimentar, é bom comer bastante agora.- Alec respondeu e saímos em busca de mais comida, corremos em direção às fábricas da cidade sempre havia mendigos ou trabalhadores chegando para mais um longo dia, com meus dons iludi dois homens e os arrastei em direção ao galpão que havíamos acabado de deixar, me alimentei deles ainda vivos, o sangue era melhor quando ainda corria pelas veias, assim que terminei fui procurar os garotos que estavam demorando muito.   Comecei a correr em direção ao cheiro de Alec, que era o mais forte, mas então senti o cheiro de cachorro molhado muito forte e fétido, pensei ser o de Erick mas havia algo de errado, meus instintos gritavam para que eu fugisse, então eu senti novamente o cheiro de Alec perto da floresta, que diabos Alec faria dentro de uma floresta?! Não fazia parte de nossa rota de volta. Comecei a me preocupar, e a correr mais, então ouvi um uivo grotesco e passadas largas em minha direção.   -Não deveria andar sozinha pela floresta.- me virei e encarei um lobisomem em forma humana com uma cicatriz horrível no rosto. Me afastei um passo, ele sorriu.   -Não irá responder minha pergunta?- ele questionou. Eu estou ferrada, completamente ferrada, onde os garotos estão?! Merda, eu vou morrer.   Engoli em seco e respondi:   -Não devo conversar com estranhos. Com licença.- eu disse e me retirei em direção a floresta.   -Se der mais um passo Venaro, eu arranco a sua cabecinha de vento.- ele disse e eu parei e me virei, para todos os efeitos eu estou morta. Droga eu nem tenho um testamento, quem vai ficar com o meu carro?! Argh...   Minha família irá me vingar! Pelo menos eu acho isso...   -Responda híbrida imunda.- ele rosnou furioso.   -Olha só quem fala, o pulguento mais fedido que já tive o desprazer de encontrar.- eu disse sorrindo, eu tinha plena consciência de que falando isso eu estaria assinando o meu atestado de óbito. É eu não tenho medo da morte mesmo, ou eu só seja estúpida demais...Dane-se.   -Cuidado com suas palavras, menina, você pode morrer agora.- ele disse rosnando. Ele se aproximou de mim rosnando. O que esses filhotes de cachorro pensam?! Que ficar rosnando vai me assustar?! Cães estúpidos.   Eu  não tinha muita escolha, além de lutar com aquele bicho, foi então que eu notei que ele estava tremendo e quase perdendo o equilíbrio.  Hmm, eu posso correr, mas com toda certeza ele é mais rápido do que eu. Droga de parte humana, e se ele me morder, eu vou ter uma morte agonizante e lenta, cheia de alucinações e com uma ferida horrível na minha pele impecável.   Ele parou de tremer por alguns segundos e parou na minha frente, me pegou pelo pescoço e me ergueu do chão, me pressionando contra uma rocha enorme. Ele deu um sorriso medonhamente estranho, eu sentia um cheiro podre.   -Sabe, você precisa ir urgentemente ao dentista, sua boca fede mais que carniça podre.- eu disse sorrindo.   -Garota estúpida, sabe quem me deu essa cicatriz?- ele perguntou.   -E eu tenho cara de quem sabe da vida de um pulguento nojento? Me poupe, tenho coisa melhor pra fazer.- eu disse e ele me jogou no chão. Caramba, cadê o Alec e o Erick? Onde aqueles tontos foram? Eu vou ser morta daqui a pouco, por causa do atraso deles. Aff...   -Seu pai que fez isso em mim, e eu  acho que ele vai receber um lembrete disso.- ele disse e se abaixou, passando aquelas unhas compridas no meu rosto. Argh, eu vou pegar uma infecção. E meu rostinho lindo vai ficar feio, igual a esse pulguento.   -ALEC SEU DESGRAÇADO, IDIOTA. ONDE VOCÊ ESTÁ?! - eu gritei pra as árvores, em busca daquele Volturi metido.   -Ele está muito ocupado... Agora eu acho que ele está morrendo, graças a mordida que levou.- QUE PORRA ESSE PULGUENTO, FEZ COM O ALEC?!!!   - O que?- eu perguntei sem entender. Ele sorriu, mas que droga por que essa coisa fica sorrindo toda a hora? Acho que ele tem problemas mentais, só pode.   -Acha mesmo que foi fácil chegar até você? Tive que passar por aquele Volturi.- ele disse e afundou aquelas unhas no meu rosto, rasgando a pele até a altura do queixo. Por que isso acontece comigo? Eu tenho um carma filho da puta mesmo. Eu não gritei, não ia dar essa satisfação à esse pulguento, em troca lhe deu uma mordida forte na mão e quando ele se afastou, eu lhe dei um chute no rosto. MERDA, MERDA...Meu rosto está arruinado e sangrando.    Me levantei e comecei a chutar e a pisar na cabeça daquele cachorro mal-adestrado.   -DESGRAÇADO, OLHA O QUE VOCÊ FEZ NO MEU ROSTINHO LINDO, ELE ERA IMPECÁVEL.- o cão parecia ter se assustado com o meu ataque de ira, tentou se defender, mas eu arranquei a sua mão direita quando ele tentou me dar um soco, pisei na sua perna, não foi o suficiente para quebra-lá, mas me deu uma boa dianteira de ataque.   -SEU PUTO...- mais uma pisada na cara, agora aquele rosto ficou mais medonho. Nojo.   -ONDE O ALEC ESTÁ? SEU CÃO IMUNDO E SARNENTO. - Mai uma pisada na cara.   -Aria pare, já chega.- Erick disse enquanto me afastava do lobisomem, sem mão e com a cara afundada, literalmente.   -Ele mordeu Alec, ele merece morrer.- eu disse.   -Não, ainda não, se quer que Alec viva, vamos ter que leva-lo conosco e mantermos o lobisomem vivo até que Alec acorde. - Erick parecia extremamente sério enquanto dizia isso.   - Ok, estou me acalmando. Mas Alec foi mordido, ele vai morrer eventualmente.- eu disse enquanto Erick quebrava o pescoço do lobisomem o deixando inconsciente. Melhor método para apagar um lobisomem.   -Não, ele ainda não morrerá, temos uma chance de salvá-lo mas temos que ser rápidos.- Erick começou a correr em direção à uma clareira e eu senti o cheiro de Alec.

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Notas finais do capítulo

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