As Fantasticas Fantasias Fantasiosas escrita por julian watsuk, x-gilbert


Capítulo 5
Capítulo Quatro(Dito e não Dito-“A Psicomante.”)


Notas iniciais do capítulo

Em que uma porta se abre, e tudo começa.



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                                              DITO E NÃO DITO “A PSICOMANTE”.

Quando a estranha mulher retirou seu véu um grande brilho lançou-se sobe seu sorriso projetando uma luz quente e dourada que iluminou todas as coisas que por ali se encontravam. Tim reparou seu lindo rosto e ainda um leve som que vinham de seus cabelos encaracolados, eram pequenos sinos, o garoto não conseguira perceber nenhuma imperfeição apenas uma beleza de infinita majestade, já Luner logo percebera uma leve marca em sua pele bem acima dos olhos, talvez provocada por uma coroa ou pelo próprio véu. Mas assim como o garoto maravilhou se incontestavelmente admirando sua enorme beleza, a garota por um instante chegou a pensar que não mais pertencesse a este mundo. “Talvez fosse ela um anjo que veio para nos mostrar o caminho!” pensou a garota entre uma pequena piscadela e outra, enquanto se certificava se era mesmo humana. Uma leve sombra em seus olhos mostrava um brilho desconhecido, certamente mágico e misterioso. Logo um grande perfume de eucalipto voou pelo ar, quando disse ela filosoficamente com uma voz doce e aconchegante: “O que buscam em terras tão longínquas.”.

- Bem... Ma... as... qu Bonita.... – Gaguejou o garoto.

- Eu sou uma Psicomante. - Completou a moça de cabelos dourados.

- Uma o que? – Disse o garoto acordando de seu encanto.

- Psicomante... É uma derivação do termo em latim “Psyche+manteia”, que designa todo individuo que desempenha a arte da Psicomancia. – Disse Luner, reparando logo em seguida que Tim não havia entendido nada. -Resumindo e todo pessoa que tem grande capacidade física e psicológica de invocar e usar os espíritos dos mortos, mas dizem que estas raras pessoas sumiram com a santa inquisição. É o que dizem!  Não passa de uma Informação inútil que li de um livro tão mais inútil! – Concluiu a garota parecendo ser agredida com as palavras que dissera.

- Creio eu que não seja tão inútil, vendo a situação que se encontram. Então vocês desejam atravessar os portões? Bem receio eu que será impossível já que ele nunca se abre, apesar de ser um portão.

- Como assim não existe no mundo um portão que não seja feito com o propósito de abrir. – Disse a garota se lembrando da razão. – Não seja misologa[1].

- O que dizer das leis de seu mundo não e mesmo. - disse a estranha com um leve aceno parando uma borboleta azul que por ali passava no ar. - Mas olhem pra vocês, são mais lindos que seus antecessores. Venham River Sell quero lhes mostrar algo!

Luner e Tim ficaram pasmos ao ver a borboleta parada inerte no vácuo. A Psicomante deu a volta entre os garotos andando lentamente em direção do bosque, as crianças seguiram-na com estrema cautela observando curiosos seus incontáveis gestos, seus passos eram leves e altamente calculados, pareciam deslizar ora sobre a grama ora sobre a pedra, varias borboletas de diferentes formas e cores voavam envoltas de seu manto fazendo um pequeno som cintilante. 

As crianças sentiram um certo conforto com a presença da moça, era como se a estranha os confortasse apenas com sua presença, mas apesar do conforto varias perguntas inquietantes surgiam, quando você tem muitas perguntas na cabeça e, de repente, surge uma oportunidade de fazê-las, as perguntas tendem a se amontoar e tropeçar umas nas outras. E agora com a Psicomante, os dois irmãos finalmente teriam a oportunidade de conversar com alguém que fosse real e aparentemente humano, mas apesar de haver um modo não achavam jeito de fazer as perguntas com clareza.

"Espere, como...", começou Luner, mas a pergunta "Como você sabia que éramos os River Sell?" tropeçou na frente da pergunta "Você e mesmo uma Psicomante?" e foi de encontro à "Você conhece aquele coelho maluco?" que matou "Afinal, o que quer dizer com: não podemos atravessar?”.

"Você...", disse Timas, mas a pergunta "Você sabe o que aconteceu com Walter?" se enrolou rapidamente na pergunta "Você sabe se podemos sair daqui?", que já estava embocando com "Como fazemos para chegar à casa de Nona?" e "Quem na verdade é o coelho, será ele um homem mascarado?",

- E claro que vocês têm uma série de dúvidas. - Sussurrou a moça quase inaudivelmente. - Mas receio que não poderei responder todas, pois ate para uma alma existem regras. Venham! Quero lhes mostrar algo.

