The Half Devils. escrita por AmyKMtt


Capítulo 12
I know you love me.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Sabe aqueles dias em que você acorda com medo de ter realmente acordado?Não? Bem, comigo acaba de acontecer. Eu estava fitando o teto, não queria ter que levantar e encarar a realidade não muito agradável do lado de fora, ou seja, não saberia o que fazer quando visse ele.

As lembranças da noite anterior começaram a passar zunindo em minha mente. Uma parte de mim queria vê-lo de novo, outra queria se esconder num ninho e nunca mais tirar a cabeça de lá, infelizmente ou não, essa parte era maior, a qual me deu uma ótima idéia: Eu ia passar o dia todo no quarto, não precisava sair pra nada, soube que um humano pode ficar uns 5 dias sem comer...

E eu não ficaria totalmente sem comer, tinha um copo de água do lado de minha cama, algumas balas e chicletes perdidos por aí... e as minhas amigas que como são muito legais,quando vierem me visitar eu peço alguma coisinha...

Coloquei o I Pod no ouvido para me distrair, eu tinha sei lá quantas mil músicas gravadas nele, de quase todos os artistas pra ser exata.

Não sei porque, mas a segunda música que tocava na lista era Zoom Into Me, não acho que precise dizer o autor dela, mas eu adorava ouvi-la. Quando eu tinha tempo livre depois da escola, eu sempre ia pra casa e nem me importava com a lição, ouvia as músicas deles direto e essa era, ainda é, uma das minhas preferidas.

Já tinha ouvido umas 500 músicas (exagerei, só umas 200 mesmo), quando Carol entrou no meu quarto, eu, como sou muito educada desliguei o negócio, pondo-o de lado.

-O garota, você vai descer pra almoçar ou vai invernar aqui? –ela me perguntou.

-A segunda opção, obrigada.

-Vamos logo Marina.

-Eu não quero, quero descansar hoje. –falei.

-Todas nós queremos. Agente tá no maior acampamento na sala. Ficamos te esperando pra pedir a comida, mas como você não veio eu vim te chamar, aconteceu algo?

-Magina, nada não.

-Sei... depois você vai me  contar, agora temos que descer. Põem uma roupa de ficar em casa e desce. Mas, antes que me esqueça, trás a carteira.

-Por que?-perguntei. Se agente ia ficar em casa...

-Simples, nenhuma de nós tem dinheiro o suficiente pra pagar a comida na carteira, só temos os nossos cartões, e você sempre tem dinheiro pra comprar as porcarias.

-Ahhh, mas por que não pedem dinheiro pros meninos?

-Você esqueceu mesmo, né?- esqueci? Do que?- Simples assim, eles vão passar o dia inteiro fora por causa das entrevistas e o show a noite, e, de tanto pedirmos, eles deixaram  agente ficar em casa.

-Simples assim? – duvidava que foi tão fácil.

-Bem, antes deixaram alguns seguranças em casa...bem, muitos seguranças... principalmente depois que avisaram Artur.

-Só pra vigiar as portas?-perguntei enquanto me trocava dentro do closet.

-Não, as janelas também, isso na parte de fora...

-Como assim, tem na parte de dentro também? – perguntei meio incrédula, saindo do closet para achar a minha carteira.

-Tem sim, no terceiro andar pra vigiar os quartos deles, no quarto também, embora eu ainda não  saiba o que tem lá, tem dois aqui no nosso andar, não sei nem pra quê, e não sei nem quantos na cozinha, na sala de visitas, na lavanderia e etc. Tudo muito agradável, né?

-Claro, não poderia mesmo ficar melhor.- falei bufando.

Nós fomos saindo do quarto. Passamos pelos seguranças que estavam imóveis, feito estátuas, um perto da TV e o outro entre o quarto da Laura e o da Vivian, que eram os do meio.

Fomos até a sala onde todas estavam e aquilo lá dentro era realmente um acampamento, tinham cobertores e almofadas pra todo lado, mas claro, não existe acampamentos sem I Pad e laptops espalhado pela sala.

-Até que enfim! – disse Laura ao nos ver. –Já estava ficando com fome!

Mostrei a língua e me sentei junto com a Carol em uma das almofadas.

-Então, o que é que eu vou ter que pagar? – perguntei?

-Comida. – Falou Laura.

- A vá! Sério, aonde vamos pedir?

