Essência de Amor escrita por Laly Swan Cullen


Capítulo 1
Colégio Interno? Positivo!


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitoras e leitores lindos...
É a primeira vez que posto uma fic no nyah, e espero que vocês possam mandar reviews dizendo o que pensam da história e do capitulo.
Queria, antecipadamente, agradecer a todos que irão comentar. E aos que não irão comentar, comentem. É muito importante - para nós autoras - sabermos o que pensam sobre nossas obras...rsrs
Queria também agradecer a minha beta, larah16, por entregar-me o capitulo betado em questão de poucos minutos.
Sem mais delongas, ai está o capítulos, beijos.



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Sempre fui uma menina estudiosa e dedicada. Os Cullens – minha família paterna - me consideram o orgulho da família. Já os Swan, queria poder dizer o mesmo. Porém nem cheguei a conhecê-los.

Faz dezoito anos que os mesmos morreram em um acidente de avião vindo visitar o papai e a mamãe em Forks. Os Swan moravam em Phoenix e se chamavam Phil e Renée Swan.

Queria poder conhecê-los, mas infelizmente eles morreram antes mesmo do meu nascimento. Isso quer dizer, há três anos.  Hoje tenho quinze e posso dizer que queria poder tê-los conhecido, mas não sinto falta dos mesmos. Porque, na verdade, nunca tive a experiência de ter duas famílias, então, eu não podia sentir falta de algo que não sabia o que era.

Para compensar tem os Cullens. A família que me mima e me dá todo o apoio que preciso.

Não sei por que, mas minha família é uma das únicas que valorizam a união em família.

Por isso, - esse ano - a maior parte da família Cullen se reuniu para viajar até Olympia. Eu, papai, mamãe e Alice tiveram que ficar aqui mesmo em Forks. Alice tinha que ficar, pois sua loja de roupas em Port Angeles ainda estava em fase inicial. Os Senhores Edward Cullen e Bella – meus pais – não viajaram, pois deviam cuidar de mim e da loja filial de decoração e arquitetura.

Já estava quase terminando de escovar os dentes para descer quando ouvi batidas vindas do lado de fora da porta do meu quarto. Lavei e guardei a escova de dente e verifiquei se meu banheirinho estava em ordem. Coisa que eu sempre fazia.

Chegando ao quarto vi a porta se abrindo lentamente. Devia ser minha mãe, pois a mesma dissera anteriormente que queria falar comigo.

- Renesmee? – Disse mamãe entrando no quarto. – Preciso conversar com você.

- Tá. Pode falar mãe. – Eu disse e ela se sentou ao meu lado na cama. Ela parecia estar apreensiva. Pensei até em perguntar, mas logo a mesma resolveu falar.

- Bom... Você sabe que seu pai e eu trabalhamos na arquitetura e decoração de casas, certo? – Perguntou-me e assenti para que ela prosseguisse. – Já faz alguns dias que recebemos uma proposta para ajudar em uma arquitetura de uma família muito rica...

- Nossa! Que ótimo, mãe. – Eu disse empolgada.

- É, filha. Mas, sabe... Tem um pequeno problema. – Ela disse franzindo o cenho. – O problema é que o lugar onde a casa vai ser construída não é em Forks. É em Nova York.

- Então vamos nos mudar?

- Na verdade, - Ela disse, vacilando. – Eles só cobrem a minha e a estadia de seu pai. Mesmo que conseguíssemos levá-la, não teríamos como pagar uma casa para todos nós.

- Ahn.. É, isso é... Sabe. - Gaguejei desprevenida. Mamãe que estava antes apreensiva pareceu ficar agora frustrada.

- Olha, Renesmee.  Desculpe-me.  Eu não devia ter proposto isso. – Ela disse levantando-se da cama.

- Não, mãe. – Eu disse segurando seu braço. - Tudo bem. Podem ir. É só que a notícia me pegou desprevenida.

- Tem certeza? – Perguntou-me receosa. Olhei em seus olhos gentis e vi a dor de me deixar sozinha e também a dor de não poder me levar junto. Eu não queria ser o empecilho para o tão amado trabalho dela.

