Vampire Heart escrita por X-RYU, yuukiie
Capitulo 3: O confronto da meia noite.
Saí do meu quarto onze e meia. E na forma de um vulto negro fui passando pelos lugares até chegar ao jardim da torre norte. Aquele horário não havia monitores na torre norte. Era a Torre onde só existia salas de aula. O jardim da Área Norte era o maior e mais bonito. Isso durante as outras três estações. Durante o inverno era um campo gelado sem nada...
Cheguei finalmente em meu destino, e vi Christian ali, sua espada cravada na neve, possuía um metro e setenta de comprimento por trinta centímetros de largura. Notei que ele realmente seria um oponente bem apelativo, seus olhos eram de pupila roxa agora. E suas presas suavemente mais pontiagudas e maiores.
- Bem vindo de volta! – Disse Christian.
- Hum... – Desviei o olhar. – Vamos acabar logo com isso. Amanhã tenho um sábado longo pela frente.
Ele riu. Tirou a espada cravada no chão e a empunhou.
- Certo. Estamos na mesma condição... – Comentou. – Mas... Está sem sua arma. – Disse intrigado.
- Errado! - exclamei. – Tenho algo muito útil pra abater vampiros como você...
Peguei o meu crucifixo e o arranquei da corrente fazendo com que ela estourasse. Assim que saquei o crucifixo pra frente ele se tornou uma espada, com fio de corte nos dois lados do mesmo tamanho da espada de Christian, o que mudava era que a lamina tinha quinze centímetros de largura. Um prateado tão polido que reluzia com a luz dos refletores que iluminavam o jardim. O cabo tinha o formato da haste vertical da cruz e a haste horizontal como protetores de mão. E o dragão/serpente alado enrolado naquela região e com a cabeça na frente do cabo exibindo duas rubis onde era pra ter os olhos ofídicos.
- Dragonheart Blade... Há rumores que essa espada pertenceu a Drácula. Isso é verdade? – Perguntou Christian.
- Sim! – Respondi sem hesitar. – Essa espada foi confiada a mim para fatiar carne de quem interferir em minha missão!
Ele sorriu e correu em minha direção furiosamente.
- Tente cortar a minha carne! – Disse o rapaz que desferiu um ataque.
Aquele ataque virou uma seqüência de ataques que me obrigou a defender. E eu ia recuando pra trás. Os ataques eram pesados. Esquivei do ultimo ataque e me afastei.
- Uuh... Nada mal! – Respondi sorrindo. – Mas agora é minha vez!
Me locomovi com toda a velocidade em sua direção e desferi meus golpes. Ele defendeu cinco de dez cortes esquivando-se de dois e atingido por três causando-lhes leves cortes. Logo ele revidou com ataques mais pesados e mais rápidos ainda. Recuei de seu alcance e este me seguiu. Passei a correr o mais rápido que pude em direção a torre. Então peguei impulso na parede e passei a escalar a mesma apenas com os pés. E Christian logo atrás de mim. Cheguei ao topo da torre, que devi ter cerca de cem metros. O terraço dela era plano e extenso. Christian chegou e saltou numa altura de quinze metros dando um mortal e caindo agachado no chão.
Começou a nevar...
- Pra que m e trouxe até aqui? – perguntou.
Eu ri e girei minha espada. Cortando o vento para trás e com a mão esquerda o chamei.
- Decidi escolher um lugar mais seguro... – Respondi.
- A fim de que? - Perguntou novamente.
- Mostrar um pouco do que eu realmente posso fazer. – Re-respondi.
Ele avançou feroz novamente.
- Estava esperando por isso! – Vociferou.
Eu então cravei a espada no chão e coloquei as duas mãos no cabo. E uma aura negra passou a emergir do meu corpo. Os cabelos escorreram até a cintura, os olhos ficaram vermelhos como o sangue e as presas cresceram um pouco. A pele que já era pálida como o luar, tornou-se pálida como a morte. Assim que ele se aproximou centímetros de mim eu sumi de onde estava e apareci atrás com a espada em sua garganta.
- Olá... Chris... – A voz havia alterado... Aquele não era mais a minha consciência. Apenas o meu corpo transformado e adaptado ao corpo dele. Aquele não era Abel Dragonheart. Aquele era Kain Draculea. Meu alter-ego.
