O Culpado escrita por sara_nunes


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Eii gente, então, curiosos para saber quem é a testemunha? Eu sinceramente gostei muito desse capítulo,

Boa Leitura



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 - É, Aro – James olhou para o próprio – acho que seus irmãozinhos queridos não te contam tudo. Conhece uma tal de Sulpicia? Ela morreu como mesmo? Acidente de carro, não é? E se eu te dissesse que esse foi o meu segundo serviço? Se eu te dissesse que o meu segundo serviço para a família Volturi foi acabar com a sua linda esposinha. Como você se sentiria em relação a isso?

Todos estavam chocados, e até o juiz estava sem reação. Olhei para o meu lado: Jasper, Nessie, Alice, Jacob e Emmett... Todos sem fala. Na verdade, eu estava tão concentrada no julgamento – e eles também – que quase nem percebia suas presenças.

- A acusação tem alguma pergunta? – O juiz foi o primeiro a se manifestar, afinal, tinha que continuar o julgamento.

Agora eles tinham outras suspeitas, mas isso deveria ser visto depois. O réu era o Edward, e assim iria continuar até o final desse julgamento.

- Sim. – Maria disse meio incerta, afinal não havia muito mais que ela pudesse fazer, a situação estava cada vez pior para os irmãos e para ela também. – Bem, senhor James, você afirma que foi contratado pelos irmãos, mas você tem alguma prova disso? – Nossa, ela estava mesmo bem perdida, além de ser uma advogada horrível... A testemunha não apresenta nenhuma prova.

- Protesto! – Gritou a Rosálie – O Sr. Pierre é uma testemunha, está aqui para falar o que sabe, e não para apresentar provas.

- Protesto aceito, por favor, a senhorita sabe as regras. – O juiz disse se dirigindo à Maria.

- Tudo bem... Senhor Pierre, o senhor está dizendo que os irmãos faziam contato direto com você, não seria um pouco de... burrice da parte deles? – Ela disse claramente como uma indireta, é... as coisas estavam pegando fogo.

Os três irmãos tentaram não transbordar indignação em seus rostos, por terem sido chamados de burros, mas somente o Aro foi bem sucedido... O pior é que só eu pareci perceber esse pequeno detalhe.

- Senhorita, por favor... – O juiz a repreendeu e ela suspirou.

- Desculpe-me meritíssimo, escolhi mal a palavra. Reformulando a pergunta: Supostamente fazer contato direto com você não seria falta de cuidado da parte deles?

- Se eles não tiveram cuidado, eu não tenho nada a ver com isso. Provavelmente eles pensam que sempre terão as situações sempre sob controle, sei lá. – Apesar de tudo, o James era uma pessoa inteligente, calculista...

Maria ficou algum tempo parada, pensando em alguma coisa, mas nada pareceu ter lhe ocorrido, então ela disse que havia terminado e se retirou.

- A defesa tem alguma pergunta?

- Sim. – Disse uma Rosálie radiante se levantando.

- Bem James, vamos colocar as coisas em ordem. – Ela se dirigiu a Ele. – Você está nós dizendo que os irmãos te procuraram para matar os próprios pais? Como foi isso?

- Sim... Eu já era um assassino de “fama”, eu lembro que eles me disseram que queriam o melhor. Me ofereceram R$500.000 para matar seus pais, ninguém poderia desconfiar. Eu me disfarcei de assaltante, e “os matei durante o assalto” a mamãezinha estava usando uma jóia bem cara, consegui mais R$100.000, foi um ótimo negocio.

Ele estava falando que matar uma pessoa tinha sido um bom negócio? Nem conseguia acreditar que havia pessoas tão cruéis... E olha que já vi muitas coisas nesses meus anos como advogada.

- Depois somente o Caius e o Marcus foram te procurar e te pediram para matar a esposa do Aro? Você tem alguma ideia do porquê? – Rosálie perguntou.