- Claro. – Eu disse sorrindo. –Eu sei o quanto você e o papai amam e precisam desse emprego.

- Obrigada, meu amor.  – Ela disse sorrindo também.

Ficamos quietas por um pequeno momento. Porém tinha uma pergunta na minha cabeça que pedia para ser respondida.

- Mãe?

- Sim.

- Quando vocês partem? – Perguntei tentando soar normal. Coisa que fiz sem sucesso.

- Não se preocupe. Não sairei daqui hoje. Provavelmente daqui á umas duas ou três semanas.  Mas antes precisarei ver aonde e com quem deixar você. – Disse acariciando meus cabelos. – Alguma sugestão?

- Agora, nenhuma em mente. Mas pode ficar tranqüila. Eu resolvo isso. – Eu disse tranqüilizando-a.

- Obrigada, filha. – Disse me abraçando. - Obrigada mesmo.

Minutos depois mamãe desceu e eu pude ter um tempo para poder pensar melhor.

 Onde eu ficaria? Uma menina de 15 anos não pode ficar sozinha em casa enquanto os pais viajam. E ter uma babá nessa altura da vida seria uma humilhação totalmente absurda e desnecessária.

Se pelo menos os Cullens estivessem aqui... 

Ou talvez eu possa ficar com Alice até o retorno deles.  É isso. Mais tarde ligo para a Alice e confirmo com ela.

Desci para tomar meu café da manhã. Chegando ao corredor, que é passagem para cozinha, vi mamãe, mas não avistei papai como de costume.

- Querida. Pode pegar a margarina para mim? – Disse mamãe que estava sentada na mesa de mogno.

Fui até a geladeira e peguei a margarina para ela e leite para mim. Entreguei a margarina a ela, e coloquei o leite em cima da pia. Peguei uma tigela e coloquei leite e os cereais que estava na bancada.

- E então? Cadê o papai? – Perguntei levando a tigela com leite e cereais até a mesa.

- Ele tinha de ir ao banco e aproveitou para passar na loja e resolver o contrato com os Keller. – disse e deu uma mordida no pão.

- Os Keller? – Perguntei sentando-me.

- É, sabe... A família rica de quem eu falei. Eles são os donos da loja em que trabalhamos. Parece que eles são daqui de Forks mesmo. Mas a Sra. Keller comentou que queria uma casa maior em Nova York, para levar seus filhos para morarem com ela. E é nessa parte que eu e seu pai entramos.  Ela disse que pagará toda nossa estadia e receberemos um belo dinheiro fazendo isso.

- Tragam muitas lembrancinhas de lá para mim. – Falei mudando o assunto.

- Sim, comandante. – Ela disse sinalizando com a mão. – Falando nisso. Já tem alguma idéia de onde quer ficar enquanto viajarmos?

- Sim. Vou morar com a tia Alice. – Disse e pequei uma colherada de cereais com leite.

- Querida, você não pode. – Disse ela exaltada.

- Porque não? – Perguntei assustada com seu tom.

- Porque sua tia Alice está tendo que ir a Port Angeles toda semana.

- Eu não me importo. – Falei calma - Mãe, eu posso muito bem arranjar uma escola em Port Angeles.

- Querida... – Ela disse hesitando. – Não conte a ninguém, mas não é só isso.

- É o que é então, mãe?

- Sabe, sua tia, ela... Arranjou um novo namorado. – Argumentou ela devagar, num tom baixo.

Coloquei a mão na boca, abafando uma risada.

- Sério? – Perguntei surpresa.

- Sim. – Minha mãe disse dando uma risadinha também. Por um momento, me senti uma daquelas vizinhas que se reúnem para fofocar.

- Mas e o que tem isso de mais? – Perguntei voltando á questão mais importante.

- Ele está morando com ela, filha. – Ela disse agora com expressão séria.

- Não brinca! – Exclamei pensando em alguém que combinasse com o estilo eufórico de Alice.

