Uma Nova História, Um Novo Destino escrita por Hawtrey, Ma Argilero


Capítulo 28
Almas


Notas iniciais do capítulo

MIL PERDÕES PELA DEMORA!
Mas é que minhas aulas ja começaram e esta mais complicado... mas estou tentando fazer o maximo por que minha inspiração esta sumindo...



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— Samantha! — exclamou Harry me rodopiando no ar com um abraço.

— Ai meu Deus! Harry, você está me sufocando... — avisei sem ar.

— Desculpe — pediu ele me soltando — Onde você estava? O que fez? Por que foi embora daquele jeito? Quem era aquela mulher?

— Harry — chamei fazendo-o calar — Calma. Vou responder a todas essas perguntas, depois. Agora preciso fazer algo mais urgente.

— Como o quê? Ficamos preocupados Sam, precisamos e queremos explicações — ralhou Hermione ao lado de Harry.

— Olha pessoal, eu sei que todos aqui querem explicações — olhei para meu pai que não tinha uma de suas expressões mais alegres — Entendo isso, mas eu realmente tenho algo muito importante para fazer agora.

— Tudo bem Samantha — concordou Aira a contra gosto — Vá fazer o que tiver que fazer. Mas volte ok? Ou teremos que conversar seriamente. Deixem-na ir.

— Obrigada, mana — agradeci.

Sem encarar mais ninguém, fui até a sala de troféus. Entrei na sala lateral e tentei me lembrar do que Rowena me disse. Fechei a porta e me escorei na mesma. “Logo que entrar procure um quadro bem ao lado da entrada, atrás dele há um símbolo da Sonserina, pressione-o e a passagem se revelará...” disse a fundadora.

O quadro.

Olhei para o lado e vi o dito quadro, tirei-o e pude ver claramente o símbolo da Sonserina, quando o toquei, o mesmo adquiriu um tom esverdeado, como se um luz verde o preenchesse. As luzes da sala se apagaram, revelando outro símbolo da Sonserina que brilhava. O símbolo estava escondido atrás de um dos troféus, apenas passei a mão por cima do mesmo. Uma parte da parede começou a se dissolver em poeira, revelando pouco a pouco uma porta.

Uma porta que dava entrada a um antigo corredor, não parecia muito diferentes dos outros corredores de Hogwarts, só que em uma versão menor e mais uma vez me perguntei como a magia pode incluir um lugar tão grande em uma parede.

Só pelo corredor já dava para saber que aquele era um lugar completamente Sonserino, havia várias pinturas lindas nas paredes que mostravam isso, sem esquecer as cortinas verdes. Depois de um pequeno tempo cheguei ao fim do corredor: um laboratório.

O laboratório não parecia antigo, na verdade era bem limpo, como se alguém o limpasse todos os dias. Havias dois balcões com vários caldeirões encima, muitos armários que guardavam livros e ingredientes, e estantes com varias poções já prontas. O lugar é, com certeza, o maior e mais equipado laboratório que eu já vi. Papai iria adorar este lugar.

Poção vermelha. Tenho que achar a única poção vermelha daqui. Não deve ser difícil. A única dificuldade é que há muitas poções. Olhei em volta e decidi procurar de estante em estante, uma de cada vez.

Na primeira. Nada. Na outra. Nada. Na outra. Nada também. Calma Samantha... ela tem que estar por aqui. Depois de longos minutos de procura, finalmente a encontrei! Escondida atrás de uma poção do morto-vivo estava a bendita poção vermelha. Sem nome, cheiro e nada que pudesse indicar que era uma poção perigosa. Espero que papai nunca descubra que tomei uma poção desconhecida.

Bebi tudo.

No mesmo instante uma dor horrível surgiu na minha cabeça. Fechei os olhos com força tentando reprimir nem que fosse um mínimo da dor, mas de nada adiantava. Parecia que tinha algo apertando a minha cabeça com muita força e que a mesma queria explodir. Tive vontade de pegar um balde, enche-lo de gelo, e enfiar minha cabeça dentro. Jamais senti dor pior que essa.

E na mesma rapidez que veio, parou. Levantei-me meio confusa e atordoada. Quando quase cai novamente, alguém me segurou. Levantei a cabeça e meus olhos caíram direto num par de olhos verdes vivo. O homem, como Rowena, não parecia nem chegar aos trinta anos e era de uma beleza anormal e emanava poder da mesma forma que Rowena.

