Aprendiz escrita por flavia_galo


Capítulo 4
Capítulo 4 - Reconhecimento


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Em primeiro lugar, desculpa a demora pra postar, to realmente sem tempo :/
Segundo, o capítulo não ficou exatamente como eu queria, maas vou postar o próximo mais rápido provavelmente rs
Espero que gostem e continuem mandando reviews!
Beijo



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 Olivia olhou fixamente para o rosto do homem. Sua visão ainda estava embaçada, mas ela tinha certeza de quem ele era. A única pergunta era porque um federal havia ajudado a lutar contra um fantasma.

- Quem é você?

- Meu nome é Sam. – O homem respondeu com um fraco sorriso.

- Não, eu quero dizer, quem realmente é você?

- Ah. – O rosto dele endureceu com entendimento. – Bom eu...

 A frase ficou no ar quando ele abaixou os olhos e se deparou com a faca ainda encravada no braço de Olivia. Ele ofegou e olhou para ela assustado.

- Como...? Esquece, não temos tempo para isso agora. Você precisa cuidar disso.

- Sem pronto-socorro. – Olivia disse começando a entrar em pânico. – Teriam muitas...

- Perguntas. Eu sei. – Ele suspirou. – Mas essa faca precisa ser removida.

- Eu sei. – Olivia fechou os olhos. – Minha casa não é muito longe daqui, mas eu acho que não consigo dirigir. Se você me deixar lá eu posso... eu posso cuidar disso.

- Não acho boa idéia te deixar sozinha. – Sam olhou pelo vidro dianteiro e mordeu o lábio. – E duvido que você consiga dar pontos nisso se for necessário.

 Olivia também olhou para frente e viu o outro homem se aproximando do carro. Ela tinha quase certeza que era o outro federal. Ele abriu a porta do motorista e ficou olhando para Sam. Sam deu um suspiro e saiu do carro apenas para entrar pela porta de trás. O outro homem entrou no lugar do motorista e colocou uma bolsa no colo de Olivia.

 Ela olhou para ele e depois para a bolsa de novo. Era a bolsa de ferramentas que ela havia deixado na biblioteca.

- Ah. Obrigada. – A voz de Olivia foi um sussurro, ela podia sentir suas forças se esvaindo e o sangue ainda escorrendo. Seu braço latejava. – Minha casa é a dois quarteirões daqui. Segunda rua à esquerda se você seguir reto.

 Pelo canto do olho, Olivia viu Sam acenar com a cabeça para o federal no banco do motorista. Depois ouviu o ronco baixo do motor sendo ligado e fechou os olhos.

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 Dean seguiu as instruções da garota. Ele tinha visto o sangue escorrendo pelo seu braço e estava ansioso para tirá-la do seu carro antes que manchasse de sangue. Era um pensamento egoísta e ele sabia, mas não a conhecia para se preocupar com ela.

 Olhou de relance e viu que seus olhos estavam fechados. Ela parecia estar dormindo, mas o jeito como seus ombros estavam tensionados e suas pálpebras ficavam apertando a cada poucos segundos denunciava que não. Ela devia estar se concentrando muito para ignorar a dor.

 Quando virou na rua indicada, Dean soltou um assobio baixo. Os prédios que os cercavam eram obviamente de luxo. Não parecia com algo que uma garota de 20 e poucos anos pudesse arcar sozinha.

- Alguém tem uma boa relação com o papai. – Dean murmurou.

 A garota abriu os olhos e olhou para ele intensamente.

- Isso não é realmente da sua conta, é? – Ela perguntou fraca, mas impetuosamente. Depois olhou para frente de novo. – O prédio branco à direita.

 Dean riu baixinho e parou em frente ao prédio indicado.

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 Olivia olhou para o prédio quando o carro estacionou em frente a ele. As chaves estavam no seu bolso e ela tentou alcançá-las com seu braço bom. Quando conseguiu, viu a porta do seu lado se abrir. Ela olhou para cima e viu Sam estendo a mão para ela.

- Obrigada. – Ela segurou a mão dele e saiu do carro com cuidado para manter o braço machucado longe de esbarrar em alguma coisa.

