O que mais Temia escrita por MiraftMaryFH


Capítulo 21
Adeus Por Agora


Notas iniciais do capítulo

Oi gentee *.* aqui está o novo capítulo... com fortes emoções... exagerei...
Se puderem, passem aqui http://www.conteconnosco.com./trabalho-detalhe.php?id=1011 é que a minha pessoa enviou um texto para esse "concurso" e nem sei porque fez isso xD, se puderem votar, agradeço... basta ter conta no facebook.
Bem, obrigada ;) e beijosss.... espero que gostem do capítulo ;) qualquer coisa, eu estou nos reviews!!!



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Noite absolutamente clara e sem qualquer sonho… foi tudo o que eu tive. Não sei se isso é bom… ou mau, mas suponho que seja bom. Não houve qualquer problema para dormir mesmo com todo o barulho do andar de baixo e dos problemas e situações que rondavam na minha mente, simplesmente adormeci.

Acordo agora. São 8:05 e estou com uma dor de cabeça… não sei se foi de ter bebido ou até mesmo dos problemas, mas o facto é que estou com ela e não estou bem! Mas… o que é que eu poderia mesmo fazer? O Josh não tinha emenda, disso já eu sabia, eu duvidava que alguém neste mundo não soubesse mas, aparentemente, a Keira conseguiu mudá-lo. Muito bem, vamos parar de ser melodramáticos! Sabem que mais? Eles merecem-se! Estão a cumprir os dois um desejo mútuo, ela de querer ficar com um rapaz rico e que no lugar do cérebro tem ar e ele de arranjar alguém que sirva de “castiçal fixo”.  Que sejam muito felizes juntos! E este assunto vai ficar assim mesmo, porque neste momento estou mais curiosa com outra coisa… Dirigi-me ao quarto do John, a fim de lhe perguntar o que é que aconteceu ontem à noite… E imaginem vocês o que eu encontrei no quarto dele? Na cama, que me pareceu estar intocada desde ontem, estava deitado aquela palerma com um sorriso mais bobo da face da Terra.

- Que sorriso é esse, John?

- Que sorriso? – Ele perguntou, fazendo-se de desentendido.

- Esse que tens… sabes agora sim pareces um idiota, posso tirar uma foto?

- Podes…

- O quê? Ela roubou-te o coração e o resto do cérebro também? – Eu perguntei preocupada.

- Podes dizer o que quiseres, Brea… estou tão bem, que nem me importo com as palermices que dizes. – E saiu, todo feliz da vida…

Ok… isto é SERIAMENTE preocupante. Tenho que ligar à Molly!

- Estou? – Alguém do outro lado da linha parecia estar igualmente feliz.

- E QUÊ? A PRIMAVERA CHEGOU E NINGUÉM DISSE NADA? – Gritei.

- Brea!?

- Molly o que é que aconteceu? – Eu perguntei.

- Ahh nada de especial. O teu irmão ontem à noite veio ter comigo, nós discutimos, eu fui embora, uns rapazes vieram meter-se comigo, o John apareceu, salvou-me, discutimos outra vez, ele beijou-me e foi tão…

- Ahh… podes ir parando por aí! Ele já é nojento sendo como é, não me venhas descrever o beijo dele, PELO AMOR DE DEUS, MOLLY!

- Ok… - Ela disse simplesmente.

- Estou aflita, Molly…

- Porquê? – Ela perguntou subitamente alarmada.

- Ahh, ele agora parece mais idiota do que antes! Tem um sorriso no rosto que não sai nem com lixívia! Eu podia bater-lhe, atirar-lhe água ou spray de pimenta para os olhos que ele ia continuar a sorrir como uma menina que recebeu uma boneca!

- Espero que essa boneca seja eu!

- Molly, diz-me uma coisa… mas sê sincera…: A CASO, A PAIXÃO RETIRA-VOS INTELIGÊNCIA?

- Ah Brea, relaxa… quando estamos apaixonados, ficamos todos bobos… é como se estivéssemos bêbedos…

- Ok… e a parte em que voltamos à realidade é a ressaca? – Perguntei.

- Mais ou menos… porquê? Ah! Não digas… Josh… ou será mais Keira?

- Nem um nem outro… - Disse.

- Pois… - Ela disse nada convencida da situação… Eu também não estava… mas pronto!

- É verdade! Eu não quero mais saber disso. A mim não me interessa nada que envolva galinhas.

- Sim… pois. Diz-me… o que é que o teu irmão está a fazer? – Ela perguntou-me tão descontraída que eu podia jurar que ela estava com um daqueles sorrisos bobos e apaixonados do outro lado da linha.

- Molly, eu sei que tu e o meu irmão agora têm uma relação muito… nojenta, digo… amorosa, mas acho que isso já está fora dos limites.

- Não há limites, Brea.

- Ok, não consigo falar com vocês hoje… estão tão insuportáveis que até enjoa…

- Brea… - Ela tentou dizer alguma coisa, mas eu logo cortei-a.

- Até já, Molly.

Nem esperei por um “até já” e desliguei logo o telemóvel… Hoje estava, também, estranhamente irrequieta… não me sentia bem… algo dentro de mim dizia que alguma coisa ia acontecer… e se isto é do vosso interesse… não é coisa boa.

