Uma Nova História, Um Novo Destino escrita por Hawtrey, Ma Argilero


Capítulo 30
Já está na hora!?


Notas iniciais do capítulo

Tá meio pequeno, é que estou em semana de prova =/



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— O quê? — sussurrou Harry pensativo.

Snape apenas se virou e sentou defronte à Samily.

— Entendo o que se passa na sua mente, Snape — disse a garota pegando a mão do mesmo e mantendo o pescoço reto, confirmando que realmente não enxergava nada a sua frente — E devo avisar que Samantha teme que James traga problemas principalmente para ela própria, mas em nome da felicidade de Lilian, prometeu que se acostumará a presença dele.

— Vou tentar fazer o mesmo — prometeu Snape sentindo as mãos geladas da garota.

— Não me faça rir Ranhoso — provocou James.

— Não me faça perder a paciência com você Potter — avisou Samily com uma voz assustadoramente suave — E fique sabendo que Severo é um pai muito mais presente que você, e não me refiro somente a Samantha...

— Snape não é meu pai — rebateu Harry automaticamente antes que seu pai começasse a xingar Snape.

— Não devia ficar falando essas coisas — alertou Snape indiferente.

— Diga-me Harry, o que um homem precisa ser ou ter para ser considerado um pai? — perguntou Samily ignorando Snape.

— Amar? Proteger? Educar? Algum desses? — questionou Harry inseguro.

Snape revirou os olhos e bufou.

— Tudo isso e um pouco mais — respondeu Samily — Por essa reposta, você deveria considerar Snape como um pai.

— Não mesmo — negou Harry, Snape e James em uníssono.

— Nem chego perto de um amigo para o Potter filho, muito menos um pai — negou Snape rapidamente.

Com um leve aceno de mão, Samily fez um lança branca ser transfigurada no ar. Com outro aceno, a lança apontou para Harry.

James e Snape empalideceram.

Quando a lança seguiu na direção do garoto, os dois homens correram na direção dele e pararam a lança a tempo.

— Viram? Para proteger seus protegidos, fazem qualquer coisa — confirmou Samily — Nem avaliaram se eu realmente seria capaz de matar ou não o Harry.

— Quando alguém está em perigo, não há tempo de avaliar nada — respondeu Snape sem pensar. O que havia falado não deixava de ser verdade, mas aquele não era o momento certo de dizer coisas desse tipo.

Samily riu suavemente e disse:

— Viu, Severo? Depois de tanto tempo trabalhando na proteção desse garoto que considera apenas um aluno, acostumou-se a protege-lo, sempre. Não adianta tentar mentir — Snape voltou a sentar a frente dela — Sei porque faz isso, mas pense um pouco, depois de tantos anos, será que continua fazendo isso só por causa de uma promessa?

— Do que ela está falando, Severo? — perguntou Lilian desconfiada.

Sem que o professor percebesse a tempo, Samily segurou o pulso esquerdo dele com força. Ele entendeu o que ela queria, mas a questão é que ele não queria.

— Não posso — negou ele tentando puxar seu braço, mas sem sucesso.

— Está na hora de todos saberem a verdade — disse Samily apreciando o momento.

Samantha me deu esse único objetivo, e eu não falharei agora, decretou Samily mentalmente.

Há um tempo Samantha já pensava nessa possibilidade, ela estava ali com o objetivo de mudar as coisas e, no entanto, só estava deixando-as passar do mesmo modo ou até mesmo pior. Ela só precisava de uma maneira certa de contar a todos, deveria ser um plano sem falhas. Samily foi sua solução.

Aos poucos Samily foi arregaçando a manga do Mestre de Poções que já suava frio.

— Alvo, olhe o ela está fazendo. Isso não pode acontecer — disse.

— Ela está certa, não se preocupe, ninguém mais saberá — respondeu o diretor — As vezes acho que a seleção é feita cedo demais.

— Como assim? — questionou Hermione.

— Se Severo estivesse sido selecionado poucos meses depois da data original, não estaria na Sonserina e sim na Grifinória — esclareceu Samily.

