A Outra Face escrita por Heloise_Yanki


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, não me matem por favor, sei que demorei...

Sory.....



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Fiquei bastante abalada quando meu avô descreveu a minha real situação, apendicite é algo bem comum, mas se não tratado da maneira correta ou se ignorado, o que foi o meu caso, pode levar a morte. Sorte minha que eu tenho um namorado mais teimoso do que eu ou eu não conseguiria chegar a tempo para realizar o procedimento sem ter sérias seqüelas. Fui minuciosamente preparada para a cirurgia enquanto meu avô tratava de acalentar meus pais e o Jake, minha mãe como médica entendia perfeitamente as conseqüências dos meus atos, no entanto meu avozinho querido amenizou um pouco a situação para a dona Bella ou teríamos duas internadas neste momento.

Neste exato momento eu me encontro na sala de cirurgia esperando pelo anestesista que meu avô escolhera e que estava acompanhando outro procedimento, mas logo estaria aqui. Algum tempo depois o tal anestesista apareceu e então eu apaguei. Dizer quanto tempo eu ‘dormi’ seria mentir descaradamente, só sei que quando finalmente abri meus olhos eu estava num quarto cheio de equipamentos ligados e com meu avô ao lado.

-Como você dorme em Nessie. – Ele disse em tom de brincadeira.

-Culpa daquele seu amigo que não mediu direito a quantia de anestesia que me aplicou.

-Ele fez direitinho querida, é normal ficar sonolenta depois do efeito. – Ele disse tirando uma mechinha de cabelo do meu rosto. – O que acha de ir para o quart agora?

-Não posso simplesmente ir para casa? – Eu sabia que era uma pergunta inútil, nenhum médico deixaria um paciente sair do hospital depois de uma cirurgia dessas, ainda mais sendo neta desse médico.

-Você sabe que não, além disso se eu te deixar mais um pouco aqui o centro cirúrgico sofrerá uma invasão em massa.

-Minha mãe deve estar um pilha lá fora. – Comentei, agora um pouco preocupada com ela.

-Não só ela, o Edward e o Jacob também estão aflitos esperando você acordar. – Só então que me dei conta do estrago que fiz com essa minha mania de não contar a respeito das minhas dores... Mas cá entre nós não é fácil ser filha e neta de médicos, qualquer dorzinha era motivo para fazer mil e um exames e sempre com resultados positivos, chega uma hora que isso cansa, e eu jamais iria imaginar que essa dor que eu estava sentindo fosse algo como uma crise de apendicite.

-Imagino, então vamos né vovô. – Falei e fiz menção de me levantar.

-Aonde pensa que vai? – Ele me olhou como se eu estivesse louca.

-Para o quarto, onde mais eu poderia ir. – Não era obvio já que eu não poderia ir para a minha casa.

-Pode deitar e ficar bem quietinha mocinha, quem disse que você iria andando? Vou levar você na maca mesmo. -  Ele disse arrastando um pouco a minha maca da parede e se posicionando para manuseá-la melhor.

-Isso é mesmo necessário vovô? – Perguntei em vão, ele nem se deu ao trabalho de me responder.

Andamos por alguns corredores até entrar no mesmo quarto que ocupei anteriormente, meus pais, assim como o Jake estavam me esperando ansiosos sentados num sofá do lado oposto a cama.

-Carlisle como ela está? – Minha mãe se levantou num átimo vindo em nossa direção.

-Ela está ótima Bella, reagiu bem ao procedimento e está se recuperando rapidamente. – De repente, não sei de onde duas enfermeiras apareceram para ajudar na minha transferência da maca para a cama, assim que fui devidamente reinstalada meus pais e o Jake se colocaram ao redor da cama, ambos com cara de preocupação.

-Meu anjo como se sente? – Minha mãe nem esperou eu responder, foi logo pegando o meu prontuário para verificar as informações que meu avô havia passo anteriormente.

-Estou bem mãe, já passou. Agora não vejo a hora de ir para casa. – Essa ultima parte falei olhando para o Jake, que segurava minha mão com extremo cuidado, parecia que eu havia operado a mão e não o abdômen.

-Pode ficar bem calminha ai mocinha, você vai se recuperar bem antes de fazer qualquer esforço, e só irá para casa quando puder. – Meu pai disse seriamente.

-Mas pai eu estou bem, nem dor eu tenho mais. – Tentei não parecer uma criança mimada, mas o sorriso do Jake disse exatamente o contrário.

-Isso porque você está medicada filha, os pontos estão recentes e você precisa de repouso para ajudar na cicatrização. – Tá certo eu nem tinha mais argumento nenhum para convencê-los a me deixar ir embora, que coisa mais chata ,detesto ficar doente, todos me tratam como se eu fosse me desfazer em mil pedacinhos...