Por mais que tia Alice tenha aparência de modelo, nunca foi como a maioria das mulheres de Forks que procuram pelo primeiro que passe. Ela sempre foi um exemplo a todos. “Alice, aquela que todos querem, mas nenhum consegue”. E também por outro lado ela vivia fazendo compras e compras, coisa que homens – em geral – odeiam fazer.

- Sério. – Disse, porém se consertou. – Na verdade, ele não está morando oficialmente lá ainda. Ele passa umas noites com ela e só.

- Nossa! Há quanto tempo isso acontece? – Perguntei.

- Acho que faz uma ou duas semanas. Ela disse que quando o viu, sabia que era amor. – Mamãe disse sorrindo boba. Devia estar lembrando, provavelmente, dela e do papai.

- Poxa. To surpresa. – Argumentei. – Quem dera? Tia Alice.

Um silêncio se formou entre nós e refletindo, percebi que tinha que arranjar algum lugar para ficar logo. Agora que o plano de ficar com Alice se desmanchou. Com quem eu ficaria?

- Renesmee. Não comenta com seu pai não. – Ela disse e eu assenti. – Sabe como ele é ciumento.

- É, eu sei. – Falei lembrando-me da última vez que conheci um menino. Só faltava ele denunciar o garoto á polícia por conversar comigo.

Continuei comendo meu cereal e ela seu pão. De vez em quando ela bebericava, mas sempre lendo o jornal, concentrada.

- Ah, você já soube? – Perguntou desviando os olhos lentamente do jornal para mim.

- Não. O quê?

- Lembra-se da antiga casa de Rose e Emmett?

- Sim. – Afirmei.

- Na mesma rua construíram um colégio interno. – Ela disse apontando para a notícia no jornal. Peguei o mesmo e comecei a ler.

“Quem diria que Forks cresceria a ponto de existir um colégio interno. Para os pais que querem viajar para curtir a vida é uma boa idéia. Ou então eles simplesmente só vão viajar a trabalho, e não tem com quem deixar os filhos.” - Li o subtítulo do jornal.

Fiquei refletindo sobre a notícia por um momento e logo achei a solução de meus problemas. “Ou então eles simplesmente só vão viajar a trabalho.”

- Mãe, já sei aonde eu vou ficar.  – Disse apontando para a figura do colégio. Ela olhou para a foto e franziu a testa.

- Filha, por mais que afirmem que esse colégio é o mais rígido possível, não acho que seja tanto assim. Por mais que eu não concorde com o ciúme de seu pai excessivo sobre você, não acho que seja uma boa idéia morar em uma escola com garotos. – Ela ficou muda com uma expressão frustrada. – Sabe, não sei no que estava pensando. Eu acho que a idéia de viajar não está dando muito certo.

- Não, mãe. – Disse exasperada. – É uma ótima idéia. Vai ser bom estudar lá. Por favor. Eu quero ir mamãe.

- Então faremos o seguinte.  Eu vou deixar você estudar lá, porém você vai ter que prometer ser uma menina responsável.  – Ela disse séria.

- Ahhhh – Gritei de felicidade e fui abraçá-la. – Claro. Prometo. Juro. Tudo o que você quiser.

- E o bom é que vou poder acompanhar você no primeiro dia de aula. – Ela disse como se eu estivesse no jardim de infância.

- É. – disse sorrindo amarelo.  Olha lá a menininha que vai à escola com a mamãe. Pelo menos vou sair daquele colégio só para garotas.

Após papai, eu e mamãe conversarmos muito sobre minha permanência no colégio interno. Eles - na verdade papai - deixaram claro que eu não poderia nem olhar para um garoto sequer, quem dirá conversar.

Eles estavam radiantes por conseguirem essa viagem que expandirá a eles novas oportunidades e horizontes. Eu estava feliz também, a alegria dos meus pais, é a minha alegria. E ainda mais quando se vai a um colégio interno onde tem muitas garotas e garotos para tudo quanto é lado.

