Ultimo Capitulo

- Como você pode ... – disse olhando para ele, que me olhou confuso, passei meu olhar para a moça, e vi que ela tinha um sorriso de orelha a orelha, como era falsa, já sentia meus olhos encherem de lagrimas, me virei e sai correndo dali, a ultima coisa que eu ouvi foi a voz dele me chamando “DEMI”.

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Como ele pode fazer isso comigo, como ele teve coragem, ele sabia que eu gostava dele, mais mesmo assim ele teve coragem de brincar com meus sentimentos.

Passei correndo pela portaria e por sorte tinha um taxi parado na frente do prédio, entrei e passei o endereço para ele, fui o caminho inteiro chorando e graças a burrice do motorista, tivemos que refazer o caminho inteiro, por que o idiota confundiu com outro bairro.

Depois de uns 45 minutos cheguei em casa, peguei um quantia qualquer de dinheiro na minha bolsa e entreguei a ele, sai do taxi correndo e entrei em casa batendo a porta, e automaticamente despertando a minha mãe que estava na sala.

- Eddie? – ele falou vindo em direção a sala, que vez uma expressão confusa a me ver aqui, mais logo mudou ao ver meu rosto banhado de lagrimas.

- Demi, amor o que aconteceu? – minha vontade era de subir e não falar com ninguém, mais eu sabia a onde iria parar se por acaso eu visse se isso, então minha única atitude foi abraça-la.

- Mããe.

- O que aconteceu querida – ela perguntou preocupada.

- Mããe, o-o-o Wiill – disse a ela, em meio a soluços.

- O que aquele cachorro vez ? – ouvi a voz de Dallas, alta e alarmada, só que eu não respondi.

- Filha aconteceu alguma coisa? – foi a vez da minha mãe me perguntar.

- Acon-aconteceu ... – disse a ela.

- DEMIIIIIIII, o que aconteceu? – dessa vez foi Madison que perguntou, não gostava quando minha pequenininha me via chorando desse jeito.

- Nã-não foi nada meu amor – disse a ela, e que não acreditou.

- Se fosse nada você não estaria chorando Demi – ela me disse.

- Eu-eu não quero falar disso agora, está bem? – não, eu não conseguiria fala sobre aquilo agora.

- Tudo Bem filha – minha mãe disse, fomos em direção a sala, sentou minha mãe, eu e Madison em um sofá e Dallas na poltrona, minha mãe me abraçou enquanto Madison fazia carinho em meu braço.

- Meu amor, não queria que acontecesse algo tão ruim logo hoje, tínhamos que estar comemorando a sua volta – minha mãe me falou.

- Eu sei mãe, daqui a pouco eu já estou melhor, mais agora eu só quero ficar quietinha – pedi a ela.

- Me fala, o que aconteceu para você ficar desse jeito, me fala, por favor – ela me pediu mais uma vez.

- Eu juro que depois eu te conto, mais agora eu só quero ficar quietinha – disse a ela em meio a soluços.

- Tudo bem Filha, tudo bem... – ela desistiu.

 Ficamos em silencio durante uns cinco minutos, até a campanhia tocar.

- Atende lá Dallas – minha mãe pediu a ela, que resmungou um pouco, mais acabou indo.

Ela demorou uns vinte segundos depois voltou a sala.

- Demi é pra você – ela disse meio receosa.

Olhei em direção dela, e o vi.

- Wilmer – disse com cautela.

- Meu amor o que acon... – não deixe ele terminar de falar, e comecei a gritar com ele.

- Meu amor é a puta que pariu, eu nunca mais quero te ver, saia da minha casa agora – gritei, ou melhor berrei indo em direção a escada.

- Demi eu não... – eu o interrompi novamente.

- Já disse pra você sair – disse a ele em meio a lagrimas e conclui – como você pode fazer isso comigo, eu gostava tanto de você, você era minha força, você estava me ajudando tanto, eu estava perdidamente apaixonando por você... -  disse, que me olhava com dor, olhei para meu pulso e via a pulseira que ele me dera ali, a puxei com tudo e joguei em cima dele,  depois deixe todo mundo na sala e subi para o quarto, mais antes ouvi minha mãe falar para Dallas e Madison “...vão atrás dela”.

POV DIANNA.

Eu nunca tinha visto Demi falar daquele jeito, e chorar tanto na frente de alguém.