— Salazar Slytherin? — arrisquei temerosa.

— Sim, sou eu mesmo — confirmou ele serenamente — E você deve ser Samantha Snape, estou certo?

— Sim, senhor.

— Sem formalidades querida, me chame apenas de Salazar — pediu o fundador, depois me entregou outra poção dizendo — Tome isto, vai passar seu mal estar.

Agradeci e tomei rapidamente.

— Onde estou? — perguntei.

— No meu laboratório, um dos muitos lugares que criei. Por que está me olhando desse jeito?

— Como consigo tocar em você? Não é só um fantasma?

— Estamos em um dos meus aposentos e neles sou quase... vivo.

— Então... fora daqui você volta  ser fantasma?

— Exatamente — concordou Slytherin sorrindo — A não ser que eu esteja em contato físico com você.

— Contato físico tipo... segurar a mão? Só encostar?

— Tudo isso funciona. Você é minha porta para esse mundo. Então só você pode me ver e me ouvir, e só você pode fazer com que os outros me vejam. E é a você, apenas a você, que eu devo proteger.

— Me proteger? Está falando sério?

— Sim, é sério. Entenderá isso com o tempo.

— Ok. Agora eu gostaria de saber se tem outra saída.

— Claro, venha. Eu te acompanho, preciso sair um pouco desse lugar...

Ao nosso lado uma escada se materializou e nos levou direto para o subsolo onde havia um corredor. Quando descemos, as lamparinas se acenderam iluminando o local. De novo imaginei um lugar no minino empoeirado, mas de novo me enganei, o corredor estava mais limpo do qualquer outro lugar naquele laboratório.

— Quem limpa esse lugar? — perguntei.

— Eu — respondeu ele como se fosse o obvio.

— Sério? — um fundador fantasma trabalhando?

— Não , ele se limpa sozinho.

— Sério!?

— Sim, agora é sério.

— Como?

— Eu o criei com uma magia bem complexa, só entra quem eu quero que entre, obedece a todas as minhas ordens, e acima de tudo: não aparece no Mapa dos Marotos e nem no Mapa das Marotas Nerd’s.

— Perdão. Você disse Marotas Nerd’s? — que tipo de mapa tem esse nome?

— Sim, por vezes eram chamadas de Conselheiras Hogwartianas — esclareceu o fundador me fazendo arquear uma sobrancelha — Eram três garotas maravilhosas, inteligentes, espertas, corajosas... consideradas um tipo de realeza na Grifinória.

— Quais eram os nomes das garotas?

— Lilian Evans, Marlene McKinon e Maria Lorenzo.

— Minha mãe? Ela fazia parte disso?

— Por que o susto? Sua mãe tinha um mente única. Você herdou muito dela...

— Er... O poder que você tem aqui, também sob outros lugares?

— Sim, sob todos os lugares que criei, ou seja, a maior parte de Hogwarts.

— A maior parte de Hogwarts? Mas não foram os quatro que criaram o castelo? — perguntei me referindo aos quatro fundadores.

— Basicamente sim, mas eu e Godric fomos responsáveis por quase toda a magia de Hogwarts, é claro que cada um criou sua própria torre, mas Rowena e Helga sempre foram ótimas em criar passagens secretas e esses troços que os alunos gostam.

— E que ajudam muito — complementei.

— Apenas a quem os conhece — replicou Salazar — O que não é muita coisa. A minha magia e a de Gryffindor são as mais valorizadas, tanto é que hoje Grifinória e Sonserina são as casas mais famosas e desejados. Admito que fiquei um pouco triste por doar toda essa magia para meus herdeiros.

— Sério?

— Você nunca acredita no que eu digo?

— Não é isso. É muita coisa para um dia só.

— Também acho isso, mas prepare-se: será uma longa e movimentada semana... — alertou ele abrindo uma porta de aparência antiga, revelando o que reconheci como sendo um dos corredores de Hogwarts.

— Estamos perto do Salão Principal — avisou olhando em volta — Onde quer ir?

— Eu não quero, mas preciso voltar ao Salão Principal, meus amigos exigirão uma explicação — lamentei.

— Certo... eu não posso e nem vou deixar você sozinha agora. Agora segure minha mão, quero ser visto — pediu ele já entrelaçando nossas mãos. Ahh que ótimo! Vão pensar merda...