-Numa lanchonete! Vamos finalmente poder comer carne e ainda do melhor jeito possível! – Vivian comemorou, indo em direção ao telefone.

-É uma  boa idéia. – eu estava mesmo com falta de comer carne, aquela dieta vegetariana esquisita não era tão ruim, mas estava me matando aos poucos. Precisava comer chocolate pra parar em pé.

-Vocês querem o que?- perguntou Vivian já discando  o número do restaurante.

Pedimos tudo igual, só pão carne e queijo.

-Marina, quanto você tem? – me perguntou Vivian desligando o telefone.

-Só os trocados para comprar aquelas balinhas e chicletes.

-Quanto? – repetiu ela.

-Uns 500? –respondi.

-Quem precisa de tudo isso pra comprar porcaria? – perguntou Laura incrédula.

Eu só levantei a mão, fazendo as outras rirem.

Ficamos conversando um pouco sobre umas coisas aí. Acabei contando pra elas o que tinha acontecido noite passada.

-Sabia, eu te falei naquele dia em que fomos comprar os vestidos! – disse Laura, super feliz.

-Tahh, tanto faz..-falei, era a mais ansiosa pra mudar de assunto.

-Olha só, nossa menininha tá crescendo! – falou Vivian debochadamente.

Era pra matar né?

-Você quer perder o pescoço, não Vivian? – falei.

-Sabia que tinha acontecido algo assim que você falou que não ia querer descer. –falou Carol.

Ficamos conversando até a comida chegar, o que me salvou.

-Vamos as quatro atender a porta? – propôs Laura. Assentimos com a cabeça e fomos. Os seguranças queriam ir mas nós não deixamos, mas eles tiveram que ir atrás da gente.

Abrimos a porta e vimos um cara assustado segurando algumas sacolas, ladeado por dois seguranças que eram o dobro dele. Precisei me segurar pra não cair de rir na cara dele.

Ele demorou uns 5 segundos pra perceber quem éramos, mas nesse tempo eu já tinha me preparado. Antes que as sacolas caíssem no chão eu as peguei. Os seguranças que ladeavam o homem estavam se forçando para não rir.

-Muito obrigada. Quanto deu? – Perguntou Vivian sorrindo amigavelmente.

-É...d-deu 150...-ele falou, ou tentou falar.

Fui entrando em direção a sala pra deixar as coisas, mas sem antes jogar a minha carteira na mão de uma delas lá.

Depois que elas vieram, morrendo de rir do coitado, pegamos uma toalha de mesa e estendemos no chão, nos sentamos em volta dela e ligamos a TV na MTV.

-Ahh, quase me esqueci se avisar, vão transmitir a entrevista com os meninos daqui a pouco. –disse Laura. – Acho que a Marina vai querer ver.

Taquei uma almofada nela, que só ria igual uma retardada, mas sei que temos que compreender que nem todo mundo consegue ser tão inteligente igual a mim....mas é verdade!

-Que horas é? – perguntou Vivian. Laura consultou o relógio pra ver.

-Nossa, em 10min.

-O.k, então aumenta o volume da TV.-falou Caroline.

Peguei o controle e deixei bem alto mesmo. Assim se desse dor no ouvido delas...elas que quiseram.

-Nem precisava tanto, Mah. – comentou Carol.

Comemos nesses 10min praticamente em silêncio, até que a MTV anunciou o começo da entrevista.

-Vai começar. –disse Vivian fazendo com que todas as cabeças se virassem em direção á TV.

E começou.(A vá!)

-Muito bem, estamos aqui com uma das maiores bandas do mundo, sejam bem-vindos Tokio Hotel!

Os meninos entraram no auditório, sendo saudados por um monte de meninas com eufóricas segurando cartazes em mãos.

-Novamente, sejam bem-vindos  garotos.

Dizia o apresentador enquanto eles se sentavam nas poltronas que foram direcionadas a eles.

-Muito obrigado por virem, as fãs já estavam nos deixando loucos com os pedidos constantes tanto por e-mail como as que vieram aqui pessoalmente.

-Nós é que agradecemos, é muito bom pra nós atender aos pedidos das fãs. –agradeceu Bill.

-Entendo, vocês já devem ter descoberto que nesse programa tem tanto perguntas próprias da MTV como as de fãs, estão preparados para respondê-la?Devo dizer que temos bastante perguntas hoje, não é sempre que temos tantas assim.

