Uma Nova História, Um Novo Destino escrita por Hawtrey, Ma Argilero


Capítulo 17
Garoto abusado!


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões pela demora. Esse capitulo não ficou tão om quanto eu queria mas espero que gostem mesmo assim!



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Eu estava procurando coragem para ir conversar com o Harry e contar que vou passar com as férias com ele, e estou rezando internamente (leia-se suplicando desesperadamente) para que ele não tenha um ataque e fique furioso. Respirei fundo varias vezes e entrei no dormitório masculino. Harry estava conversando com Rony e Jon sobre sabe-se lá o que. Limpei a garganta chamando sua atenção.

— O que faz aqui Sam? — perguntou Harry rindo de algo.

— Quero te contar uma coisa.

— Então conte.

— Euvoumorarcomvocê — respondi num suspiro.

— Desculpa mana, mas não entendi.

Vamos lá Samantha, tenha a calma e conte, ele não é super protetor e por isso não vai ter um ataque e sair gritando! É só seu irmão... Respirei fundo mais três vezes e mais calma respondi:

— Eu vou morar com você, com os Dursley.

— VOCÊ VAI O QUÊ!? — exclamou ele se levantando furiosamente.

— Olha Harry, tenha calma... são só dois meses — tentei temerosa.

Onde eu estava com a cabeça quando eu disse que ele não teria um ataque e não ficaria furioso!? Harry sempre faz isso!!

— São dois meses de pura tortura! — bradou ele — Prefiro mil vezes que você passe as férias com o Snape do que com os Dursley!

— Não posso, o Conselho interfere-

— Desobedeça o Conselho então!

— Mas Harry-

Mas nada! Você não vai para a casa dos Dursley!

Depois disse ele saiu correndo me deixando pasma. Recuperei-me do susto e o segui rapidamente. Ele iria fazer alguma coisa para não me deixar entrar naquela casa, disso eu tenho certeza.

Meu coração começou a bater em disparada quando eu percebi que ele estava a caminha das Masmorras: ele ia conversar com o Snape e o resultado disso era mais problemas! Droga! Tudo na minha vida dá errado, a minha vida é cheia de problemas!

— Harry! Espera! — chamei atraindo a atenção dos alunos nos corredores, mas mesmo assim não parei de correr trás dele.

— HARRY! O QUE VOCÊ VAI FAZER?

Se ele me ouviu ou não creio que nunca vou saber, mais que foi a primeira vez que ele foi a sala do Snape sem ser chamado, isso ninguém pode negar.

Entramos na sala quase juntos, assustando meu pai que ficou indignado com a bagunça.

— O que está havendo aqui!? O que pensam que estão fazendo!? — perguntou ele com rispidez.

— Nada não senhor, foi só um equivoco — tentei enquanto puxava Harry para fora da sala, mas ele conseguiu se soltar e disse

— Nem pensar! — ele se virou para Snape — Como pôde aceitar o fato de que ela vai morar com os Dursley!?

A expressão de Snape mostrou a compreensão e depois disse;

— Não posso fazer nada. Já está decidido e além do mais, só é durante as férias.

— Mas esse é o problema!

— Do que está falando Potter?

— Por que foi durante as férias que eles me fizeram isso — Harry arregaçou a manga de seu casaco e mostrou hematomas por todo o braço, havias varias partes que estavam roxas e provavelmente muito doloridas.

— O que é-

— Você sabia disso Samantha? — perguntou meu pai muito sério.

Mas eu estava tão confusa quanto ele, eu nunca soube que Harry sofria desse jeito, em exceção de todas as outras coisas que eu sempre li, mas isso? Eu não fazia ideia e não entendia o por quê disso acontecer.

— Não professor, eu não sabia.

Eles me olharam incrédulos. E eu não os culpava, eu era conhecida por saber de tudo relacionado a Harry Potter e seu mundo. As coisas mudam... E a história também! É claro! Como eu não pensei nisso antes? Isso era por que eu estou mudando a história, mas se coisas desse tipo sempre acontecer... Ora que inferno!

— Droga! Droga dupla! Que merda!

— O que foi? — perguntaram Harry e Snape em uníssono.

— Er... nada não, só estou pensando — tentei. Mas eles pareceram não ligar.

— Não se preocupe Potter — afirmou Snape veementemente fitando Harry — Farei o possível para que Samantha não more naquela casa e com sorte você também sairá de lá.

— Não me importo comigo. Mas não quero que Sam tenha qualquer contato com os Dursley.