Amanhã seria um longo dia. Eu e mamãe combinamos de ir ao colégio interno informar-nos sobre a escola e quando as matrículas estariam abertas.

No dia seguinte, ao chegarmos ao colégio, mamãe não pôde me inscrever, pois as matrículas ainda não tinham sido abertas. Então voltamos para casa.

A tarde se arrastou lentamente e o sol resolveu que não iria sair do céu nem tão cedo, o que me deixou mais ansiosa.

 Ao chegar à noite, permaneci em meu quarto e fiquei lá olhando o teto por horas, imaginando como seria morar em um colégio com garotos e garotas. Mesmo que seja ou não por pouco tempo, minha intuição diz que esse colégio mudará minha vida para sempre.

Deitada na minha cama, olhando o teto, eu contava os segundos para um novo dia. Um. Dois. Três... Até os segundos pareciam demorar séculos.

Cansada e perdida com minhas contas mentais, inclinei-me e peguei meu celular na cabeceira.

- Ótimo! – Reclamei. – Ainda são nove da noite.

Desci as escadas e fui até a cozinha. Peguei o calmante que uso quando me sinto muito pressionada em época de provas e tomei. Pelo menos isso me deixaria mais calma até amanhã.

 Fui para o quarto antes que o remédio fizesse efeito.

Em pouco tempo minha mente foi ficando embaçada e minhas pálpebras começaram a se fechar como se houvessem um peso enorme sobre elas. Foi só assim que, finalmente, consegui dormir.

{...}

No dia seguinte acordei absurdamente tarde. Já era meio dia quando eu levantei e olhei o relógio.

 Eu não ligava muito em morar em Forks como os outros moradores, porém a única coisa que me incomodava em Forks é a vasta quantidade de chuvas e o frio intenso. E hoje estava muito frio e nublado.

Às vezes, eu queria poder viajar para algum lugar onde o sol fosse constante e as chuvas aparecessem somente para refrescar o alegre verão. Poderia ser até o Brasil. Lá eu aprenderia as diferentes culturas do mesmo. Esse é um desejo que tenho fazia muito tempo.  Junto a ele tem o de fazer faculdade em Stanford e ter uma casa própria. Claro que tudo isso aconteceria em um futuro distante. Eu não me imaginaria vivendo sem meus pais. Não por muito tempo. Talvez no máximo um ou dois anos. Por isso não me importei de ir para o colégio interno.

Eu sei que sentiria muita falta deles, mas seria um erro não deixá-los ir à busca da grande oportunidade de seus sonhos. Mamãe é uma ótima decoradora, e papai um grande arquiteto. Juntos, eles são uma combinação perfeita.

Às vezes eu acho estranho, papai e mamãe parecem perfeitamente compatíveis em tudo.  Tem os mesmos gostos, vivem em uma época onde a juventude e o romantismo nunca morrem. E sem esquecer, eles são um belo casal.

Freqüentemente me pego pensando. Será que algum dia chegarei a conhecer alguém assim? Alguém que seja compatível a mim e me entenda? É claro que meus pais, especialmente minha mãe, são compreensivos. Mas estou falando de um homem. Alguém que me faça feliz nos maus dias, e que me aqueça nos dias úmidos e sombrios.

Enquanto eu me perguntava se existia o homem perfeito, fui interrompida por três batidas na porta.

- Entra – Disse enquanto terminava de pentear meus cabelos úmidos.

Senti o cheiro do perfume de morango e logo reconheci que quem entrara no meu quarto era mamãe.

- Estou vendo que minha princesinha acordou tarde hoje. – Disse mamãe se sentando na cama.

- Oi mãe. – Parei de pentear-me e sentei ao seu lado na cama. – É. Acho que estou um pouco nervosa com a nova escola.

- Calma. Vai ficar tudo bem. – Ela disse colocando a mão em meu ombro.

- É. Eu espero.