-Sempre temos que estar preparados para as nossas fãs. –respondeu Tom, fazendo as meninas na platéia gritarem ainda mais.

-Então é melhor que respirem fundo porque lá vamos nós. Vamos começar primeiro com as perguntas do estúdio, tudo bem?

-Claro.-responderam todos em perfeito coro.

-Muito bem, começando, como está a vida de vocês ultimamente, com os projetos daquele álbum que ainda ninguém sabe nada sobre ele?

-Bem, o álbum em minha opinião atende o  que muitas fãs queriam, conseguimos mudar um pouco mas sempre deixando ao nosso modo.-respondeu Bill, sendo seguido por Tom.

-Nós trabalhamos muito para deixar ele realmente bom, aposto que quando for lançado será como uma prova de nossos esforços, além de ser diferente do último. Ainda não terminamos ele, faltam alguns detalhes para terminar, mas posso garantir que ficará pronto em breve.

-Sei, isso é o que todas as fãs estão esperando ansiosamente. – mais gritos. – E por acaso terá outra turnê?

-Ah, sim. Depois do lançamento do álbum certamente haverá a turnê, mais só depois de alcançar um certo número de vendas, aí sim sairemos mais rápido – explicava Gustav.

-E depois da nossa turnê – falou Laura, enquanto comia as batatas.

Eles ficaram algum tempo conversando sobre projetos e etc. Eu praticamente nem prestei atenção nessa parte. Quer saber por quê? Simples assim, ele estava muito lindo...ai, o que é que tinha na comida?Deve estar mal...

Mas aí chegou a uma parte em que foi requerida nossa atenção.

-Então agora temos as milhões de perguntas que foram enviadas por fãs do mundo inteiro, chegamos agora as partes mais pessoais da vida de vocês.-Tom fingiu engolir seco, causando vários risos.- preparados? –ele virou  pra câmera com a maior cara de suspense. –Será que os meninos do Tokio Hotel têm alho a esconder? Será que descobriremos segredos durante as próximas perguntas? Será que ficaremos surpresos? Isso você verá....logo após o intervalo!

Então foi para os comerciais.

-Coitados, sabemos como é essa hora, só quero ver.-falou Vivian.

-Ou, esse cara aí, o apresentador, não tem cara de lesado? –perguntei.

-Tem mesmo, principalmente nessa hora aí. – concordou Carol.

-Sério, ele quer descobrir o quê? – falou Laura – a não ser que a Marina...

Nem deu tempo de ela concluir a frase, outra almofada já voava em direção a cara dela.

Ficamos rindo da cara dela até voltar o programa.

-Estamos de volta!Vamos continuar com a parte mais esperada do programa!

-Tem razão, esse cara é mesmo um retardado. –concordou Vivian.

-Primeira pergunta, essa veio de muito longe, Japão, preparados? – os meninos assentiram, pareciam preocupados, embora não quisessem demonstrar. –Como está sendo a convivência com as “The Half Devils”? Pelo que falam elas não são nem um pouco santas.

-Ahh, bem...Elas são bem legais, muito animadas e têm uma energia que eu nem consigo acreditar que seja possível. –Começou Georg, sendo continuado pelo Tom.

-Agente se diverte com elas, o que é bem legal, elas mostraram pra gente que dá pra se divertir a qualquer momento, e é isso que elas fazem sempre.

-Entendo, é essa a imagem que todos tem delas mesmo, mas e o fato delas não serem nem um pouco santas, o que para vocês significaria?

-Então, como disse antes, isso entra no fato delas quererem se divertir, é difícil explicar. Acho que nós percebemos que tomar conta delas é pior do que cuidar de crianças pequenas.

-Elas são muito alegres e, olha é meio complicado de explicar, eu sei que elas sabem o que vão fazer sempre, ou pra tirar com a nossa cara, ou pra fazer alguém rir, mas é muito difícil que elas fiquem um dia sem pregar uma peça em qualquer um. –tentava explicar Gustav.

-Pelo menos eles tentaram explicar. -Laura disse.

-É  o que mais conta. – Concordou Carol.

-Sei, elas são felizes, vamos dizer assim. –falava o tio estranho. –Agora uma perguntinha mais polêmica pra você Tom, o que todas as fãs estão percebendo e está deixando os editores de revistas teens curioso. Nós notamos que você tem se acalmado ultimamente, não é mais visto em motéis ou em baladas, como explica isso.

