A Minha Vida em Mystic Falls escrita por AnaTheresaC


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Today on A minha vida em Mystic Falls...
Uma descoberta...
-Isto era da tua mãe. Em cima disto, vinha este envelope.
Pode contar segredos...
Os teus ancestrais, são seres míticos
Que é melhor não esconder...
-Oi Stefan. Onde está o Damon?
-Saiu da cidade. E não volta.
-Mentiroso! gritei mesmo na cara dele.



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Capítulo 22

POV Demi Adams

Acordei e não encontrei ninguém ao meu lado. A janela do meu quarto continuava intacta, assim como o resto do meu quarto. Levantei-me e fui até à cozinha.

-Boa dia, tia Melinda.

-Bom dia, Demi. Tudo bem?

-Sim, tudo.

-Ontem não te vi na festa.

-Ah, pois. Eu estive, mas foi durante pouco tempo.

-Hum, OK.

-Fizeste a reportagem?

-Sim, fiz. Vai aparecer hoje no noticiário da tarde.

-OK. Olha, se não te importasses, eu hoje ia dar uma volta por aí, pode ser?

-Claro que sim! Mas Demi, há algo que eu te queria dar primeiro. Espera um pouco.

-OK.

Ela saiu da cozinha e pouco tempo depois voltou com uma caixa de madeira antiga.

-Isto era da tua mãe. Em cima disto, vinha este envelope.

Ela mostrou-me o envelope que estava entre os seus dedos. No envelope dizia:

Da tua querida mãe, para ti, Demi.

-Eu encontrei isto no início da semana, quando comecei a desempacotar as coisas da tua mãe que estavam em Nova Iorque. Desculpa não te ter dado antes, mas raramente te via.

-Não há problema – falei e fiquei com a carta nas minhas mãos, sem saber bem o que fazer. – Vou abri-la. Já volto.

Peguei na caixa e subi as escadas até ao meu quarto. Sentei-me na cama e fiquei a olhar para as duas coisas que tinha. Resolvi começar pelo envelope. Abri-o rapidamente, com as mãos a tremer como varas verdes e fiquei a ler o lá tinha:

Querida Demi,

Se estás a ler esta carta, significa que já não estarei contigo, mas estás comigo em pensamento, onde quer que eu esteja. Lamento teres que saber isto desta forma, e espero que entendas tudo o que eu te disser e o que está dentro da caixa. Por favor, abre-a só quando estiveres mesmo preparada para o teu futuro.

Os teus ancestrais, são seres míticos. Podes não acreditar, mas é verdade. Somos descendentes de uma ninfa terrestre chamada Oréade, que tinha como função proteger as montanhas, as cavernas e as grutas. Com o tempo, as filhas de Oréade foram-se dispersando pelo mundo e com o tempo, começaram a dar-se com outros tipos de Ninfas. Sei que neste momento estás muito confusa, mas preciso que acredites em mim, que não te contei isto antes porque eras muito nova e queria proteger-te. Na nossa família, apenas as mulheres tinham estes poderes, por isso, é normal estares rodeada de pessoas que te venham a invejar e outras que te venham a amar e tudo o que te peço é que mantenhas a tua vida o mais normal possível, porque não quero que sofras. Eu sofri à algum tempo atrás, e não quero que passes pelo mesmo.

Dentro da caixa, vai estar a linhagem da nossa família, e quero que acrescentes o teu nome, assim como informações sobre o nosso ADN e como é atraímos seres que não são humanos, mas por favor, quero que a abras somente quando te sentires preparada para isso.

Com amor,

A tua mãe, Tiara.

Lágrimas escorriam pelo meu rosto e eu estava confusa com tudo o que tinha lido. Dobrei a carta e coloquei-a em cima da caixa, onde escondi debaixo da minha cama.

Ainda a chorar, vesti-me rapidamente, lavei a cara várias vezes, coloquei uma maquilhagem básica e saí de casa.

-Demi, onde é que vais? – perguntou a minha tia, enquanto passava a correr até à porta de casa.

-Sair.

Entrei no carro e arranquei a alta velocidade, sem saber bem o que fazer. O meu telemóvel tocou e eu atendi com o auricular.

-Sim?

-Oi linda, olha, estás em casa?

-Sarah?

-Eu mesma.

-Ah, oi.

-Tu esqueceste-te, não foi?

-Do quê?

-De que neste momento estou na auto-estrada a ir para tua casa – falou ela e parecia zangada, mas divertida.

-Desculpa, esqueci-me!

-Completamente previsível. Bem, então talvez deva voltar para Nova Iorque com os cupcakes de…

-Não! – gritei. – Pergunta ao taxista quanto tempo é que demora até chegares a Mystic Falls.