Eles ficaram mais algum tempo ao meu lado, as vezes falavam alguma coisa, outras apenas trocavam olhares comigo. O Jake o tempo todo em pé ao meu lado, até que meu pai se canso de ver ele em pé e trouxe uma poltrona para se sentar junto a minha cama. Não vi o tempo que passou, apenas notei que estavam todos cansados dessa monotonia de hospital sem nada para fazer, pedi então que fossem descansar, eu ficaria bem, caso algo acontecesse eu ligaria imediatamente. É claro que eles só se foram quando prometi que nenhuma dor seria deixada de lado, afinal isso era de extrema importância para a minha recuperação.

Fui alimentada através de um cardápio especifico para pós operatório, não era de todo ruim, mas a comida da minha mãe é bem melhor. Novamente fui medicada e nem m=sei o motivo, não estava com dor nenhuma. Mas logo após a inconsciência me dominou, apaguei literalmente.

Acordei com os raios solares esquentando minha face, ao lado da minha cama uma jovem enfermeira sorrio ao me ver acordando.

-Bom dia querida, como passou a noite? – Ela perguntou sorridente enquanto mexia no meu soro.

-Nem vi a noite passar, dormi como um anjo. – Respondi feliz com a recepção.

-Que bom. Então o que acha de um banho antes do seu desejum? – Pensei por um momento, eu não tinha nem escova de dentes ali, a não ser que meus pais tivessem providenciado enquanto eu dormia...

-Não se preocupe, trouxeram uma mala para você. – Fiquei mais tranqüila. – Eu vou tirar o seu soro e te ajudar no banho, primeiro eu quero que você se sente e veja se não fica meio tonta, é normal depois da anestesia ter um pouco de tontura. – Fiz o que ela disse e não me senti mal, ao contrario estava morrendo de vontade de sair andando por ai.

-Tudo bem, nada de tontura. – Ela me ajudou a descer da cama, sempre com um sorriso amável nos lábios. – Mas como é o seu nome mesmo?

-Carla. –Respondeu. – Agora vamos ao seu banho.

Eu realmente não conseguiria me lavar sozinha, havia o curativo a ser tirado para poder lavar a região cortada, o acesso (é aquela agulhinha que fica no braço da gente dando acesso à veia que está recebendo o soro ou medicação) no meu braço... além de ter alguns movimentos que me causavam certo incomodo. Dos males o menor, ela me ajudou a me banhar e ainda fez uma nova trança nos meus cabelos depois de secá-los. Coloquei um pijama comprido e quando estava voltando a minha cama para o curativo percebi que o Jake cochilava no sofá.

-Ele dormiu faz pouco tempo, passou a maior parte da noite velando pelo seu sono. – Explicou a enfermeira vendo minha surpresa.

-Ele não precisava fica aqui, é chato. – Falei, mas sem conseguir esconder a alegria de vê-lo já cedo ali, cuidando de mim.

-Ele gosta muito de você. E pelo seu sorriso você não fica atrás.

-O Jake é muito especial. – Falei me deitando para ela refazer meu curativo. – Carla, será que você poderia pedir para providenciarem o desjejum do Jake antes que ele acorde?

-Claro Renesme, eu trago junto com o seu.- A Carla terminou meu curativo e se retirou, acho que para buscar nosso desejum, aproveitei que ela não havia colocado meu soro ainda e fui acordar meu gatinho, se ele passou a noite em claro precisava comer alguma coisa...mentira né Nessie... o que eu queria mesmo era dar um beijo nele, to morrendo de saudades dos beijos do meu amor.

-Bom dia Jake. – Falei me sentando na beirada do sofá que ele ocupava.

-Nessie?!? – Ele acordou meio assustado. – Você não deveria estas na cama? – Ele perguntou mais carinhoso e se sentando melhor.

-Deveria?

-Meu amor, você está cheia de pontos, não pode ficar andando por ai, tem que permanecer em repouso. – Apesar do tom de repressão ele estava sorrindo.

-Não resisti em vir te dar um beijo. – Agora sim um beijo de verdade. – Sabe não era bem assim que imaginei que seria a nossa primeira noite juntos.

-Quer dizer que a senhorita imagina a nossa primeira noite? – Seu olhar parecia em chamas com a minha declaração.

- Você nunca imaginou?

-Já, algumas dezenas de vezes. – Nossa conversa foi interrompida pela Carla que chegou com um carrinho e nossa refeição.

-Renesmee, é melhor você voltar pata a cama. – Ela disse, mas sem deixar de sorrir.

-Vamos amor, eu te ajudo e fico lá com você. – Jake se sentou na mesma poltrona que meu pai havia colocado ao lado da minha cama.

-Você tem que se alimentar direitinho mocinha para logo sair daqui e aproveitar o seu namorado. – Eu e o Jake tomamos o café trazido com gosto, ambos estávamos famintos.

Mesmo depois disso o Jake não saiu do meu lado, sempre tentando me alegrar, sem saber que a simples presença dela em minha vida já é motivo de alegria...


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Notas finais do capítulo

Será que ainda tem alguem lendo essa fic?

Então comentem..

Bjinhus

Helo Yanki