 Eles andaram silenciosamente até o portão. Olivia se virou o máximo possível para esconder o braço quando chegaram. Cumprimentou educadamente o porteiro e abriu a porta para deixar todos entrarem. O único som era o dos seus próprios passos enquanto entravam no saguão e seguiam até o elevador.

 Ela arriscou um olhar para trás e viu o loiro que andava atrás deles examinando tudo meticulosamente. A raiva ardeu dentro dela. Comentários como o que ele tinha feito realmente a irritavam. Especialmente vindos de alguém que não a conhecia.

 A subida do elevador pareceu ter levado anos. A dor estava cada vez mais forte e Olivia não sabia quanto tempo mais podia ficar de pé. Quando a porta finalmente se abriu, ela praticamente correu até a porta do seu apartamento para destrancá-la. Entrou e se jogou no primeiro banco que encontrou sem nem mesmo esperar os dois entrarem.

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 Sam entrou no apartamento extremamente luxuoso. Olhou em volta só o suficiente para perceber o quanto era grande e bem arrumado e trocou um olhar com Dean. Quando voltou a olhar para a garota, ela estava desabando sobre um banco alto perto de um bar.

 Os dois se apressaram até ela.

- Eu realmente preciso dar um jeito nisso. – A garota sussurrou.

 Dean olhou para ela e deu um sorrisinho de diversão.

- Aonde tem álcool? Você vai precisar.

 Sam olhou para ele severamente.

- Ele quis dizer para limpar o ferimento.

- Eu estou sentada em frente a um bar. – A garota esboçou um sorriso. – Você realmente precisa perguntar aonde tem álcool?

 Dean sorriu.

- Foi pura educação.

- Ok. – Sam se posicionou na frente dela. – Eu preciso arrancar essa faca.

 Ela olhou para Dean que agora segurava uma garrafa aberta de uísque. Ele colocou um pouco em um copo e passou para ela. O copo foi esvaziado em um gole.

- Tudo bem. Faça. – E ela fechou os olhos.

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 Olivia achou que ia desmaiar. A dor, a queimação, a explosão de pontos de luz na frente de seus olhos, ela não sabia como não gritar. Trincou os dentes com tanta força que mordeu a língua e sentiu o gosto de sangue se espalhar pela sua boca.

 Seu braço parecia pulsar mais que seu coração e ela pôde sentir o sangue escorrendo cada vez mais, até mesmo ouvi-lo pingando no chão.

- Não está muito fundo, mas acho que vai precisar de ponto. – Ela ouviu a voz de Sam. Então abriu os olhos e se deparou com a faca ensangüentada no balcão do bar a seu lado. Ela estremeceu e olhou para o braço.

 O sangue estava fluindo cada vez mais rápido, enquanto Sam tentava limpá-lo com um pedaço de pano. O corte estava feio e inchado, mas não parecia ter atingido nenhum músculo.

- Achei isso na cozinha. – O loiro falou e apontou para o pano. – E um kit de primeiros socorros. Imaginei que ia precisar.

 Ela apenas assentiu, sem forças nem para se sentir incomodada com esse desconhecido pegando coisas de sua cozinha. Olivia ofegou quando sentiu outra queimação em seu braço. Olhou para baixo e viu que Sam havia derramado um pouco da bebida no ferimento.

- Desculpe. Mas como eu disse, precisa limpar antes de dar ponto.

- É, eu sei. – Olivia suspirou e tentou se desligar o máximo possível da dor.

- Então... – O loiro estava olhando para ela. – Qual é o seu nome?

- Olivia. E o seu?

 Ele olhou para Sam por um minuto, que acenou.

- Dean.

 Olivia quase pode ouvir o estalo na sua cabeça. Sam e Dean. Enfrentaram o fantasma de Amber sem ao menos pestanejar. Vestidos de federais e interrogando pessoas sobre as mortes.

- Vocês são os Winchester! – Ela exclamou tão alto que se assustou. Sam parou de limpar o ferimento e olhou para ela. Olivia percebeu o movimento brusco de Dean tentando alcançar alguma coisa no cós de sua calça.

- Como você sabe o nosso nome? – Sam perguntou calmamente.

- Não. – ela disse adivinhando o pensamento dos dois. – Vocês me viram lá, eu sou uma caçadora também. Eu... Jo me falou sobre vocês.


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