Os dias foram passando muito rápido. O Bill não disse nenhuma palavra depois que tentou dizer meu nome. Todos disseram que isso foi coisa da minha cabeça mais eu sei que não foi. Ele apenas abre os olhos e ri para todos menos para mim, eu não sei por quê.

Foi anunciada a recuperação do Bill na mídia e o hospital vive cheio de fotógrafos, esperando para conseguir alguma foto do dele. Uma das coisas que foi incapaz de esconder foi meu namoro com o Tom, todos descobriram e até minha querida mãe que assim que soube me ligou no mesmo instante.

-Alô. – atendi ao telefone.

-Pode arrumar suas malas mocinha você vai voltar para casa. – disse minha mãe com uma voz não muito amigável.

-Mãe eu não quero voltar. – na verdade eu já estava a muitos dias me preparando para ter essa conversa com a minha mãe, não vai ser fácil, mas ela é minha mãe e eu devo muitas satisfações a ela.

-Você não tem que querer. – disse ela aos berros. –Se você não vier eu vou aí e te busco e você não vai gostar nem um pouco.

-Mãe eu quero... – fui interrompida.

-Maria Fernanda, você vai voltar e pronto. Onde já se viu isso, você arrumar namoradinho de banda e ainda tem fama de safado? – minha vontade nesse momento foi me matar, porque eu sempre dizia pra ela que é Tom é super safado, agora estou realmente me odiando.

-Mãe ele mudou. – tente convencê-la. – Ele agora é uma pessoa melhor e eu não posso sair daqui agora eu tenho que dar apoio a ele.

-Ok, você está forçando a barra. Eu estarei aí em breve.

-Mãe... – já era tarde ela tinha desligado o telefone. Conhecendo bem como a conheço em breve ela estaria aqui, pensei em pedir meu pai pra ligar mais isso ia acabar complicando porque ela e meu pai nunca conseguem conversar sem brigar, o jeito é esperar e ver o vai acontecer.

Meu celular toca mais uma vez, pensei que fosse ela mas pra minha surpresa é meu namorado, confesso que não estou muito acostumada com esse namorado não.

-Oi meu amor. - Tom diz com uma voz alegre.

-Oi Tom. - respondo. - Tudo bem?

-Tudo ótimo. Eu liguei pra te falar que estou indo aí na sua casa te buscar, vamos dar um passeio.

-Mas ainda é cedo pra passear. - digo.

-Relaxa amor, nunca é cedo pra sair com Tom Kaulitz. - ele ri.

-Ta né, vou só me trocar e espero você.

-Ok. Tchau.

Minutos depois o Tom já estava todo impaciente me esperando no sofá.

-Prontinho. – disse descendo as escadas.

-Dona Maria Fernanda você demora muito pra se arrumar sabia. – ele disse rindo.

-A senhor Tom Kaulitz se você me chamar de Maria Fernanda mais uma vez vou ser obrigada a te matar. – disse dando um tapa nele.

-Mas você não vai ter coragem. Senão fica sem seu gostozão aqui. – ele disse me puxando e me dando um beijo.

-Pra onde vamos? – perguntei me afastando dele.

-Sei lá. – ele disse sentando. –Vamos pra qualquer lugar.

-Aonde vamos Tom? – insistir em saber.

-Eu vou te levar pra conhecer um lugar que você jamais foi. – ele levantou e saiu me puxando.

Fomos em direção ao seu carro, ele como sempre nem deixou eu me despedir do meu pai. No caminho ele me contou novidades do Bill e eu já estava sentindo muitas saudades de atormentar ele, mas ele não está indo muito com a minha cara, pois toda vez que eu chego ao quarto para vê-lo ele se vira pra outro lado e eu não entendo isso. O médico disse que isso é trauma do coma, mas eu não acredito nisso outro dia mesmo ele tentou conversar comigo e agora já nem que me ver.

-O Bill já está falando perfeitamente Fernanda. – Tom disse muito feliz. – Daqui uns dias ele já pode sair do hospital e voltar para os palcos.

-Quando ele vai sair de lá? – perguntei.

-Assim que ele acabar a fisioterapia.

-Já estou com saudade dele. – olhei pro Tom. –Mas ele nem que me ver.

-Fernanda o Bill está é com ciúmes. – Tom disse rindo.

-Ciúmes de que? – olhei pra ele perplexa.

-Aí eu não sei.

-O Bill é meio doido. – virei e fiquei olhando pra estrada.

Eu não fazia a mínima ideia de onde estava indo, mas isso não estava me importando naquele momento, minha única preocupação era o Bill está com ciúme de que? Se ele está com ciúme por que ele só fica com raiva de mim? Eu o ajudei esse tempo todo e ele me trata assim.  Depois de muito tempo na estrada ele parou o carro no meio da estrada.

-Eu preciso te vendar. – ele disse me dando um beijo.

-Pra que isso Tom?

-É surpresa Fernanda. – ele foi tampando meus olhos. Pelo o que eu percebi o carro movimentou mais um pouco e depois entrou em algum lugar e em silêncio. Depois de algum tempo ele abriu uma porta e me mandou entrar, depois fechou a porta e tirou a venda de mim. Meus olhos ficaram meio embaçados, mas quando eu enxerguei perfeitamente onde estava eu não queria nem acreditar no que eu estava vendo.

-Como você teve coragem de me trazer nesse lugar? – perguntei nervosa.

-É uma surpresa pra nós meu amor agora vem aqui perto de mim. – ele disse tentando me beijar.

-Não. – distanciei dele. –Isso é surpresa pra você. Eu não sou garota de vim pra um motel Tom, a gente já conversou sobre isso.

-Fernanda você sabe quanto tempo eu estou sem sexo? – ele disse bravo.

-Não me interessa. – virei para a porta. –Abra isso eu vou embora.

-Me desculpa. – ele me abraçou. –Eu achei que você já estava preparada pra isso.

-Tom, eu te falei que quando tivesse preparada eu ia te falar. – encostei-me à porta. –Agora me trazer em um motel já é demais.

-Me desculpe.

-Tom me leva pra casa. – foi à única coisa que eu consegui dizer. O Tom também ficou calado o caminho todo, ele nem olhou pra mim, eu fiquei muito nervosa com ele, pois ele sabia muito bem que eu não queria isso com ele, não agora, pois nosso namoro estava muito recente, só que para Tom Kaulitz não existe tempo para isso.