Mais Duas Surpresas ? escrita por Natalia


Capítulo 5
Down here love wasn't meant to be for me ..


Notas iniciais do capítulo

´Tá, olha, vou falar uma coisa: Por favor, quem quer que esteja lendo e não deixa reviews, por favor, por favoor mesmo, deixem de preguiça, tá ? rs



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MS: EU NÃO PODIA CONTAR NADA, BRIAN. ENTENDA ! – Ela podia sentir que algo ruim estava por vir, mas resolveu ignorar essa sensação e continuar sendo forte. Ou tentando.

BS: NÓS PROMETEMOS QUE NÃO MENTIRÍAMOS UM PARA O OUTRO, MADDY ! VOCÊ NÃO PODIA FAZER ISSO COMIGO ! – Ele andava de um lado pro outro de seu quarto, passando as mãos pela cabeça freneticamente.

MS: EU NÃO MENTI ! NÃO ME CHAME DE MENTIROSA, BRIAN ! VOCÊ SABE QUE SE EU PUDESSE CONTAR, EU TERIA CONTADO, MAS QUE DROGA ! – Ela gritava e podia sentir as lágrimas caindo.

BS: Eu não sei se ainda posso confiar em você, Maddy. Não depois disso, afinal como vou saber sobre o que mais você mentia ou o que mais você escondia ? – Ele perguntou olhando nos olhos dela, a raiva ainda dominando-o enquanto ele via a tristeza tomar conta dos olhos azuis à sua frente.

MS: Então não confie. – Ela se virou e saiu, rumo a um lugar qualquer. Onde ninguém pudesse encontrá-la.

NARRAÇÃO : MADDY

Ele poderia ter feito qualquer coisa, menos dizer que não confia em mim. Eu sei que a Carol cansou de dizer a ele que eu não gostava que não confiassem em mim. Bom, essa era a verdade. Eu poderia ser qualquer coisa, menos alguém em que as pessoas não podem confiar. Porque se você me conta que está pulando a cerca e pede pra não contar pra sua esposa, eu não ligo, não conto. Ele poderia, ao menos, tentar entender que eu não podia contar, que eu tinha prometido à minha mãe. E algo que eu pensei ser tão bom acabara em tão pouco tempo.

Vasculhei minha pequena bolsa atrás do meu celular e meus fones. Música. Era tudo que eu precisava agora. Vi, em um relance, o anel que ele me dera quando começamos a namorar. Eu tinha vontade de atirá-lo embaixo de um carro, mas ele era muito bonito para ter esse fim. Então eu apenas o tirei de meu dedo e coloquei dentro da bolsa. O mesmo eu fiz com o colar que eu ganhara de aniversário. Tinham se tornado coisas indispensáveis e eu não saía de casa sem elas. Parece que agora eu teria que esquecê-las, porque Brian Sanders não fazia mais parte do meu dia a dia. Brian Sanders não fazia mais parte de mim.

Fui procurando alguma música que me fizesse esquecer, enquanto andava pelas luminosas e chamativas ruas de Vegas. ‘There For You’ ? Não, obrigada. ‘Tiny Heart’ ? Também não. ‘Smells Like Teen Spirit’ ? Finalmente algo interessante. Coloquei os fones e aumentei até o máximo. Não queria ter que ouvir nada ao meu redor, porque os meus problemas já eram suficientes. A música conhecida entrava pelos meus ouvidos, parecia que meus tímpanos estavam prestes a estourar. Mas eu não ligava. Só o que importava agora era que eu tinha que me livrar daquele grande peso dentro de mim.

Eu podia sentir as lágrimas escorrendo pelo meu rosto, eu podia sentir os olhares e algumas pessoas sobre mim. Uma senhora até pensou em parar para perguntar se eu precisava de ajuda, mas ela hesitou e então, como eu desejava que fosse, desistiu.

Não posso dizer que a partir de agora vou morrer, porque não tenho o Brian. Não sou esse tipo de garota. Não vou sair aos berros pro colo da Carol. Não. Vou apenas tentar acordar, colocar um sorriso em meu rosto e repetir pra quem quer que pergunte: ‘Está tudo bem’. Não importa quantas vezes eu tenha que repetir isso, eu repetirei. Vou apenas tentar esquecer que algum dia ele existiu. Vou apenas tentar fingir que não o amo. Vou apenas tentar fazer parecer que minha vida não mudou com esse acontecimento. Não será algo fácil, eu admito, mas isso não quer dizer que será impossível.

