Acordo com o barulho do meu despertador, sim era um novo dia, outro dia chato.

Sento na minha cama, e vejo Rima á dormir.

- Acorda Rima!

- J-já vou mãe... - Diz ela ainda dormindo -.

- Mãe coisa nenhuma, anda logo se não vamos nos atrasar. – Falo já levantando da cama, e indo pro banheiro. – Vê se anda rápido! – Grito de dentro do banheiro.

Escovo os dentes, coloco meu uniforme, e volto ao meu quarto.

- Ta pronta Rima?!

- Sim Amu. – Diz ela com o uniforme vestido, com sua bolsa na mão. – Já vou descendo, vê se anda logo.

- Ta bom. – Bem vamos ver o que falta. Só minha bolsa, e depois tomar café da manhã.

Vou em direção a minha bolsa, e vejo aquele cadeado perto dela, pego ele, e o coloco em meu pescoço.

Desço até lá embaixo com a bolsa na mão esquerda, até que estava leve.

- Vamos Amu... - Ela olha o relógio na parede da cozinha. – Já são 7:06, coma rápido que eu já estou terminando.

- Ta. - Sento-me ao lado dela, e tomo leite e pão com manteiga.

- Amu, porque está com esse cadeado no pescoço? – Fala ela comendo o ultimo pedaço de seu pão.

- Não sei, vi-o perto da bolsa e resolvi usar. – Tomo meu leite todo, e dou a ultima mordida no pão.

Sem mais faladeira, pego minha bolsa, e Rima já estava com a dela na mão, e vamos pra escola.

Chegamos lá no horário certo, que era 7:30.

Tivemos umas aulas chatas, e a professora de historia passou um trabalho já no segundo dia de aula!

 ~ Enquanto isso...

- Rei! Não consigo buscar essas garotas no momento, as pessoas irão nos ver.

- Tudo bem, quando elas estiverem sozinhas tragam-lás para cá imediatamente.

- Sim senhor.

~ Depois da escola...

Amu e Rima estão saindo da escola, para a suas casas juntas, já que eram vizinhas.

- Amu, você pode dormir hoje lá em casa? – Pergunta Rima.

- Sim... – Ela olha pra o beco onde corta o caminho, assim pula uma rua. – Vamos pelo beco hoje? To com fome quero chegar logo em casa.

- Pode ser.

As duas entram no beco, que era meio escuro, mesmo sendo meio dia.

O beco era meio comprido, em cima dele, havia o telhado da casa ao lado, andando por esse beco escuro, sem vida, Amu vê algo brilhar, em meio aquela escuridão.

A garota de cabelos rosados anda até o possível brilho.

- Vamos ver o que é isso! Tem um brilho parecido com esse colar. – Nesse momento, Amu segura o colar que também estava brilhando, e o levanta para mostrar a sua amiga.

Rima só á segue o brilho via de um espelho, sem reflexo, era grande, to tamanho de Amu e Rima, tinha a borda dourada, como se fosse re ouro, um ouro reluzente.

- Esse espelho não tem reflexo? – Diz Amu, balançando a mão na frente do espelho.

- Deve ta quebrado. –Disse Rima, colocando a mão sobre o vidro do espelho. Que solta uma luz enorme, que ilumina o beco inteiro.

- O que está acon... – Amu e Rima são sugadas pra dentro do espelho, rapidamente, e começam a girar sem entender nada.

Depois de meio minuto girando, elas caem sentadas em cima de uma grama macia, verdinha, com flores meio arroxeadas e azuladas. As duas olham pra frente, e esperam ver o mesmo beco, mas não. Vêem uma floresta, muitas árvores lindas, cobrindo todo o horizonte, e cobrindo a entrada do sol. Ouvia-se ao longe, um barulho de cachoeira, mas era calma, tranqüila. Esse lugar parecia um paraíso

- Onde estamos?! Do nada viemos parar aqui! – Diz Amu levantando do chão, e limpando sua saia.

Rima também levanta e limpa sua saia. Faz uma cara pensativa e diz:

- Amu quieta. – Ela olha o horizonte e continua. – Tem um riacho perto daqui, se tem riacho tem alguém perto dele, certo?

- Boa! – As duas correm até a direção do suposto riacho.

Passados um tempo, as duas garotas encontram o riacho. Água transparente sem igual, com umas plantas ao redor. Nenhuma se atreveu a colocar o pé naquela água límpida e resplandecente, com uma mini cachoeira.

- Nada... Bem será que tem alguém morando por aqui? – Pergunta Amu, com tristeza em seu tom de voz.

Começam a surgir passos do horizonte, Amu e Rima ficam com medo, passos indo em direção a elas. Os passos ficam mais intensos, como se tivesse correndo. Amu e Rima se escondem atrás de uma árvore.

- Oi! – Diz uma voz masculina, aparentemente simpática.

Rima da uma espiada e vê um garoto de cabelos verdes, óculos de grau redondos, com uma roupa meio... Estranha para o século XXI.  A blusa era branca, com uns botões parecendo de ouro reluzente, mangas dobradas, com uns desenhos meio estranhos, como círculos que pareciam ovos. Uma calça branca também, sem bolso, mas com os mesmos desenhos de ovos em seu final. Sapatos, nem eram sapatos, era um tipo de sandália masculina.

- Q-quem e-é v-você? – Pergunta Rima gaguejando assustada.

- Meu nome é Sanjou Kairi. Eu vim ajuda-lás fiquem calmas, sigam-me.

Amu sai de seu esconderijo, e segue o garoto, melhor do que ficar ali naquela floresta. Rima faz o mesmo.