“... eu estava perdidamente apaixonando por você – essa foi a ultima coisa que minha filha disse, depois virou de costa e subiu para o segundo andar.

- Vão atrás dela – disse olhando para Dallas e Madison.

- Não mãe antes eu tenho que falar umas verdades a esse cara... – Dallas me respondeu furiosa.

- Dallas por favor – pedi calmamente, ela me olhou e depois assentiu.

- Você não me escapa – ela disse a ele, fazendo gestos com a mão, olhei para Wil e podia ver a confusão estampada em seu olhar.

Madison e Dallas subiram, e agora sim era minha vez, olhei para atrás e vi ele se agachando e pegando a pulseira do chão.

- Eu sei que a senhora deve estar pensando coisas mais eu realmente não sei o que está acontecendo – ele disse já com a voz chorosa.

- Como não sabe, minha filha sai toda feliz de casa e volta um caco – queria ser dura com ele, mais algo me dizia que ele estava mais perdido do que eu naquela historia.

- Eu juro que não sei, eu cheguei e a vi parada em minha porta e logo depois ela saiu correndo – ele me disse, eu podia até me enganar, mais algo me dizia que ele estava falando a verdade.

- Isso não faz sentido, por que então ela está desse jeito? – perguntei a ele.

- Eu não sei, eu juro que não sei – ele disse, eu podia sentir o quão nervoso ele estava, acho que a qualquer momento ele começaria a chorar.

- Sente-se Wilmer, vou pegar um copo de água pra você – não deixei ele responder e fui em direção a cozinha, logo depois voltei com o copo de água e dei a ele que bebeu quase tudo em um gole só, é ele deveria estar mal mesmo.

- Eu posso falar com ela? – ele me perguntou, assim que deu uma acalmada.

- Acho melhor não, ela deve estar muito nervosa, é melhor deixar ela esfriar a cabeça – disse a ele.

- O que foi que eu fiz, o que eu fiz – ele dizia, e batia na cabeça como se fosse sair alguma coisa dela.

- Para meu filho, pare de se maltratar assim – disse segurando as mãos dele, e completei – Se foi um mal entendido tudo vai se resolver – disse tentando acalmar ele, e me acalmar também.

- Eu preciso saber o que aconteceu para ela ficar desse jeito – ele disse e eu já podia ver as lagrimas rolando por seu rosto.

- Vamos começar do zero, Okay? – disse a ele, que assentiu e continuei – Eu deixei ela na porta do seu prédio, ela disse que queria fazer uma surpresa pra você.

- O medico deu alta a ela? – ele perguntou, já com o choro diminuído.

- Sim – respondi sua pergunta, e vi um pequeno sorriso brotar dos seus lábios com a minha resposta.

- Agora me diga exatamente o que aconteceu lá dentro? – pedia a ele.

- Eu não sei, tinha acabado de sair do banho, estava me arrumando para ir vê-la, ouvi a campanhia tocar, me enrolei em uma toalha e fui ver quem era, cheguei na sala e dei de cara com ela, e depois disso ela saiu correndo e chorando – ele me explicou tudo.

- Eu não sei, ta faltando alguma coisa, ela não ia ficar assim sem um motivo, eu a conheço e apesar de tudo, sei que ela é uma pessoa muito forte, que só se abala quando as coisas chegam ao extremo – disse a ele.

- Eu sei, mais foi isso que aconteceu, eu a vi e ela saiu correndo, eu ia atrás dela, só que eu precisava por uma roupa antes- ele disse.

- Você atendeu a porta enrolado em uma toalha? – perguntei a ele.

- Não, claro que não – ele me respondeu, como se você obvio.

- Então quem atendeu? – perguntei a ele, e algo me dizia que eu estava prestes a resolver esse mal entendido.

- Atendeu o que? – ele me perguntou.

- A porta Wilmer, quem abriu a porta para ela entrar? – disse a ele.

- Acho que foi a minha irmã que atendeu a porta – irmã?, ele tinha irmã, Ta ta, isso não importa agora, tinha mais alguma coisa ai.

- Você acha que sua irmã pode ter dito algo para magoá-la - perguntei a ele, já não sabia mais o que pensar.

- Não, ela nunca varia algo assim, Mary é apaixonada pela Demi, uma verdadeira Fã – ele disse, esclarecendo minha duvida.

Desisti, não tinha mais o que pensar, ou perguntar, o negocio mesmo era esperar um pouco e falar com a Demi mesmo.

