A Minha Vida em Mystic Falls escrita por AnaTheresaC


Capítulo 42
Capítulo 42


Notas iniciais do capítulo

Today on A minha vida em Mystic Falls...
Duas poderosas...
-Somos poderosas, certo? perguntei-lhe
-Certo disse ela e forçou um sorriso. Tu és uma ninfa e eu sou uma bruxa. O que nos pode acontecer?
Numa casa assombrada...
-Corre! gritei assim que vi a cobra gigante.
Que ninguém sabe a quem pertence...
Havia uma pequena nesga entre os dois portões pesados de ferro. Passámos por eles e eles fecharam-se logo de seguida.



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Capítulo 42

POV Demi Adams

Hoje era sexta feira. E eu… bem, para ser verdadeira, eu estava exausta. O Riley puxa por mim, o Damon puxa por mim, os professores puxam por mim. Está tudo a tentar fazer com que eu estique, mas eu sou um ser humano, não consigo ser a super mulher, ou qualquer coisa assim desse género!

Damon e eu falámos sobre o que aconteceu no concurso e ficou tudo bem entre nós, mas eu jamais me irei esquecer o que ele fez. Eu perdoei-o, mas custa-me muito aceitar as desculpas. Bem, para desanuviar, estamos a pensar em passar o Natal e o meu aniversário (eu faço anos dia 29 de Dezembro) em NY. Quando contei isto à Sarah ela ficou eufórica e tive que afastar o telemóvel porque os gritos dela eram estridentes.

Quem não ficou feliz foi Riley. Eu disse-lhe que podia vir connosco, mas ele recusou porque tinha que trabalhar nalgumas coisas com o pai. A tia Melinda também não gostou muito da ideia, mas depois acabou por concordar. Eu mal podia esperar para acabarem as aulas. Hoje era o último dia, por isso, iria hoje com Bonnie à mansão que pertenceu à minha família. Peguei na jóia verde e coloquei-a no pescoço e escondi-a por baixo da camisola.

-Demi, vais chegar atrasada! – exclamou a tia Melinda do andar de baixo e eu corri com as minhas coisas.

-Desculpa, tia, eu sei.

Sentei-me para tomar o pequeno almoço e tomei-o o mais depressa que pude. Bolas, estava atrasada e Mrs. Flowers não iria gostar nada. Fiz os pneus chiarem até chegar à escola e, felizmente, cheguei mesmo quando estava a tocar. Bonnie estava mesmo á minha espera à porta da sala de trignometria.

-Ainda bem que chegaste! Estava preocupada!

-Desculpa Bonnie – falei e depois baixei o tom de voz. – Trouxe tudo para seguirmos logo. E tu?

-Também – respondeu ela no mesmo tom e entrámos na sala.

POV Bonnie Bennett

As aulas passaram a correr e depois de almoçarmos com Caroline e Elena fomos para a antiga casa dos Adams. Aquilo era realmente sinistro, pior até do que Demi tinha descrito, mas ao mesmo tempo sentia um poder intenso vindo dela. Era algo estranho para mim.

Ela empurrou o portão forjado a ferro e entrámos na propriedade.

-Tens o colar a postos? – perguntei-lhe e ela tirou de debaixo da camisola o cristal verde. Eu já tinha tentado investigar sobre o cristal, mas pelas pequenas informações que tinha conseguido extrair dos livros da avó, o cristal era mesmo antigo. E quando eu digo antigo, refiro-me aos primeiros tempos da Civilização Grega.

-Muito bem – disse e subimos os degraus que iam dar para a pequena varanda. – Estás preparada?

-Sim.

Olhei para a fechadura da porta e foquei-me nela, imaginei-a a abrir-se e ela fez exatamente o que eu imaginei. Demi deu um passo para a porta, mas eu impedi-a.

-Primeiro eu.

Ela acenou confusa mas assentiu. Entrei.

POV Demi Adams

Bonnie entrou e respirou fundo.

-Podes entrar – disse ela e eu atravessei a porta.

O som agudo voltou a atingir-me e eu encostei-me à porta evitando gritar para não assustar Bonnie.

-O que foi? – perguntou ela, preocupada, mas não consegui responder.

Sem o cristal, condenada estarás

Se sem ele aqui entrares.

-Eu tenho o cristal! – exclamei finalmente e o som parou automaticamente.

Mostra-o.

Vi Bonnie a arregalar os olhos e percebi que a voz não era apenas na minha cabeça, era em toda a casa.

Tirei o fio que estava debaixo da minha camisola de gola alta, com o colar que Damon me deu.

Colar da herança de família:

Ultimamente, andava sempre com ele para todo o lado, exeto para dormir, sendo que não era nada conveniente porque não me apetecia nada morrer estrangulada por um fio de prata.

Olhei para Bonnie, esperando alguma reação, ou alguma evidência do que pudesse acontecer a seguir. Mas não aconteceu nada. Nada. Zero. Nada nadinha.

-Talvez isto tenha sido uma brincadeira – falou Bonnie ainda de olhos arregalados.

-Bonnie, tu também ouviste a voz – disse e um arrepio passou pela minha espinha, seguido de um forte sexto sentido. – Lá em cima.

-O quê?

-Lá em cima. Segue-me.

As escadas em caracol faziam-me lembrar a escadaria da mansão dos Lockwood, mas com alguns séculos em cima de pura desvalorização pelo antigo. Subi os primeiros degraus e fiquei à espera que Bonnie me acompanhasse.

-Somos poderosas, certo? – perguntei-lhe, tentando motivá-la.

-Certo – disse ela e forçou um sorriso. – Tu és uma ninfa e eu sou uma bruxa. O que nos pode acontecer?

