Herois do Olimpo - a Profecia. escrita por whitesparrow, Equipe Os Imortais


Capítulo 3
III - Acampamento Meio-Sangue - parte02.


Notas iniciais do capítulo

Hey semideuses! Como vocês estão?
3ª capitulo com muitos pontos vistas. KSPOAKSPOAKSPOAK - minha cara. Vejo vocês lá em baixo.



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Manuella.

      Assim que abri os olhos, a luz clara do local quase me cegou. Vozes eram audíveis do lado de dentro e de fora do cômodo, mas fiz questão de me perguntar mentalmente: Onde estou?

      Meu coração martelava. Sentei na cama ereta. Assustei-me ao perceber que estava em uma enfermaria. Algumas ataduras estavam sobre meus cortes.

      — Mas que... – alguém disse irritado, mas foi bruscamente interrompido com um “shiu!”. Com um pouco de dificuldade joguei minhas pernas para fora da cama.

      — Lendon! É feio falar palavrões. Não se atreva! Cadê suas maneiras? – reconheci a meiga voz de Isabela. Levantei da cama e afastei as cortinas que estavam ao redor.

      — Manuela! – a voz infantil de Isabela soou pelo quarto todo. Os braços da pequena me envolveram.

      — Onde estamos? – perguntei meio grogue.

      — Sei lá! – Alexander respondeu, juntando-se a nós com os outros.

      — Tomará que não estejamos mortos. – Gabriella disse cruzando os braços. Olhamos para ela em silêncio, recebendo uma encarada perplexa. – O que foi?

      — Ah, esquece! – eu disse.

       Vozes vinham do lado de fora:

      — Nem pensar Rodrigo. Vá para lá! Logo Mateus chegará. – uma garota de voz firme ordenou.

      — Vamos Tayla, não custa nada. – o garoto que provavelmente se chamava Rodrigo disse. A porta se abriu dando passagem para três garotas e quatro garotos.

      — Isso é realmente chato! – um garoto moreno e musculoso disse entediado. Uma garota ruiva lhe bateu no braço.

      — Quieto Bryan. Vai assustá-los. – ela soou severa.

      — Quem vai ter medo dessa pamonha, Kimberly? – uma morena perguntou distraidamente. Estava indiferente. Era como se preferisse estar em outro lugar.

      — Cale a boca, Tayla! – o tal Bryan esbravejou.

      — Cale a boca você, brutamontes. – Tayla retrucou.

      — Vem fazer, então.

      Bryan era o tipo de cara com problemas.

      — CHEGA-OS-DOIS! – um garoto loiro disse pausadamente.

      Bryan cruzou os braços atrás da cabeça. Tayla sentou-se numa das camas.

      — Bom trabalho, Daniel. – uma garota de cabelos cor mel elogiou. O garoto deu um sorriso rápido.

      — Tudo bem! Vamos com calma. – um garoto moreno – e muito bonito por sinal – disse calmo. –       Jenifer, você resolve isso. – ele disse empurrando a garota de cabelos mel para frente.

      — Nem pensar, Andrew. Onde raio está Mateus para fazer isso? Vá você Rodrigo! – ela olhou furiosamente para o garoto loiro com o mesmo ar de superioridade que Alexander.

      — Mateus só iria assustá-los. Típico dele. – Rodrigo disse sentindo-se superior.

      — Deixe de ser ridículo, seu nerd. – Bryan brigou.

      — Por que a Jenifer ou a Kimberly não fazem isso? Alias, você e a Kim foram determinas. – Rodrigo disse convencido de que a vitória era dele.

      — Acho que vocês deveriam ir com calma. Estamos assustando eles. – Daniel disse, parecendo preocupado com a nossa sanidade.

      — Eu faço isso! – Kim, a garota ruiva, deu passos a frente, mas ainda continuou a 4m de nós.

      Alexander sussurrava palavras complicadas e esquisitas. Não dei-me ao luxo de acompanhar seus cálculos mentais.

      — Deixe que nós nos apresentemos. – disse Kimberly, ao menos tentando ser gentil.