— Por acaso você sabe de alguma coisa que pode nos ajudar com o Conselho.

— Podemos oferecer provas contra eles os acusando de maus tratos físicos e mentais — “Podem fazer isso!? Pelo menos existe essa acusação?” — E podemos fazer com que Sam deponha a nosso favor.

Sério!? Eles estavam conversando como se eu nem estivesse ali e eu não gosto disso!

— E se ela não concordar? — perguntou Snape.

— Ela vai ter que concordar. Você é o pai dela, tem autoridade pra isso ou não?

Eles estavam mesmo conversando dessa forma? Sem xingamentos, olhares mortais e nem coisas do tipo? Que graça tem isso?

— É claro que tenho Potter! Quanta petulância!

— Então vai conversar com ela?

— Claro que vou. E ela vai ter que me obedecer.

— Ooi! Eu tô aqui ainda se lembram? — chamei atenção acenando com a mão.

— Você ainda está ai? — questionou Snape fingindo surpresa.

— Não. Esse é o meu fantasma, morri no momento em que você milagrosamente pediu ajuda ao Harry, parece que estão se tornando amigos — provoquei sarcástica.

— Não mesmo — responderam ele em uníssono.

— Viram? Até estão concordando — provoquei novamente rindo. Eles me fuzilaram com o olhar e eu aproveitei — Até os olhares são os mesmos...

— Cala a boca Samantha — exigiu Harry sério.

— O que eu fiz? Só fui sincera.

— Acho que essa sinceridade vai te fazer morrer antes dos dezessete — brincou Snape.

— Eu também acho, pode ser até esse ano — concordou Harry irônico.

Isso me fez parar de rir imediatamente, o que eles estranharam. Eu sei que era só uma brincadeira, mas isso trouxe uma informação do futuro à tona. A verdade é que eu realmente irei morrer antes de completar os dezessete anos, isso era a única coisa da qual eu tinha certeza absoluta. Eu poderia morrer até mesmo esse ano quando eu saísse de Hogwarts. Que ironia, vim aqui salvar vidas e a única certeza que eu tenho é minha própria morte.

— O que houve Samantha? — questionou Snape preocupado. Logicamente ele percebeu alguma coisa.

— Tudo bem Sam? Você sabe que foi só uma brincadeira né? — verificou Harry temeroso.

— Sei sim. Eu... só... só preciso conversar com Aleny — e sem esperar nenhuma resposta sai deixando os dois sozinhos.

Acho que estou com sérios problemas com o futuro. Como posso saber o que vai acontecer se as coisas mudam sem que eu mesma faça isso? A guerra é daqui a algum tempo, mas como eu estou mudando as coisas ela pode simplesmente ocorrer ano que vem e será pior por que eu vou estar despreparada. Que droga! Como eu não me dei conta disso? Como fui burra.

Eu preciso encontrar Aleny imediatamente, mas onde ela estará? Merlin me ajude!

— Samantha.

E Merlin ouviu minhas preces! Atrás de mim estava Dumbledore com a expressão serena.

— Professor! Preciso de sua ajuda — pedi correndo até ele.

— E o que posso fazer por você?

— Sabe onde Aleny está?

— Claro, ela está na sala precisa em uma reunião com as Conselheiras.

— Muito obrigada diretor.

Corri feito uma louca pelos corredores sem ligar para os xingamentos que os alunos me laçavam. Quando eu já estava perto fui parada por uma aglomeração de alunos saindo de suas aulas. O corredor ficou muito mais cheio, dificultando minha passagem.

— Que droga!

Pedi licença varias e varias vezes, mas eram muitos alunos. De repente todos pararam e começaram a observar um duelo entre dois alunos, eu nem liguei na hora, até perceber que esses dois alunos eram Malfoy e Jonathan que lançavam azarações por todos os lados sem se importarem se ela iria ou não acetar ouras pessoas que não fossem seus alvos. 

Sendo sincera, fiquei até um pouco surpresa, pois era a primeira vez que eu via garotos duelando e não se matando em socos e xingamentos. Mas minutos depois eu me arrependi de ficar observando essa briga, pois uma azaração lançada por Jonathan que acertou em cheio o meu cabelo que instantaneamente ficou verde-limão. O idiota arfou já sabendo que eu ia acontecer e o verme albino começou a rir. Lancei o meu olhar mais mortal a Jonathan que arregalou os olhos e em seguida saiu correndo.

Nem lembrei de sequer sacar a varinha, o segui correndo preparando minhas mãos para esgana-lo até ficar vermelho, depois roxo e esgana-lo ainda mais.