— Impossível! — negou James exaltado.

— Duvidas de mim Potter? — desafiou Samily — Você é um grande homem, mas continua a ignorar a verdadeira sabedoria da vida. Seu filho sofreu o suficiente para adquirir essa sabedoria, Severo também, mas você não.

Ela levantou completamente a manga do professor, mostrando inteiramente a Marca Negra.

— Antes que comecem a soltar blasfêmias contra esse homem, peço que escutem a verdade sobre Severo Snape — pediu a garota calmamente ao ver as expressões horrorizadas da maioria, então se dirigiu a Lilian — Querida, quero que saiba que tudo o que ocorreu com este homem, foi por sua causa, incluindo a marca negra. Não, eu não estou culpando-a — tratou-se de avisar ao ver a expressão triste de Lilian — Mas não posso negar que foi você que formou a vida de Severo. As suas ações foram decisivas.

— Um pouco antes daquela noite em Godric Hollows — começou Dumbledore chamando a atenção de todos — Severo me procurou e implorou para que eu fizesse algo por vocês, para que eu protegesse vocês, é graças à ele que Harry chegou a completar um ano de idade. Quando morreram, ele ficou sem chão, quando soube que o menino sobrevivera, aceitou protege-lo dos perigos que provavelmente o cercariam. Foi quando ele começou a ser meu espião da Ordem, nos traz informações de Voldemort.

— Você sempre protegeu meu filho? — perguntou Lilian com a voz embargada.

— Quando éramos crianças prometi que faria tudo por você, lembra? — tentou Snape sem encara-la.

— É verdade — confirmou Hermione trêmula — Ele conseguiu fingir muito bem...

— Você me odeia? — verificou Harry.

Snape respirou fundo, o que diria?

— Não e não tenho motivos para isso, odeio o seu pai — respondeu encarando somente Samily.

— Já chega! — exclamou Jon irritado.

Ele aproximou-se de Samily e forçou ela a encara-lo e disse:

— Não pode ficar contando o futuro dessa forma. Não é a hora certa! Sei que você não é a Samantha, mas é ela que sofrerá com as consequências de tudo isso.

— Mas foi ela que pediu que eu fizesse isso, que eu contasse agora — insistiu Samily confusa.

— Ela se importa com todos, menos com ela mesma! — rebateu Jon como se fosse o obvio — Ela quer que você conte logo, porque quanto antes souberem, mais fácil será de mudar as coisas. Mas ela ainda não está preparada...

― Você se importa com ela... ― reparou Samily com seus olhos ainda fitando o nada ― Mas temos um problema aqui: estou cumprindo ordens diretas de Samantha e foram as únicas, não sei o que pode acontecer se eu desobedece-las.

Jon perdeu o mínimo de paciência que lhe restava e pegou a garota pelos braços e a forçou a encara-lo, mesmo sabendo que a mesma era cega, não ligou.

― Ela não liga para a própria vida! Que tipo de profetiza é você que obedece a uma pessoa como essa?

Samily respirou fundo e dirigiu seus cegos olhos ao grupo confuso que os observava e em uma voz suave, avisou:

― Samantha não liga para a própria vida, pois sabe que em breve vai perdê-la. Qualquer outra pessoa negaria esse tipo de atitude e viveria o restante de sua vida da melhor forma possível. Mas Sam não é uma pessoa qualquer, ela sabe que se não está ajudando nessas tais e necessárias mudanças, então deve ajudar com sua morte.

― Como ela pode ajudar morrendo!? ― indignou-se Lysa.

― Há muitas coisas que não compreendem... ― respondeu Samily, ela se dirigiu à Jon ― Vou escuta-lo, garoto, não deixarei que a verdade venha a tona nesse momento e dessa forma, mas saiba que uma oportunidade como essa não vem do nada. A próxima chance de fazê-los compreender tudo, também será a última. Pense bem nisso.

― Existe algo que possamos fazer para ajudar a Sam? ― questionou Maria esperançosa.

