Remember escrita por K Valentine


Capítulo 46
Impecável


Notas iniciais do capítulo

Por favor, assim que Tom falar dos porta retratos, coloquem para tocar a música Just In Love do Joe Jonas e continuem lendo!
Espero que gostem!



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[Tom Narrador Mode-On]

— Alícia? Já estou a caminho da sua casa. – converso com ela pelo celular enquanto estou parado no sinal.

Tom! Meu Deus, agora que acabei de tomar banho...— ela diz e noto que está envergonhada.

— Não tem importância, eu te espero. Pode se arrumar tranquila. Acho que me adiantei um pouco...

Tudo bem então. Vou deixar a porta aberta, quando você chegar, pode entrar e se sentar. Valentim te fará companhia! - ela ri.

— Beleza! – desligo o a chamada.

Alicia iria lá pra casa beber comigo, Bill, Natalie e os G’s. Insisti para buscá-la, pois assim ela não correria o risco de dirigir depois de ingerir álcool. Ela estava mais próxima a nos durante esses dias que o babaca que se denomina seu “namorado”, viajava. E eu achei ótimo. Por mim ele podia ficar lá pelo Brasil o resto da vida. Ninguém se importaria.

Chego na porta do prédio, estaciono o carro e pego o elevador. Assim que alcanço o andar desejado, vou direto para o apartamento e entro.

— Alicia, cheguei! - aviso a ela, que provavelmente estava no quarto se arrumando.

Fique a vontade, Tom! Já estou quase pronta. – ela grita lá de dentro.

Sento-me no sofá, e ouço os passos de Valentim, que sai do quarto e vem em minha direção.

— Oi garotão! Está cada dia mais bonito, hein? - passo a mão em seus pelos dourados brilhantes e ele sobe no sofá e deita do meu lado, com a cabeça encostada em mim.

Gosto muito de vir aqui. Cada parte do apartamento lembra Alicia. A decoração, os móveis, o cheiro do ambiente... Vejo numa cômoda perto da televisão, vários porta retratos dela com a família, com a sua banda e a equipe e conosco do Tokio Hotel no dia que nos conheceu e algumas selfies que tiramos desde então. Em todas as fotografias ela estava radiante e feliz, com o seu lindo sorriso estampado no rosto.

Mas não havia nenhuma com Bruno. Ele não estava presente em nenhuma foto.

Uma série de lembranças vem na minha cabeça ao olhar todas aquelas imagens, até que são interrompidas pelo cheiro de um perfume delicioso, que vinha do quarto e tomou conta da sala.

Fecho os olhos e inspiro fundo, para ficar tomado pelo aroma. Quando os abro percebo que ela estava em pé na porta do quarto, maravilhosa e sorrindo para mim. Vestia uma saia mais larga vinho, uma blusa preta daquelas que parece um top, deixando uma parte da sua barriga acima do umbigo aparecendo e sapatos de salto. Os longos cabelos negos e lisos estavam para trás, deixando seus ombros à mostra.

Impecável.

— Te fiz esperar muito tempo? – ela vem em minha direção de braços abertos, ainda sorrindo e me abraça.

Eu a envolvo pela cintura com meus braços que pareciam se encaixar perfeitamente em seu corpo. Dessa vez posso sentir o perfume direto de sua pele e me arrepio com o contato entre nós.

— N-não, você foi rápida. – quase me falham as palavras, merda!

Ela inclina a cabeça, que antes estava apoiada com o queixo no meu ombro direito, e me dá um beijo no rosto. Puta que pariu, desse jeito eu vou ter um treco aqui mesmo!

— Vamos? – me olha, sorrindo e engancha seu braço no meu.

— Sim! - sorrio de volta e a conduzo até sairmos do apartamento.

Imagino que se algum paparazzi visse essa cena, seria um prato cheio para o surgimento de rumores. E Bruno então? Ia dar um ataque de raiva na hora, imaginem só!

— Do que está rindo? – ela pergunta, sentada do meu lado no carro.

— Estou lembrando do Valentim deitar no meu colo enquanto eu te esperava. Achei engraçado ele reagir dessa forma comigo. – minto e ela ri.

— Isso é porque ele gosta de você e sabe que já é de casa!

Noto que Alicia olha para as pontas dos dedos de sua mão esquerda.

— Algum problema? – pergunto, curioso.

— Não! Só estava olhando os meus calos por causa das cordas da guitarra. Prece que diminuíram nesses dias de pausa que estamos de folga.

— Entendi. Ia até de perguntar por que as outras meninas da banda não vão lá para casa também.

— Lucas  nos deu quatro dias de pausa das gravações do novo álbum da banda. Sophia, Bella e Jéssica aproveitaram para ir a Orlando, visitar a Disney e Gaby está terminando de arrumar seu novo apartamento. Ela e Brad vão morar juntos... – faz uma pausa. - Amanhã é o quarto e último dia da folga. Depois todas nós retornaremos aos estúdios.

— Quero tocar guitarra com você qualquer dia desses.

— Sério? Será um prazer! – noto que ela ficou feliz com o que eu disse.

[Tom Narrador Mode-Off]

***

[Narrador Mode-On]

Alicia estava apagada em sua cama. A bebedeira foi tamanha, que a guitarrista não sabia ao certo onde estava e nem como chegou até lá.

Até que seu celular toca.

— Não, não, não… - ela resmunga ao ouvir o barulho da vibração e pega o celular, que estava no criado mudo. – Alô?

Booooom dia!— a voz animada de Bill ecoa no viva voz e por sua cabeça, que latejava. - Espero que tenha passado bem da noite de ontem, porque já temos planos pra hoje, ou melhor, agora!