As crianças logo ficaram sem mais palavras, mas apesar do silencio que os cercavam constantemente, perguntas e exclamações surgiam quase que escandalosas diante da estranha, a Psicomante nem deu a mínima para as duas crianças, isto fez luner ficar mais apreensiva. De repente ela parou por um instante, levantou a cabeça, sentiu o cheiro natural do ambiente, e logo pos se a andar, os dois irmãos puseram-se a segui-la mais intrigados do que se encontravam anteriormente. Mas ela não os conduziu na direção do bosque, e sim para o fundo do grande pátio, onde se encontrava o enorme portão.

- Eu esperei por um longo tempo antes de lhes entregar o que lhes pertence. -disse ela com uma rápida piscadela assim como Nona fizera logo cedo. - Olhem!

Os irmãos olharam e viram novamente o enorme e reluzente portão de ouro incrustado de pedras preciosas e penas de pavão.

- Como havia dito este portão nunca foi e nunca será aberto. Mas e claro que assim como em seu mundo Luner sempre a uma forma, um jeito, uma maneira ou “uma exceção”.

Luner e Tim entreolharam-se, estavam estarrecidamente deslumbrados com a loucura infinita dos seres ou “pessoas” do local, a cada minuto que se passava ficavam mais impressionados com aquele lugar, e apesar de parecer estranho não era nem um pouco prudente acreditar nas palavras da estranha. É neste momento que nos surge aquela antiga e memorável visão dos nossos pais dizendo: “Nunca siga ou fale com um estranho”, “estranho” que aqui significa nunca ter ouvido nem visto à pessoa em questão, as crianças tiveram por um instante esta mesma e monótona visão, o que fez com que ficassem ainda mais confusos. Não que acreditar em um coelho que fale seja seguro, mas seguir uma pessoa estranha por uma passagem secreta em um portão inacessível rumo à casa de nona, também não parecia ser uma coisa muito confiável de se fazer, por mais que isto era o que mais desejavam no momento. Da última vez em que concordaram em seguir em condições semelhantes, Tiveram seus lanches roubados e esmagados por Haylem Partyson à menina ogro carrancuda da oitava série.

Mas o que aconteceria dessa vez, quando estavam com uma misteriosa figura vestida de negro em um lugar que até então aparenta ser desértico.

- Sei o que estão pensando! Sei que deve ser difícil confiar em mim depois de tudo que aconteceu a vocês, apenas peço que confiem. - Disse a moça com um largo sorriso. - Pois muitos vagam por este mundo.

- Foi o mesmo que disse o coelho. - Bradou Tim à Luner quase que instantaneamente.

“Apenas confiem” Insistiu a moça sentando-se em uma estatua de um cavalo ao lado de uma lamparina velha e dourada.

- Nos de apenas uma razão para confiar em você? - Disse luner com certa rigidez ao falar.

A Psicomante olhou para um lado olhou para o outro e depois se virou para os dois. “Vocês disseram que desejam atravessar o portal e chegar seguros na casa logo acima no morro” disse ela parecendo mostrar certo mistério diante da situação. “Eu sei de um modo.” Afirmou a moça.

Tim e Luner se entreolharam. Nenhum deles estava inteiramente convencido do que a moça do véu negro tinha dito. Existem, é claro, inúmeras pessoas más que se aproveitam de situações inconvenientes para conseguir aquilo que querem, assim como há inúmeras pessoas bondosas que gastam o seu tempo ajudando aqueles que necessitam apenas por prazer.

- Você esta certa. – Afirmou Luner despejando um olhar enviesado para Tim. - Mas você mesmo disse que não podemos atravessá-lo.

- Oh! Minha cara, você não se lembra nem da metade das palavras que pronunciadas por mim. Como disse a você mesma, sempre a uma forma “assim como em seu mundo”.

- Você ganhou! –Entregou Luner.

Tim sentiu se solto diante de uma conversa entre garotas.

Mas havia alguma verdade no que a moça dissera, e eles tinham de admitir que seria melhor se arriscar com um estranho que aparentemente sabia como atravessar o portão do que sair da entrada da floresta e tentar encontrar uma passagem sem a ajuda de ninguém.

