SETE ANOS DEPOIS...

A porta da casa dos Grissom se abriu e eles entraram. Ela não ousou acender as luzes ou alguém poderia acordar. Ele a puxou para um beijo, enquanto ela fechava a porta. Ele a encostou na parede e ela afrouxou o nó da gravata dele.

A porta do quarto se abriu e Maddy e Brian entraram, ainda aos beijos. Ela tirou o paletó dele e ele desabotoou a blusa branca dela enquanto iam em direção à cama. Os dois estiveram no tribunal e ela teve que responder às perguntas dele como uma boa CSI. Mas agora ela não precisava mostrar mais nenhum sinal de seu profissionalismo.

TRÊS MESES DEPOIS...

MS: Vamos, Roxy ! Você vai se atrasar pra escola ! – Ela dizia para a irmã enquanto corria para abrir a porta. Já sabia quem era.

RS (Roxanne Sidle): Não vou nã-ão. – Ela cantarolou.

BS: Bom dia ! – Ele sorriu e ela sorriu de volta enquanto se aproximava para um beijo. Foi um beijo longo, meticuloso e ao mesmo tempo ardente, que foi interrompido por uma garotinha de 7 anos.

RS: Continuem se beijando e se esqueçam de mim. Não quero ir pra escola mesmo. – Brian riu.

BS: Bom dia, pequena Roxanne. – Ele sabia que ela preferia o apelido.

RS: É Roxy ! – Ela mostrou a língua pra ele. Tinha que ter o gênio da mãe ? Brian riu.

MS: Vamos, Roxy ! Olha a hora, garota !

CS: Droga, droga, droga ! Atrasada, estou atrasada ! – Ela foi pegando uma torrada, enquanto terminava de arrumar o blazer, mas parou ao ver Brian ali. Olhou para o relógio, olhou pra ele e parou, confusa. – Você aqui ? Eu não estou atrasada ?

MS: Não, você só sai ridiculamente mais cedo do que precisa.

NW: Bom dia, meninas. – Ele apareceu na porta da cozinha com a blusa no ombro e pegou um copo de suco.

BS: Já vi por que se atrasou. – Ele revirou os olhos e Maddy riu.

CS: Brian ! A Roxy tá aqui, né. – Nate vestia a camisa, se preparando para o trabalho e bufou com o comentário da namorada.

NW: Ela é uma garota esperta, Carol.

RS: Exato. Eu finjo que vocês não estão aqui falando as besteiras costumeiras. – Apesar de ter apenas 7 anos, Roxanne era muito esperta e não falava como uma criança normal. – Que tal vocês me ignorarem também e fingirem que eu não estou aqui também e não me levarem pra escola ? – Ela sorriu, parecia angelical.

MS: Ai, garota ! Você é insistente, viu ? Vamos, vai dar um beijo no papai. – Grissom tinha se aposentado, agora aproveitava o dia para ficar com a filha mais nova, mas ainda ajudava quando o Laboratório precisava.

BS: Pronta, parceira ? – Ele falou pra Carol, que acenou com a cabeça. – Vamos acabar com vocês ! – Ele apontou pra Maddy e Nate.

MS: Vocês sabem que, como perita criminal, eu odeio vocês, advogados da defesa ! – Ela e Nate bateram as mãos no ar e Roxy soltou uma gargalhada, ela sabia da competição entre eles. Parece que já estava pronta. – Podemos ir ?

RS: Se eu não tenho outra opção... – A menina deu de ombros e pegou a mochila, se preparando pra sair.

CS e MS: Tchau, pai ! – Elas falaram da porta.

GG: Tchau, meninas ! – Ele, como de costume, estava em frente à televisão assistindo um programa no Discovery Channel.

CS e MS: Eu dirijo ! – As duas falaram juntas e riram, Grissom dizia que elas se pareciam cada dia mais com Sara. Chegando na garagem, eles se separaram: Roxy, Maddy e Nate foram em um carro e Carol e Brian foram no outro.