Eu mudei tanto nesses últimos meses. Esse pensamento já me passou pela cabeça várias e várias vezes. O amor muda as pessoas, posso afirmar que está correto. Mas por quanto tempo ? Será que depois que esse amor se vai as mudanças vão também ? Será que junto com esse amor vai tudo de bom que um dia veio com ele ?

E então a música acabou. Droga, era uma das melhores pra essa situação. Enquanto procurava vi algumas músicas do Switchfoot e imediatamente me lembrei de Brian. Ele me fizera aprender a gostar dessa banda. Bom, foi uma das melhores coisas que ele fez, no final. Mas não, Switchfoot me lembrava muito dele. Resolvi olhar nas músicas do Flyleaf. É, acho que ‘In The Dark’ pode me distrair durante alguns minutos.

Coloquei a música e me lembrei de nossos primeiros dias em Vegas. Quando conhecemos Brian e eu lhe dei um soco. Essa lembrança fez um sorriso involuntário surgir em meu rosto. Ele ficou por, pelo menos, duas semanas com o olho roxo. Imediatamente me lembrei de algo que aconteceu alguns dias depois desse incidente.

FLASHBACK ON

BS: Ei garota ! – Ele me puxou pelo braço violentamente.

MS: Mas que droga, Sanders, para com isso ! – Eu tentava puxar meu braço, mas ele não deixava. Resolvi ceder. – O que você quer ? – Ele me soltou lentamente e eu pude perceber que Carol e Nate, que agora andava constantemente conosco, nos olhavam curiosos.

BS: Eu andei pensando... – Eu o interrompi com uma risada, mas ele ignorou e continuou. – Que tal nós irmos ao cinema nesse fim de semana ? – Ele piscou pra mim como ele fazia pra todas as garotas da escola.

MS: Ah, vai pentear macaco, Sanders ! – Eu me virei bruscamente e continuei andando, mas podia ouvi-lo atrás de mim. Até que ele me puxou de novo e me prendeu entre seus braços e eu não conseguia sair. – Me solta... – Eu falei entre dentes, mas ele apenas riu.

BS: Eu estava falando sério, Sidle. – Ele sussurrou em meu ouvido pra logo depois de afastar e me olhar com seus olhos castanhos. E ele estava exageradamente perto. Nossos narizes quase se encostavam, mas por mais bonito que ele fosse eu não o faria pensar que sou fácil a esse ponto. Se eu gostava dele ? Não, mas essa brincadeira seria interessante... Fiz a expressão mais sedutora que pude e o vi abrir um sorriso quando me aproximei.

MS: Se afasta se não quiser levar um soco no estômago, Sanders. – A expressão dele me fez rir e eu consegui me soltar com sua distração. Quando recomecei a andar, notei que todos me olhavam. Eu poderia não gostar dele, mas tinha que admitir: Brian era um dos garotos mais bonitos do colégio.

FLASHBACK OFF

Se eu fosse analisar com mais cuidado aquela cena, poderia dizer que já gostava um pouco dele. Não o suficiente pra eu admitir, mas já gostava. Eu sempre fui muito cabeça dura, então demorei muito tempo para me convencer de que eu sentia algo por Brian. Na verdade, pra mim foi até pouco tempo. Posso dizer que comecei a acreditar nessa possibilidade depois do nosso primeiro beijo. É, qualquer um que me olhasse pelo resto daquele dia diria que eu estava diferente, um pouco... aérea demais.

Mas eu tinha que afastar todos esses pensamentos da minha mente. Estava claro que Brian não me queria mais com ele. Ele sempre fora o garoto popular. Ele e Nate tinham belezas incomparáveis, além de serem os melhores do time. Se eu o namorei por interesse ? Não, eu o amava. Bom, amava, no passado. Porque agora eu transformaria esse amor no mais puro ódio. E eu o nutriria com todas as minhas forças.

A música alta entrava pelos meus ouvidos, quase estourando meus tímpanos, enquanto eu andava pelas ruas iluminadas e chamativas de Vegas. Era incrível como, por todo lugar que eu passasse, eu não via um ponto de escuridão. Parei em um sinal, não havia muitas pessoas passando, mas os carros não paravam por um instante. E então tudo ficou escuro.


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Notas finais do capítulo

Olha, as músicas não são minhas. There For You, Tiny Heart e In The Dark são do Flyleaf. Smells Like Teen Spirit é do Nirvana, tá...Bom, espero que tenham gostado e tal. Me deixem reviews. Bjs s2



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