Desci as escadas na esperança de encontrar o meu irmão e implorar para que ele voltasse a ser o mesmo idiota de sempre que está constantemente a chatear-me e a pregar-me partidas…

- John! – Chamei. Ele estava no mesmo piso que eu, longe das escadas, o que significava que ele não estava a pensar em descer e debruçado sob uma parte escondida que dava uma vista ampla da sala no andar debaixo.

- Chiuuu! – Ele murmurou - Acho melhor saíres, Brea…

- Porquê? – Perguntei preocupada e subitamente curiosa.

- Faz o que eu digo. – Ele disse sério.

- Não! Se eu quiser ficar… fico!

- Muito bem – Ele disse vencido – Mas, não faças barulho.

Fui para perto dele e agora que estava em silêncio conseguia ouvir, muito claramente, as vozes da minha mãe… e do meu pai.

- Richard, já falamos sobre isso um milhão de vezes! – Disse a minha mãe desesperada.

- EU É QUE JÁ ESTOU FARTO DE OUVIR SEMPRE A MESMA COISA! EU TRABALHO, NÃO POSSO ESTAR AQUI PARA OS TEUS CAPRICHOS!”.

Um estalo, de repente, foi ouvido e ecoou por toda a sala. Fechei os olhos para evitar ver algo que eu sabia o que era mas recusa-me a ver… e quando dei por mim, lágrimas caiam dos meus olhos e eu encontrava-me desesperada... Era o fim, e tanto eu, como John, como as pessoas lá em baixo sabiam.

- Acabou Richard! – A minha mãe disse calma, mas eu pude notar a raiva contida – És como um estranho para todos nós! Tu só vens a casa para dormir! E mesmo assim, nem sempre vens! Sempre foste casado com o trabalho ou pelo menos aparentava ser com o trabalho! – Susti a respiração com a dura e indirecta acusação da minha mãe… que, infelizmente, podia fazer algum sentido! Mas, as palavras que se seguiam, não me podiam ter doído mais… - Quero o divórcio. Amanhã mesmo um advogado vai te procurar com os papéis e tudo mais. Adeus. – E foi assim que eu vi a minha mãe partir, saindo pela porta principal, sem uma única lágrima, pois ela havia as gasto a todas quando o casamento deles tinha acabado… e isso não tinha acontecido agora… isso foi há já muitos anos.

O meu pai nada fez. Por mais que ele realmente fosse como um estranho, eu pensei que ele poderia fazer algo, segurar na mão dela e dizer que não podia acabar assim, que ambos tinham muita história pela frente… que ele ainda a amava… mas, não era verdade e ele não iria fazer isso. Estas cenas só acontecem nos filmes e, infelizmente, isto é a vida real.

Então fechei os olhos, numa tentativa para lá de frustrada e mania infantil de fazer com que parecesse um sonho… um “sonho mau” como a minha mãe costumava dizer… um “sonho muito mau”, mas a realidade que me esperava quando abri os olhos era um cruel pesadelo e que, aparentemente, não teria qualquer solução, nem um fim muito bonito. Quando os voltei a abrir, o cenário era totalmente diferente do que eu tinha encontrado há alguns minutos atrás; A sala estava vazia; não sei para onde o meu pai tinha ido mas, neste momento, se não fosse atrás da mim que ele estivesse, então também não me interessava. Não sei se foi pelo que eu vi, ou se foi porque eu estava tensa e desesperada, mas até mesmo a atmosfera da sala parecia mais pesada e triste… talvez fosse só impressão.

Por impulso, e unicamente por impulso e também devo “agradecer” ao facto de o meu irmão se encontrar completamente petrificado pelo choque… eu corri. Não sei porquê, mas corri; Não sei para onde, mas corri; Não sei qual seria o fim daquele dia, mas corri.

Quando abri a porta, a mesma pela qual a minha mãe tinha saído sem intenção de voltar tão cedo e sem dizer: “Adeus, minha pequena”, vi que tudo estava escuro. Na verdade, já nem sabia se era dia ou se era noite; o facto é que tudo estava escuro e nublado e chovia tanto que eu sabia que apenas num passo ficaria encharcada, mas isso não interessava; não agora. Continuei a correr, ainda sem saber porquê, para onde, ou o meu fim e também não estava muito interessada em pensar nisso por agora. Na verdade, eu não estava interessada em pensar nisso nas próximas horas ou quem sabe dias.

Já estava na chuva e, por consequência, toda molhada. A chuva era fria, mas o gelo com que o meu coração se tinha deparado… ganhava à baixa temperatura da chuva milhões de vezes. A minha visão já estava horrível pela quantidade de água que provinha da cena que eu tinha presenciado há alguns minutos… da minha tristeza, mais concrectamente, mas agora com a forte chuva tudo estava pior.

Eu corria e corria, com as minhas mãos à frente dos olhos, como uma criança a fugir de um medo mas, infelizmente, o meu medo já me tinha pego… eu agora só tentava evitá-lo.

Não sei quando foi que eu entrei na estrada, nem se vinham carros ou não, mas com certeza vinham, caso contrário eu não havia sentido uma intensa dor em todo o meu corpo que acabava de ser projectado para alguns metros mais afastados do sítio onde eu me encontrava e tudo o que eu pude sentir depois da dor intensa que me fez gritar, eu sei disso, e antes de surgir um apagão no resto da minha visão e consciência, foi um alivio descomunal de que iria descansar, pelo menos por enquanto… enquanto estivesse desacordada.


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