A Maldição do Quarto 483 escrita por Lilli


Capítulo 4
Capítulo IV - Um choro no meio da noite


Notas iniciais do capítulo

Eu particularmente gostei do nome do capítulo, UHAHS' e deve ser o capítulo mais longo que escrevi até agora, pelo menos tá me parecendo aqui. Bora imaginar o "filme" então? q
E vou começar a colocar o nome do próximo capítulo nas Notas Finais. Agradeço as reviews ok? rs -k



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/128629/chapter/4

Gustav, Bill e Tom estavam vendo tv, era 15:00, Bill encarava o relógio toda hora, parecia que o tempo não passava, isso o irritava, a lógica dele era, quanto mais rápido o tempo passasse, mais rápido a semana passaria e assim ele iria embora. Não havia nada que ele desejasse mais.
Georg chega da cozinha com um prato de batatas fritas.
- Sabe ... - começa ele - Bill não esta louco.
Os três encaram Georg.
Gustav entende o assunto que Georg iria começar e também se pronuncia.
- Sim, nós vimos algo também Tom ...
- Ah claro, agora todos vêem coisas. Eu deveria me sentir triste ou feliz por ser o único que não vê nada por aqui? - Diz Tom, irônico
- O que viram? - Diz Bill, temendo o que poderia ouvir.
- Sangue ... - Diz Georg - Havia sangue aqui no tapete, no sofá e naquele vidro da janela.
Bill estava assustado.
- Sangue? - Diz Tom, dando enfâse na palavra - Vocês viram sangue aqui? Quando?
- Assim que chegamos e abrimos a porta, vocês dois estavam conversando lá no corredor. Não é mentira Tom, e não é loucura porque eu e Georg vimos.
- Sim, - Concorda Georg - Eu não queria dizer isso, mas realmente, tem algo de estranho acontecendo.
- Sim, tem mesmo. O ar de Tokyo só pode estar deixando vocês drogados, e parece que eu sou o único imune a isso.
- Tom! - Diz Bill, irritado - Estamos a poucos dias aqui, foram poucos fatos, fatos pequenos, mas estranhos, porém, isso foi o suficiente pra eu suspeitar que tem algo de muito estranho e bizarro acontecendo aqui.
- Claro, - Responde Tom - Fatos pequenos e estranhos, o suficiente pra eu suspeitar que tem algo de bizarro acontecendo com você. Ou vocês né.
- Maninho, sabe que eu nunca desejaria o mal pra você, mas confesso que adoraria que você visse ou ouvisse algo pra parar de dar uma de machão e sabe-tudo.
Tom se levanta, meio nervoso.
- Ah é? Pois eu também adoraria que, se tiver um espírito aqui, que ele aparecesse pra mim! Ah, palhaçada isso, que porra viu.
Dizendo isso, Tom vai para seu quarto.
- Eu odeio quando o Tom não acredita em mim ... - Sussura Bill.
- Esquece isso Bill, pelo menos um pouco. Não ta te fazendo bem ficar pensando nessas coisas.
Bill olha pra janela, para os prédios lá fora e suspira.
Georg e Gustav se entre olham.
- Ei ... - diz Bill, encarando a vidraça - O que são essas manchas?
A janela estava embaçada e havia marcas de digitais, como se alguém tivesse passado a mão por ali.
- Por que o vidro esta embaçado? - pergunta Bill.
- Isso não é tudo ... - comenta Georg - Aquela marca ali, ou é impressão minha, ou aquilo parece ser mais ... a mão de uma criança ...
A marca de mão na janela era pequena, bem menor que a de qualquer um dos quatro.
Os três ficam em silêncio, não havia nem o que discutir.
- Capaz que eu não me surpreenda com mais nada ... - Comenta Gustav.
Ele estava enganado, após dizer isso e voltar a encarar a janela, era como se o vidro estivesse vazando algo, um liquido laranja que ia escurecendo.
Bill e Georg também estava olhando, o liquido ficou vermelho, parecia sangue.
- Eu não aguento mais isso ... não aguento mais esse local feder a sangue.
Bill se levanta e pega um enfeite que estava na estante, sem pensar duas vezes o joga contra o vidro que se quebra, voando cacos para todo o lado.
- Bill! - grita Georg - Você esta maluco?
- Eu quero ir embora - Bill grita como resposta - Eu não quero ficar aqui, não importa o que eu vou perder, se vai ser dificil ou o caralho a quatro, hoje mesmo eu vou embora!
- Bill ... - Diz Gustav, mas é interrompido por Georg.
- Não, tudo bem, vamos todos embora ... mas amanhã Bill, amanhã cedo.
- Não quero passar a noite aqui Georg, sabe que não consigo dormir ...
- Bill, não vamos conseguir passagem a avião pra hoje, não é dificil, é impossível ... e só tem vôo direto pra Berlin de manhã ...
- E você vai ter que pagar o vidro que quebrou ... - Comenta Gustav.
Tom aparece na sala.
- O que foi isso?
- Nada que te interesse, ou melhor, nada que você acredite!
Dizendo isso, Bill vai para a cozinha.
Tom olha para Georg procurando respostas.
- Vamos embora amanhã Tom ... - Foi a única coisa que o cabeludo respondeu.
- Como é?
- Mesmo que você esteje tranquilo, eu posso afirmar, Bill não esta louco, tem algo de errado por aqui.
Tom estava sério, ele apenas balança a cabeça dizendo um "Tudo bem".
Gustav vai até a cozinha, Bill estava a mesa mexendo em seu notebook.
- Vou comprar as passagens para irmos embora amanhã de manhã, não quero nem saber se Tom concorda ou não.
- Tom disse 'tudo bem'.
Georg e Tom logo aparecem na cozinha.
- Alguém tem créditos? O meu acabou ...
- Eu tenho Tom. Meu celular esta lá na cama. - Diz Gustav
- Valeu - Tom vai ao quarto dos G's
- Ele aceitou numa boa a gente ir embora?  - Pergunta Bill, se referindo a Tom
- Sim, só disse que esta tudo bem. - Responde Georg.
- Gustav! - Tom volta a cozinha com o celular de Gustav - Por que sua cama esta cheia de fios de cabelo preto?
Os três se entre olham, Georg com passos rápidos vai até o quarto, os outros o acompanham, menos Bill que prefere esperar na porta da cozinha.


