A Minha Vida em Mystic Falls escrita por AnaTheresaC


Capítulo 44
Capítulo 44


Notas iniciais do capítulo

Today on A minha vida em Mystic Falls...
Os fantasmas do passado...
-Isobel está aqui - disparou ele e eu arregalei os olhos, assim como Bonnie.
Estão sempre a assombrar Mystic Falls...
Katherine era uma bitch, Lilliane tinha uma mente bastante treinada para os esquemas.
-Como é que sabes?
-Passei 20 anos a viver mesmo ao lado dela.
E nunca se tem certeza de nada...
-Temos que descobrir se ela morreu mesmo.
Ele acenou.
-Não podia concordar mais contigo.



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Capítulo 44

POV Demi Adams

-Desculpa o atraso Bonnie – disse-lhe enquanto entrava no meu carro.

-Não faz mal. Também me atrasei um bocadinho.

-Vamos?

-Claro.

Guiei até á escola.

-Demi, preciso de um conselho teu.

-Fala.

-Ontem ia tomar uma bebida no Grill e vi a Elena. Ela estava chorar e então apareceu o Stefan e eu cobardemente fui-me embora. Demi, tu és minha amiga e nós fizemos uma espécie de tratado, mas a Elena precisava de mim ali e eu não fui capaz de mostrar a minha amizade para com ela.

Virei logo à esquerda, para a Mapple Street.

-Demi, estás na direção errada.

-Não, não estou.

Parei junto da porta de Elena.

-Vai falar com ela. Fala o que me disseste aqui. Eu espero.

Desliguei o carro e desapertei o cinto.

-Não sei quanto tempo é que vai demorar.

-Eu espero. De certeza que a Caroline espera uns minutinhos se for por uma boa causa.

Ela sorriu e eu retribuí.

-Obrigada Demi.

-Façam as pazes. E Bonnie, não te esqueças, somos humanas. Temos responsabilidades sobrenaturais mas continuamos a ser humanas.

Ela acenou e abriu a porta.

-Tens razão. Somos mesmo.

Fechou a porta e andou até casa dos Gilbert. Elena abriu a porta logo e ficaram as duas a conversar um pouco. Bonnie olhou para mim e Elena pediu para eu entrar. Desliguei o carro e saí fechando-o.

Então vi melhor. Elena estava lavada em lágrimas.

-O que aconteceu?

-Ontem fui conhecer a minha mãe – disse ela. – A minha mãe biológica.

Acenei e eu e Bonnie abraçámo-la. Elena começou a soluçar e eu com o pé fechei a porta. Encaminhámo-nos para a cozinha e fizemos um chá. Depois tivemos a conversar e Elena contou-nos tudo. Sinceramente, pior do que saber que éramos adotados era sabermos que a nossa mãe biológica não se importava connosco.

-Ela quer um mecanismo que pertenceu a Johnathan Gilbert.

-Eu posso investigar – disse Bonnie.

-Sim, eu também. Mas é melhor irmos, a não ser que queiramos ver uma Caroline furiosa.

Rimos todas e fomos para a escola. Elena encontrou Stefan e foram falar com Alaric enquanto eu e Bonnie fomos ter com Caroline que estava já um bocadinho chateada por nos termos atrasado.

-Portanto, isto – disse ela e mostrou-nos a foto do desfile o ano passado no seu computador. – é precisamente o que não queremos.

-Não mesmo – concordei.

-Ew – disse Bonnie. – O que vamos fazer então?

-Elegância clássica sulista – disse Caroline com um sorriso no rosto.

-Gone with the wind? – perguntei.

-Como é que sabias?

-Tu encarnas a Scarlett – completou Bonnie sorrindo para mim.

-Tão verdade.

Rimos as três e continuámos a falar de alguns detalhes. Iríamos levar vestidos do século XIX e Caroline estava toda sorridente. Pediu-me para ir ver como estavam Matt e Tyler e eu fui falar com eles.

-Como é que estão as coisas? – perguntei apoiando a minha mão na cadeira de Matt.

Ele olhou para mim e sorriu.

-Bem, acho eu.

-Sim, está tudo – falou Tyler e senti a tensão no ar.

-Então, posso falar com a Caroline e dizer que vocês estão a agir como se tivessem 12 anos e não se sabem comportar como pessoas que têm que se unir para cumprir um objetivo. Tenho a certeza que ela iria ficar radiante – falei irónica enquanto olhava para cada um deles. – Muito bem, nenhum de vocês diz nada. Vou-me embora.

Voltei para junto de Caroline e depois ela mandou-me a mim e à Bonnie ir lá fora ver como estavam as coisas.

-Espera – disse Damon atrás de mim correndo até nós. – Olá bruxinha.

-Damon – disse ela.

-Isobel está aqui – disparou ele e eu arregalei os olhos, assim como Bonnie.

-O quê?

-É, ela está aqui. Temos que encontrar a Elena e levá-la para longe.

-Claro. Nós vamos agora lá fora ver como estão as coisas – disse-lhe e olhei para Bonnie. – Vamos?

Ela acenou com a cabeça e saímos do edifício.