Morrer, pensei, mas calei-me.

O andar de cima era praticamente quartos com portas acinzentadas pelo tempo, e alguns já nem isso tinham.

-Terceira porta – falei instintivamente e deixei-me levar por aquela intuição que eu não fazia ideia de onde é que vinha.

Abri a terceira porta que havia á minha direita. Não havia lá nada, apenas um baú castanho escuro com bastante poeira e abri-o. A seguir, gritei.

POV Bonnie Bennett

-Corre! – gritei assim que vi a cobra gigante. E nem pensámos duas vezes: descemos as escadas a correr e quando já estávamos prestes a chegar à porta ela fechou-se assim do nada. Voltámos a gritar completamente apavoradas.

Olhei para as escadas e a cobra estava a descer rapidamente. Não como uma cobra mas como uma pessoa.

Demi correu até à sala e gritou por Bonnie:

-Bonnie! – corri até ela. – Parte o vidro!

Foquei-me no vidro e lancei um feitiço de destruição e ele despedaçou-se.

-Depressa! – gritou ela e corremos o mais que podíamos para fora daquela casa. O portão estava a fechar-se, mas devagar.

-Depressa Demi ou ele vai fechar-se!

Acelerámos ainda mais, mas parecia que não era o suficiente.

-Vamos Bonnie! – ela pegou-me na mão e puxou-me para corrermos ainda mais depressa. As minhas pernas ameaçavam ceder a qualquer momento, mas eu só me permitia descansar quando estivesse em casa.

Havia uma pequena nesga entre os dois portões pesados de ferro. Passámos por eles e eles fecharam-se logo de seguida. Olhámos para trás e vi a enorme cobra a rastejar na nossa direção.

-Carro. Depressa! – mandei e entrámos no carro. Demi acelerou fazendo os pneus chiarem e só desacelerou quando já nos encontrávamos perto da cidade.

O meu coração batia depressa e parecia que não estava mais no mesmo sítio mas no meu cérebro.

-O que raio foi aquilo?

-Uma cobra – respondeu ela. – Mas o que fazia uma cobra ali dentro? Supostamente já devia de estar morta, certo?

-Não sei não, Demi. Tu és uma ninfa, eu sou uma bruxa, Damon e Stefan são vampiros e pelos vistos a casa também fala – raciocinei melhor, tentando clarear as ideias. – Ou será que não foi a casa que foi? Será que foi ela?

-Cobras não falam.

-Pois não. Mas vampiros podem-se transformar em animais, certo?

Olhou para mim séria e depois voltou os olhos para a estrada.

-Certo. Queres ir ao Grill ou para casa?

-Casa. Não vou entrar no Grill a tremer como varas verdes.

-Sim, concordo plenamente.

POV Demi Adams

Deixei Bonnie em casa e despedi-me logo dela. Combinámos que no dia seguinte iria levá-la à escola para fazermos o desfile. Eu, Caroline, Bonnie e Elena ficámos responsáveis por um pouco de tudo, mas eu e Elena iríamos participar na parada. E eu iria com o Riley.

Parei junto à casa dos Salvatore e respirei fundo. Peguei no saco de ginástica que tinha o meu fato de treino e saltei do carro. Voltei a respirar fundo. Eu não estava a conseguir controlar a minha respiração e o colar da minha ancestral pesava-me no peito e queimava-me. Como se não me pertencesse.

Entrei em casa e subi as escadas. Mudei de roupa e voltei a descer para o ginásio. Abri a porta mas fui encostada conta a parede mesmo ao meu lado.

-Porque não me disseste que ias ter o Riley como par?

-Damon! – exclamei pegando nas mão dele que me pegavam no pescoço com demasiada força.

-Porquê?

-Estás a sufocar-me! – exclamei e a sua expressão mudou para uma de assustada e deu um passo atrás.

-Acalma-te – disse ele.

-Mas que raio estás para aí a falar? – gritei com ele dei um passo em frente terminando com a distância entre nós.

-Disto – falou ele e levou-me até à parede onde estava um espelho retangular grande e com uma barra para eu me divertir e recordar os passos de ballett de quando era pequena.

O que vi não era eu. Não era possível. Os meus olhos tinham perdido o tom castanho e estavam verde musgo e havia uma aura à minha volta verde. Assustei-me e dei um passo atrás embatendo no seu peito.

-OMG – disse e virei-me para ele. – O que se está a passar?

-Só tiveste um ataque de raiva. Talvez por eu também o ter causado. Desculpa.

Dei um passo atrás e parte daquela fúria estava outra vez a tomar conta do meu corpo.

-Sobre o Riley, foi a melhor escolha, a não ser que queiras o Tyler Lockwood como meu companheiro.

Ele fez uma careta bem feia e depois disse:

-Melhor o Riley.

-Pois, pensei o mesmo. Vamos treinar.

Ele acenou e atirou-me uma estaca de madeira para começarmos a treinar.


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Notas finais do capítulo

Next Tuesday...
Existem muitas histórias...
-Sabes bem que consigo demonstrar mais coisas através dos pensamentos do que com a fala.
Sobre os Salvatore...
-E tu, deves de ser o irmão que o odeia.
Mas há uma em especial...
-Chamava-se Lexi.
-Lexi?
Que deve ser contada...
-Sabes esse sentimento que tens para com Stefan? Para com todos? Achas que tens tudo sob controle, mas não tens. Irá tirar o melhor de ti.
Quem não gosta de Lexi? Ela deve de ser a vampira mais fofa da história! Próximo capítulo é em honra a ela. Bjs



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