A Minha Vida em Mystic Falls escrita por AnaTheresaC
Notas iniciais do capítulo
Today on A minha vida em Mystic Falls...
Ele foi raptado...
-Stefan foi raptado por uns vampiros.
E há que ter um plano...
-Esperem.
Nós os três virámo-nos.
-Expliquem-me melhor o vosso plano
Não importa a que custo...
-Estás maluca? Eles são vampiros!
-Eu sei, mas é o Stefan que ali está!
-Vamos.
Será que o conseguirão resgatar?
-Quão rápida és? perguntou Damon, enquanto andávamos rapidamente.
-Bastante rápida.
-Ótimo. Começa a correr.
Capítulo 37
POV Demi Adams
Fomos até casa de Elena, e depois percebemos que a única pessoa capaz de nos ajudar em resgatar Stefan era Alaric. Elena tirou o número de telemóvel dele da lista de contactos de Jenna e combinámos encontrarmo-nos na escola.
-Vocês vão ter com o Alaric. Eu vou verificar se ele está mesmo com eles.
-Não, Damon… - falei, segurando o seu braço e impedindo-o de sair.
-Só vou confirmar. Telefono-te, está bem?
Acenei com cabeça e deixei-o ir, com medo que ele não voltasse tão cedo.
-Temos que ir – falei para Elena e corremos até ao carro dela.
Entrámos na escola pela saída de emergência do ginásio e fomos pelos corredores. Eles não pareciam tão simpáticos como quando estavam cheios de pessoas. Agora, pareciam assustadores e tenebrosos.
Fomos para a sala de História e Alaric já lá estava, a ler uns papéis.
O meu telemóvel tocou e eu atendi logo. Era Damon.
-Ele está aqui. Já estou a ir.
-Está bem.
Desliguei e acenei para Elena.
-O que querem falar comigo?
-Stefan foi raptado por uns vampiros que tinham sido fechados num túmulo em 1864. Eles acham que os Salvatore foram os culpados – falei.
-Mr. Saltzaman, eles vão matar Stefan – falou Elena, com lágrimas nos olhos. – Não podemos deixar isso acontecer.
-Ainda não compreendi como é que vos posso ajudar.
-Damon não pode entrar em casa – deduzi em voz alta e virei-me para ele. – É aí onde o professor entra.
Ele fitou-me e respirou fundo.
-Continua.
-O professor voltou à vida, graças a esse anel. O professor pode entrar sem correr qualquer risco de vida.
-E o que eu ganho com isso?
Eu e Elena ficámos sem fala. Ele não ganhava nada.
-A mulher que está a compactuar com isto sabe onde a sua esposa está – falou Damon, atrás de mim, com o rosto tenso e os olhos semicerrados.
-Está a mentir – falou Alaric e riu.
-Muito bem. Nós cá nos arranjamos – falou Damon e virou-se.
-Mr. Saltzman, é do Stefan que estamos a falar.
Ele não respondeu, apenas ficou a olhar para Elena, com um misto de gozo da situação e desprezo. Elena suspirou e virou-se. Começámos a sair da sala.
-Esperem.
Nós os três virámo-nos.
-Expliquem-me melhor o vosso plano.
Olhei para Damon e sorri aliviada.
POV Caroline Forbes
Tive que ir por um trilho qualquer e o meu carro ficou empanado na lama. Tentei acelerar, mas a roda afundou-se ainda mais. Fiquei parada ali. Busquei o meu telemóvel, mas ele estava sem rede. Ah, porcaria de tempestade!
POV Elena Gilbert
Os dois, Mr. Saltzman e Damon, saíram do carro e começaram o plano. Eu e Demi éramos a fuga. Demi estava a uns metros do carro, atenta a tudo o que se passava. Ela iria acabar por ficar ensopada por causa da chuva, mas estávamos a falar sobre Stefan. Ela e Stefan eram bons amigos.
Um galho caiu em cima do vidro e eu gritei. Tirei uma injeção de verbena que estavam na minha mala e que Mr. Saltzman me tinha dado e saí sorrateiramente do carro. Eu tinha que ir ver o que se passava lá dentro, o problema agora era passar para lá sem Demi me ver.
POV Demi Adams
Detetei um movimento pela minha visão periférica. Era Elena. Corri até ela e peguei-lhe pelo braço.
-Estás maluca? Eles são vampiros!
-Eu sei, mas… é o Stefan que ali está!
Suspirei. Ela tinha razão, e o que ela estava a fazer não era nada que já não me tivesse passado pela ideia.
-Vamos – disse-lhe e corremos as duas até à casa.
Corremos até ás traseiras e encostámo-nos numa parede que tinha uma janela logo ao lado.
-Billy, Jacob, voltem para aqui – ouvimos e sustivemos a respiração.
Olhei para os lados e vi que havia umas escadas que provavelmente iriam dar para a cave da casa. Toquei Elena no braço e apontei para as escadas. Ela acenou e correu primeiro para lá e eu fui logo de seguida.