Ela perguntou ao taxista e eu liguei rapidamente à minha tia, deixando a Sarah em espera. Felizmente, a minha tia atendeu logo ao primeiro toque.

-Onde é que estás Demi?

-Estou a ir buscar uma amiga minha. Lamento tia, eu esqueci-me completamente, mas a minha melhor amiga vem cá passar o fim de semana. Pode ser, não pode?

-Valia a pena eu dizer que não? – indagou ela, parecendo zangada.

-Desculpa, a sério – falei, virando à direita, que iria dar à rua principal de Mystic Falls.

-Pode ser, mas a próxima tens que me avisar!

-Eu sei. Desculpa, tia.

-OK. Até já.

-Até já.

Desliguei e coloquei a linha da Sarah.

-Ainda aí estás?

-Claro que sim, sua parva! Deixaste-me a falar para o boneco!

Resolvi ignorá-la.

-Pede ao taxista para parar no fim da rua principal de Mystic Falls. Eu depois levo-te a casa.

-OK. Olha, o senhor diz que ainda falta uma hora. Acabei mesmo de sair do aeroporto.

-OK. Então, até já!

-Até já!

Virei o carro na direcção da casa dos Salvatore. O Damon não me tinha ido visitar, por isso, algo não estava bem. A minha mão foi imediatamente para o colar com verbena que eu estava a usar. Estava incrivelmente quente e eu não sabia bem porquê.

Cheguei lá em apenas dez minutos e bati à porta. O tio deles atendeu-me.

-Olá! Vim falar com o Damon.

-Ele não está.

-E onde ele foi?

-Saiu da cidade.

Algo no comportamento dele denunciou-o. Ele estava cá e o tio deles estava a mentir!

-Lamento imenso, mas preciso mesmo de entrar. É importante.

Empurrei-o com a máxima força que conseguia e corri para subir as escadas.

-Ei! – gritou ele.

Tinha dez segundos até ele me apanhar.

Abri a porta do quarto dele, mas ele não estava lá. Corri o corredor todo e passei por Zach num raspão. Ele apanhou-me o braço, mas eu consegui livrar-me. Ele estava tão perto de mim, que conseguia sentir o ar a deslocar-se atrás de mim. Stefan apareceu-me à frente e eu estaquei.

-Olá Demi.

-Oi Stefan. Onde está o Damon?

-Saiu da cidade. E não volta.

-Mentiroso! – gritei mesmo na cara dele. Senti o sangue a subir-me à cabeça e agi instintivamente: atirei o colar de verbena ao chão, peguei num abre-cartas pontiagudo que se encontrava na pequena mesa e fiz um corte no meu antebraço. Stefan ficou tenso e eu gritei:

-Damon!

Os dois estavam a olhar para mim atónitos e eu corri para uma porta que estava aberta, e eu percebi que dava acesso à cave.

-Demi! – gritou Stefan e eu corri mais depressa. Descia as escadas dois a dois e parei na porta enferrujada que tinha, com grades e que continham uma planta. Damon estava deitado no chão, com os olhos entreabertos.

-Demi… o que tu… - sussurrou ele.

-Não digas nada – falei, já mais calma.

Abri o trinco e abri a porta, mas Stefan puxou-me para trás, fazendo-me bater na parede com força e eu arfei. Caí no chão sentindo uma pontada nas costas.

A minha visão ficou turva devido ás lágrimas de dor, mas consegui perceber Stefan a fechar a porta.

-Não! – gritei e empurrei-o com a maior força que tinha de momento, ignorando a dor nas costas. Stefan desviou-se e eu consegui abrir a porta e puxando-a com a maior força que tinha, aproveitando o trinco, agora aberto, para me dar força para entrar.

Quase voei e caí em cima de Damon. Ele arfou de dor.

-Desculpa, desculpa, desculpa! – exclamei preocupada com ele. – Tu não estás bem, o que aconteceu?

Stefan entrou e eu expus o meu corte a ele. Como eu previa, ele estacou naquele mesmo instante, observando o meu sangue a escorrer do braço. As veias dele começaram a sobressair-se da pele e ele virou as costas.

Olhei para Damon, e ele estava tão encantado com o meu sangue, como Stefan ficou, mas ele não reprimia o seu desejo.

-Tu precisas.

-Pois preciso – concordou ele.

Coloquei o meu antebraço perto da sua boca e ele nem pensou duas vezes: os seus lábios tocaram na sua pele, e eu comecei a sentir o sangue a sair do meu corpo.


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Notas finais do capítulo

OMG, Demi não tem nem um dia de descanso! Sarah vai voltar, mas por pouco tempo.
Até terça!
Bjs



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