— Bom dia... - responde sonolenta. - Você está louco, Bill? Preciso de no mínimo três dias pra curar a ressaca de ontem! – ela exagera. - Que horas são?

Hora de acordar! Pois eu tenho a cura perfeita e imediata para a sua ressaca! Se arrume aí, vamos à praia.

— PRAIA? - ela senta na cama e se dá conta de que está em seu apartamento. Provavelmente Tom a trouxe de volta. - Bill, nesse estado eu vou me afogar no primeiro caldo!

Não vai nada!— ele ri. – Eu e Tom estamos passando aí em vinte minutos.

— Mas Bill! - ela tenta contestar.

Nada de “mas”! Até logo.— ele desliga.

Alicia bufa. Quando Bill coloca uma coisa na cabeça, não tem quem tire.

— É um doido, mesmo. - fala sozinha. – Nem parece que bebeu até cair ontem!

Ela faz sua higiene matinal e troca de roupa. Mesmo hesitante, ela arruma suas coisas. Coloca tudo dentro de uma bolsa e vai até a cozinha comer algo.

Um flash vem à sua mente assim que se senta-se à mesa:

 

“Alicia entra na casa dos Kaulitz para ir até o banheiro. Lembrou-se de Bill dizendo mais cedo para que usasse os banheiros do andar de cima, porque um que ficava em baixo estava ocupado e o outro “sujo-com-vômitos-do-Gustav”.

Ela estava um pouco embriagada e subiu as escadas devagar e com dificuldade. O corredor naquele momento era um pouco escuro, mas mesmo assim conseguiu achar a segunda porta à direita, que era a do banheiro.

Quando saiu, o corredor ainda estava com pouca luz. Virou-se para a porta e a fechou. Foi então que sentiu alguém lhe abraçando por trás. Ela correspondeu envolvendo os braços da pessoa que estavam entrelaçados em sua cintura e tombou a cabeça para o lado esquerdo. Em seguida sentiu um longo beijo no pescoço, que a fez arrepiar sentindo a barba roçar.

O perfume que pessoa exalava era inconfundível. Alicia então se deu conta que era Tom quem a abraçava.”

 

Ela ri, lembrando-se da cena e termina de comer. Pega suas coisas e desce para esperá-los, mas eles já estavam a esperando na porta do prédio.

— Bom dia! Cadê os G’s e a Natalie?

— Geog e Gustav trancaram no quarto e desligaram o celular. Natalie vai chegar mais tarde. – Bill responde.

— Qual praia iremos?

 - Uma do norte que estiver mais vazia e sem paparazzis. – ele ri.

— Estou caindo de sono e morrendo de ressaca. – Alicia comenta. – Só você mesmo, Bill, pra me fazer levantar nesse estado!

— Eu também! – Tom se manifesta, bocejando. – Você tinha que ver o escândalo que ele aprontou para me acordar. – bufa.

— Se eu dormir aqui, por favor me acordem quando chegarmos. – a guitarrista brinca.

— Nada disso, pode tratar de ficar acordada!

Alguns minutos depois, chegaram à parte litorânea da cidade. Bill analisava as praias da janela do carro, enquanto Tom dirigia.

— Pode parar nessa, Tom. Está bem vazia e tem uns quiosques para sentarmos. – Bill indica.

O gêmeo estaciona numa sombra embaixo dos coqueiros e todos descem do carro.

— Gostei daqui, é bem discreto e mais afastado. - Alicia comenta, olhando ao redor de onde se sentaram.

— Acho que vou entrar nesse mar para ver se acordo, vamos? – Tom chama, assim que tira a camisa.

— Me deixa só passar protetor nas minhas tatuagens que te acompanho. - Alicia tira a roupa que estava usando por cima de seu biquíni preto.

Tom a observa de canto de olho, tentando disfarçar. Ela tinha um corpo maravilhoso que era impossível de ao ficar vidrado.

— Podem ir, vocês são pretos e não precisam se encharcar de protetor que nem eu. – diz o vocalista. – Vou esperar secar e depois irei.

Tom e Alicia correm em direção ao mar. A água parecia estar bastante gelada, mas eles não ligam e vão andando cada vez mais pro fundo. Até que uma grande onda vem na direção dos dois, que não conseguem desviar. Por sorte, a guitarrista segurou no gêmeo, mas mesmo assim os dois acabaram caindo, sendo então carregados e separados pela correnteza até chegaram uma parte mais rasa.

Bill, que assistia tudo do quiosque, caia na gargalhada. Ele gostava de ver os dois interagindo dessa forma e cada vez mais se dava conta de que formavam um casal perfeito. Pena que essas não eram as circunstâncias.

Os dois levantaram desajeitadamente, rindo e saíram correndo em direção ao mar de novo, dessa vez tentando pular as ondas. Mas havia momentos em que o caldo era inevitável e eles caíam de novo.

Houve um momento em que Tom carregou Alicia, mas o mar puxava tanto que a queda foi certeira. Dessa vez, eles não se separaram e caíram com rostos bem próximos um do outro. A brasileira riu e se levantou na mesma hora, puxando o guitarrista pelo braço, para voltarem à parte funda.Estavam se divertindo muito.

Mas alguém, escondido atrás das pedras, fotografou tudo.

[Narrador Mode-Off]


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Notas finais do capítulo

Ahh, e eu postei no meu twitter (@K__Valentine) a roupa que Alicia estava usando no dia que foi para a casa dos gêmeos. Corram lá para ver e aproveitem para me seguir, que sigo vocês de volta!

No fim da história, também vou postar no twitter fotos dos personagens originais da história! É bom vocês associarem um rosto à eles, dá mais vida à fic!



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