Pertencemo-nos escrita por Joearmstrong
Notas iniciais do capítulo
Olá, leitores!
Bem, desculpem-me a demora mas ultimamente só tenho tido tempo de postar aos fins de semana. Para melhor entendimento da história é sempre bom dar uma relida no capítulo anterior, ou se der, nos capítulos anteriores. Boa Leitura!
Hagrid arregalou os olhos, mostrou-se pensativo por um tempo. Até que Hermione quebrou o silêncio com suas perguntas:
- Hagrid, você precisa nos falar. Precisamos saber o que precisamos fazer.
Hagrid parecia impaciente, seu semblante estava bastante preocupado e seus olhos não paravam de olhar para os lados.
- Não posso falar sobre isso, estam me vigiando. Não seria seguro para vocês. – Dizia Hagrid com olhos pregados na ínfima janela de sua cabana.
- Não sabia que vigiavam os prisioneiros libertos de Ascaban. – Falei em tom de dúvida e ao mesmo tempo de surpresa.
- É um caso diferente... Gostaria de saber por que vocês sempre me põe em uma encurralada. – Hagrid dizia encaminhando-se a porta.
- Hagrid! O Harry neste momento corre grande perigo. Não temos tempo, precisamos saber...
Antes que Hermione terminasse sua frase, Hagrid abriu sua cabana e fez um sinal pedindo que esperássemos. Entrou dentro da floresta e em seguida pediu para que o seguisse.
A floresta à noite era bastante sombria e úmida, podia-se ver o vulto de algumas criaturas, que devido ao escuro, eram irreconhecíveis. Paramos entre algumas árvores bastante altas
- Fui acusado... Injustamente, por indução de criaturas perigosas. O ministério prendeu-me por achar que eu servia a você-sabe-quem. – Dizia Hagrid rapidamente.
- Criaturas perigosas? Que tipos de criaturas perigosas? – Falei, quase adivinhando a resposta.
- Dragões e Trasgos.
Hermione ficou surpresa, seus olhos lacrimejaram, mas ela tentou disfarçar pondo a mão sobre eles.
- Mas por que Hagrid? De onde tiraram estas acusações? – Dizia Hermione observando cada detalhe da floresta.
- Recentemente, pelas redondezas de Hogwarts, estão aparecendo algumas criaturas atípicas, aqui não é local apropriado para elas. O ministério achou motivo suficiente para incriminar-me por enfeitiçá-las. Escutem, eles infiltraram-se no ministério, ele não é mais seguro.
- Mas por que... O que estas criaturas fariam aqui? – Perguntei incrédulo.
- É muito lógico – disse Hermione se afastando-se um pouco de nós – Essas criaturas, dragões, trasgos não são comuns aqui em Hogwarts. Então, os feitiços de proteção não os barram. Seria muito fácil, infiltrar-se aqui. Assim que acabasse com a força que protege o castelo, seria muito mais fácil invadi-lo.
- Dumbledore. – respondi.
- Mas ele não estava lá. Quem estava era o Harry. – disse Hermione.
Ao final desta frase, um vulto negro passou por trás de nós, com uma incrível velocidade. O tempo começou a ficar frio, e o caule das árvores a formar pequenos cristais de gelo. Como um passe de mágica diversas imagens negras preencheram a paisagem da floresta.
- Fiquem parados, eles não sabem exatamente onde estamos! – Sussurrou Hagrid.
Uma figura alta e esquisita mostrou-se, um ser estranho e encapuzado sobrevoando a terra passava próximo de nós. Eram dementadores, vários deles, nos encurralando.
Cada vez chegando mais perto, até pararem quase em frente a nós. Permanecíamos imóveis e tentando segurar o máximo da respiração. Um dos dementador arriscou-se na frente de todos os outros e chegou próximo a face da Hermione, parecia analisá-la. Ela segurou forte minha mão, até que por um descuido ela escorregou o pé entre as folhas úmidas e velhas postas no chão da floresta. Foi o bastante para o bando de dementadores seguirem nossa direção.
- Expectro patrono! – Lancei pondo a minha mente a melhor lembrança que já tive. Um brilho azul intenso tomou conta da floresta e os dementadores foram lançados longe.
Puxei a Hermione e corremos o máximo que pudemos, até que ela parou e gritou:
- Hagrid!
- Vão, vão. Não há tempo! – Dizia ele tomando outro rumo na floresta.
-Vamos Hermione, não podemos parar agora.
Podíamos ver o brilho que provinha do lado de fora da floresta e ao mesmo tempo a mancha negra de Dementadores à nossa procura. Conseguimos sair da floresta e tomar um pouco de distância dela, com os primeiros indícios da manhã os dementadores infiltraram-se dentro da mesma.
- Qual é a desses feiosos? – Perguntei a Hermione estranhando o comportamento dos dementadores.
- Dementadores são sensíveis a luz. Eles não conseguem orientar-se bem. – respondia ela pensando no próximo passo que deveríamos tomar.
- Puxa, acho que deveria ler mais livros. – retornei.
Ela apenas me olhou com um rosto bastante irônico mostrando surpresa. Em seguida andando em direção ao castelo.
- Onde acha que o Hagrid foi? – Falei, tentando acompanhar seu ritmo acelerado.
- Não sei... eu acho que... Espero que esteja errada.
- Você não acha que...
Hermione virou-se para mim mostrando um semblante triste, até que foi supreendida por um grito meu:
-ABAIXE-SE HERMIONE!
Com um movimento rápido ela se jogou no chão, deixando passar por cima um imenso galho desprovido de folhas.