-Essa tem alguém aqui que quer ver respondida. –comentei inocentemente.Mais almofadas cruzaram o ar, mas dessa vez foi na minha cara. –Quem disse que eu tava falando de você, Laura?

A mesma corou violentamente enquanto nós riamos.

No auditório, nenhum pio, pude ver que Tom pensava calmamente no que ia falar.

-Eu estou com a rotina meio cheia nesse tempo, então não tenho muita energia para sair...- ele tentou explicar.

-Ah tá bom?! Muito que fazer mesmo, não tinha mentira pior! –falava Vivian.

-Sei Tom, tem certeza de que não tem garota no meio? –O tio perguntou enquanto os outros três riam e Tom ficava meio corado, mas tentou disfarçar. – Ou ela está vendo a entrevista?

Eu comecei a rir muito nessa hora, coitado do Tom, nem sabia o que dizer. Ao meu lado as meninas riam enquanto Laura ficava séria.

-Ahh..n-não, é mesmo pelo trabalho e cuidar das meninas em casa esgota toda a minha energia.-ele tentou explicar, coisa que ninguém acreditou nele.

-Já que está te constrangendo tanto, vamos parar de ficar só em cima do seu pé...vamos por os outros também, afinal não estou vendo mais nenhum de vocês saindo ultimamente, tem garotas aí ou não tem?

-P***  m****,  eu to odiando esse tio cada vez mais! –falei.

-Ninguém pra falar? –falava o apresentador. – Isso é uma pena, até eu to curioso agora.  Bem, como falamos, queremos descobrir segredos aqui, vamos pelo menos tentar. Se tivessem garotas na história, elas estariam vendo a entrevista?

-Não faço a menor idéia.-falou Georg.

-Se não elas estariam fazendo o que?

-Essa é fácil – começou Tom –estariam tentando driblar os seguranças!

-Ai não! Agora ficou bonito. – Carol quase explodiu.

-Como alguém consegue ser tão burro assim? Era essa a armadilha, agora o negócio tá lindo! –Falava Laura dando um chilique.

Eu fiquei quieta, agora estava meio obvio pra mim e pro mundo o que eles sentiam, eu sabia agora que eu sentia o mesmo por um deles, só nunca tive espaço para refletir um pouco.

Não sabíamos o que fazer.

-Eu nem sabia se eu gostava dele, o bom disso tudo é que agora eu acho que sim...-pensava alto Laura.

- Que tipo de garota ia estar tentando driblar os seguranças, Tom?

Pelo que me pareceu, ele se tocou no que tinha dito anteriormente.

-Sei lá, alguma que fosse nossa fã?-ele falou.

-Muito bem, isso está ficando meio confuso, vamos para as próximas, Bill, você disse que procurava a garota certa pra você, chegou perto de saber que poderia ser.

-Já que estamos abrindo o jogo aqui, eu acho que sim, achei sim.-ele estava meio corado, tão fofo!

-E você ainda não vai falar quem seria, não é mesmo?Já falou com ela sobre isso?

-Eu ainda não falei com ela, não tive muito tempo.

-E se ela estiver vendo a entrevista?

-Eu tenho certeza de que se ela estiver vendo, certamente saberá que é ela, talvez com isso fique mais fácil de eu poder falar tudo isso com ela.

-Sei, será que ela sente o mesmo?

-Não faço a mínima idéia.

-Entendo, e agora que estamos abrindo o jogo, falem de uma vez porque o tempo da entrevista está acabando, estão todos na mesma?

-Sim.-os três últimos disseram juntos e o programa acabou.

 O programa terminou e nós ficamos quietas no sofá, ninguém falava nada.

O telefone tocou e ninguém atendeu, sabíamos que alguma empregada o faria, dito e feito, logo chegou uma das empregadas.

-Meninas, os meninos ligaram pra perguntar onde estavam e o que estavam fazendo, eu disse que assistiam a entrevista deles aí de repente o celular ficou mudo?

-Ah tá, tudo bem, obrigada. –Vivian agradeceu e a mulher foi embora.

-E agora? –perguntei.

-Quando eles chegarem vai ser muito tarde pra conversarmos. -falou Laura.

-Eles tem o show  a noite e nós amanhã vamos gravar o clipe, o clima vai ficar meio tenso se não falarmos nada. –dizia Carol.

-Que horas são? –perguntei.

