DAY 4

Summer

“Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar.”

Clarice Lispector

http://www.youtube.com/watch?v=cGs8vtjDxxY

Eu me vesti.

http://www.polyvore.com/cgi/set?id=25746818&.locale=pt-br

Estava meio frio então coloquei um casaco.

Eu me retirei do quarto e procurei rapidamente por Tyler quando saí do quarto.

Ele estava encostado na porta do elevador.

Eu me dirigi a até ele.

-Podemos ir?

-Claro! –ele disse rápido recuperando sua compostura.

Eu evitei um riso inapropriado.

Nós fomos andando até o carro que se encontrava em frente ao hotel.

Ele abriu a porta para mim e eu entrei no carro.

Ele entrou em seguida.

Ligou o som e logo começou um conversa.

-Vai continuar aqui por quanto tempo?

-Tempo o bastante.

-É o que eu espero...

Eu não respondi apenas prestei atenção na cidade que passava rápido em relação à velocidade do carro.

 Eu não podia negar que estava gostando dessa nova forma de se aproximar um pouco forçada de tudo de novo.

Minha um tanto longa estadia em São Francisco estava concertando anos de frustações na minha vida.

Tyler estava me ajudando até de mais na minha questão amorosa.

Eu não reclamaria disso.

Mas eu achava meio difícil um cara como ele sozinho.

Eu havia me prometido que não cairia de amores por ele.

Não queria ter que magoá-lo como aparentava ter feito antigamente.

  - O que podemos fazer amanhã?

Ele perguntou quando as placas “PARQUE” se tornavam mais visíveis.

-Bem... Não sei quanto a você, mas amanhã tenho uma reunião com o meu cliente.

- Vai virar a Srtª. Campbell amanhã?

-É... Já estou há bastante tempo com você tenho minhas obrigações também.

Eu notei seu sorriso sumir um pouco, mas pareceu não abalá-lo.

Assim que chegamos ao parque, havia várias crianças rindo e brincando.

Havia alguns adolescentes e casais pegando brindes.

 Tyler e eu andamos pelo pequeno parque que se igualava perfeitamente a um circo.

E que por uma grande ironia possuía um.

Cada brinquedo custava uma média de um dólar.

Andamos em uns dez eu acho.

E jogamos em umas sete barracas.

Depois disso fomos ao circo.

Assim que entramos logo o show começou.

Palhaços, contorcionismo, mágica, malabarismo.

O riso das crianças e as palmas eram seguidos.

Mas me distraí e tirei meu foco disso quando a mão de Tyler pegou a minha.

Ele olhou para o meu rosto eu apenas sorri de volta.

E me virei para olhar o espetáculo de novo.

Logo depois que tudo encerrou no parque fomos embora.

Eu entrei no carro de novo.

E Tyler logo em seguida.

Eu girava freneticamente a velha pulseira em meu pulso.

Lembranças começaram vir em minha cabeça.

FLASH BACK ON

-Uau! É linda... Obrigada. Não precisava.

-Que isso. Fico feliz que tenha gostado.

Eu a coloquei em meu pulso.

-Eu vou terminar de me arrumar. – eu disse sem graça e ele me respondeu com um sorriso tímido.

Eu subi as escadas até o meu quarto e peguei minha jaqueta.

Eu fui até o banheiro. Eu me encarei por um longo momento.

Suspirei pesadamente.

E sai do banheiro.

-Vamos? – perguntei no momento em Tyler se tornou visível.

Ele abriu a porta e fez um sinal para que eu saísse.

Eu não ri da sua atitude, apenas passei.

Eu entrei no carro e encarava a paisagem na minha frente fixamente.

Tyler entrou no carro. Ele me olhou brevemente.

-Algum problema?

Eu encarei a paisagem mais alguns segundos.

Virei meu rosto.

-Não. – voltei a olhar a olhar a paisagem, Tyler ainda não havia ligado o carro. - Podemos ir embora, por favor?

FLASH BACK OFF

Eu joguei meu corpo para trás arrancando meu cachecol de meu pescoço com um pouco de brutalidade

-Você tá bem?

-Estou... Eu só...

Sempre começava assim.

-Tem certeza, você parece nervosa.

-Eu estou bem... Sério.

Eu respirei mais calma.

E compassadamente.

Assim que chegamos ao hotel e minha pequena cena anterior foi esquecida.

Eu me virei e disse a Tyler.

-Obrigada pela noite. Eu me diverti muito. Acredite.

-Fico feliz com isso.

-Bem... Adeus então.

-Summer...

-Sim?

Ele se aproximou demais do meu rosto.

Pude sentir sua respiração nervosa em meu rosto.

Seus lábios vieram de encontros com os e meus.

Eles se soltaram lentamente dos meus depois de um tempo.

Eu me afastei.

Eu abri a portado carro e a fechei um tanto brusca de demais.

Eu andei rapidamente eu saguão.

Cheguei ao elevador e subi até o meu quarto.

Eu fechei minha porta.

E me derreti nela.

Eu olhava fixo para a cama a frente.

Eu não podia estar me apaixonando por ele.

Eu não podia fazer isso comigo.

Não podia fazer isso com ele.