-Isto é perigoso – disse a Bonnie enquanto perscrutava a multidão.

-É mesmo. Isobel é uma vampira, não é?

-Que desligou o seu lado humano, assim como Damon.

Fitei-a seriamente.

-Ele voltou a ligar. Mas não vou discutir isso contigo. Afinal, tu és neutra.

-Não. Eu não concordo com o que eles fazem.

-Damon está bem, Bonnie – tentei acalmá-la. – Não vai ser necessário matá-lo.

-Espero que não.

Vi Elena no meio da confusão com uma mulher que eu desconhecia por completo.

-Está ali a Elena! – exclamei e os nossos olhares cruzaram-se. Eles demonstravam alarme. Olhei para Bonnie e atrás dela estava um homem que eu nunca tinha visto.

Peguei no braço dela e apressei o passo.

-Porquê isso?

-Estamos a ser seguidas – falei muito baixinho e esperei para que Bonnie ouvisse. Aproximámo-nos mas parei automaticamente quando ouvi o grito de Matt.

-Depressa, ajudem! – gritou Tyler e eu corri para lá. Passei por Elena que estava a andar ás voltas a gritar por Jeremy, mas não me importei. Matt precisava de ajuda.

-Espera – disse Damon com a sua voz gélida. Empurrou-me para trás e ele e Stefan ajudaram a levantar o trailer.

-OMG – disse e Bonnie aproximou-se de mim.

-Isobel está fora de controlo.

Acenei.

-E precisamos de fazer alguma coisa.

-Vou a casa e já volto – disse ela.

-Está bem.

Fiquei sozinha por momentos e vi a cena à distância.

-Temos que ir para casa – afirmou Damon atrás de mim.

-O quê? Estás louco? Não saio daqui! – gritei.

-Não é questionável, Demi – disse ele e pegou-me rudemente pelo braço.

-Nem sonhes! – exclamei num tom mais baixo.

-Vamos para casa.

-Não quero! – teimei e fiz força com os pés para ficar no mesmo lugar.

Ele parou e aproximou-se de mim até ficarmos a centímetros de distância.

-Vais andar comigo até casa a não ser que queiras passar uma vergonha por estar no meu ombro e a agires como uma criança.

Levantei o queixo e dei um passo atrás.

-Dá-me um motivo para ir contigo.

-Porque neste momento estás a irritar um vampiro.

-Não é suficientemente bom.

Ele suspirou e declarou:

-Porque eu te amo e neste momento este não é o lugar ideal para ficares sozinha.

-Não estou sozinha.

-Bolas Demi! – exclamou ele e vi que ele estava a perder a paciência. – Para de agires como uma criança!

Suspirei e olhei para o chão.

-Está bem, eu vou.

Peguei-lhe na mão e olhei-o nos olhos.

-O que foi? – perguntou ele, com a fúria completamente dissipada.

Sorri e senti-me corar.

-Quando és protetor, parece que vai ser o fim do mundo.

Ele apertou a minha mão na sua e colocou uma madeixa do meu cabelo atrás da orelha.

-Porque tu és importante para mim. Vamos.

Entrei no carro e guiei até casa dele.

-E agora, ficamos aqui?

-Sim, ficamos – acenou ele. – Queres que te faça algum chá ou isso?

-Não, eu estou bem – disse e sentei-me no sofá. – Estou com algumas dúvidas.

-Em relação a quê?

-A tudo – falei sinceramente. – Mas agora, é a Isobel. Tu transformaste-a e ela é esposa do Alaric.

Ele acenou e o seu rosto ficou tenso de repente.

-Ela não sente mesmo nada por ele?

-Não te sei dizer porque não sou ela, mas é possível.

-Não acredito nisso – virei o rosto e fiquei a olhar para a lareira.

-Demi, é verdade.

-Não. Se fosse verdade, tu não tinhas voltado a sentir.

-Ás vezes é mais forte do que nós.

-Ah! Então, os sentimentos sempre lá estão.

-Não disse que não estavam. Eles assombram-nos sempre. A questão é que… é complicado Demi.

Levantei-me de repente e fiquei de frente para ele, com montes de questões a pairarem na minha cabeça, e cada uma mais difícil de responder que a outra.

-Explica-me, Damon. Preciso de saber.

-Porquê? – perguntou ele e vi um lado sombrio nos olhos deles que nunca antes tinha visto. Ele sofria com aquilo. Ele queria desligar. Mas eu não ia deixar.

-Porque tu és o meu namorado para todos os efeitos. Eu amo-te, Damon. Eu amo-te e quero saber muito mais sobre ti. Quero saber tudo sobre ti desde o primeiro segundo em que vieste à vida até agora. Quero saber o que sentes, quero poder ajudar-te a ultrapassares o que aconteceu no passado.

Ele desviou o rosto, mas eu obriguei-o a fixar-me.

-Ouve isto Damon: eu amo-te. Só a ti. Qual é o problema de também me amares?

-Quem te disse que tinha medo de te amar?

-Eu vejo nos teus olhos. Tu tens medo.

-Não, não tenho.