Havia uma porta com pilares de ferro e nós abrimos e fechámo-la logo. Depois, deparámo-nos com uma porta de madeira, com vidros cheios de pó. Elena tentou abrir, mas ela estava trancada.
-Deixa-me fazer isso – falei e com o cotovelo bati no vidro, que era bastante fácil de quebrar. Abri a maçaneta por dentro e ela escancarou a porta.
Entrei primeiro. Havia uma esquina e eu espreitei. Ao fundo, estava um vampiro a ouvir a ouvir música. Olhei para trás e falei sem proferir um som:
-Vampiro.
Ela entregou-me uma das injeções de verbena que Alaric nos tinha dado. Espreitei outra vez, mas ele já tinha notado a nossa presença. Comecei a empurrar Elena para trás para começarmos a correr dali para fora. Aquilo tinha sido muito má ideia, mas então Damon aparece-nos à frente.
-São malucas?!
-Talvez – disse e passei por ele.
-Stefan deve de estar cá em baixo – falou Damon e eu abri uma porta. Stefan estava lá, com um vampiro que estava amarrado a uma cadeira.
-Stefan! – exclamei e Elena correu para ele imediatamente.
Stefan estava pendurado por uma corda, com os pés a dois centímetros do chão. Não tinha camisola e tinha vários cortes a jorrarem sangue e queimaduras em todo o corpo.
Damon também entrou e preparou-se para matar o outro vampiro.
-Não! – exclamou Stefan muito baixinho. – Ele não.
-Tanto faz – falou Damon e empurrou-me para chegar às cordas.
-Há verbena nas cordas – disse Stefan.
-Demi ou Elena – falou Damon e foi para a frente de Stefan para o apanhar. Desapertei as cordas o mais rápido que pude e Elena ajudou-me. Damon amparou-o e Elena foi logo ajudar Stefan a manter-se em pé.
-Espera – falou Stefan e tirou uma estaca que estava na perna do vampiro que estava amarrado à cadeira. – A outra.
Sem pensar duas vezes tirei a estaca e atirei-a para um canto.
Elena colocou um braço de Stefan atrás dos ombros dela e começámos a caminhar.
-Conseguem levá-lo para o carro? – perguntou Damon enquanto saíamos.
-Sim, conseguimos – respondeu Elena e eu ajudei Stefan colocando o outro braço pelos meus ombros.
-Ótimo. Levem-no.
-E quanto a ti? – perguntei.
-Vocês fazem a fuga, eu distraio. Vão! – exclamou ele.
Começámos a ir para o carro, o mais rápido que podíamos, mas Stefan era muito pesado e acabámos por cair os três no chão. Elena fez um corte na mão.
-Estás bem? – perguntou Stefan.
-Sim. Precisamos de continuar – disse Elena e continuámos mais um pouco.
Vi que o carro já estava mais perto e fiz sinal para Elena. Andámos ainda mais depressa, apesar de Stefan estar sempre a grunhir de dores.
-Vamos. Stefan, aqui – disse e abri a porta. Elena ajudou-o e eu entrei no banco de trás. Elena foi para o lado do condutor, e então reparámos que a ignição estava partida.
-Stefan! – exclamou Elena e o vidro do lado de Stefan partiu-se e eu encolhi-me no assento.
Stefan foi arrancado do carro por aquele vampiro que tinha atacado Damon na noite anterior e começou a ser espancado.
-Precisamos de fazer alguma coisa – falei para Elena. – A mala com as estacas, onde está?
Elena olhou para o lado, mas ela já lá não estava.
-Oh não – falou ela e saiu do carro.
-Elena! – exclamei, mas depois vi a cena.
O vampiro estava a segurar Stefan pelo pescoço e estava a centímetros de colocar uma estaca no coração de Stefan.
-Não! – gritou Elena e lançou-lhe a injeção de verbena no ombro. Caiu no chão imobilizado, assim como Stefan.
Saí do carro e comecei a correr para casa, onde Alaric e Damon estavam. Eu sei, foi uma estupidez, mas eles eram os únicos que nos podiam ajudar naquele momento. Stefan mal se podia mexer e eu e Elena não tínhamos nenhuma forma de matar aquele vampiro que nunca devia de ter saído do túmulo.
Voltei a entrar pela parte das traseiras, desci para a cave e voltei a subir para a casa.
-O que estás aqui a fazer? – perguntou Damon, segurando-me bruscamente no braço e começando a levar-me para a cave.
-É o Stefan e a Elena, Damon. Está lá um vampiro com eles, aquele que te atacou ontem à noite.
-Frederick. Eu vou matá-lo.
Descemos os três as escadas a correr e reparei que Mr. Saltzman foi mordido.
-Mr. Saltzman, está bem?
-Não te preocupes comigo, agora – falou ele e subimos as escadas da cave que davam para o exterior.
-Quão rápida és? – perguntou Damon, enquanto andávamos rapidamente.