As semanas foram se passando rapidamente. Parecia que o tempo estava a favor da minha ida ao colégio interno. Eu só estava desesperada pelo fato de não saber se conseguiria me encaixar ou não nessa nova escola. Porque morando em casa eu não preciso de ninguém para me ajudar além dos meus pais. Mas no colégio interno, se eu causasse uma má impressão passaria o ano todo sendo motivo de zoação.

Por mais que eu seja bonita, isso nunca contou positivamente na minha antiga escola, já que eu estudava somente com garotas.  Esse ano eu terei a chance de ver se continuarei a nerd da escola ou uma simples garota comum.

Mamãe sempre diz que eu tenho tudo para ser uma menina popular na escola. Não sei se ela diz isso por eu ser sua filha ou atribui ao meu cabelo loiro, olhos azuis e meu corpo invejável.

Eu não sei por que, mas de todos que conheço, a família do meu pai é a única que tem olhos azuis.  E por um lado é bom ter puxado isso deles, mas por outro eu me sinto tão diferente do restante.

A cor do meu cabelo é louro natural. Meus olhos são azuis, e minha pele branca.

             De todas as meninas que já vi por aqui, nenhuma delas tem os três quesitos ao mesmo tempo. Isso quer dizer, nenhuma delas são tão estranhas como eu sou.

Hoje era o dia em que papai e mamãe iriam partir. Na verdade, estava previsto para eles irem três dias após o início das aulas, isso quer dizer, semana que vem, mas a Sra. Keller ligou falando que precisava deles com urgência.

Por isso, tia Alice comprometeu-se de me inscrever no colégio e ficar comigo até as aulas começarem. Por mais que mamãe não concordasse com a idéia dizendo que iria atrapalhar ela e o namorado, Alice insistira dizendo que ele estava viajando e que estava com saudades minhas.

- Então filha. – Papai disse entrando no quarto. – Já arrumou suas malas? Daqui a pouco Alice passará por aqui e logo mais eu e sua mãe teremos que ir.

- É... Já arrumei. – Disse um tanto nervosa.

- O que foi meu anjo? – Perguntou papai.

- Nada. – Disse forçando um sorriso. - Só estou ansiosa para começar a estudar.

Papai desceu com as minhas malas mais pesadas e deixou apenas minha mochila verde oliva e meu nécessaire para que eu levasse. Quando papai já tinha descido peguei meu caderno secreto de composições e o coloquei no nécessaire.

Após confirmar mentalmente as coisas que tinha de levar e as colocar na mochila, desci e encontrei Alice na garagem me esperando.

- Vamos? – Ela perguntou encostada em seu Porche amarelo, parecendo aquelas atrizes de comercial de venda de carro.

- Tá. – Disse a abraçando. – Deixe-me só me despedir dos meus pais.

Voltei à cozinha, onde os dois estavam tomando café da manhã. Eu não tinha comido nada, mas não fazia diferença, já que quando me sinto ansiosa demais eu não como.

Papai estava sentado tomando seu café sem açúcar e mamãe um suco que deduzi ser de laranja.

- Pai, mãe. Já estou indo. – Eu disse me aproximando deles.

- Tudo bem. – Papai disse se levantando da cadeira. Ele me deu um abraço e um beijo e depois se afastou para mamãe se aproximar.

- Tchau meu amor! – Disse a Dona Bella toda melosa. – Sentirei saudades!

- Eu também mamãe. – Disse a abraçando fortemente.

- Vamos Renesmee! – Ouvi a voz de Alice ecoando na cozinha. – Ainda temos que fazer compras para você.

Papai riu ouvindo isso. Já mamãe apenas revirou os olhos, já que a mesma odeia fazer compras.

Todos nós fomos até ao portão e papai cumprimentou Alice. Mamãe além de se despedir de Alice se despediu também de mim... Novamente.

Decidi entrar logo no carro antes que mamãe começasse a chorar. É claro que eu vou sentir saudades e não estou expulsando ninguém da minha vida, mas eu já a vi chorando a semana toda, e juro que se ela fizer isso novamente eu irei desistir de deixá-los ir.

