Quando chegamos à porta de minha casa fui saindo imediatamente do carro, eu estava sentindo muita raiva do Tom. Mas fui ele me puxou para dentro do carro novamente.

-Fernanda me desculpa. – ele segurou minhas mãos. –Eu sei que eu fui um idiota de ter te levado naquele lugar.

-É foi mesmo. – soltei minhas mãos.

-Mas eu achava que você já estava preparada para isso. – ele continuou dizendo. –Eu te levei naquele lugar foi para nos amarmos, sabe eu queria te ter toda pra mim.

-Tom, isso não explica o que você fez. – olhei pra ele. –Eu não sou garota de amar meu namorado em motel, eu nunca fiz isso com ninguém e você sabe disso.

-Desculpa. – ele abaixou a cabeça.

-Quando eu estiver preparada eu quero que a minha primeira vez seja mágica Tom. Eu quero amar muito a pessoa e quero ser amada também.

-Então que dizer que você não me ama? – ele perguntou.

-Eu não quis dizer isso Tom. – continuei. –Eu quis dizer que ambos têm que ter o mesmo sentimento um pelo outro entendeu?

-Sim. – ele segurou meu rosto com as mãos. –Eu estou envergonhado por isso eu espero que você possa me perdoar.

-Só se você prometer que vai ter paciência e esperar a ora certa?

-Eu espero. – ele me beijou. –Mas, por favor, não fique com raiva de mim.

-Não tem como ter raiva de você. – o abracei. –Agora eu vou entrar tenho que fazer umas coisas.

-Ok. Depois eu te ligo. – saí do carro e ele foi embora. Quando o Tom me perguntou se eu não o amava eu nem dei conta de respondê-lo, porque eu não sei se o amo de verdade, ele é um fofo comigo, mas amor mesmo acho que eu não sinto por ele, mas gosto muito dele.

 Depois que ele foi embora fui ver uns  filmes de amor, sim eu gosto de filmes românticos eles são lindos, mas eu acabei adormecendo e tive um sonho muito esquisito com o Bill.

-Fernanda por que você fez isso comigo? – Bill dizia chorando.

-Fica calmo Bill. – tentei abraça-lo. –O que eu fiz com você?

-Ficou com ele. – ele me olhou. – Nós poderíamos ficar juntos, mas você foi ficar com ele.

-Bill me desculpe você era apenas um fantasma e eu nem sabia se você ia voltar.

-Não. – ele gritou. –Você acabou com a minha vida.

-Bill não diga isso.

-Agora eu vou morrer de verdade. – ele disse se afastando.

-Não fale isso.                                                                                                                                                            

-Adeus Fernanda. – ele se jogou de um penhasco. Não sei como, tudo estava escuro e de repente apareceu esse penhasco.

-BILL. – foi à única coisa que consegui falar.

 Nesse momento acordei assustada, já era de manhã. Eu senti uma enorme vontade de ver o Bill, aquele sonho poderia ser algum sinal, o Bill nem conversava mais comigo e eu ia tirar todas minhas dúvidas nesse dia. Arrumei-me rápido, todos ainda estavam dormindo e eu aproveitei chamei um táxi e fui em direção ao hospital.

 Quando cheguei ao hospital não tinha ninguém com ele no quarto, pois sua mãe foi tomar um banho e descansar um pouco o estado do Bill já estava estável. Ele já estava quase andando e isso era a única coisa que faltava pra ele voltar totalmente ao normal, e isso não ia demorar porque ele estava tendo ótimos resultados na fisioterapia, e eu sabia disso porque o Tom me contou. Aproveitei que a recepcionista estava de costas para entrada e fui pelo corredor a fora, eu não queria ser interrompida por ninguém.

 Quando cheguei ao quarto o Bill estava dormindo, então eu encostei-me à porta e fiquei olhando para ele.  Parece que havia uma semana que sua barba não havia sido feita, mas ainda estava lindo. Seus olhos estavam fechados. Seus lábios mais perfeito não poderiam ser, eles não são muito grandes e nem pequenos demais, eles simplesmente são perfeitos. Eu me perdi completamente observando cada detalhe do Bill. Mas fui surpreendida quando ele me chamou.

-Fernanda quem deixou você entrar aqui. – Bill disse com uma expressão não muito boa.

-Eu vim te ver. – disse aproximando da sua cama.

-Mas eu não quero te ver. – ele disse nervoso. –Agora saia do meu quarto.

-Não. – sentei na cadeira que fica ao lado de sua cama. –Eu não saio daqui até você de dizer o que você tem contra mim.

-Não tenho nada contra você, agora vai embora.

-Tem sim Bill. Você não que me ver porque, o que eu fiz com você? – me aproximei dele.

-Eu já falei que foi nada, vai embora daqui garota suma da minha vida. – ele disse gritando.

-Vamos fazer um acordo você me fala o que é eu sumo da sua vida.

-Fernanda eu não vou pedir pra você sair de novo. - Bill sentou na cama.

-Enquanto você não me dizer o que eu quero saber eu não saio daqui. - olhei pra ele.

-Está bem Fernanda eu falo. - ele suspirou fundo.

-Eu não quero te ver porque você está namorando com o Tom.

Naquele momento eu não acreditei na infantilidade do Bill, ficar sem falar comigo só por causa disso? Eu ajudei ele quando ele mais precisou, eu me passei de doida na frente de um monte de pessoas conversando com um nada quando ele ainda era um ser sem vida ou sei lá o que ele era, e é assim que ele me agradece, falando que não que nem me ver mais só porque eu estou com o irmão dele. 

-Bill eu não acredito nisso. Você está com raiva de mim só porque eu estou com seu irmão?

-Fernanda não é só isso. - ele arredou um pouco da cama e me chamou para sentar perto dele. -Eu estou assim é porque eu tenho vários motivos. 

-Então me fale quais são esses motivos. 

-Eu... - ele começou a gaguejar. -Eu me lembro perfeitamente de você. Todos dizem que quando estamos do jeito que eu tava a gente não lembra de nada, mas eu lembro. Eu me lembro de você, de cada momentos que passamos juntos. 

-Eu sinto sua falta Bill.

-Eu também Fernanda, mas você está com o Tom e é melhor continuarmos do jeito que estávamos. 

-Bill a gente pode ser amigos. - disse quase chorando.

-Fernanda eu não que ser seu amigo. - ele colocou as suas mãos em meu rosto. -Eu te amo.