-São 16:30. –Vivian me respondeu.

-ótimo! –falei. –Vão se trocar!

Me levantava indo para o meu quarto, as outras faziam o mesmo.

Cheguei e me joguei na cama. Será que ele gostava mesmo de mim? O que será que eu is falar pra ele e o que faria? Eu não sabia de nada, sempre me odeio quando eu não sei de nada, é muito chato.

Sentia um frio na barriga, eu estava apaixonada, mas só tinha percebido a pouco tempo atrás.

Peguei tudo que eu ia precisar enquanto me vestia apressadamente, minha carteira, bolsa, celular e etc.

Fiquei esperando as outras na sala, onde não haviam seguranças.

                Vivian chegou logo após eu e veio correndo em minha direção.

-Como vamos passar pelos seguranças?- Me perguntou Vivian.

-Simples, vamos fazer o que sabemos fazer de melhor, vamos improvisar. –respondi, ela concordou com a cabeça e as outras chegaram.

-Isso, mas tem algo que pode ajudar, a troca de turno deles é as 5:30, já são 5:20, vamos ficar apostas.  –Falou Laura.

Fomos em direção á garagem, seria bem melhor passar por lá.

Deu 5:30 e o segurança que estava lá saiu, para dar lugar a outro que estava a caminho. Entramos atrás dos carros, indo calmamente em direção ao portão, não haviam mais seguranças a vista então corremos para fora, entrando atrás dos arbustos, os lugares da garagem foram trocados e o portão se fechou.

Discretamente, fomos andando atrás dos arbustos até que a casa não pudesse ser avistada, muito menos agente.

-Vamos!-falei correndo no meio  da rua do condomínio, elas me seguiram sem diminuir o ritmo da corrida e passamos pela portaria.

-Opa!- sussurrou Carol.

Segui os olhos dela, vi que tinham paparazzi já indo buscar suas câmeras.

-Agora não importa mais, só não podemos ficar paradas aqui. – Dizendo isso, Laura pegou  seu celular e chamou um taxi, que não tardou a chegar.

O motorista era idoso, claro que nos reconheceu mas fez o favor de não falar nada.

-Pra onde mocinhas?

-Aquela lugar onde vai ter o show dos TH. – que? Eu não sabia o nome do negócio.

-Ah sim, já deixei muitas meninas lá hoje,está super lotado. –ele se virou pra nós enquanto parava num sinal. – eu acho que vão querer que eu as deixe nos fundos do local, não?

-Seria muito bom, por favor, não sabe o bem que está fazendo para nós! –Agradeceu Vivian aliviada.

-Que é isso. Por acaso as mocinhas estão fugindo também, não? Aqui em LA é muito comum que os famosos peguem os taxis fugindo dos seus seguranças. Acho que vão preferir que eu não fale a ninguém que vocês estavam aqui, não?

-Nossa, por favor! Se souber, a imprensa vai ficar ainda mais no nosso pé.- comentei.

Dito isso e havíamos chegado ao local. Paguei o taxista com uma boa gorjeta e entramos pelos fundos do edifício, passando pelos seguranças que liberaram nossa entrada quase que instantaneamente.

Fomos sem ser vistas ao camarim, eles estavam na passagem de som e de lá já iriam para o show, sem nem voltar aos camarins.

Ficamos esse tempo todo conversando sobre besteiras qualquer e rindo de quase tudo. Vimos filmes na TV que estava disponível e falamos com os nossos amigos que agora estavam no Brasil. Já tinha dado meia noite, hora que o show acabava e nós saímos de lá, indo para os camarins particulares deles.

Fui para o do Bill, era bem grande, com TVs, sofás, geladeira e etc. Fiquei esperando ele lendo uma revista da Vogue deitada num sofá mais ao canto do local, nem percebi o tempo passar. Quando percebi que ele chegou foi só por causa do seu perfume, que espalhou rapidamente pelo ar.

Ele pareceu não me ver lá e se jogou num sofá, estava realmente acabado. Não falei nada, até porque David entrou no camarim e começou a falar com ele. Obviamente, David me viu mas eu fiz sinal pra que ficasse quieto e ele nem comentou.

Assim que ele saiu, falei de onde estava.

-Olha só, essa Vogue é de hoje de manhã, como é que eles conseguem ser tão rápidos com isso?

Ele se virou e me olhou assustado, fingi que eu não notei e continuei falando.

