O Pacto. escrita por Slayt


Capítulo 5
O Passado.




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Não era um dia triste, muito menos alegre, mas seria um dia único na vida daquele jovem de classe média que caminhava naquela rua amaldiçoada. O clima fantasioso e impossível, onde as nuvens criavam uma neve gelada e o sol radiava calor em contrapartida de tudo.

Ele observava tudo ao seu redor, admirando tudo, mesmo passando mal devido ao clima. Inconstante e fútil, ele jamais deixa de admirar as coisas, mesmo que estas o ferissem e o machucassem.

Estava apenas cansado de sua situação metódica e comum e sem perceber rastejava-se já naquele momento de desgosto e decepção. Lágrimas indefinidas como sempre rolavam de seu rosto, felicidade ou tristeza, não importava.

Seus olhos fecharam-se vagarosamente, o garoto perdia o controle de seu corpo. Até que em uma reação radical, abriu seus olhos com veracidade e levantou-se imediatamente, numa corrida sem fim.

Era um local vazio e abandonado, assemelhava-se a um estacionamento que possuía uma grande área retangular descoberta e sem proteção. O garoto havia tropeçado, foram os cinco segundos mais longos de sua vida, seguindo-se por uma grande queda de dois minutos, nas quais sua vida descartável passava como um relógio.

O céu estava azul e calmo, as nuvens não aparentavam estar movimentando-se, embora estivessem sendo empurradas vagarosamente pelo vento refrescante. Ele agonizou por diversos minutos, sangrando ali permaneceu relento ao chão.

Não movimentava nenhum músculo, mas seus olhos pulsavam lágrimas em resposta imediata, exalando desespero pelo seu rosto. Ele sabia que não estava morto, embora tivesse caído de uma altitude elevadíssima.

Passos aproximava-se vagarosamente de seu corpo e não conseguindo movimentar-se entrou em desespero, arregalando seus olhos e revirando-os continuamente. Já em sua frente ali alguém estava, observando suas ações e o jorrar de seu sangue.

Apenas sentiu um grande peso por suas pernas e barriga, onde presumidamente uma garota delicada dedilhava seus braços. Por fim estavam cara a cara, uma garota loira de uniforme escolar lambia o rosto do garoto rosto sujo de sangue.

- Nhá, seu sangue é tão amargo! Deixe esta solidão simplesmente ir embora! – exclamou animada beijando-o na bochecha. – Eu já irei libertá-lo e citar as minhas regras, mas antes eu irei me aproveitar da situação.

Ela aproximou seu rosto ao dele, lambeu sua bochecha e por fim o beijou. Ele apenas tentava se afastar, mas só conseguia arregalar cada vez mais seus olhos, até que tomou forças suficientes para segurá-la e prendê-la ao chão.

- O que você fez? – gritou com ódio. – Bruxa maldita!

A garota imediatamente mudou a coloração de seu cabelo para vermelho vivo, sorriu maliciosa e passava a mão sobre todo o corpo de seu inimigo, observando-o em um desafio.

- Não seja tão violento! – gritou enquanto fincou suas unhas nas costas do garoto, arranhando-o com força, fazendo-o sangrar.

O garoto caiu em seu lado sem nenhuma força, ela apenas abraçou-o e beijou-o novamente, derramando sobre suas feridas uma única lágrima, que o fez recuperar-se de todos os seus ferimentos.

Apenas passou suas mãos sobre as costas do garoto e sentou-se em cima do mesmo, efetuando uma ligação para algum desconhecido. Ela mal havia discado alguns primeiros dígitos e foi impedida pelo mesmo infortúnio novamente. O celular havia caído longe no chão de areia no qual se encontravam.

Desta vez ele a segurava pelos pulsos com mais forças do que na primeira tentativa, olhava fixamente para seus olhos, encarando seu rosto angelical e pálido. Ela não perdeu seu sadismo, apenas mordeu-o delicadamente no braço e gemeu baixo.

- Bruxa. – sussurrou o garoto acusando-a novamente, beijando-a no pescoço.

- Servo. – respondeu ainda com um sorriso empurrando-o para longe.



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