- Na verdade, não... Eu até entendi porque eles mataram os pais, tipo, por dinheiro. Mas o assassinato da Sulpicia é um grande mistério para mim também, há muitas coisas que não sabemos sobre essa “grande família perfeita”.

- Hum... E por último, a morte da Jane. Eles foram os mandantes? Tem noção do porquê?

- Sim, eles foram. Eu também não sei, mas acho que é porque ela estava muito amiguinha do Edward, mas acho que isso é pouco motivo, eles não são tão idiotas. O Marcus e o Caius já estavam me procurando fazia tempo, acho que eles queriam matar a garota muito antes sequer do Aro ficar sabendo disso... Muito antes até do primeiro encontro com o Edward, isso foi só uma desculpa para o Aro e alguém para colocar a culpa, ou seja, oportunidade perfeita. Como eu disse, os irmãos na verdade não contam nada para o Aro, só quando é conveniente.

- Hum... O fato é que você pode afirmar, aqui, na frente de todos que o meu cliente é inocente?

- Sim, ele é. O assassino sou eu, os mandantes são Aro, Marcus e Caius... Conhecidos como papai e titios. – Ele deu o seu sorriso cínico.

- Obrigado James, podem levá-lo – O juiz disse, e os policias levaram o James para algum lugar... Provavelmente para a cadeia, ou algum lugar separado para ver o julgamento, não me importava nem um pouco.

O depoimento do James tinha sido muito importante e revelador, muito mais útil do que a gente chegou a sonhar.

E agora a nossa última testemunha... Aquela que vai acabar com tudo de vez, é, fechando isso com chave de ouro.

- Pode entrar a última testemunha, Senhor Mike Newton, advogado da Jane enquanto ela ainda era viva.

É, Mike Newton tinha a mesma idade que a Jane – 23 anos – e tinha acabado de sair da faculdade de direito. Foi escolhido para ser seu advogado porque eles se conheciam. Fizeram quase toda a escola juntos e cursavam a mesma faculdade, porém em cursos diferentes. Ela, como se pode imaginar, tinha acabado de concluir o curso de administração.

Depois de prometer que falaria somente a verdade, começou o seu relato.

- Eu e Jane nos conhecemos desde que entramos no Ensino Fundamental II, ou seja, desde a quinta série, e sempre fomos muito amigos. Ela sempre foi uma menina doce, gentil e preocupada com o senso de justiça.

“Então ela começou a fazer o curso de administração, e no segundo ano ela começou a ficar mais pensativa, mas nunca me dizia no que estava pensando, o que era raro, já que compartilhávamos tudo. Mas eu nunca dei importância, alias, importância eu até dava, achava que ela estava apaixonada ou algo do tipo, mas nunca pensei que ela estivesse pensando em algo que poderia mudar tanto as nossas vidas.”

“No começo do seu terceiro ano da faculdade ela continuava muito pensativa, e eu resolvi perguntar de novo o que estava acontecendo, e pela primeira vez ela me falou. Ela disse que estava achando que tinham coisas meio estranhas acontecendo na empresa, porque no curso de administração, ela havia aprendido a administrar as verbas, e na empresa parecia que tinha alguma coisa sendo feita errada. Parecia que ia muita verba para os acionistas e pouca verba para as coisas básicas na empresa. Bem, ela desconfiou que o administrador estivesse fazendo algo errado, mas eu já tinha minhas suspeitas: corrupção.”

“Nunca mais falamos disso, de vez em quando eu ainda a pegava meio pensativa, mas isso estava cada vez menos frequente, então simplesmente ignoramos o assunto. O problema é que tudo que a Jane desconfiava sobre a empresa era devido as poucas visitas que ela fazia, o que mostrava que ela era uma pessoa muito observadora, mas no quarto ano ela passou a ir na empresa todos os dias, por causa do estágio. Imaginem, se com algumas visitas ela tinha ficado atenta, quando ela foi lá todo dia, ela achou tudo mais estranho ainda, pois viu que suas suspeitas estavam certas. Parecia que as coisas básicas da empresa, como higiene, salário dos funcionários, qualidade e tudo mais eram deixadas de lado enquanto seu pai ficava cada vez mais rico.”

