O Colar escrita por Ginevra_C


Capítulo 16
Natal




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Narrado por James Potter:

- Ah, Merlin! Ah, Merlin! Ah, Merlin! - repetia Lils sem parar.

- Nós vamos achar ele. - eu a tranqulizei.

- Nós não vamos a lugar nenhum. - disse Tia Moggy entrando na sala de estar - Eu e Ralph vamos procurá-lo, vocês ficarão aqui.

- O quê?! - perguntamos todos indignados.

- Vocês são impulsivos e não sabem o perigo e a dificuldade que vai ser para achar Petter, nós da Ordem da Fênix iremos, vocês ficam aqui. - disse Tia Moggy severamente.

- Mas Petter é nosso amigo! - tentou argumentar Lils - Nós temos que ir...

- Não tem, não! São jovens demais!

- Já somos maiores de idade! - eu disse.

- E somos os melhores em DCAT - tentou convencer Sirius.

- Não interessa...

- É CLARO QUE INTERESSA! - gritou Lils perdendo completamente a cabeça. A Tia Moggy olhou-a assustada - Olhe, - Lils disse controlando a voz - Petter é como um irmão mais novo pra mim e eu sinto que tenho que protege-lo. Ele não tem habilidades o suficiente para enfrentar um Comensal da Morte quanto mais você-sabe-quem!

- Ela tem razão, Tia Moggy, nós temos que ir ajudá-los a procurar Petter. Nós o conhecemos melhor que ninguém e isso pode ajudar! - falou Remus.

- Por favor, mãe. - disse Lene com os olhos marejados de lágrimas - Não podemos abandonar um amigo em apuros, simplesmente não podemos!

Tia Moggy olhou em cada um dos seis rostos exasperados que tinha naquela sala e por fim disse:

- Tudo bem. Vocês podem ir, mas mandem uma coruja a Albus e qualquer sinal de você-sabe-quem ou dos seus seguidores tratem de aparatar para casa imediatamente!

- Ok. - Dorcas se apressou a dizer.

Mas logo que Tia Moggy saiu da sala nos entreolhamos de sobrancelhas arqueadas.

- Nós não vamos fugir da luta, não é? - perguntou Sirius.

- Nem pensar. - eu respondi e ele sorriu em resposta.

- Eu vou escrever a carta para Dumbledore e podemos ir. - disse Remus correndo escada acima.

- Agora... - eu comecei olhando para Lils - Lils, eu acho melhor você ficar em casa.

- O quê?! - ela perguntou surpresa - Nem pensar!

-  Pense! Você está correndo mais perigo do qualquer um de nós, aqui...

- Olhe aqui, James Potter - ela disse num tom ameaçador chegando perto de mim - Eu nunca, jamais iria deixar qualquer amigo meu nas mãos de bandidos para salvar minha pele!

- Mas não estamos falando de bandidos, estamos falando Voldemort! - gritei.

- EU NÃO ME IMPORTO! NÃO VAI SER VOLDEMORT QUE VAI TIRAR ELE DE MIM! VOLDEMORT NUNCA VAI SEPARAR NENHUM DE NÓS AQUI! NUNCA! - berrou ela.

- Caramba... - murmurou Lene baixinho.

- Ele vai se arrepender. - disse Lils com um estranho brilho nos olhos - Voldemort vai se arrepender de cada tristeza que ele já causou. Eu vou me vingar dele.

- Já despachei a coruja. - disse Remus.

- Já não era sem tempo, pô! - disse Lils correndo para o jardim.

- Onde nós vamos procurar primeiro? - perguntou Dorcas.

- Acho que no parque, não acham? - argumentou Six.

- Mas se os Comensais levaram ele... - disse Lene.

- Eu concordo com Sirius. - eu disse - Vamos procurar primeiro no lugar mais provável que esteja.

- Então vamos. - disse Lils aparatando.

Nós aparatamos logo depois dela e chegamos quase ao mesmo tempo no parque.

- Onde vamos procurar primeiro? - perguntei.

- Em lugar nenhum. - disse Remus com uma voz estranha.

- Como assim? - perguntou Lene.

- Ele ta ali! - berrou Dorcas.

E ali estava ele. Petter, na lanchonete vazia comendo tudo o que via pela frente. Ao ouvir o berro de Dorcas ele deu um pulo e olhou para atrás.

- Petter! - gritou Lils indo abraçá-lo - Você ta bem! Ta vivo!

Ela começou a dar vários beijos na bochecha dele, admito que fiquei com ciúmes.

- Calma, Lils! Deixa ele respirar. - eu disse puxando-a gentilmente pela cintura.

Vi Sirius e Dorcas se entreolharem céticos quando eu fiz isso.

- Eu tava tão preocupada... - ela disse com um sorriso imenso.

- Eu também. - disse Marlene com uma voz contida, olhei pra ela: estava lívida de raiva - Agora, Petter... ONDE VOCÊ ESTEVE?!

- A-aqui... - gaguejou ele.

- AH, SIM! ENQUANTO NÓS MORRÍAMOS DE PREOCUPAÇÃO, VOCÊ ESTAVA AQUI ENCHENDO A PANÇA! - ela berrou furiosa - ACHAMOS QUE OS COMENSAIS DA MORTE TINHAM TE SEQUESTRADO, TE MATADO OU TE TORTURADO! MAS EU VOU TOMAR PROVIDENCIAS PRA FAZER O QUE ELES NÃO FIZERAM!

