Ken estava na porta da faculdade de Victoria esperando-a como o prometido ele estava lá com o intuito de ter um encontro com ela. Já estava esperando há vinte minutos e quando estava desistindo a viu sair com uns amigos e olhar na direção dele sem entender o que estava acontecendo.

-Ken o que faz aqui? – Victoria perguntou com receio.

-Vim te buscar para sairmos, temos que ter encontros não é? Pois então. – falou abrindo a  porta de seu carro para ela.

-Não imaginava que você iria cumprir com o prometido.

-Sempre cumpro com a minha palavra – disse arrancando a Ferrari.

Ken decidiu levá-la para um restaurante e depois para ver um filme. Essas eram as coisas que ele costumava fazer quando estava com Anna. A sua paixão.

-E pra onde vamos? – Victoria perguntou olhando pela janela.

-Vamos almoçar e depois ver um filme.

-Isso é ótimo. Mas que filme vamos ver?

Ken olhou como se Victoria fosse de outro planeta.

-Vamos escolher na hora a graça é essa, Anna sempre fala que tenho um péssimo gosto para filmes então é ela que sempre escolhe – falou sorrindo.

Victoria nunca tinha o visto sorrir daquela forma e ficou encantada com o sorriso dele.

-Quem é Anna?

-É a minha namorada – logo depois ele se deu conta do que tinha falado e tentou consertar – minha antiga namorada.

-Mas você fala nela no presente então conseqüentemente ela não faz parte de seu passado.

-Ela faz parte da minha vida pessoal e não acho que seja necessário falar dela para você então prefiro ficar calado e agradeceria se fizesse o mesmo. – disse rude.

-Só queria ser gentil, não se preocupe ficarei calada o resto do caminho. – falou sarcasticamente enquanto olhava o homem ao seu lado. Ela não estava se sentindo bem com a situação, se ele gostava de alguém porque concordou com uma loucura dessas? Pensou irritada.

Ken estacionou o carro em frente a um restaurante japonês. Logo que chegaram foram levados a uma mesa reservada.

-Eu não posso demorar – Victoria falou ríspida. - então não poderei ir ao cinema.

-Certo.

Victoria estava ficando furiosa com jeito dele, ele não se abalava com nada que ela falasse com exceção de Anna. O clima entre Ken e Victoria se encontrava tenso nenhuma palavra era trocada entre dois. Ken não sabia o que fazer simplesmente não conseguia ficar calmo com Victoria ao seu lado, no intimo ele repudiava o momento em que foi para aquele hotel na ilha de Seul se não fosse isso nesta hora eu estaria livre pensou amargurado, mas seus pensamentos foram interrompidos pelo seu celular.

Oi meu amor, espero que você já tenha me perdoado. Os ensaios estão animados, mas so consigo pensar em você. Me liga. Com amor para sempre sua Anna.

Ken ficou estático e riu com gosto ao lembrar-se que Anna não sabia o que estava acontecendo com ele. Se ela soubesse será que viria atrás de mim? Pensou. Olhou para a mulher sentada a sua frente dando-se conta que ela não era tão sem graça quanto aparentava. Ela possuía um olhar expressivo, uns lábios carnudos e vermelhos prontos para serem beijados. Ora pare com esses tipos de pensamentos, você tem que resolver muitos problemas sem falar que Anna é a única mulher que eu amo e desejo pensou determinado, mas não antes de olhar para Victoria mais uma vez.

Victoria foi deixada em casa logo após o almoço. Ken não havia se despedido dela, assim que ela saiu do carro, ele arrancou deixando-a parada sem saber se fez algo de errado ou se simplesmente ele não suportava a sua presença. Ela preferiu não entrar em casa e foi direto para a lanchonete. Entrou pelos fundos e ficou sentada em uma sala reservada aos funcionários esperando a sua hora de começar a trabalhar.

-Por que você é assim comigo? Então não tenho culpa pelo o que aconteceu – sussurrou para si mesma – me desculpe pela sua namorada, você deve amá-la muito e agora eu os separei, sinto muito. Eu queria ter coragem para dizer essas palavras há você algum dia. – disse com lagrimas nos olhos.

- O que esta fazendo Vicky? – perguntou Danilo, o seu amigo de faculdade e de trabalho.

Victoria olhou para Danilo e sorriu ao vê-lo, ela sempre sentiu uma afeição por ele, mas nunca levou isso a serio e ao olhar para ele percebeu o motivo. Ele era lindo. Tinha olhos azuis, cabelos loiros e um sorriso infantil.

-Nada, apenas pensando na vida meu amigo. – forçando um sorriso – e você o que esta fazendo aqui tão cedo?

-Mudei meu turno hoje, tenho um encontro mais tarde.

-Entendi.

-Quer vir comigo? Ela tem um irmão que é apresentável.

-Não obrigada, declino da idéia – sorrindo – tenho muita coisa pra estudar quando chegar em casa.

-Esqueci que você é a responsável. – disse sorrindo arrancando um sorriso de Victoria – eu estava preocupado por não ter lhe visto sorrir essa semana como sempre fez, agora sim esta a velha Vicky que eu conheço e gosto.

Victoria não pode reprimir o sorriso que transbordava pelo o seu rosto. Se ele gostasse de mim será que eu teria forças para dizer não a esse casamento? Pensou sorrindo enquanto era arrastada por Danilo para fora da lanchonete correndo como faziam sempre que um tinha problema.

Um mês tinha se passado desde que Victoria e Ken haviam se conhecido e o noivado se aproximava rapidamente. Ken nunca entrava em detalhes sobre a sua vida pessoal com Victoria e ela se mostrava cada vez mais desiludida com o rumo que a sua vida estava seguindo.