-Lá no Brasil, todo mundo lia Capricho, eu até que sinto falta dela, é mas animadora.

Levantei os olhos pra ele, que ainda me fitava, não mais assustado, tinha alguma coisa diferente no seu rosto.

-Como você chegou aqui? – Me perguntou.

-De taxi! Nunca tinha andado de taxi sem meus pais, sabia?

-Mas e os seguranças?

-Simples, um segurança que seja mais esperto que eu ia conseguir me ver quando eu fugi, mas aquela trupe de ceguetas nem reparou.

-Desde quando está aqui?

-Se eu não me engano, eram 18:38 mais ou menos...-respondi.

-Por que não falou comigo antes?

-Simples assim, você ainda tinha que fazer um show, então eu resolvi falar depois...

-Não ia me atrapalhar, você sabe disso.

-Own... que fofo, mas eu precisava mesmo esperar, nem sabia o que ia falar ao certo.

Ele se sentou ao meu lado.

-Sobre o que quer falar exatamente? –Pela voz dele, podia jurar que ele sabia.

-Eu resolvi vir pra cá depois que acabou a entrevista.-comecei –Quem é ela?

-Não sabe mesmo?

-Tenho meus palpites, mas não sei exatamente.

Ele não esperou nem mais um segundo e me beijou com urgência, mas parou para falar algo.

-Isso responde?

-Acho que sim.

Então ele continuou me beijando, pediu passagem com a língua e eu abri mais a boca, só queria ele comigo, desde ontem eu sabia que ele gostava de mim, e eu dele, do mesmo jeito. Continuamos nos beijando sem nem ver o tempo passar, mesmo parando pra pegar ar e retomando logo em seguida.Paramos quando uma batida veio na porta, e uma mulher da produção entrou avisando se era para chamar o carro, surpreendentemente ele disse que não, e a mulher saiu.

-Não? –perguntei.

-Não, você vai no meu carro. Assim como eu tenho certeza que os outros três vão fazer para ir ao restaurante.

-Restaurante?- perguntei.

-Uhun, agente ia passar em casa pra chamar vocês, mas vejo que não precisou.Posso fazer uma pergunta? – eu assenti. –O que você pensou quando viu a entrevista?

-Eu pensei assim, espero que aquela garota seja eu, senão eu vou matar que quer que fosse.

-Sério? Você me ama mesmo, né?

-Ainda tem dúvidas? Bill, eu amo você desde que ouvi falar de Tokio Hotel, e mais ainda quando te conheci pessoalmente.

-Isso é bastante tempo. Relaxa, eu sempre acompanhei você, antes mesmo de morar em casa. Como falei hoje, eu sempre esperei uma garota na minha vida, a quem eu realmente amasse e que não ficasse comigo só pela minha fama, e eu finalmente a encontrei, não peço mais nada a ninguém, pois tudo que eu pedia antes era você. Quer ser minha namorada?

Eu  não agüentei e o abracei, era obvio que era o que eu mais queria.

-Claro que sim, sabe que eu te amo.

-Eu também te amo.

Ele me beijou calmamente, podia ver o desejo estampado claramente em seu rosto, eu também sentia o mesmo, queria ele só pra mim, assim como eu  não me lembro de nunca ter  querido alguém assim.

Fomos indo para o carro, depois que ele tinha se trocado. Era lindo o carro dele, ficava sempre na garagem e eu nunca deixei de admirar o tal Q7, os seguranças não foram com agente, então encontramos os seis e mais o mundo com câmeras na frente do restaurante.

O jantar foi calmo, comum ate, sem que ocorresse nada de mais, fomos pra casa e após mais um longo beijo, eu fui dormir, afina, amanha o dia vai ser longo, para gravar o clipe.


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Notas finais do capítulo

Oi gente..
Preciso falar que amanhã eu vou viajar com a mnha família, então só devo postar novamente no domingo. De certo modo é até bom para que eu possa ter mais idéias,o que sempre acontesse quando eu fico um tempo sozinha, de modo que eu consiga pensar mais na minha vida.
Obrigada a quem deixa revies e daqui a pouco eu vou começar a escrever sobre a festa da Marina então vocês podem continuar mandando nos reviews quem vocês querem como convidados famosos na festa.
Dixem reviews, bjus.
Ah, antes que eu me esqueça:

Boa páscoa, com os TH, é claro.



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