Não vi nenhuma diferença, mas ele deu um sorriso satisfeito quando me encarou.

— Não vi diferença alguma.

— Você não, mas ele viu — respondeu Salazar apontando para Filch que não tirava os olhos do fundador.

— Aqui não tem fantasmas — conclui olhando em volta.

— Tem sim, você só está olhando o lugar errado.

Ele rapidamente me levou para o Salão Principal, mas antes de abrir as portas, avisou:

— Devo alertar que isso pode ser meio que... assustador, mas não se preocupe, ninguém vai te fazer mal algum.

Quando, finalmente, as portas se abriram, meu queixo caiu. O salão estava lotado, não só com alunos, mas também com as almas que o acompanhavam. E ambos os tipos de olhares se direcionaram a mim e a Salazar.

— Onde está Aleny? — perguntei quando me aproximei da mesa principal, tentei não olhar para meu pai.

— Estou aqui — mostrou-se Aleny vindo na nossa direção — E quem é você? — perguntou ela secamente. Eu disse que eles pensariam merda...

Salazar me fitou fazendo uma silenciosa pergunta. Passei a sua frente sem largar sua mão.

— Er... o meu nome?

— Sim, o seu nome! Não sabe seu nome?

— Então diga de uma vez!

— O nome dele não importa — intervi — Será que podemos conversar?

— Solte a mão dele — pediu Aleny se afastando.

— Por que? — questionei confusa.

— Quero ver uma coisa.

— Se continuar desse jeito, todos vão achar que estamos namorando — sussurrei para Salazar.

— Não acredito que os bruxos ainda não aceitam o namoro entre pessoas com grande diferença de idade! — indignou-se ao pé do meu ouvido, fazendo os olhos do meu pai brilharem perigosamente.

— Eu não tô nem ai pra isso. Mas garanto que se meu pai levantar daquela cadeira, vamos ter problemas — sussurrei preocupada.

— Hey! Parem de cochichar! — repreendeu Aleny irritada.

— Estão namorando? — perguntou Aira de repente — Ohhh... que fofo. Minha irmã  namorando um homem mais velho... e bonito.

Fechei os olhos pedindo à Merlin que alguém calasse aquela garota. Como não houve resposta, eu mesma o fiz.

— Aira, cala boca e não cria problema onde não existe!

— Por que são contra esse tipo de namoro? — reagiu Salazar para o meu completo desespero — Os filhos devem namorar quem eles quiserem e quando quiserem.

— Não está ajudando... — cantarolei.

— Mas é verdade — insistiu ele.

— Olha, não significa que todos devem aprovar isso só porque você casou com a filha dele — apontei para a alma de Godric Gryffindor que por azar estava atrás do meu pai, me amaldiçoei quando percebi o que tinha feito.

Todos arfaram e começaram a cochichar e pude até distinguir frases como: “Ahh a filha do Snape se casou e com um homem mais velho!” E algumas bem obvias como: “Snape vai matar ela” ou melhor “Snape vai matar os dois.”

— Ai meu Deus! — exclamei horrorizada — Piorei as coisas.

Vi a expressão de meu pai se transforma em pura fúria. É, me lasquei.

Quando ele levantou e se aproximou, todos prenderam a respiração, até mesmo Dumbledore.

— To ferrada. To ferrada. To ferrada — fiquei repetindo.

— Quem é ele? — perguntou Salazar.

— É meu pai — respondi e depois engoli em seco.

— Ah! Severo Snape, é um prazer conhece-lo — Salazar estendeu a mão, mas meu pai nem se mexeu.

— Quem é você? — perguntou ele de forma letal dando passos a frente enquanto dávamos passos para trás.

— Ui, parece que o casamento proibido não foi bem aceito — disse Aira sarcástica.

— Será que dá pra você calar a boca? — irritei-me e fitei Snape — Pai... paizinho do meu coração... não é nada disso do que estão pensando.

— Então explique!

— É isso que estou tentando fazer...

— O que está esperando? E por que apontou para mim?

— Eu não apontei para o senhor. Eu apontei para outra pessoa...

Vi que Godric ficou bem ao lado de Aleny e me chamou.

— Ele quer que você conte. Todos eles querem — disse Salazar se referindo às almas.

— Ele quem? — questionou Snape — Samantha...

Pigarrei e contei tudo, ou quase tudo, decidi que ainda não era hora de contar que eu sou uma das herdeiras, é informação demais. Mas não esqueci o sonho e nem de quando falei com Salazar e muito menos que Godric estava ao lado de Aleny.