- Está certo! Diga-nos o que devemos fazer. - Ofegou o garoto com um aceno involuntário querendo ser notado.

A moça por mais uma vez despejou um olhar enigmático e tenebroso sobre as crianças, Tim sentiu um calafrio ao deslumbrar a estranha feição da Psicomante.

“Vem este portão?” exclamou a Psicomante indicando à esquerda, Tim e Luner fizeram um pequeno aceno com a cabeça fazendo a moça saber de que concordaram, “Eu sou a única que conhece uma forma de atravessá-lo, e eu a direi a vocês.”.

- Então diga-nos, por favor! – Disse a garota sentindo uma cambalhota no estomago. - Este e o único caminho que temos, para chegar a casa de nona e resgatar o Wlater.

- Receio que há um preço a pagar por tal informação. – Disse Tim parecendo estar serio, e ainda  lembrando-se do conselho: “Nunca converse com estranhos.”.

- Certamente meu jovem prodígio! Mas o preço é pequeno, na verdade um favor que vocês terão de me fazer.

De repente Luner escutou um som de passos quase que imperceptível vindo da mata atrás deles, mas logo esqueceu, pois seus pensamentos estavam concentrados nas instruções reveladoras da Psicomante. Logo estariam livres dali, era só atravessar o umbral dourado e fazer o favor desejado pela moça, pelo menos assim pensou a garota.

- O favor que terão de me fazer é de suma importância, e algo de que necessito muito, vocês terão de me enviar algo desejável para mim, louvável aos meus pedidos e desejos, e isto se encontra escondido atrás destes portões.

- Mas se algo de que deseja porque você mesma não buscou ainda? – Perguntou Luner sem medir o efeito de tal pergunta.

Tim apenas deu um sorriso meio enviesado para irmã, temendo que a moça interpretasse a pergunta prematura de Luner com mau humor.

- Acho que um favor no sentido lógico significa demonstração de benevolência por algo que lhes foi dado de bom grado em beneficio, nada mais que natural não acham? – Disse a moça devolvendo o sorriso enviesado para Tim. – Nas atuais circunstâncias em que me encontro não posso obter algo de meu desejo, já que algo me prende a este lado. Por isso peço a vocês este favor em troca lhes direi o caminho.

O Caminho que se seguia atrás dos portões era o único que conectava a floresta azul a casa de nona. Qualquer pessoa que quisesse passar por ele tinha de achar uma maneira de atravessá-lo. Tim e Luner viram que esta seria a primeira e ultima chance de atravessá-lo, "Sei que o fato de ter uma boa proposta e pedir um favor não garante que seja uma boa pessoa”, pensou o garoto. Mas esta era a única chance, logo concluíram que seria justo em ceder ao favor da estranha, já que elas os ensinariam a passar.

Assim, os irmãos se voltaram para a Psicomante, sinalizando com um gesto em conjunto de que concordavam plenamente em fazer o favor em troca de uma passagem segura por entre o portão. “Prestem muita atenção nas instruções em que lhes darei.” Iniciou a moça com um grande mistério.

- Depois de atravessarem estes muros estarão em terras desconhecidas e habitadas por seres de inimagináveis horrores e belezas, mas bem à frente ao lado de um cipreste branco à esquerda da entrado do inferno estará à ponte do esquecimento, e bem alem, prometerão que jamais beberam da água que por ali jorra indo mais alem chegaram ao lago da memória, que tem água pura e fresca, tomem muito cuidado com os dois guardiões da entrada, pois eles são arrogantes e rígidos, mas bastam que digam as palavras de encantamento profundo: "Sou filho da Terra e do Céu, Dai-me de beber, que tenho uma sede sem fim, Olhe nos meus olhos, sou o filho da terra e do céu e entre vós vivo. Tira-me essa vergonha, me liberta dessa culpa, arranca-me esse ódio, me livra desse medo”- E assim eles lhe darão aquilo que desejo.

- Mas como saberemos que será a hora certa de procurar? E se houver vários ciprestes pelo caminho, o que faremos? – Disse Tim.

- Ciprestes só nascem perto de cemitérios, não por toda parte Tim! – Exclamou a menina vendo a confusão do irmão.

- Estendam o mapa meus jovens viajantes.

“Eu o enfeitiçarei.” Disse a Psicomante tocando de levemente no mapa dizendo pequenas palavras que as crianças julgaram ser impronunciáveis. “Assim quando chegar o momento ele os indicara o caminho certo.” Pequenas linhas percorreram velozes o velho pergaminho desaparecendo logo em seguida. “ Temos assim um trato?”