Lene começou a avançar para Petter, vermelha de raiva. Petter se escondeu atrás de Lils e foi preciso Remus e Sirius juntos para tentas pará-la.

- Mas... - começou Dorcas pensativa - Ela tem razão!

- Pois é, Petter. - disse Lils se virando lentamente - Lene tem razão.

Petter soltou um guincho estrangulado e correu para longe de Lílian. Eu tive que segurá-la também, mas não tinha sobrado ninguém para segurar Dorcas que saiu correndo atrá de Petter.

- EU VOU TE MATAR, SEU RATO! - berrava ela.

- IMPEDIMENTA! - gritou Remus e Dorcas parou de correr imadiatamente.

- Me solta, James! - exclamou Lils - Eu não vou machucar ele.

- Promete? - perguntei temeroso.

- Prometo.

Eu a soltei. Ela bufou, olhou feio pra mim e foi se sentar em uma das cadeiras da lanchonete.

- Ah, Merlin! - exclamou Remus - Eu tenho que avisar a Ordem da Fênix que achamos ele! Antes que eles encontrem algum Comensal ou... - ele desaparatou.

- Sirius, se você ainda não percebeu, eu já deixei bem óbvio que eu não matar o Petter. Não hoje. Então você já pode me largar, sabe? - disse Lene.

- Mas eu não quero te largar. - Six respondeu com um sorriso malicioso. Lene não se aguentou e sorriu também.

Eu me sentei ao lado de Lils. Ela estava rasgando um guardanapo em pedacinhos, parecendo entediada, mas eu sabia que ela estava pensando em várias coisas ao mesmo tempo.

- James - ela começou -, o que você ia me contar antes?

Eu hesitei. A notícia que eu tinha pra ela podia resultar no fim da nossa amizade. Fiquei um tempo olhando seus grandes olhos verdes que sempre me hipnotizavam, passei o olhar para os seus lábios: carnudos e rosados, simplesmente irresistíveis.

Valia a pena eu dar essa notícia à ela e fazer com que nosso relacionamento - que está cada vez melhor - provavelmente se acabe? Eu sei que ela não vai aceitar fácil a notícia e é bem provável que vá dizer que eu estou exagerando ou sei lá...

Respirei fundo e por fim disse:

- Que você é a minha vida. Eu vou te proteger a qualquer custo. - não era essa a notícia que eu tinha que dar, mas eu decidi não falar nada, pelo menos até voltarmos à Hogwarts.

- Ah, James... - ela disse me dando um selinho - Eu me sinto mais segura quando estou com você.

Ela sentou em meu colo e me abraçou, eu retribui o abraço, lhe dei um beijo no pescoço e sussurrei:

- In my life, I love you more. - essa foi a música do nosso primeiro beijo, ela sorriu e me beijou.

- ALELUIA! - berrou Sirius.

Todos os outros riram e assoviaram. Lils ficou completamente vermelha.

- Agora, só falta eu e você, Lene. - riu Sirius.

E, para a surpresa de todos, Lene pulou no pescoço de Sirius e tascou-lhe um beijo que Sirius respondeu com entusiasmo. Agora foi a minha vez de gritar:

- ALELUIA!

Todos rimos, exceto Lene e Sirius que ainda estavam ocupados demais se beijando.

Remus finalmente apareceu, deu um sorriso ao ver a cena e anunciou:

- Já os avisei. Eles estão nos esperando na mansão.

Todos aparatamos para mansão dos Mckinnons, onde comemoramos a volta de Petter e fomos deitar cedo, pois amanhã seria natal.

---

Acordei na manhã de Natal com alguém pulando na minha cama e gritando:

- Acorda James! É NATAL! - Lils sorriu radiante.

Não pude deixar de rir do entusiasmo dela. Puxei-a pelo pé, fazendo-a cair na cama, quando ela ficou na minha altura eu lhe dei um grande beijo e sussurrei:

- Feliz Natal, meu amor.

Ela corou e deu um grande sorriso.

- Meu presente! - ela disse pegando um pacotinho e colocando em minhas mãos.

Eu o abri. Tinha um pequeno pomo de ouro já muito conhecido. Eu sorri pra ela.

- Lembra quando eu confisquei o seu pomo de ouro? Então... - ela disse um pouco constrangida - eu nunca o entreguei para a McGonagall, sabe? Eu o guardei...

Eu sorri e lhe dei um selinho.

- Obrigado. Agora você abre o meu. - eu disse lhe entregando uma caixinha.

Ela pegou a pequena caixa de veludo vermelho e abriu, trêmula. Ali haviam duas alianças prateadas, lisas e simples, mas era o suficiente para marcá-la como minha.

- Quer namorar comigo? - perguntei olhando-a diretamente nos olhos.

Ela me olhou e sem dizer nada pulou em cima de mim, me beijando. E, sem querer, fez com que caíssemos da cama.

- Ai! - ela berrou e começou a rir. Nós dois ríamos feito idotas ali no chão.

- Posso considerar isso como um "sim"? - perguntei.

- Sim! - disse ela dando um grande sorriso - Sim! Sim! Sim!

Eu sorri e peguei as alianças. Coloquei a mais fininha em seu dedo e ela colocou a mais grossa no meu.

- Aguarde, Srta. Evans - eu sussurrei - Porque, logo, logo, você se tornará a Sra. Potter.

- É o que eu espero. - ela sorriu.

Eu a puxei para cima da cama e a beijei. E aquele sem dúvida foi o melhor momento da minha vida, até agora. 


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