      — Sabemos quem vocês são! Onde estamos? - Lendon disse aparecendo em meio segundo ao lado dela. Era como The Flash, só que com 16 anos.

      — Hey, calminha ai. Bem, vocês estão no Acampamento Meio-Sangue. É onde pessoas como nós moramos. – ela explicou suavemente, porem, pareceu bastante impressionada com a agilidade de Lendon.

      — Bem, essa é nossa deixa. Temos que pedir para as harpias arrumarem o chalé de Hades, Mateus logo chegará. Bryan, Rodrigo? – Tayla abriu a porta, sendo seguida pelos outros dois garotos.

      — Venham! Vamos fazer um tour rápido pelo Acampamento antes do jantar. – o garoto Andrew disse.

      — Espere! Vocês sabem de quem somos filhos, mas... Vocês são filhos de quem? – Gabi perguntou.

      — Somos os gêmeos Summer, filhos de Apollo. – a garota ruiva disse.

      — Somos os gêmeos Hawkins, filhos de Héstia. – a garota chamada Jenifer, respondeu.

      — Puxa quantos primos eu tenho, a mais? – fui sarcástica.

      Eles riram.

      — Acredite você têm muitos. – Andrew respondeu, recebendo uma ombreada de Daniel.


Tayla Karoline.

      Acho que não é necessário citar que o jantar foi... Uma bagunça total. Não que ele não seja, mas hoje foi bem mais que o normal.

      — Amanhã eu dou aula de grego. – Rodrigo soou exausto.

      Era o fim do jantar; estávamos ao redor da fogueira, e como de costume, escutando a cantoria dos filhos de Apollo.

      — Nem me fale! Sinceramente? Eu não planejava ter uma sobrinha, justo agora. – Vinicius bufou irritado, apontando para Manuela, que estava cantando com algumas meninas.

      — Ainda tem Emily. – Rodrigo completou.

      Observei minha irmã, meu sobrinho e seus amigos levantarem.

      — Vamos lá! – eu disse apontando com a cabeça para eles.

      Rodrigo, Vinicius e eu caminhamos exaustos.

      — Olá! Sou Rodrigo, filho de Athena. Lembram? – o imbecil cumprimentou nossa nova irmã. A idéia não me agradava, mas...

      — Sou Vinicius, filho de Zeus. – ele apertou a mão da neta de Zeus e do filho de Storm.

      — Sou Tayla, filha de Poseidon. – apertei a mão do filho de Perseu e da filha de Artemis.

      Enquanto explicávamos mais detalhes, Manuella nos media com os olhos. Pensei se Joana havia traumatizado essas pobres mentes...


Manuella.

      — Sinta-se em casa! – o meu tio deixou-me na porta do chalé. De acordo com Quíron, nossos pais juraram fidelidade um ao outro. Então apenas o sangue Grace e Di Ângelo poderiam abrir o chalé.

      O lado de fora era lindo. O chalé era negro. Feito de algum ferro próprio – talvez do Rio Styx.  Na porta estava cravado um raio partindo em um elmo – o de Hades. Toquei a maçaneta de ouro, e a girei delicadamente. Dentro era mais esplendido ainda. Havia o cheiro de morte e ao mesmo tempo de vida. O teto era de ouro puro, com águias e espíritos talhados. Uma outra porta levava ao banheiro revestido de mármore escuro, e os detalhes em ouro. No guarda roupa havia todas as peças que alguém poderia querer. Liguei a televisão em um canal de música e deixei tocar Green Day. Tirei meu colar e o depositei dentro da gaveta de um criado mudo, no qual havia alguns cadernos e livros, e canetas. O fundo do chalé levava para a floresta. Era uma pequena área que me deixava duas opções: olhar a imensa floresta ou observar o céu.

      Voltei para dentro e em outra entrada, mais ao fundo chalé, havia livros e armas de batalha. Fui para o quarto e peguei um pijama no guarda roupa, jogando-a na cama que estava forrada com um lençol branco. Tirei a roupa suja empapada de lama e a joguei num cesto preto.

