Estou.. me sentindo.. quente... 
Estou sozinha, não há ninguém aqui, estou sozinha!
Mas, está muito quente... E também estou me sentindo com sede de... de ... de sangue!
Sangue? Como sangue? Por que sangue? Eu não tenho descendentes... Apenas o que aparece nos meus sonhos tem a ver com vampiros! Será que esses sonhos são memórias?

-Está... quente...

O lugar onde eu estava havia neve nas árvores,era noite, eu já estava com 17 anos. Embora o lugar esteja frio, sinto calor. E me incomoda... Assim, vi um homem na minha frente, eu já estava caindo.

-Quem é você...? - perguntei, caída no chão

-Você... Voltou Mellody...

O garoto a minha frente tinha as mesmas cores de cabelos e olhos que eu. Tudo castanho um pouco escuro. Assim, o mesmo pegou-me no colo e sorriu, eu já desmaiei naquela hora. A única coisa que deu para pensar é: Como ele sabe o meu nome?
Quando acordei estava numa cama em um quarto junto com aquele homem e continuei com aquela sensação de quentura, de sede, de pertubação. Assim, quando abri meu olhos o mesmo passou as mãos em meu rosto sorrindo e logo disse. 

-Você voltou, achei que tinha ido... Para sempre.

-Quem é você? O que fasso... - parei num instante

-O que há? 

-Estou... com... sede...

Quando acabei de falar, tirei a mão dele de meu rosto e o coloquei deitado na cama, assim, coloquei também meu corpo sobre o dele e, no lado direito do pescoço do mesmo, dei uma lembida e logo enfiei meus dentes ali, perfurando aquela pele. A sensação era ótima, penetrar profundamente, sugar devagar, devagar... Era como se estivesse tomando água só que tinha uma pitada de açúcar. 

-Eu esperei isso... O seu despertar. Só falta a Yuki. É bom te encontrar novamente Mellody.

Uma coisa eu sentia enquanto o sugava: o sangue dele se juntava com o meu, era inacreditável como isso acontecia. A sensação era muito boa, sujava-se todo o pescoço daquele homem de sangue, era muito prazeroso. Logo, acabei vendo algumas coisas, já apareciam nos meus sonhos antes, mas, tornaram-se mais gratificantes. Eu conseguia ver tudo. E.. Aquele era o meu irmão. Kuran Kaname. Eu logo comecei a sentir minhas lágrimas cairem e parei de sugar o sangue dele, assim sentando na cama. 

-O que há?

Não falei nada, estava um pouco assustada. Minha boca estava cheia de sangue e eu só conseguia sentir meu rosto quente e cheio de lágrimas. Assim, ele colocou as mãos dele no meu rosto novamente, o secando. 

-Você viu certo?

-S-Sim... Você é o meu irmão... Achei que estava sozinha no mundo.

-Não está mais. -falou ele limpando o sangue que havia no meu rosto. - Agora você têm a mim!

Assim, sorri e o abracei rapidamente. Não estava mais sozinha no mundo, eu tinha um irmão. Mas, o fato de eu ser uma vampira não podia ser ignorado. Embora eu tenha sugado um pouco do sangue dele, ainda sentia sede. Eu queria mais sangue. Mais sangue... Eu queria mais daquela sensação. Assim, parei de o abraçar. Continuei sorrindo e assim falei.

-Ei, onde ficarei agora?

-Aqui. Aqui é uma escola, a escola onde os vampiros ficam é chamada de Night Class... - assim que ele acabou de falar essa frase, colocou a ponta de seu dedo em minha boca, sorrindo. - Mas, é um segredo.

-Oh, sim. Entendo.
Então, eu irei passear por ai. Vou conhecer a Night Class. 

- Eu irei te acomp...

-Pode deixar que eu irei sozinha. Obrigada.

Eu queria sair para sugar mais sangue. Não queria que ele soubesse que iria fazer isso, afinal, parecia preocupado comigo e feliz por eu ter aparecido. Embora eu tenha visto que ele se sentia um pouco sozinho. Assim, andando, estava sentindo vários cheiros de sangue, diferentes daquele que havia sugado. Mas, segui um que estava mais se destacando. O segui, até que cheguei a um quarto de um cara ruivo com olhos azuis. Ele estava deitado e ele era muito bonito. Entrei no quarto, a porta estava aberta. Assim, ele me notou e me perguntou.

-Ei, quem é você?

-Kuran Mellody.

-Mellody-sama? Kaname falava muito de um nome parecido. Pelo sobrenome, deves ser uma sangue-puro. 

- O que é sangue-puro?

-Acredito que Kaname lhe explicará. O que fazes aqui?

-Seu sangue... Me chamou a atenção...

Quando acabei de falar, coloquei meu corpo sobre o dele e apenas apreciei o aroma do sangue do mesmo. Era gostoso...

-S-Senhorita...

-Eu quero sangue! Mais sangue... mais sangue...

-Acredito que o meu não seja bom o bastante!

Ignorei o que ele falou e passei minha língua em seu pescoço e depois coloquei os meus dentes ali e profundei-os. Comecei a sugar o sangue dele, o sangue escorria no pescoço dele e eu continuei o sugando. O mesmo apenas ficou quieto e colocou as mãos em minhas costas, como se aceitasse que eu faria isso. Eu apenas continuei sugando. Logo comecei a sentir mais lágrimas caírem em meu rosto e eu começar a ficar com o rosto quente, eu estava ficando rubra. Assim, sentindo tal coisa, parei de sugar aquele sangue,com a boca cheia de sangue levantei, sentando na cintura do mesmo. As mãos dele ficaram em minha cintura.

-D-Desculpe-me... Eu não queria... É que...

-Não tem problema, eu apenas emprestei meu sangue a você!

-Desculpe-me! Você está bem? 

 -Só... Um pouco desnorteado. Você tirou bastante sangue de mim... 

Sim, admito, tirei bastante sangue do mesmo, mas, em compensação consegui tirar minha sede. Assim, eu botei a minha mão no rosto do mesmo, ele estava com os olhos fechados, passei minha língua, então, no restinho de sangue que havia no pescoço dele. Era bom tirar uma "sobremesa'' depois do jantar. Assim, também limpei minha boca e sai de cima dele e dei um beijo no rosto do mesmo para agradecê-lo. Talvez não seja bom fazer isso, mas, eu era nova nisto, então, eu era o mais gentil possivel.

-Obrigada. Um dia, poderei te recompensar, acho.

-Não se agradece por isso, mas, não tem de quê.

Assim, sai do quarto dele e o deixei recupera-se. Sorri maliciosamente, aquilo estava afetando meus pensamentos, meus sentimentos. Era estranho, tornei-me mais séria e tive mais vontade de estar perto de sangue. Assim, fui até o meu mais novo Nii-san que, por sorte, ainda estava no quarto, deitado. Deitei em cima dele novamente e o abracei, sorrindo. Ele acarenciou meus cabelos e ele estava sorrindo também.

-É bom que esteja aqui, Mellody.