Da Morte para a Vida escrita por DRACENA
- E então? O que achou?
Ao virar-se, Kouga ficou mudo pelo espanto e admiração diante daquela visão. Kagome estava belíssima naquele vestido vermelho e tudo que ele pode fazer era olhá-la lentamente dos pés a cabeça.
- Já sabe qual escolher?
Ele se recompôs, mas não teve tempo de responder porque uma funcionária se aproximou correndo.
- Desculpe interromper senhorita Higurashi, mas uma moça tentou sair da loja sem pagar pela mercadoria.
- Onde ela se encontra?
- A senhorita Rin pediu que a conduzissem ao seu escritório.
- Ela fez bem e obrigada por me avisar. Só irei me trocar e a encontrarei lá.
Quando a garota se afastou, Kagome entrou no provador, trocou de roupa e, nervosa, foi falar com o yokai.
- Olha Kouga, eu preciso resolver esse problema. Se não tiver gostado de nenhuma das peças posso pedir para a funcionaria atende-lo e...
- Não, não está tudo bem. Já fiz a minha escolha.
- Ótimo. Então agora eu preciso ir.
Ela já estava de saída, quando ele repentinamente a segurou, delicadamente, seu pulso, cuidando de não machucá-la com suas garras.
- Kagome eu sei que está ocupada e eu também preciso ir trabalhar, mas eu gostaria de pudéssemos almoçar mais tarde.
Ela se endireitou e disse sorrindo:
- Eu almoço às treze horas.
- Conhece o Cheesterton?
- Sim. Encontro-te lá – e partiu.
Mirok está tão estranho. Mais... Carinhoso comigo.
Sango estava dirigindo o carro para fora da cidade. Ligou o rádio e começou a cantarolar, inesperadamente feliz, uma música que tocava no rádio:
O que será que ele está planejando? Seja o que for estou adorando!
Ao chegar, desligou o carro e dirigiu-se ao centro das escavações.
- Desculpe o atraso. Eu estava cheia de problemas e...
- Não tem problema. E o que aconteceu com a garota?
Eles se encontravam em um pequeno restaurante. Kouga chamou o garçom e eles fizeram os pedidos.
- Bem... Nós tivemos que chamar os pais da garota. Segundo eles ela sofre de um distúrbio psicológico onde mesmo não necessitando, ela é impulsionada a roubar. Eu prometi não prestar queixa desde que os pais a levassem a um psicólogo.
- E como ela estava?
- Assustada. Não parava de repetir que não havia pegado nada.
Depois que o garçom trouxe os pedidos, eles começaram a conversar sobre temas mais agradáveis. O yokai fazia perguntas sobre a vida dela, seus gostos. Kagome respondia com prazer, pois percebia que ele estava realmente interessado.
- Muito bem. Agora eu já conheço você um pouco melhor. Mas não perguntou nada sobre mim. Devo concluir que não está interessada?
- Não – respondeu com um olhar cético – Apenas educada.
Ele deu os ombros.
- Neste caso, fornecerei respostas as perguntas que não fez por educação.
- Não se sinta obrigado.
Mas ele se inclinou para a sua frente, invadindo seu espaço.
- Sou solteiro, idôneo, adoro comida caseira, filmes de ação e pancadaria, e construo casas. É isso.
- E gosta de socorrer donzelas em perigo – disse sorrindo.
- É verdade. No meu caso isso ajuda?
- Em que caso exatamente?
- Gosto de você Kagome. E quero que goste de mim. É possível?
- É sempre tão direto assim? – sem graça.
- Não. Quando quero sei ser bastante vago. No entanto, no que se refere a você, estou jogando limpo. Quer jantar comigo essa noite?
Ela arregalou os olhos por alguns instantes e depois caiu na risada.
- A que pergunta devo responder primeiro?
- Se concordar em sair comigo, concluirei que gosta de mim – seus olhos azuis brilharam mais que estrelas com uma expressão tão alegre que a deixou desarmada. Desejou poder aceitar.
- Desculpe, mas hoje terei que jantar com os fornecedores da loja.
- Certo. Tenho um jantar de negócios amanhã. Quarta-feira é o meu único dia livre. Está bem para você?
- Lamento, mas tenho outro compromisso. É o aniversário da minha melhor amiga.
- Que garota ocupada! – então a encarou com um olhar duro e desconfiado – Ou está me dispensando com toda polidez?
- De forma alguma. E se desejar pode me ligar quando quiser – entregou-lhe um cartão com o seu número.
- Com todo o prazer – olhou para o relógio – Bem meu tempo acabou. Vou levá-la de volta ao shopping.
- Como está a tradução do manuscrito?
- Ainda não conseguimos encontrar o idioma, doutora.
- Posso vê-lo agora?
- Sim. Já terminamos de tirar as fotos e o colocamos na tela proteção.
- E como estavam preservados? – encaminhando-se ao local indicado, sendo seguida pela estagiária.
- Dentro de uma urna. Tivemos que arrombar a fechadura, mas...
- Vocês arrombaram uma urna que possuía documentos datados de no mínimo trezentos anos sem a minha permissão? – alterada.
- A doutora estava demorando e... E... – gaguejou.
- Eu não acredito! – respirou fundo – Ao menos tiraram as fotos antes de violá-lo?
- Tiramos sim – pegou algumas fotos na prancheta – aqui estão.
Elas recomeçaram a andar.
Continua...
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