-Bastante rápida – afirmei.
-Ótimo. Começa a correr.
Começámos os três a correr feitos malucos por ali fora.
POV Damon Salvatore
Voltámos os quatro para casa. Demi foi fazer um chá para Elena e eu fui tomar um banho. Depois, fui ajudá-la a colocar a mesa para o lanche.
-Como é que estás?
-Bem – falou ela, suspirando e vindo até mim. – Tive tanto medo.
-Mas eu estou bem. Stefan está bem e Elena está bem. Vais continuar a ter professor de História e amanhã já nem te vais lembrar do que aconteceu. Tudo isto não vai passar de uma memória distante.
-É, talvez tenhas razão – disse ela, pegando num dos biscoitos e mordiscando-o. – Mas eles eram tão…
-Cruéis?
Ela acenou com a cabeça. Havia mesmo muita coisa que ela não sabia sobre o meu mundo.
-É porque desligaram.
-Que queres dizer?
-Os nossos sentimentos são como um interruptor da luz. Podes ligá-los e desligá-los quando quiseres. Para além disso, eles culpavam-nos por terem estado 145 anos fechados num túmulo a apodrecerem. Literalmente.
-Quando tu chegaste a Mystic Falls, tu eras tal e qual como eles – falou ela e eu aproximei-me. – E depois tu mudaste.
-Eu continuo o mesmo, quer gostes ou não. Apenas… tenho demasiado em que pensar agora para fazer asneiras.
-Ah, então admites que fazes asneiras! – exclamou ela, rindo e eu não resisti e ri com ela.
-Verdade. Mas isso não acontece com todos?
-Sim, tens razão. Mas como és vampiro… as coisas amplificam-se, estou certa?
-Certíssima.
O seu sorriso desapareceu e colocou o cabelo atrás da orelha.
-Damon, hoje eu percebi que tu e o Stefan não representam uma ameaça. Mas Katherine representa e Frederick ainda está aí à solta, com Anna e mais uns quantos. Eu estive a pensar… - ela hesitou e eu tive medo do que ela pudesse dizer.
-Em que estiveste a pensar que hesitas em dizer-mo?
-Eu não sei se vais gostar.
-Diz-me.
-Bem, há uns tempos atrás eu pedi ao Riley para me ajudar a matar um vampiro.
Enrijeci.
-Não era por tua causa, era por causa de… de tudo o que estava a acontecer á minha volta. Foi durante aquele tempo em que eu tinha descoberto que tu eras um vampiro, e andavas atrás de mim, e tinhas morto a Vicky… não interessa, o que interessa é o que tu achas de eu ter algumas lições.
Eu achava muito mal, desde já por ser com o caçador. Mas por outro lado, era importante para ela, e eu via isso nos seus olhos. Ela não tinha medo de mim ou de Stefan, mas sentir-se-ia mais segura se soubesse como enfiar uma estaca no coração de um vampiro, como por exemplo, Katherine. A ideia agradava-me. Não sou do género protetor, já fui, não sou mais, mas até para me evitar dores de cabeça era bom para ela aprender a manejar algumas coisas.
-Está bem. Amanhã falas com ele.
-A sério? – ela mostrou surpresa. – Não te importas mesmo?
-É claro que me importo, mas percebo o teu ponto de vista. Aliás, adoro princesas guerreiras.
Ela riu.
-Então sou uma princesa, é isso?
-É isso mesmo – disse-lhe e beijei-a. – Agora, vamos lanchar?
Elena apareceu à porta com lágrimas nos olhos.
-Descobriram o corpo de Vicky. Eu tenho que ir.
Saiu de casa e ficámos ali os dois, sem saber o que fazer.
-É melhor eu levar-te a casa – falei e ela acenou.
-Sim, é melhor.
Desta vez fomos no carro de Stefan, já que o meu tinha ficado com a janela partida. Deixei-a em casa e dei-lhe um beijo de boa noite.
-Hoje não precisas de aparecer, está bem?
-Está bem. Queres que eu venha buscar-te amanhã?
-Não posso. Tenho que estudar.
-Mas posso vir visitar-te, certo?
Ela sorriu e abriu a porta.
-Claro. Vem almoçar. Vou ver se despacho tudo da parte da manhã, depois tenho que ir falar com o Riley.
-Ah, sobre esse assunto, eu posso ir falar com ele.
Ela sorriu.
-Eu faço isso. Boa noite.
Encostou os seus lábios aos meus e entrou em casa. Eu, por outro lado, fui beber alguma coisa bem forte ao Grill.
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Next Friday...
Para a defender...
-E o que tu tens contra isso? Sou o melhor que lhe pode ajudar.
-Não és tu, caçador, és tu, Riley Clouds.
Há que treiná-la...
-Ela tem uma ideia, que apesar de não me agradar porque tu estás envolvido, é capaz de lhe dar jeito.
Mas não é só as estacas que agora importam...
De repente a televisão apagou-se.
-Desculpem.