A Minha Vida em Mystic Falls escrita por AnaTheresaC
Capítulo 7
POV Damon Salvatore
-Olá, Demi – falei eu, sorrindo.
-O que aconteceu?
-Estava a passar e vi-te aí, mas como está a ficar frio decidi acordar-te.
Ela estremeceu de frio e depois disse:
-Obrigada.
Levantou-se e eu pude ver realmente como ela era bonita. Tinha curvas bem delineadas, não era demasiado magra (tipo Elena) nem demasiado cheiinha. Ela era perfeita.
Ela encaminhou-se para a porta e depois virou-se.
-Vou tomar alguma coisa quente. Queres entrar?
Há, ela não devia de ter dito aquilo, mas já está.
-OK, pode ser – respondi e entrámos em casa dela. Segui atrás dela, observando cada detalhe da casa dela.
Um pastor alemão e começou a rosnar para mim, mas eu hipnotizei-o imediatamente e ele calou-se. Às vezes era bom ser-se vampiro.
-Tens alguma preferência? – indagou ela e eu sentei-me num banco.
-Não, o que tu quiseres.
-OK. Chocolate quente?
-Pode ser.
Ela fez o chocolate quente num instante, e deu-me uma caneca.
-Anda para a sala, estamos mais à vontade.
Fomos para a sala e ela ligou a TV.
-Obrigada mais uma vez – disse.
-Não foi nada.
-Podia morrer de hipotermia, Damon. Salvaste-me a vida – disse ela e olhou-me nos olhos.
Ela parecia completamente hipnotizada por mim. Tinha aí uma bela hipótese de saber tudo o que quisesse sobre ela, mas não consegui. Aqueles olhos consumiam-me.
Ela pestanejou e olhou para a sua caneca, corando levemente.
-Demi, tenho uma dúvida – disse.
-E qual é?
-Porque não quiseste responder às perguntas da Caroline?
-Ah, isso – suspirou ela, um pouco melancólica e amarga. – Não é um assunto que eu goste de espalhar aos sete ventos.
-Juro que não conto nada a ninguém. – Já ouviram o ditado “quem mais jura, mais mente”. Pois eu já!
-Juras?
-Sim – voltei a prometer.
-Bem, não tem um final feliz, Damon. Eu vivia em Nova Iorque até os meus pais e o meu irmão terem um acidente de carro e morrerem.
Fiquei chocado. Elena tinha a mesma história, excepto a parte que eu tinha sido culpado pela morte dos pais dela.
-Sinto muito – falei.
-Eu também. Nunca pensei que certas coisas que eu tinha como garantidas, pudessem desaparecer tão depressa como uma rajada de vento.
-Não devia de ter tocado no assunto – falei, já antecipando a resposta dela. Ela iria querer continuar porque não me queria fazer sentir culpado.
-Não, está tudo bem! Mas ainda é muito recente, e não gosto que falem disso.
-Então foi por isso que vieste viver com a tua tia?
-Como sabes que ela é minha tia?
Caraças, tinha-me descaído. Ou melhor, Caroline tinha-se descaído.
-Ouvi por aí – disse.
-Hum, está bem – disse ela pouco convincente. – E tu?
-Eu o quê? – fingindo-me confuso.
-O que podes dizer sobre ti?
-Bem, sou o irmão mais velho de Stefan, tenho vinte e cinco anos, e decidi vir viver para aqui. Há muito tempo que já não vinha aqui.
-Porquê? – quis ela saber dando um gole no seu chocolate quente.
-Família militar. Estávamos sempre a mudar de local.
-Hum…
Bebi o meu chocolate quente e depois falei:
-É melhor eu ir andando. Toma um banho bem quente, OK?
-Fica descansado – disse ela sorrindo. – Eu acompanho-te há porta.
Ela acompanhou-me até à porta e dei-lhe um beijo na face. O meu ser caçador apoderou-se do meu ser. O seu sangue era dos mais tentadores que eu já tinha cheirado. Tão perto do seu pescoço…
-Demi…
-Sim, Damon? – disse ela um pouco ofegante. Isso não facilitava muito a tarefa. Mas não facilitava mesmo.
-Perdoa-me por isto – falei e empurrei-a para a parede ao lado da porta e mordi o seu pescoço.
O seu sangue era mais doce do que o normal, mais forte que todos os outros, mais tentador e sedutor.
-Damon… - suspirou ela.
Continuei a sugar, até que percebi que ela estava a ficar inconsciente. Parei a muito custo e peguei-a ao colo. Levei-a para o quarto dela e deitei-a na cama.
Olhei para ela. Os seus olhos focavam o nada, a minha mordida ainda deitava sangue.
-Demi, peço-te tantas desculpas – falei, verdadeiramente arrependido.
Pera aí! Eu, arrependido? Nunca! O seu sangue era tão bom, que eu queria matá-la e bebê-lo todo. Acho que vou acabar com a Caroline. Melhor não, a nossa relação é ainda muito recente e quero ver onde é que aquilo vai dar.
Olhei para os olhos dela e falei:
-Tu levaste-me há porta e eu saí. Nada mais aconteceu.
-Nada mais aconteceu – disse ela.
-Linda menina – falei sorrindo.
Saí de casa e corri para a minha. Um pouco chocado, atordoado, horrorizado, feliz, saciado, furioso, ganancioso, tudo ao mesmo tempo.
-Damon, está tudo bem? – perguntou o meu irmão.
-Deixa-me em paz! – gritei e corri até ao meu quarto.
Mas que raios se passava comigo? Eu não tinha este sentimento nem pela Katherine.
POV Demi Adams
Acordei já era noite lá fora. Olhei para o meu relógio e reparei que eram quatro da manhã. Que estranho, não me lembrava como tinha chegado ao quarto. Era impossível a tia Melinda ter-me levado ao colo por isso, como eu tinha ido parar ali?
Ainda estava de biquíni e estava gelada. Fui até há minha casa de banho, ainda meio atordoada e fitei-me ao espelho. Os meus olhos arregalaram-se quando vi a imagem mais horrorosa há minha frente.
O meu pescoço do lado direito estava cheio de sangue. Corri para a minha cama e vi a minha almofada. Sangue. Retornei há casa de banho e fiquei a olhar-me ao espelho durante longos momentos, tentando lembrar-me do que me tinha acontecido.
Apenas me lembrava de levar Damon há porta e depois a minha mente ficava escura. Não me lembrava de mais nada.
Tomei banho, assustada, a pensar no que me podia ter acontecido. Sequei o cabelo e deitei-me. No dia seguinte, tinha que ir falar com Damon.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que gostem!
Bjs