— Prove — disse Aleny simplesmente.

Fitei Salazar que apenas concordou, então soltei sua mão. De novo não vi nenhuma diferença, mas todos ao nosso redor arfaram.

— Então é verdade! — exclamou Aleny assustada.

— Não, idiota. Criei tudo isso só para ficar me achando — repliquei irônica.

— Olha como fala comigo garota! — esbravejou Aleny.

— Olha você! — rebati furiosa — Não vim aqui para ouvir suas reclamações e muito menos suas desconfianças! Já que é VOCÊ que esconde as coisas dos outros por aqui!

— Parem as duas! Por Merlin! É uma pior que a outra! — bradou Maria entrando no salão.

— É o temperamento de Lilian com o do Snape, o que você queria que saísse? Uma criança calma e paciente? — ironizou Jonathan levantando-se.

— Ninguém pediu sua opinião seu lezado — resmunguei impaciente.

Como ele ainda tem coragem de abrir aquela boca imunda?

— E eu não pedi a permissão de uma sebosa pra falar alguma coisa — rebateu ele friamente.

Argth! Ele foi longe demais...

Quando percebi ,ele já estava suspenso no ar e nem liguei para o fato de que eu não estava usando varinha, minha raiva era maior do que minha curiosidade.

— Peça.desculpas.agora — ordenei pausadamente.

McLister tentava balbuciar algo enquanto tentava recuperar o ar.

— Samantha, solte-o — pediu Jenni quase desesperada.   

Isso não era necessário, eu estava matando o garoto que um dia foi meu amigo, por mais irritante e desprezível que seja, ele não merece isso.

Com cuidado fui soltando-o, ele já recuperava a cor do rosto juntamente com ar, quando senti uma dor quase letal no coração, literalmente.

Um casal passeava calmamente de mão dadas pelo jardim de Hogwarts, pareciam alegres e apaixonados, não tinha como ter certeza pois estavam de costas para mim, pensei em chama-los, mas sabia que não me ouviram. A mulher usava um lindo vestido vinho, longo e de mangas compridas, lembrava muito aqueles vestidos antigos, quase medievais, o que me fez pensar que deveriam ser uma lembrança ou visão muito antiga. De repente os dois ouviram gritos furiosos vindo do castelos, eles viram-se assustados, assustei-me quando vi que o homem lembrava e muito Jonathan, e a mulher parecia muito comigo.

Tratei de ignorar isso.

De relance vi que Jonathan tentava de tudo para se aproximar de mim, por alguma razão ele também não conseguia se levantar, mas já estava quase ao meu lado. Aira e meu pai tentavam me ajudar. Vi que uma alma se aproximava, era o mesmo homem da lembrança, mas estava chorando, quando ele segurou minha mão todos se afastaram assustados, ele parecia estar chorando... por minha causa?

Dumbledore rapidamente esvaziou o salão.

Vários homens, guardas armados coma lanças e espadas, cercaram o casal, o homem tentou proteger a mulher, ficando a sua frente, mas os guardas puxaram-no, separando-os. A mulher se desesperou e não segurando as lagrimas, gritou:

JONATHAN!

Paralisei.

Aquela era a minha voz e o homem também se chamava Jonathan. Como isso é possível?

Os guardas seguram-na por trás, impedindo que a mesma reagisse contra o ataque, e apontaram varias lanças para ela, uma clara ameaça.

LARGUEM-NA! SEUS CRETINOS FILHOS DA MÃE! NÃO A MACHUQUEM! ordenou Jonathan furioso enquanto de debatia.

A mulher lutava, mas não conseguia se soltar, as lagrimas começaram a cair com mais frequência, mas não eram lagrimas normais, eram lagrimas de sangue, literalmente sangue.

Um homem se sobressaiu na multidão de guardas, sua expressão furiosa era a prova concreta de seu desejo de morte. Ele parecia o...

Lorde Riddle chamou a mulher num sussurro.

Tom Riddle.

O suposto Lord virou-se bruscamente para a mulher, aproximou-se dizendo:

Tisc, tisc, tisc. Você me decepcionou Samantha... eu confiei em você, eu protegi você da desconfiança dos outros, dos olhares curiosos e o que você faz? VOCÊ ME TRAI ele desferiu um tapa na tal da Samantha (isso está ficando estranho, esta ficando cada vez mais difícil de ignorar).