- Sim nos temos! – Disse Luner apertando de leve as mãos de Tim.

- Como disse, eu  sou a única que sabe abrir este portão. Este e um dos sete Shephiros, talvez sejam os segundo que vocês terão de passar.

- Você esta se referindo aos sete Shephiros dos homens?- Perguntou luner se lembrando de algo que lera.

- Isto mesmo minha cara! “As sete virtudes de Adão”, sete qualidades louváveis ao ver do criador, sem tal circunstancia nunca conseguiram atravessa-lo, este e um dos setes espalhados por todo este mundo, seu propósito às vezes curioso à muitos revelam sempre algo inalcançável.

- Parece ser inaccessível mesmo! – Revelou Tim fitando o portão de cima a baixo.

- Mas não para mim. – zombou a moça.

- Agora que aceitamos em ajudá-la nos diga sem mais delongas o que devemos fazer para passar

 – Espere Luner tudo em sua hora, antes de abri-lo lhes darei alguns presentes que serão úteis em sua caminhada.

A moça com um passe lento retirou duas coisas de seu manto, Luner e Tim logo viram o que era, dispunha-se de dois objetos dourados, o primeiro era uma flauta em forma de um pequeno cavalo, e já o segundo um colar em forma de dois pequenos espelhos.

- Esta flauta, por menor e frágil que seja será a senda que os guiaram para o caminho sem curvas. – Disse a moça entregando bondosamente a Tim. – Sempre que em perigo toque-a, mas toque com todas as forças que puder, pois de onde estiver enviarei socorro forte e rápido.

Tim sentiu um leve calor que emanou do objeto como fonte de luz.

-  Para você Luner, entregarei algo muito importante para mim, mas que em breve lhe ajudara.

Luner abaixou de leve os olhinhos observando os pequenos espelhos em forma de fadas em sua mão, mas não entendera o real propósito e importância de tal objeto.

- Não pense que este objeto e algo inútil, você saberá o momento certo de usá-lo, às vezes os mais pequeninos espelhos revelam o nosso verdadeiro eu. Pense nisso minha querida.

“Obrigado pela bondade” disse os garotos quase em coro.

- Agora sem mais demora deverão seguir por entre os caminhos que a pouco disse e de lá me enviar aquilo que desejo, em troca e claro lhes darei passagem pelo portão inacessível.

A Psicomante se levantou de um salto abrindo os braços, logo um vendaval jogou todas as folhas secas que por ali se encontravam para o ar. Luner reparou com espanto quando pequenos feixes de luz surgiram desenhando um imenso circulo de magia no solo. Varias trepadeiras que se encontravam penduradas sobre o portão foram voando para longe revelando os maravilhosos detalhes em pedras preciosas por todo portão.” Talvez sejam mesmo preciosas, parece que ate furtaram algumas!”, pensou a garota notando alguns buracos logo em baixo.

 Logo disse ela:

 

 

E então deve ser assim,

Duas crianças, Limpas de Maldade,

Puras e inocentes,

Assim como seus antecessores,

Mortais,

Deverão atravessar o portão inacessível.

São elas escolhidas para o grande desafio, que em seus seios ao de provar,

Devem chegar cegas ao Território dos Seres de inteligência suprema.

Como seus antecessores,

Deverão saber responder,

Pois a única esperança  depende de tal viagem,

Aos comfins do mundo celeste,

Como seu criador antes dela,

Serão elas as capazes de responder corretamente?

Só o tempo dirá,

Abram os portões do mundo onde não hei de passar.

Para estas crianças,

Os verdadeiros senhores de toda verdade escondida.

Abram agora!

 E digam se são dignos de tal honra.”

 

Logo o inesperado, com um passe de mágica uma pequena brecha se abriu entre o portão revelando uma imensa e comprida extensão de luz, Os garotos fitaram a imensa passagem quase que imóveis, realmente a moça não mentira sobre suas reais intenções e promessas, Tim sentiu vergonha por um instante por ter de fato desconfiado da estranha “Talvez ela não seja má como havia pensado.”

Talvez apartir de agora toda essa loucura acabasse pelo menos era isso que desejavam, seria de primordial importância trazer o Walter vivo e voltar para casa esquecendo logo em seguida de tudo que passou.