Alice entrou no carro logo depois de mim, e graças a Deus só deu tempo de acenar, pois Alice já estava ansiosa para fazer compras para mim. O que eu sabia que definitivamente era a coisa que ela sabia fazer de melhor.

Já estávamos a duas quadras depois da minha casa e Alice ligou o rádio e sorrindo disse:

- E então? – Ela disse sorrindo olhando-me rápido e rapidamente voltando sua visão á estrada.

- Então o que? – Perguntei sorrindo também.

- O que você quer fazer primeiro? Comprar suas roupas ou me contar como se sente sobre estudar pela primeira vez em um colégio com garotos, que pelo que sei são muito gatos?

- Ah, tá. – Eu disse tentando formular uma boa resposta. – Sabe, Alice. Estou um pouco nervosa.

No mesmo tempo ela me encarou sarcasticamente. – Tá falando sério?

- Tá bom. Eu estou muito nervosa... Pra falar a verdade, morrendo de medo. – Gaguejei admitindo.

- Medo de que? – Perguntou ela me olhando pelo canto do olho enquanto ultrapassava o carro a sua frente.

- Sei lá. – Confessei. Pois na verdade eu e Alice não tínhamos segredos. Por mais que ela tenha omitido o fato de arranjar um namorado. – De não gostarem de mim. De eu não gostar da escola. Dos meninos me acharem estranha. Sabe... É algo tão novo. Acho que tenho medo do que irei encontrar por lá.

- Então só existe um remédio para curar essa ansiedade. – Ela disse me encarando. 

- E qual seria? – Perguntei já imaginando a possível resposta.

- Compras! – Exclamou eufórica.

Agora que reparei, Alice estava usando uma calça jeans simples e uma blusa cinza escura chique. Seus cabelos eram movimentados pelo vento.  Mas o que mais me chamou a atenção foi seu anel na mão direita. Ele era prata e tinha minúsculas pedrinhas que chegavam a Ser quase translúcidas. Ele combinava muito bem com suas unhas pretas.

- Alice! – Quase gritei.

- O que? – Perguntou parando o carro assustada.

- Você está noiva e nem me contou? – Encarei-a irritada. – E não adianta negar. Eu sei que você está namorando um rapaz e que ele dorme às vezes em sua casa.

- Estou vendo que fez a lição de casa! – Disse, não dando à mínima.

- Alli. Como você pode me esconder uma coisa dessas? – Falei magoada.

- Não, Renesmee. Eu não escondi. Só que eu ando muito ocupada. Não tive tempo de contá-la. – Explicou-se.

Ficamos em silencio, mas quando ela parou em frente ao shopping e me encarou eu não resisti a sua expressão de culpa - aquela de cachorro que caiu da mudança - e sorri.

- E então? – sorri descendo do carro. Ela apenas me encarou. – Sua vez! Como ele é?

- Sabe, Renesmee. Ele é maravilhoso. Ele faz com que eu me sinta tão bem, amada e segura. É como se ele completasse a metade que eu não havia descoberto.  – Disse ela com os olhos brilhando. – Antes de conhecê-lo eu me sentia feliz, segura. Achei que tinha tudo que queria. Porém, quando o encontrei, nada mais fazia sentido sem ele.

- Nossa, Alice.  – Falei sorrindo também. – Que lindo. Você deve estar mesmo apaixonada como mamãe disse.

- É. Eu o amo muito e sei que ele me ama também. – Ela disse, porém não soou num tom convencido.

É que na verdade, Alice é muito boa com intuição. É como se todos tivessem 20% de chance de acertar e a Alice 95%.

- Eu sei. – Fui indo a abraçar. – Estou feliz por você.

Compramos acessórios, maquiagens e perfumes no shopping. Depois fomos até Port Angeles, na loja de Alice, e ela me deixou pegar tudo que eu quisesse de graça. De início eu falei que não precisava, mas ela insistiu alegando que a sobrinha dela tinha de andar com classe e que seria uma boa comercialização para as roupas dela.