Não toque nela seu nojento rosnou Jonathan praticamente cuspindo.

Eu faço o que quero com ela, é minha noiva, minha propriedade assumiu o Lord forçando Samantha a ficar em pé e selando seus lábios em seguida. Ela tentou recuar, mas ele foi mais forte.

Largue-a imediatamente! Você não a ama, só quer seu poder.

Riddle solta-a sorridente.

Mas você a ama, no entanto não foi capaz de mantê-la segura! Seu amor não foi o suficiente disse serenamente Sabe de uma coisa? Não preciso mais dos poderes dela e muito menos de sua influência no mundo mágico... Matem-na.

NÃO! Não podem mata-la desesperou-se Jonathan.

Riddle fez sinal para que seus guardas parassem e continuou:

McLister tem razão... vocês não podem mata-la, eu mesma a mato.

E antes que Jonathan fizesse algo, Riddle desembainhou sua espada que possuía uma lança que brilhava em verde vivo e fez com que a mesma atravessasse o corpo da mulher, o corpo dela caiu no chão já sem vida.

— NÃO!

Pensei que o grito fizesse parte da lembrança, mas quando vi que Jonathan murmurava coisas inaudíveis, logo descartei essa hipótese.

— Samantha, o que aconteceu? — exigiu Aira tentando me balançar.

— O quê viu? — perguntaram Harry e Snape ao mesmo tempo.

Ata, vou falar muito.

— Por que está chorando sangue? — questionou Lysa assustada.

Hã?

— O que disse?

— Você — ela apontou pra mim — Está chorando sangue, por quê?

Toquei no meu próprio rosto e encarei o meu sangue em minhas mãos.

— Droga!

— Samantha, não, Sam... — balbuciou Jonathan ainda caído no chão, seus olhos estavam fechados e ele não parava de se mexer.

— O que aconteceu com ele?

— O mesmo que com você, eu acho, mas ele ainda não acordou e não chorou sangue ou algo assim — respondeu Jenni enfaixando as mãos.

— O que houve com suas mãos? — questionei.

— Eu tente ajuda-lo, mas quando o toquei acabei me queimando, ele parece estar em chamas — respondeu ela — Com você foi o mesmo.

— Sério?

— Sério — respondeu Aira emburrada mostrando as mãos extremamente vermelhas.

— Está claro: não podemos toca-los, Neville e Gina quase voaram janela fora quando tentaram — completou Harry.

Suspirei. O que está acontecendo? Será que o que vi realmente aconteceu um dia ou vai acontecer?

Engatinhei até Jonathan, mas hesitei em toca-lo.

— Sugiro que não faça isso — disse Aleny se aproximando.

— Odeio admitir: mas eu concordo com ela — afirmou Maria.

Ignorei as divergências e o segurei. Nada aconteceu, então comecei a balança-lo.

— Jonathan, acorda — chamei — Vamos acorda.

Ele continuou balbuciando coisas.

— Ele disse algo de útil? — perguntei aos outros.

— Nada além do seu nome, varias vezes — respondeu Hermione.

— Eu sabia que ele está apaixonado por você — zombou Jenni fazendo todos rirem.

— Ué, não vai negar isso? — questionou Lysa perdendo o sorriso.

Encarei-a séria.

— E por que eu deveria? Não é a verdade?

— Infelizmente, a retorica é verdadeira — confirmou uma voz conhecida.

— Quem disse isso? — assustou-se Minerva.

Todos olharam ao redor, curiosos.

— Vocês escutaram?

— Claro, mas quem disse isso? — confirmou Harry.

— Por que eles te escutam? — perguntei ao Jonathan mais velho ou à alma dele.

— Porque eu quero que eles escutem — respondeu ele aparecendo ao lado de Harry que se sobressaltou — Não preciso de você para fazer com que me enxerguem ou me escutem, sou uma alma amaldiçoada.

— Assim como eu — disse uma mulher aparecendo ao seu lado — Todos nascem com o seu destino traçado, mudanças ocorrem mas são mínimas, fomos destinados a viver juntos, mas Lord Riddle interrompeu o destino e nos amaldiçoou. Agora não podemos descansar em paz, não podemos escolher entre viver aqui ou morrer de vez, estamos presos entre o descanso eterno e a semi vida há milênios.

— E quem são vocês? — perguntou Maria.

