Nós andávamos pelo corredor. As cores brancas combinavam com o céu estrelado e azul-escuro. A lua iluminava o corredor e só havia velas.

Quando entramos na sala, vi logo várias cadeiras posicionadas. Eu não estava apavorada, mas não estava totalmente calma. Todos quando entravam naquela sala, os olhos começavam a ficar vermelhos-sangue. Não havia me acostumado a ser uma vampira, a desejar sangue.

O professor era o unico humano.

Sentei-me na mesma mesa de Aidou-senpai, simplificando, Idol-senpai. Não falei com ele ou ao menos olhei para ele. Não queria passar a idéia de que sou fácil a ser convencida, o que não sou. 

"Nossa... É tão misterioso aqui. Do jeitinho que eu gosto" pensei.

A aula começava, era de História. Não prestei atenção em nada. Não queria e acho que não precisava. Eu queria uma hora de decanso. Eu quero sangue.

Logo comecei a desenhar no caderno. Desenhei o que me veio na cabeça. Comecei a desenhar uma flor bem definida, com suas pétalas delicadas gotejando sangue e coloquei um nome ao lado. Era... Yuuki Cross. De algum modo eu conhecia esse nome, mas não sabia como.

Enquanto eu ia pensando nisso, a aula tinha acabado. Todos já estavam saindo, menos eu, Kaname e o professor. Logo o pedi para poder sair de sala, eu precisava conversar à sós com Kaname.

Assim que o professor saiu, comecei a falar.

-Kaname, você conhece alguém com o nome de Yuuki Cross, né?

-P-Por que?

-De repente, desenhei uma flor, gotejando sangue e ao lado, o nome de Yuuki Cross. - mostrei o meu desenho a ele

-Um dia... irei lhe explicar. - falou ele, saindo da sala.

Fiquei parada, pensando no desenho. Como eu consegui isto? Não conheço este nome e...ao mesmo tempo conheço. Eu quero saber sobre este nome, quero descobrir porque isso veio a mim. Por que?

Enquanto eu pensava nisto, entrava um garoto com os olhos vermelhos-sangue de cabelos brancos e ele caminhava em minha direção até parar em minha frente. Suas mãos estavam em seus bolsos.

-Quem é você? - perguntei

-Sou Homura Takeshi. Por que você está aqui ainda?

-Pensando.

-Quer que eu te leve para ca...

Antes que ele pudesse acabar a frase, coloquei a mão no rosto dele e massageei levemente embaixo dos olhos dele. Ele ficou calmo e me olhou com ternura. Ele acrescentou um sorriso calmo e bonito. 

Uma de suas mão foram para o meu rosto, acarenciando-me.

Era estranho. Conseguimos ficar parados entre os olhares em um dos outros. Os olhos dele eram profundos demais e falava toda sua personalidade.

-Você também é um vampiro.

-Seus olhos, são profundos sabia? - falava ele 

-Obrigada. Os seus também. Conseguiram me cativar. Vamos para casa.

-Pode ser.

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"Talvez um dia, seus olhos podem ser só meus."