      — Finalmente agua encanada. – saudei animada o chuveiro de ouro. Eu precisava de um banho urgentemente.

Alexander.

      — Bem vindo ao chalé de Annabeth e Perseu. É só você quem pode abrir o chalé. –a garota que era minha tia, explicou. – Ele é feito de pedras marinhas.

      — Bem legal! Quem fez o projeto desses chalés? – perguntei alisando a porta. O chalé era pedras marinhas acinzentadas e algumas verdes. Cravado na porta estava um pergaminho pequeno, desenrolando, com um tridente dentro.

      — Sua mãe desenhou o chalé de vocês... E todos do Acampamento. – ela contou, parecendo relativamente calma. Eu toquei a maçaneta o mais delicadamente possível. O ouro parecia frágil demais.

      — Bem, boa noite! – eu agradeci.

      — Boa noite! – ela parecia entediada. Tayla girou nos calcanhares, colocando as mãos no bolso da jaqueta e caminhou para o outro lado do pátio.

      Abri lentamente a porta do chalé. Era magnífico!

      O quarto era deslumbrante como o lado de fora. O quarto de pedras marinhas alternada entre o verde e o cinza destacava o teto prateado – no qual havia o kraken talhado.

      Tirei minha camisa e atirei na cama. Caminhei até a parte de trás do chalé. A paisagem era a floresta (assim como a de todos). E um pequeno riacho que escorria pela terra. Numa outra parte do chalé, havia uma biblioteca com diversos livros. Em uma parede havia diversas armas penduradas. Uma escrivaninha estava ao lado das estantes de livros. Um grande livro em branco e de linhas vermelhas estava em cima da mesa junto de uma caneta. Um diário, pensei.

      — Biblioteca... Acho que vou chorar de alegria. – disse agarrando um livro de arquitetura em uma das estantes.


Lendon Julius.

      — Por que mesmo que escolheram você para me trazer ao chalé? – eu questionei a garota da foice. Ela deu de ombros.

      — Ah, deve ser porque sou sua tia. – a pirralha explicou.

      — Credo, isso é bizarro! – fingi surpresa.

      — Oh bem, ai está! – ela disse parando-me com uma mão. Ela explicou um monte de coisas chatas e entediantes sobre apenas eu conseguir abrir a porta e não-sei-mais-o-que.

      — Ok, tchau! – eu a interrompi. Ela olhou-me de um modo mesclado entre fúria e desapontamento. Apenas a vi sumir no pátio. Só a vi novamente na entrada do chalé de Hades, na parte escura daqui.

      O meu chalé era... Muito irado! Era de um ferro negro e grama. A porta era de uma cor areia. Na porta estava cravado um caduceu e um trevo de quatro folhas.

      O quarto era o mesmo verde das gramas, mas a cor areia traçava na parede cenas de luta. Baguncei minha cama. A parte de trás do chalé levava para a floresta, que logo ao fim, via-se uma caverna. Havia uma sala cheia de armas e com alguns livros que provavelmente eu daria para Alex. Mais ao canto da sala havia aparelhos de musculação. Voltei no quarto e apreciei a televisão de tela plana. Só então notei o videogame em um canto do quarto.

      — Ah mano! Videogame? Valeu aquela luta com o monstro. – agarrei o videogame.


Isabela Lua.

      — Você vai gostar daqui. – Daniel disse calmo. Eu acenei.

      — Acho que sim. – eu concordei. Já estávamos parados no chalé de Artemis havia algum tempo. Ele suspirou.

      — Olha, não é porque sua mãe e meu pai não se entendem, que precisa ser assim conosco. – ele admitiu, corado.

      — Claro. Não quero que seja... Assim. Podemos tentar algo como Annabeth e Perseu. – eu disse tímida.

      — Como Annabeth e Perseu? – ele perguntou curioso. Engoli em seco ao perceber o que havia dito.

      — Quero dizer... Digo, não quis me referir ao fim deles, com casamento e filho. Quero dizer, a amizade que eles construíram para manterem... Tudo longe! – expliquei corada. Ele assobiou.