CS: Até mais tarde ! – Carol acenou e Maddy mandou um beijo pra irmã e pro namorado.

Eles passaram na frente da casa dos Sanders a tempo de ver Brian pegando a irmã para levá-la para a escola. A responsabilidade de levar as meninas para a escola ficou para os irmãos, no fim das contas.

MS: Viu, Roxy, a Charlie gosta de ir pra escola...

RS: Eu não sou ela, Maddy. Eu não gosto de ir pra escola.

MS: Eu sei o que você está pensando – ela disse pro cunhado –: ela tinha que pegar o meu gênio ? – Os dois riram e Nate concordou. – Mas eu não sou mais assim. – Ela fez bico.

RS: Brian faz milagres. – Ela usou a frase que Maddy ouviu Carol dizer tantas vezes e sorriu.

NW: Você tem razão, garota. Toca aqui. – Ele fechou a mão e, quando Roxy fez o mesmo, eles fizeram o cumprimento.

Os dois carros chegaram juntos no colégio. Melinda e Sara decidiram colocar as pequenas na mesma escola, até porque elas já se conheciam desde que nasceram.

MS: Tchau, Roxy.

RS: Tchau, Maddy. – Ela deu um beijo na irmã. – Tchau, Nate. – Ela deu um beijo no cunhado.

NW: Tudo bem... Vamos pegar alguns bandidos. – Ele esfregou uma mão na outra e Maddy riu. Ele ainda falava como no primeiro dia de trabalho.

NO FIM DO TURNO...

Brian e Carol estavam na frente do Laboratório esperando Maddy e Nate saírem. Eles sempre jantavam juntos, exceto quando os dois últimos precisavam fazer horas extras.

CS: Quer saber ? Não agüento mais esperar ! – Ela abriu a porta do carro e saiu. Entrou, passou por Judy na recepção e foi procurar por eles. Acabou encontrando Nate no corredor.

CS: Finalmente ! Cadê a Maddy ?

NW: Não sei, Carol, estava indo procurar por ela...

CS: Acho que já sei onde achá-la. – Ela seguiu andando pelo corredor, mas se virou pra ele sem parar de andar. – Por que não pega o carro e nos espera lá fora ?

ENQUANTO ISSO, NO BANHEIRO...

Maddy POV

Eu ainda não conseguia acreditar. Passei o dia tentando esconder os sintomas de todos, apenas Carol sabia. Quase três meses pelo que o médico disse. Levantei a blusa, quase já conseguia ver uma pequena curva em meu quadril.

MS: Ah, Brian, o que você vai achar disso ?

DO LADO DE FORA...

Narrador POV

Carol tinha chegado à porta do banheiro, mas não conseguia abrir, estava trancada.

CS: Maddy ! – Ela bateu – Vamos, eu estou morrendo de fome ! – Choramingou. Ela ouviu a porta abrir e Maddy saiu de lá. – Quando vai contar pra ele ?

MS: Ainda hoje... eu acho. Eu não sei o que ele vai pensar. – Carol revirou os olhos.

CS: Para de besteira ! Ele vai adorar !

NO RESTAURANTE...

Chegaram no restaurante, escolheram uma mesa e sentaram. Maddy observava o lugar enquanto pensava em como contar para Brian. Focou o olhar em uma família sentada a algumas mesas de distância.

BS: Tudo bem ? – Ele segurou a mão dela. Ela sorriu, dizendo que sim. – Não, não está. Você sempre segura o colar quando está preocupada. – Ela ainda usava o colar que Brian lhe dera de presente, com a diferença de que ele tinha mandado fazer um pingente escrito: “Fire With Fire” para dar para a namorada. Eles ainda consideravam essa música especial.

MS: Brian... me prometa que quando o nosso filho nascer você não vai deixá-lo ficar desse jeito. – Ela falou sem pensar, apontando para o garoto fazendo birra na mesa que antes observava.

BS: Po-pode... repetir ? – Só então percebeu o que tinha feito, mas resolveu contar de uma vez.

MS: Você vai ser papai !

FIM !