- Vou ver como ela está – disse a ele, que assentiu, mais antes de subir as escadas me surgiram as perguntas mais óbvias.

- Ela é bonita? – voltei a sala e perguntei a ele.

-Ela quem? – ele disse confuso.

- Sua irmã oras.

- Ah sei lá, acho que sim – ele disse.

- E você apareceu de toalha na sala, não é? – perguntei a ela já sabendo a resposta.

- Sim, mas.. – não deixei ele terminar de falar.

- Ela confundiu tudo – a minha filha e sua mania de tirar conclusões precipitadas de tudo.

- Confundiu o que? – ele me perguntou sem entender nada.

-Meu Deus, como você é lerdo, ela achou que você estava com outra – disse a ele que arregalou os olhos, e conclui – Quando ela chegou lá e viu a moça e você, ela deve ter achado que você estava com outra, que você estava traindo ela – disse a ele, que ficou calado por uns segundos, mais logo abriu um sorriso.

- Eu preciso falar com ela, eu preciso falar com o meu anjo – ele disse desistido, mais ainda muito triste, sofrendo pra ser mais exata.

- Você não vai em lugar algum seu cachorrão – Dallas disse chegando na sala e partindo pra cima dele,  tive que entrar na frente dele para impedi-la.

-Dallas, filha chega – disse a ela.

- Não mãe, você não sabe o que esse cachorro vez com ela, ela me contou tudo o que aconteceu – ela disse para mim, Dallas sempre foi muito cuidadosa em relação a família, me lembro de quantas e quantas vezes eu tinha sido chamada na escola, por que ela batia em todo mundo que ousasse xingar a Demi de gorda.

- Se acalme Dallas, ele não fez nada, foi tudo um mal entendido.

- Como mal entendido, esse cara...

- Dallas, por favor – pedi a ela.

- Está bem – ela disse, e eu a soltei.

- Como ela está? – foi a primeira vez que ele falou depois do escândalo de Dallas.

- Nada bem, chorou tanto que acabou pegando no sono e Madison a acompanhou – ela o respondeu.

- Ela não tentou fazer... – não conseguia falar aquilo.

- Não mãe, ela não tentou se cortar, ela está muito frágil, mais agora sabe se controlar mais – ela disse, e graças a Deus a reabilitação estava tendo resultados.

- Mais agora me conta essa historia direito, ou eu vou arrebentar a cara desse gostosão ai – ela pediu.

Sentei-me ao lado de Wilmer, e comecei a explicar tudo a ela, que não aguentou e começou a rir.

- Meu Deus, que confusão – ela disse, ainda rindo.

- Dallas não ria.

- Não tem como mãe, a Demi foi muito precipitada...                                                                                                                                                                       

- Mesmo assim sua Irma sofreu muito por esse mal entendido.

- Ok... Mas quem é que vai falar com ela? Ela deixou claro que não vai ver ninguém.

- Acho que isso tudo  e minha culpa, então é melhor eu falar com ela. – Wilmer  disse em um tom triste e com a cabeça baixa, como se  ele sentisse toda a dor que a minha filha sentiu com todo esse engano.

Segurei seu ombro com uma das mãos em conforto.

- Venha amanha!! Tudo estará melhor quando ela acordar.

Ele apenas balançou a cabeça em afirmação e levantou do sofá.

-Espero não ter incomodado, venho amanha antes de ela acordar!

- Vá com Deus meu filho!

Algo naquele menino me fazia sentir que minha pequena Demetria estava em boas mãos.

- Ele e o cara certo pra ela, né mãe?

- Sim filha, sim.

FIM DO POV DIANNA.

POV DEMI LOVATO.

- Ae, ui!

Sabe o que e acordar com os olhos vermelhos, e a cabeça prestes a estourar?  Era como eu estava me sentindo nessa bela manha de sol, como se tivesse bebido ate desmaiar. Mas eu duvido muito, que qualquer bebida me faria sentir melhor depois de ontem.

Não consigo entender ate agora o porquê de ele ter feito aquilo comigo.

Mesmo eu nunca tendo dito que o amava e fazendo-o perceber que só era paixão que existia entre agente. Eu estava errada. Era amor, e o único motivo pelo qual eu não quis admitir e era para não ter que passar por isso outra vez. Pela dor da traição.

Como minha cabeça parecia que tinha sido esmagada eu resolvi antes de qualquer coisa tomar um banho.