      — Isso mesmo. Bem, boa noite! – ele desejou, beijando minha bochecha. Não fui capaz de responder; apenas fui capaz de observar ele me dando as costas e indo para a fogueira.

      O chalé era prata por dentro e por fora. A lua dava-lhe um brilho gracioso e severo.  Uma linda cama de prata brilhava no quarto. Em outro canto havia beliches para as caçadoras de minha mãe. Na parte de trás do chalé, a lua brilhava incansavelmente. Numa sala lá paralela havia arco-e-flecha de diversos tipos. A sala tinha peles de alguns animais. Voltei para o quarto e liguei a televisão. Ocupei-me apenas em olhar a lua pela tela fina.


Gabriella Minerva.

      — Você é chato, e ponto. – eu disse para o outro filho de minha mãe.

      — Garota, você é idiota como seu pai. – o tal de Rodrigo gritou.

      — Dane-se! – eu gritei entrando em um chalé de mármore e colunas gregas, e algas marinha entrelaçadas. A coruja e o tridente estavam cravados na porta de prata.

      Por dentro era lindo como o lado de fora. A cama era de prata, com um guarda roupa polido e grande ao lado. Liguei a televisão e coloquei no Animal Planet. Fui ao banheiro e liguei uma torneira da banheira, e fui conhecer a entrada que levava ao outro cômodo do chalé. Era um lugar cheio de livros, armas e uma mesa de mármore com um livro gigantesco com informações marinhas. Sai da sala e fui para a parte de trás do chalé. A frente via-se a floresta e um pequeno regato.

      Comecei a observar os padrões dos chalés: do lado esquerdo, a uns cinco chalés depois do meu, eu podia ouvir o som de videogame – que só podia ser o chalé de Lendon.  A dois chalés depois do de Hecate e Hera, (que estavam a minha direita) podia-se ouvir a voz melodiosa de Manu. De frente ao meu chalé estava o chalé de Artémis, o de Bela. E de frente ao de Manu, estava o chalé de Alex, que provavelmente lia. Estávamos no centro do acampamento, ainda formando o U, só que com nossos chalés, também incluía o de Hecate e Héstia – e nenhum deles estava em formação numérica. Dentro da floresta eu podia ver dríades correndo e cantando. Era um lugar grande ali.

      Sentei-me no piso quente da varanda e pensei no nosso dia. Houve tumulto, tumulto e tumulto, pensei comigo mesma.

      Conhecemos até mesmo amigos antigos de Perseu, Annabeth, Annamar e Nico. Até mesmo aqueles que já morreram.

      Despertei do transe quando ouvi o barulho de algo se espatifando contra o chão, dentro do meu chalé. Corri lá dentro!

      Havia um espelho redondo, como aquele de princesas que elas carregam consigo mesmas e fazem pedidos. Ele estava aos pedaços dentro da moldura de ouro. Não havia ninguém lá.

      Agarrei um pedaço do vidro e me observei através dele. Deixei o pedaço em cima da minha cama, pegando a moldura e os outros pedaços com cuidado. Corri até a varanda com eles e os atirei sem que ninguém visse. O outro pedaço estava lá. Algo me motivo a ficar com ele... Só não sabia o que.

Tayla Karoline.

      — Estou com fome de novo! – Vinicius disse com a mão na barriga, até começar a correr em direção a fogueira.

      — Ele parece um buraco negro. – falei para Rodrigo, que riu.

Um vento gelado passou pelo meu corpo. Olhei ao redor. Uma forma escura estava entre as arvores do chalé de Nico e Annamar. Em meio segundo ela sumiu, como se fosse pó.

      — O que houve? – Rodrigo me perguntou. Olhei em seus olhos cinza, e pisquei algumas vezes freneticamente.

      — Acho que nada. – respondi dando de ombros. Ele suspirou e voltou a olhar para a fogueira. Meus olhos voltaram para as arvores. Há algo muito errado por aqui, pensei comigo mesma.


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer a Sarah por ter me ajudado com esse capitulo. Obrigada Sá.
Beijos a todos os semideuses ;*