“Ual!” exclamou Luner reparando o enorme vácuo que os separava por todo portão. Os irmãos suspiraram se entreolhando aquilo tudo parecia loucura demais para um dia só, “Será que podemos ser capazes de conseguir o que ela deseja?” perguntou Luner para si mesma.  Quando alguém lhe pede um favor, significa que essa pessoa acha que você será forte ou habilidoso o bastante para lidar com qualquer imprevisto, mas Tim e Luner não sabiam se poderiam dar conta da situação, já que estavam com medo de não conseguirem o imprevisto objeto. 

"Não se preocupem", disse a Psicomante, como se lesse os pensamentos dos irmãos. Ela deu um sorrisinho para os meninos por trás de seu véu recém colocado. "Garanto à vocês que esta passagem e única e altamente segura"

- Espero que chequemos do outro lado são e salvos. - Disse Luner.

- É claro que vão conseguir chegar seguros ao outro lado. – Contrapôs a moça parecendo estar consciente do que dissera.

- Pelo menos assim espero. – balbuciou Tim.

“Levem isto com vocês.” Disse a Psicomante levantando a velha lamparina dourada em uma das mãos enquanto que com a outra se ocupava em fazer alguns gestos involuntários no ar, era como que se chamasse por alguém. De repente pequenas luzes como vaga lumes surgiram velozes de dentro da floresta dançando alegres um ritmo não audível. “Estas são as dríades e as  naiades, elas serão a luz que os guiara pelos caminhos tortuosos deste mundo.” Completou a moça enquanto prendia as estranhas luzinhas na velha lamparina.

- Agora vão  viajantes de outro mundo, e logo sem demora  enviem de lá aquilo que desejo.

Luner recebeu  das mãos da moça a pequena lamparina que agora reluzia com o brilho das dríades. “Obrigado” sua voz sou abafada, foi difícil até para a Psicomante entender o que ela dizia. Tim se adiantou movendo se vagarosamente em direção do portão luner logo o seguiu, apenas um “obrigado” foi ouvido quando eles desapareceram dentro do enorme vácuo luminoso.

“Espero que consigam” sussurrou a Psicomante fechando apenas com um toque o enorme portal. “Receio que não serão capazes.” Disse uma voz rouca vinda da mata logo atrás.

- Vocês demoram, Drigory e Susan. 

- Tivemos mais um daqueles imprevistos, mas nos estávamos à espreita desde que aqueles meninos chegaram.

Completou um garoto branco, cabelos escuros e de  olhos azuis faiscantes que atendia pelo nome de Drigory.

“Então eles são os novos escolhidos?” Disse Susan uma menina loira de cabelos à francesinha que aparentava ter a mesma estatura de Luner. A Psicomante fez um leve aceno com a cabeça indicando concordar com a pergunta da garota soltando um leve suspiro.  

- Os favoreceu por quê? – Disse Drigory limpando um terrível machucado no braço esquerdo. É meio difícil não vacilar.

- Acho que vocês já tiveram problemas demais, qualquer que seja o caso! - Disse a moça.

- Mas e como fica o nosso trato? – Berrou Susan parecendo estar contrariada.

- Apartir de agora não e de mais valia para mim.

As duas crianças se entreolharam parecendo não acreditar no que ouviram.

- Como pode nos enganar por todos estes anos? – Bradou Drigory.- Por favor de nos mais uma chance.

Susan sentiu que não poderia mais dialogar com a moça, nada poderia fazer a Psicomante ceder aos pedidos.

O garoto parou por um instante procurando rapidamente algo em um de seus bolsos, logo depois de alguns segundos retirou bruscamente um papel velho manchado de sangue. Drigory engoliu seco quando entregou-o para Psicomante, a moça deu meia volta entre os meninos tendo cautela em não os tocar, Susan achou um pouco estranho, mas logo esqueceu enquanto fitava a inquietante leitura da moça. Drigory olhou para Susan temendo que a Psicomante não desse o real valor para o estranho e enigmático pergaminho. 

Logo disse ela com um estranho sorriso.

- Terão vocês mais uma chance. Mas apartir de agora não terão mais minha ajuda.

- Um jogador tem que aceitar as cartas que á vida lhes dá, mas uma vez em sua mão, o jogador é quem decide como jogar para ganhar. Completou Drigory fitando a linda moça.

- Vejo que você aprende rápido, meu caro Drigory.

 



[1] MISOLOGIA: Pessoa que tem horror às ciências ou as palavras; aversão ao raciocínio lógico.


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Notas finais do capítulo

Proximo Capitulo(O QUE ELES ENCONTRARAM DOIS “A FLORESTA DESENCATADA”)



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