-Não te armes em valente comigo – disse, com lágrimas nos olhos de frustração. Havia algo que o magoava muito mas ele insistia em não me contar o que era. E isso estava a matar-me por dentro porque ele não confiava em mim o suficiente para me contar.

Ele suspirou e baixou os olhos.

-Tudo começou quando a minha mãe morreu – murmurou ele e eu tive que me esforçar para o ouvir. – Eu sou muito parecido com a minha mãe. Era isso que todos diziam e é verdade. Ela gostava muito de mim, ela compreendia-me. Ela faleceu seis anos depois de Stefan ter nascido. O meu pai adorava o Stefan – fitou-me com os olhos brilhantes e percebi que ele estava prestes a chorar. – E quando ela morreu, ele também tinha que me criar. Olhar para mim todos os dias era recordar a minha mãe, por isso, ele começou a afastar-me.

-Lamento muito – disse num sussurro e sentei-me ao lado dele.

-Entrei para o exército e ele praticamente não falava comigo. Quando chegava das guerras, raramente estava em casa, e quando isso acontecia nós discutíamos. Stefan não gostava, como está claro, mas nós os dois continuávamos a ser irmãos e eu amava-o.

-Até que chegou Katherine.

Ele acenou e confirmou:

-Até que chegou Katherine. Ela abalou e destruiu tudo o que havia na nossa família.

Cerrei os dentes, furiosa com o que Katherine tinha destruído. Ela tinha destruído a vida do meu Damon, do Stefan e do pai deles.

-Só há uma coisa boa que aconteceu.

-O quê?

-Ter-te conhecido – disse ele e beijou-me. – Se eu não fosse um vampiro, nunca te teria conhecido.

Sorri e retribuí o beijo.

-Há mais uma coisa – disse ele de repente.

-O quê?

-Tu és uma cópia.

-Desculpa!?

-Sim. Em 1864 Katherine tinha uma amiga, Lilliane. Elas eram as melhores amigas, conjuntamente com Pearl.

-Lilliane – falei e lembrei-me do dia em que Damon tinha mencionado aquele nome. Na altura, tinha dado alguma importância mas depois tinha-me esquecido completamente. – Tu mencionaste o nome quando eu levei o colar com a rosa vermelha para a escola.

-O colar era dela– disse ele.

-Quem era ela? – quis saber.

-Uma rapariga da família Courtney, uma das fundadoras.

-O quê? Eu sou uma doppelganger?

-Acho que sim – afirmou ele. – Ela desapareceu misteriosamente uma vez. Nunca mais ouvi falar dela.

-Uma das famílias fundadoras? Tens a certeza?

-Tenho. Quero dizer, tu sabes que fazes parte da linhagem de fundadores, certo?

-Sim, sei mas nunca pensei que... OMG, Anna disse que eu era igual a ela!

-Anna também cá estava. Ela é filha da Pearl.

Lágrimas começaram a correr pelos meus olhos.

-Como era ela?

-Igual a ti, mas tinha o cabelo ruivo como fogo. Demi, não chores.

-Precisamos de ter a certeza de que ela morreu.

Ele pareceu confuso mas depois percebeu a ideia e acenou.

-Sim. Katherine era diabólica. Lilliane era pior.

-Como assim pior?

-Ela e Katherine eram amigas. Katherine era uma bitch, Lilliane tinha uma mente bastante treinada para os esquemas.

-Como é que sabes?

-Passei 20 anos a viver mesmo ao lado dela.

-Então, vocês eram vizinhos?

-Sim, éramos – ele sorriu e passou o polegar pela bochecha. – Eu estive noivo dela.

-O quê? – gritei e levantei-me de repente do sofá. – Como assim?

-Calma, não resultou em nada. Eu tinha dezassete anos e o meu pai queria que eu fosse marido dela para fechar negócios com os Courtney, mas isso não aconteceu porque ela fugiu.

-Ela fugiu?

-Como eu te disse, ela tinha uma mente para os esquemas. Arranjou um esquema qualquer para ir parar à Flórida, disse aos pais que estava grávida de um qualquer que encontrou por lá e casou-se com um tal de Rudolf. Mal teve a aliança no dedo, nunca mais se ouviu falar dela.

-E quem era o pai?

-E quem te disse que ela estava grávida?

Apontei para mim mesma.

-Sou a prova disso, certo?

-Não sei, Demi. Mal me transformei fugi para Nova Orleães. Nunca mais liguei a nada que tivesse a ver com Mystic Falls.

-Temos que descobrir se ela morreu mesmo.

Ele acenou.

-Não podia concordar mais contigo.


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Notas finais do capítulo

Next Tuesday...
A pior mãe de Mystic Falls...
-Isobel raptou o Jeremy.
Tem um plano...
-Não te vou dar o dispositivo, para tu dares á Isobel, para ela dar ao John, que me irá matar.
Que exige prática...
-Isto não é aula de piano, querida
Para o falsificar...
-Mas tu tomaste um risco com o Damon. Como sabias que ele me ia dar?
-Porque ele está apaixonado por ti.
Próximo capítulo também terá um pouco de Lilliane. Ela ainda nem chegou à cidade e já está a dar a volta à cabeça da Demi (oops, grande spoiler!)
XOXO



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