— Eu sou Jonathan McLister — apresentou-se Jonathan/alma.

— E eu sou a noiva dele: Samantha Snape — completou Samantha/alma.

Todos olharam de mim para eles e vice-versa.

— As almas de vocês estão ligadas há séculos — começou Samantha/alma — O amor de vocês é tão puro, tão forte, que permanecerá vivo por muito tempo.

— Me ajudem a acorda-lo — pedi começando a andar de um lado para o outro.

— Só você pode acorda-lo — respondeu Jonathan/alma.

— Grande ajuda... — murmurei.

Então tive uma ideia. Espero que funcione.

Abri uma grande janela próxima e dei uma olhada por ela: bem alto.

— O que está fazendo? — questionou Mione.

— De quem Jonathan teria ciúme? — perguntei a Jonathan/alma.

— Como vou saber?

— Você é ele ne? — revirei os olhos.

Ele se afastou, analisando a todos.

— Ele — indicou Harry.

— Por que ele teria ciúme do meu próprio irmão?

— É, por que eu? — quis saber Harry.

— Não me faça lembrar — sussurrou Jonathan/alma começando a tremer de raiva, ele rosnou se aproximando de Harry que recuou vários passos — Não me façam lembrar o que ele fez com você.

Samantha/alma ficou entre ele e Harry.

— Você está protegendo ele? — enfureceu-se o homem.

— Não, nada disso — Samantha/alma rapidamente negou e virou-se para mim — Eu não tive irmãos e Harry não existia na minha época.

Se ela não teve irmãos e Harry não existia... então só sobra a parte de Voldemort que está dentro dele.

— Você entendeu — insistiu ela.

Subi na janela e chamei:

— Harry vem cá.

— O que está fazendo? — perguntou ele enquanto se aproximava.

— Se esse amor é tão puro e forte — comecei me certificando de que não iria cair — Então Jonathan não me deixaria nas mãos do inimigo sem ao menos tentar fazer nada.

— Da ultima vez eu falhei — sussurrou Jonathan/alma triste.

— Mas você tentou, e pra se tentar alguma coisa deve-se estar acordado — encarei Harry — Me ataque.

— Perdão?

— Vamos, me ataque.

— Não, de jeito nenhum, vai morrer.

— Não vou, agora me ataque.

— Não.

— Harry James Potter, me ataque agora.

Quando ele sacou a varinha vi que Jon se sobressaltou, mas não acordou.

— Vamos la Harry, você consegue.

Harry respirou fundo.

— Espere! — interrompi — Maldição Imperdoável.

— Como?

— Tem que ser uma maldição imperdoável.

— Nunca!

— Não estou pedindo Harry, um Cruciatus já basta.

Com a varinha tremendo, ele aceitou relutante.

Cruci-

— Não! Avada-

Estupefaça — lancei, Harry foi lançando alguns metros para trás e a maldição acertou a parede.

Corri e segurei Jon que tentou correr atrás de Harry.

— Calma Jon — pedi com dificuldade — aquilo não aconteceu de verdade. Fique calmo.

— Calmo? CALMO UMA VIRGULA — gritou ele furioso se soltando.

Voltei para a janela, suspirei e ameacei:

— Se você não parar eu pulo.

Ele parou imediatamente.

— Não faria isso — desacreditou me encarando.

— Aposta quanto? — me aproximei ainda mais da ponta.

— Por que está protegendo ele?

— Por que ele é meu irmão — respondi o obvio.

— Irmão? — ele encarou Harry que ainda se levantava — Harry?

— Não, Lord Voldemort, não ta vendo a semelhança? — ironizou Harry massageando a cabeça — Nunca pensei que amasse tanto a minha irmã... — ele viu o local que a maldição acertou — Pensando bem... isso é mais que amor.

Aproximei-me furiosa de Jonathan e lhe dei um tapa que ecoou pelo local:

— Isso é por ter sido um cretino durante todo esse tempo — pisei no seu pé fazendo o mesmo ficar pulando em um só — Isso por ter tentando matar meu irmão — finalmente acertei suas partes baixas — E isso pra mostra que ainda te odeio.

Ele curvou-se praguejando alto.

— Ótimo, porque eu também te odeio.

— Queria tanto acreditar nisso — rebati fechando os olhos, tentando encontrar uma saída pra tudo isso.


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Notas finais do capítulo

O que acharam!!???



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