“Nesse momento ela já era crescidinha o bastante para começar a duvidar da integridade da sua família. Claro que só de pensar nisso ela se sentia culpada, afinal, vai que tudo isso tinha um explicação lógica? Então ela veio desabafar comigo, e me contou suas duvidas, inseguranças e medos. Eu disse para ela que, infelizmente, achava que ela estava certa.”

“Depois disso mais uma vez ficamos um tempo sem tocar no assunto... Até que terminamos a faculdade, e ela foi trabalhar oficialmente na C&V, eu me tornei seu advogado particular e por isso também passei a ir muito à empresa. Reparei em uma coisa, o Senhor Cullen tinha a forma de trabalhar muito diferente da forma de trabalho do Senhor Volturi, era como se ele se esforçasse, enquanto o Aro ficava na mesa, sem fazer quase nada, e resolvi contar isso para a Jane.”

“Ela passou a investigar, e viu que eu estava certo, o dinheiro que ia para o Edward, era o dinheiro certo, mas com isso também descobriu outra coisa, que ela talvez preferisse não ter descoberto, seu pai realmente estava desviando dinheiro, e muito... Ela achou um documento que mostrava isso claramente, ele desviava dinheiro, um pouco para ele e mais uma montanha para outras duas contas, que ela nunca soube de quem era.”

“Ela se encontrou com o Edward Cullen uma vez, conversou com ele e teve mais certeza do que nunca de que ele não era corrupto como seu pai... Ela ficou um pouco diferente, hoje eu sei que é porque ela tinha se apaixonado, mas isso não vem ao caso agora. O fato é que ela pensou muito no que fazer para acabar com toda aquela roubalhagem que acontecia na empresa, e resolveu me pedir para fazer um documento que passasse todas as suas ações para o Edward, assim ele teria a maioria e controlaria a empresa.”

Todos no tribunal estavam em choque, afinal, nenhum amigo tão próximo da Jane tinha vindo aqui, e agora, ali estava ele, o melhor amigo dela, dizendo que a Jane iria passar as ações por livre e espontânea vontade.

“Eu fiz o que ela pediu, e ela ia entregar o documento aquele dia, mas não pôde, porque foi assassinada. Depois disso eu procurei saber de quem eram aquelas duas contas e sabe o que eu descobri? Ah, vocês já devem imaginar, Caius Volturi e Marcus Volturi. E a pobre da Jane nunca chegou a desconfiar dos seus tios.” – Ele disse com tom de finalização.

- A acusação tem alguma pergunta?

- Sim – Disse Maria.

- Para começar, como você pode ter tanta certeza de que o Senhor Cullen não forçou Jane a assinar o documento? Ela podia estar só fingindo para você, para não te preocupar.

- Eu posso afirmar porque eu conhecia a Jane mais do que qualquer um nessa sala, mais do que seu próprio pai, que sempre foi ausente. Eu via o brilho nos seus olhos, aquele brilho que ela sempre tinha quando sabia que estava fazendo a coisa certa. – Ele disse em tom de desafio, e a Maria viu que era melhor não insistir nesse assunto.

- Ta bom, olha, eu sei que a testemunha não precisa de provas, mas...

- Ah. – Mike a interrompeu – Não precisa, mas não se preocupe com isso, eu trouxe, mas isso é trabalho para a Rosálie.

Nesse momento Rosálie abriu o seu melhor sorriso “xeque-mate”


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Notas finais do capítulo

Tá, tá, eu sei que vocês devem estar cansadas de julgamento, mas acho que o próximo é o último, ok? KKK

Falando no próximo capítulo, eu não sei quando ele saí... porque eu vou para casa da minha vó :s, vou tentar fazê-lo o mais rápido possível, só estou avisando, sabe... Pra depois ninguém querer me matar. KK

beijos, reviews?