- Hum?! – Espantou-se Christian. – Quem é?
- Não queira saber... Mas seja o que for que estiver pensando, não é Abel. – Disse Kain sorrindo. – Pronto para morrer? Ou quer sofrer um pouquinho antes? AH! Já sei... Que tal ser empalado? Ah... É mesmo. Isso é coisa que só o Drácula faria.
Kain soltou o rapaz e andou até a beirada da torre.
- Uhhh... Como é alto, não? – disse o vampiro coçando o queixo. – O que será que acontece se alguém cair lá em baixo?
Kain havia realmente se distraído, não devia ter dado as costas para o oponente. Christian correu até ele e lhe deu um chute o fazendo cair.
- WOA! – gritou Kain que ao cair grudou seus pés no prédio. – Nana nina não! Tsc, tsc, tsc, tsc. – disse ele com os braços cruzados e ereto na parede da torre norte. – Isso não foi uma atitude inteligente...
- O que?! – Exclamou Christian.
Kain gargalhou amigavelmente.
- Hey cara, gosto de você! Tem um ótimo senso de humor... Mas se quisesse que eu caísse lá em baixo era só pedir! – Kain acenou com dois dedos de sua mão formando um V de vitória. – Você venceu!
O vampiro tirou seus pés da parede e caiu daquela altura extensa. Mas quando chegou a cinqüenta centímetros do chão, nas suas costas surgiram dois pares de asas negra que partiram o sobretudo no meio e se abriram majestosamente!
- Subindo! – Disse Kain apontando pra cima.
Ao ver que Kain não estava morto Christian se espantou. O espanto foi tão grande que sua espada se soltou de sua mão.
- Acho que eu te enganei garoto... – Disse Kain que materializou a espada em seus punhos novamente.
- Mas... O que é você? – Perguntou Christian se afastando da beira do prédio.
Kain foi se aproximando na medida em que Christian ia se afastando.
- O espírito do Filho de Nosferatus encarnado num descendente da Família Draculea.
- Então... Era verdade sobre os boatos de que Abel nunca andou sozinho? – Perguntou Christian. – Kain... O Filho de Nosferatus.
- Você além de ser bem engraçado é inteligente... Deveria te aplaudir? – Perguntou Kain. – Ah não... Esqueci. Estou com as mãos ocupadas, hehe! Mas agora Chris...
O vampiro de presença poderosa e de semblante sarcástico com olhar frio, se aproximou de Christian e lhe estendeu a mão mirando na cabeça.
- Abel não está tão acostumado a brincar de matar vampiros de clãs rivais... Não volte a perturbá-lo, tudo bem? Vocês precisam dormir! Amanhã será um longo dia pela frente. – Kain pegou a espada de Chris que estava no chão e lhe devolveu. Tudo com a mão esquerda. Christian parecia ter entrado em transe, aceitou a espada e a guardou, indo em direção a beirada da Torre e a descendo calmamente pelo muro.
Kain suspirou e guardou as asas. Estava novamente nu da cintura pra cima. Coçou a cabeça e logo após cravou a espada no chão sentando-se no mesmo solo e encostando-se na sua própria Lâmina.
- Crianças... Como gostam de arranjar confusão. – Disse Kain rindo com sarcasmo. – Ótimo vou voltar para o meu lugarzinho.
Pouco a pouco fui voltando a consciência, logo pude ver a minha pele ganhando cor novamente e logo depois meu cabelo diminuindo. Os olhos voltaram a cor original e as presas diminuíram. Levantei-me e arranquei a espada do chão. Ela voltou a ser o crucifixo de antes com uma corrente nova. Coloquei-a no pescoço e desci rapidamente a Torre com destino ao meu quarto.
Consegui chegar com segurança até lá. Tirei aquela roupa e fui direto pro chuveiro.
Havia escapado por pouco de ser derrotado. Novamente não me vi incapaz de enfrentar um guerreiro sozinho. A alma de Kain fora implantada em mim para me ajudar nas batalhas. Mas mesmo assim, não podia deixar tudo só pra ele. Se não ficaria cada vez mais fraco.
Enxuguei-me com uma toalha, depois do banho e deitei-me nu na cama, exausto. Sem que conseguisse me levantar novamente, acabei caindo num sono profundo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
modéstia parte, mas o Kain é foda de mais *-*