Após escolher diversas e lindas roupas, fomos ao restaurante que tinha perto da loja e almoçamos. Voltamos à loja dela, pois estava na hora de abri-la e a ajudei atendendo os clientes, que por sinal eram muitos.

- Pronto. – Disse Alice terminando de arrumar a bagunça de roupas que estava no balcão. _ Vou fechar logo a loja.

- Graças a Deus. – Reclamei. – Quando a patricinha loira entrou nessa loja eu achei que nunca iríamos embora.

 Ao chegarmos à casa de Alice, a mesma ligou para seu namorado e eles ficaram horas conversando, enquanto eu jantava e me preparava para dormir.

Alice me deixara ficar com o quarto que era da Rose, que dormia aqui antes de se casar e ir morar com Emmett - meu tio e irmão de Alice. Pelo que eu sei, Rose é uma amiga de longa data de Alice. E a mesma como sempre, com sua intuição de chances de acerto acima da média, uniu Rose e Emmett. 

- Renesmee! – Gritou uma voz vinda da cozinha. O que a Alice aprontou agora?

Fui até a cozinha onde Alice estava sorrindo largamente.

- O que foi Alice? – Perguntei assustada.

- O Jasper disse que volta da viagem sexta.  – Disse a fadinha empolgada.

- Então ele volta hoje? Não está muito tarde para ele dizer isso? Já deve ser quase dez horas. – Argumentei.

- Não, Renesmee. Ele volta sexta que vem. – Ela explicou. – Nossa! Estou tão feliz. Você vai poder conhecê-lo.

- Tudo bem. – Falei. – Agora me deixa dormir, porque se você não se lembra, você prometeu a Dona Bella que iria me levar para fazer minha inscrição na escola.

- Não me esqueci não. – Disse ela vindo em minha direção. – Boa noite.

- Boa noite. – Disse abraçando-a. Depois fui para o quarto, onde deixei somente o abajur ligado. 

Eu estava novamente lendo a matéria sobre o colégio interno quando ouvi passos e virei para ver quem era. 

Era Alice. A mesma estava com uma cara de pidona e com um travesseiro nas mãos.

- Fala Alice. – Falei me sentando na cama. Alice sorriu levemente e depois se sentou a cama onde eu estava.  Ela parecia que queria dizer algo, mas o medo permanecia nítido em seu rosto. – Alice, o que está acontecendo?

- Renesmee. – Ela disse olhando para baixo. – Eu...

Ela hesitou e eu a olhei, confusa. Alice nunca fora de ser medrosa assim.

- Fala Alice. – apressei-a

- Eu acho... – Disse e sorriu, batendo com o travesseiro em mim. – Que minha sobrinha não vai dormir nem tão cedo.

- Alice! – exclamei, fingindo estar zangada. – Você quase me matou de susto.

Ela me olhou triste e depois olhou para longe. E nesse momento peguei o travesseiro que estava ao meu lado na cama e bati nela também.

E foi assim que passamos a noite. Batendo uma na outra com o travesseiro e contando piadas sem graças. Ao final, Alice acabou dormindo jogada na minha cama e eu tive que apagar todas as luzes da casa que estavam acessas e dormir no sofá.


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Notas finais do capítulo

Notas finais: N/A: E então, continuo? O próximo capitulo já esta quase pronto, só estou esperando vocês mandarem bastantes reviews para que eu possa postar. XD - Nem um pouco pidona!

Nota Beta louca:
E aí genteeee??!! Tudo bem com vocês?? Como foi a semana, o final de semana? Tudo nos conformes? E... Tá, parei. Nossa..eu ri muito com esse capítulo. E como assim a Bella deixou a Renesmee ficar abandonada em Forks? Fala sério. Eu queria que minha mãe fizesse isso comigo também. Hahah. Mentira. Eu não sobreviveria um segundo...não sei fazer nem miojo. E aí..no que será que isso vai dar? Alguém curiosa(o) como eu? o/ Haha..comentem bastante!! Incentivem a autora gente!! Beeeeijo da Lara/Lari/Lary/Lala...ok, parei.