 Eu Tentava bloquear da minha mente os pensamentos ruins, mas parecia completamente impossível. Quando entrei debaixo da ducha quente, meu corpo relaxou e minha cabeça voou longe, eu senti a pressão que atingia minha cabeça se aliviar e meu corpo estremecer.

Enquanto cantarolava embaixo do chuveiro escuto a porta do meu quarto se abrir e depois fechar. Devia ser minha mãe querendo ver se eu já levantei.  Demorei mais alguns minutos para tirar todo o xampu dos meus cabelos, pegei uma toalha limpa e me enrolei nela.

Ainda com o corpo molhado e os cabelos pingando eu sai do banheiro. E acho que nunca levei um susto tão grande na minha vida toda. O Wilmer estava sentado na minha cama com a garota que eu vi no seu apartamento ontem à tarde.

- O que... como assim ?  - minha voz saiu confusa, eu não sabia como reagir nem o que falar, afinal não é todo dia que você sai do banheiro , só de toalha, e vê o seu ex-namorado sentado com a garota com que ele traiu você em cima da sua cama.

- O que você faz aqui? E com ela?  - A confusão saiu dando lugar a pura raiva e dor.

- Eu acho que posso trazer minha irmã para conhecer minha namorada. Afinal, você foi embora ontem e não deu tempo de vocês se falarem. Ela esta morando comigo esse dias.

- OLHA AQUI SEU... – Minha voz começou em um grito mas foi abaixando conforme eu fui me dando conta do significado das suas palavras.

- Prazer Mary Walderrama!

Meu corpo inteiro gelou imediatamente naquela hora, como assim eles eram irmãos? Tudo fazia sentido e eu tinha agido como uma idiota!  Eu não devia ter tirado conclusões tão rápidas apenas olhando a situação.

- Ahn... Eu... Podemos nos falar a sós Wilmer?  - Eu estava me sentindo a PIOR-EX-NAMORADA-DE-TODOS- OS-TEMPOS, a única que não sabe quem é a própria cunhada.

- Claro – ele falou como se nada tivesse acontecido, tirando o fato de eu ter  xingado ele de todos os nomes possíveis antes de dormir.

A Mary levanto, e acenou em sinal de adeus, e saiu do quarto.

Eu pretendia colocar uma roupa, já que estava embaraçoso o suficiente eu não saber quem era a Irma dele, ficar somente de toalha não era uma opção.

Dei de costas para ele fui ate o banheiro, sem pensar muito vesti a primeira roupa que eu tirei do closet.

Depois de estar mais decente voltei para o meu quarto, ele estava no mesmo lugar onde estava, quando fui para o banheiro.

-Então... Eu... – Sabe o que é estar completamente embaraçada?  E se sentir uma toupeira por fazer um escândalo sem necessidade? Se a sua resposta for SIM. Você saberá exatamente como me sinto no momento.

- Eu achei que você confiava em mim. – Ele disse em um tom triste, como se não quisesse chorar.

- É claro que eu confio em você mas... – As palavras sumiram da minha boca.

- Não! Você foi embora sem me dar tempo de explicar nada a você.

- Você acabou de me explicar. – Falei contendo as lagrimas.

- Eu sei disso! – Ele me falou como se fosse obvio, e era. Mas parecia que algo ainda o incomodava. - Eu... Só me sinto mal por fazer você sofrer.

Aquilo me atingiu em cheio, ele não estava discutindo a falta de confiança, nem o fato de eu agir feito uma criança, e sim da culpa que ele sentia por me fazer ele se sentir mal. E em um impulso eu me joguei em cima dele o abraçando, e logo depois eu lhe dei um beijo, transmitindo todo o meu amor para ele.

- Não precisa se desculpar! Toda essa historia só me fez perceber que eu realmente te amo, e que eu não posso, e não consigo mais ficar longe de você – Eu finalmente não tive medo, e nem duvida de dizer isso a ele.

Ele simplesmente me beijou de novo.

- Eu sempre te amarei meu anjo, para sempre!

Eu olhei no fundo dos seus olhos e vi a pura sinceridade e o amor vindos para mim, e então uma pequena lagrima caiu do canto dos meus olhos.

- Eu também, para sempre  – Foi tudo que eu consegui dizer, e em um sinal de proteção ele me abraçou, e eu finalmente me sentia em paz novamente.