Puxei-a e livrei-a de um segundo ataque da árvore dos arredores de Hogwarts.
- Corre Hermione.
A minha frente outro galho, desta vez mais grosso chocara-se contra o chão.
- O que se faz para lutar contra uma árvore? – Eu gritava tentando alguma solução em meio aos ataques do salgueiro boxeador, que se mostrava disposto a matar-nos.
- Luddibria Accio! – Hermione lançava na direção da copa da árvore. Mas que foi desviado em meio aos galhos do salgueiro.
Os ataques estavam tornado-se mais rápidos, e o salgueiro não parecia que iria parar até estarmos mortos.
- RONY! – Gritou Hermione histérica.
Não deu tempo de eu olhá-la um dos galhos chocou-se contra mim, me agarrando e levantando-me alto.
- Na copa, na copa da árvore Rony! – Gritava ela. Neste momento um dos galhos do salgueiro ia em sua direção, não pensei duas vezes:
- Luddibria Accio!
Prontamente, o salgueiro se recompôs soltando a uma altura considerável, isto me fez passar algum tempo parado deitado ao chão.
-Rony, está tudo bem? – Disse ela vindo a minha direção.
- Está tudo bem Hermione, pelo menos para quem cai a uma altura dessa... que feitiço foi esse? – Respondi-lhe ainda com a voz cansada, afinal não é normal cair daquela altura.
- É um feitiço de controle de vegetais. Não é muito conhecido – Dizia ela sentada ao meu lado ainda tentando recuperar seu fôlego e tornar sua respiração contínua.
- Existe algum feitiço que você, Senhorita Granger, não saiba fazer? – Continuei a conversa me levantando.
Ela sorriu.
- O patrono. – Disse ela fitando meus olhos, sentada, enquanto estava de pé.
- Vamos! Não podemos ficar aqui. – Falei, estendendo-lhe a mão para ela poder levantar-se.
- Acho que você está começando a entender como tudo isto funciona.
- Não é difícil quando se tem você por perto.
Ela soltou um riso envergonhado, mas logo ficou séria quando viu a figura do salgueiro.
- Ele foi enfeitiçado, eles sabem que estamos aqui. – Hermione pronunciava essas palavras com um tom de preocupação.
Engoli seco. Sabia que a situação estava cada vez pior. O que dementadores e um salgueiro enfeitiçado faziam no nosso caminho? Afinal dementadores não freqüentam Hogwarts. O salgueiro boxeador não ataca assim, sem sentir-se ofendido. Havia algo por trás disto tudo, e com certeza não nos queria vivo neste momento.
O relógio de Hogwarts, dava dez badaladas.
- Rony, está próximo a hora do ataque dos trasgos. – Disse Hermione me puxando para um local escondido.
- O que vamos fazer? – Perguntei.
Até chegarmos ao local, Hermione não pronunciou nenhuma palavra.
- O que vamos fazer? – Repeti a pergunta.
- Eu não sei Rony. Eu estava pensando, como nós poderemos salvar o Harry se o motivo de estarmos aqui é a sua morte?
Parei por um momento. Isso era quase lógico. Não estarimaos ali se o Harry não tivesse morrido, caso o salvássemos não estaríamos mais ali.
- Mas se nós o salvarmos, e não estarmos aqui. De qualquer jeito ele estaria bem e nós também. – Tentei dar alguma alternativa.
- Não Rony, não se pode anular o tempo, nós temos que nos ver partir, voltar ao local de onde “começamos”, ainda no final desta tarde temos que voltar a meu quarto ou... – Ela deu uma pausa em sua fala e pôs-se a fitar o verde das plantas redundantes.
- Ou o quê? – Perguntei-a olhando seu semblante.
- Morreremos, ou então perderemos nossas almas no tempo, coisas horríveis podem acontecer. Não se pode estar longe no momento da volta ao tempo, ou simplesmente deletá-lo.
O medo começou a aflorar minha pele, o que poderíamos fazer? Deixar o Harry morrer, ou apenas deixar-nos morrer? Nenhuma destas decisões parecia muito plausível. No momento veio a minha cabeça a cena do Harry sangrando e ele deitado sobre a cama na enfermaria. Eu não podia deixar meu melhor amigo morrer. Todos sabem o quanto ele é importante, não só para nós, mas contra o Voldemort.
Levando em conta o que fizemos e o que precisamos, uma idéia pipocou de minha mente.
- Hermione, a erva Alux. Ela pode nos ajudar. – Falei com um sorriso e esperando ansiosamente a resposta dela.
Hermione virou-se em um segundo, seus olhos brilharam intensamente e um sorriso cobriu-lhe o rosto.
- É claro! – dizia em tom de alegria – A erva Alux faz com que quem a ingere apresente-se como um morto. Isso pode nos ajudar fazendo com que o Harry pareça ter morrido. Brilhante Rony, Brilhante!
De repente, toda aquela sua alegria fechou-se. E com isto veio a pergunta:
- Mas como faremos para o Harry acidentar-se, parecer que morreu?
- Precisamos do Harry lá, certo? Mas apenas de sua imagem.
- Polissuco! – Hermione arregalou seus olhos, puxando-me pelo braço. – Temos pouco tempo para conseguir a erva Alux e os ingredientes da polissuco estão no meu quarto. Brilhante Rony!
- Onde procuramos a Alux? – Perguntei acompanhando seus longos passos.
- Na floresta, A alux cresce entre as raízes de árvores. Não será muito fácil de encontrá-las.
- Isso não é problema para a melhor dupla da aula de hergologia de Hogwarts.
- Herbologia, Rony! – Disse Hermione sorrindo.
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