Não sei se foi por azar ou por que ela já estava ficando cansado, mas quando virou rapidamente a direita escorregou caindo de bruços no chão. Quando Jon começou a se levantar eu literalmente pulei encima dele.

Minhas unhas arranhavam o rosto dele e seus braços, eu tentava esgana-lo mas ele era mas forte que eu e segurava meus pulsos, mas ainda sim eu o feria.

— Calma Sam. Cal-

— Calma é o cacete — retruquei arfando — Você vai aprender a não lançar azarações em mim!

— Foi-Foi um acidente — tentou ele lutando para segurar meus pulsos enquanto eu lutava para solta-los — Por Merlin pare com isso! Desculpa.

— Ora seu-

Não pude nem começar citar minha lista de xingamentos quando ele me calou com um beijo. Isso mesmo: UM BEIJO! Pude ouvir os alunos arfarem e começarem a murmurar coisas como “Ele fez mesmo isso?” ou “ Ele não tem medo de morrer?” e até “Nossa! Ele é rápido”.

— O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO MCLISTER!? — gritei usando todas as minhas forças para machuca-lo de todas as formas possíveis.

Ele se desviava a todo custo e por um triz escapou de um soco, tentou se desculpar:

— Desculpa. Desculpa. Era o único jeito de fazer você calar a boca!

— Pois agora eu vou você calar a boca! Só que de um jeito bem mais doloroso-

— Perai! — Quando eu ia pegar minha varinha, eu o encarei — Eu já pedi desculpa, pedi varias vezes! Por Merlin me desculpa.

Eu parei rapidamente e fingi estar mais calma. Ele afrouxou meus pulsos um pouco mais aliviado e enquanto ele ainda arfava, comecei cinicamente:

— Bom... Merlin aceitaria suas desculpas... — ele pareceu convencido de que escaparia disso e sorriu — MAS ELE NÃO ESTÁ AQUI!

Pego de surpresa ele não pode se proteger quando eu finalmente comecei a bate-lo de verdade. Quando eu finalmente segurei na garganta dele, alguém me puxou brutamente.

— Me solta! Quero esgana-lo até a morte!

— Pare com isso imediatamente Samantha! — ordenou meu pai enquanto tentava me segurar — Tenha modos garota!

— Modos o caramba! Mande ele ter modos — repliquei indicando Jonathan que estava corado e aterrorizado ao mesmo tempo.

Snape pareceu estar confuso e analisava internamente o que eu tinha acabado de falar:

— Do que está falando? Qual é o motivo dessa briga? E por que seu cabelo está verde?

Ele olhou de mim para o Jon que se aterrorizou ainda mais. Ninguém falou nada. Até que Lysa temerosa, quebrou o silêncio, fazendo todos encara-la, menos eu e Jon que ficamos olhando um para cara do outro.

— Senhor... Tudo começou quando Malfoy e Jonathan começaram a duelar, foi quando acidentalmente Jonathan lançou uma azaração no cabelo da Samantha, ela começou a persegui-lo e eles começaram a brigar e... — ela hesitou. Se contasse sobre o beijo, provavelmente meu pai mataria nós dois sem querer saber quem realmente começou, mas ela sabia muito bem que não poderia mentir para o mestre poções.

— E... — apressou Snape já perdendo a paciência.

Lysa olhou para Aira em um pedido de ajuda, a sonserina lançou um olhar de desculpas e completou:

— Os dois se beijaram, mas a culpa foi toda do McLister.

Jon arregalou os olhos e de repente ficou pálido.

A expressão de meu pai passou de séria, para mortalmente fatal. Ele se aproximou de Jon que deus vários passos para trás. Mas um pouco e eu não me surpreenderia se Snape começasse a apertar a garganta do garoto, por um momento tive pena, mas só por um momento.

— Nunca, jamais, toque minha filha dessa maneira — ameaçou Snape com os olhos brilhando perigosamente.

Então agora eu sou filha dele? Morcego gótico!

— Sim s-senhor p-professor — gaguejou Jon e em seguida se dissipou em fumaça branca.

Eu fiquei tipo O.o (confusa) e o resto ficou tipo assim O.O (assustados) como todo o direito. Como ele aparatou do nada? Duas coisas o impedem: 1º ele não podia aparatar em Hogwarts e 2º ele nem sabe aparatar.

“Venha para a mansão do Conselho, ele está comigo”, avisou Aleny mentalmente.

Sem dar explicações, aparatei em seguida.


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Notas finais do capítulo

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