― Claro ― confirmou Samily lançando-se um largo sorriso ― Apenas mantenham-se vivos.

― Brilhante! Isso é tão fácil! ― ironizou Harry.

― Jonathan ― chamou a profetiza ― Você sabe o que o futuro reserva para cada um aqui, assim como a Sam. E como ela, sabe o que deve mudar e quando mudar, e sabe que quando se trata desse último, não falamos de uma grande espera. Quer um conselho? Não espere por nada e não deixe que nada te impeça, tenha a consciência de que se esperar um dia, no outro essa opção pode não estar mais presente nesse mundo. Viva cada dia como se fosse o último, não para você, mas para a pessoa que ama.

― E Harry ― chamou ela virando-se para Harry que se aproximou ― James Potter é um grande um homem, mas alguns erros do passado dele podem encobrir essa grandiosidade. Todos os erros deles devem ser perdoados, para que ele descanse em paz...

Logo em seguida, ela caiu inconsciente nos braços de Jon e Harry.

*

― Já disse que estou bem! ― teimou Sam enquanto ia às pressas para o salão principal, onde todos estavam reunidos.

Já estava no meio da madrugada, mas Sam não queria esperar nem mais um minuto para rever sua mãe, no entanto, Madame Pomfrey parecia incapaz de deixa-la em paz.

― Layse! ― repreendeu a mulher ― Você ainda está muito fraca! O encantamento que usou sugou toda a sua força, precisa descansar!

Foi só ela terminar de falar que a visão de Sam tornou-se turva e confusa.

― Está vendo? ― avisou Pomfrey impedindo que a garota caísse ― Precisa de descanso ou desmaiará novamente, dessa vez por mais tempo.

― Aguento mais um pouco.

― Você é tão teimosa quanto o seu pai! ― reclamou a mulher ― Lilian terá muito trabalho.

Em passos rápidos, Samantha chegou ao salão principal.

― Samantha! O que faz aqui? ― questionou Lilian indo abraçar a filha.

― Precisava vê-la ― respondeu a garota entregando-se ao abraço.

― Agora você precisa é de muito descanso ― avisou Lilian ― Não devia ter feio isso, não devia mesmo. Falei que era perigoso...

― Está louca? Jamais viveria em paz se soubesse que dentro de mim havia uma parte da alma de Lilian Evans.

Então ela avistou James, parado perto deles.

― James! É muito bom finalmente conhece-lo pessoalmente! ― exclamou ela dando um abraço no mesmo.

Ao mesmo tempo sentiu suas forças abandonando-as.

― Me ajudem aqui! ― pediu segurando a fraca garota nos braços.

Sam sabia que seu tempo estava acabando.

― Por que Samily não contou tudo a vocês? ― perguntou ela sendo forçada a sentar.

― Por vários motivos ― respondeu Snape preocupado ― Um deles é que sabemos que você ajuda mais enquanto estiver viva.

― Estou com pouco tempo, vou tentar ser rápida ― disse Sam vendo tudo rodar ao seu redor ― Quando eu acordar, direi toda a verdade, revelarei tudo.

― Por que? ― questionou Hermione.

― Voldemort ― ela procurou ar ― Voldemort planeja atacar mais cedo do que o imaginado. E não podemos impedir sua volta ao mundo dos vivos porque já é tarde demais para isso.

― Do que está falando? Atacar mais cedo? ― confundiu-se Lilian.

— Me perdoem por isso... — pediu Samantha num fio de voz — Mas preciso resolver certos assuntos... Protejam uns aos outros e fiquem sempre unidos, entenderam?

— Sam, o que-

— Não tenho tempo para explicar, Jenni — interrompeu Sam, cambaleante ela se aproximou de Snape e Harry — Por favor, mantenham a paz entre vocês. Harry, escute o que os fundadores têm a dizer e pai, escute o Harry, ele saberá o que fazer. Jon, ajude-os.

Em seguida ela caia inerte nos braços do pai novamente, dessa vez Dumbledore sabia que não era um simples desmaio...


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Notas finais do capítulo

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