Lá estavam os fios de cabelo por toda a cama de Gustav, eram fios compridos, sendo assim, ficava óbvio que não era de nenhum deles.

- Ainda estavam lá? - pergunta Bill assim que Georg entra na sala
Tom aparece segurando alguns dos fios. O silêncio dura pouco, Tom o quebra:
- Alguém entrou aqui e ... (?)
- É uma pergunta? - Diz Georg
- Tom, é óbvio que não - Responde Bill - Por que alguém entraria aqui e deixaria fios de cabelo na cama de Gustav?
Tom fica quieto.
- Entendeu o que realmente tá acontecendo aqui? Te disse que eu não estava maluco.
- Isso não significa nada ... - Começa Tom
Bill bufa e vai para a cozinha, Gustav o acompanha.
- Tom, - começa Georg - vamos ligar os fatos, tudo de estranho que aconteceu aqui até agora... isso não é coisas que aconteçam sempre em quartos de hoteis.
Tom abaixa a cabeça e concorda.


Era 23:00 e todos já estavam na cama, queriam acordar cedo no outro dia para arrumar todas as coisas pra viagem, porém nenhum deles estava dormindo ainda.
Bill, entediado vai ao quarto do irmão.
- Tom, já esta dormindo? - Diz ele, parando na porta.
- Não ... essas coisas me fizeram perder o sono.
Bill senta na cama de Tom.
- Acredita agora?
- Vai me chingar se eu disse que não completamente ainda? Eu não sei mais em que acreditar Bill, a minha vida toda eu desacreditei disso tudo, do sobrenatural ou sei lá o que é isso, e agora sabe, do nada ...
- Não, tudo bem Tom ... - Diz Bill se aproximando do irmão - Eu só tenho medo de acontecer algo sabe ... e eu te perder ...
- Ei ... não vai perder nada seu bobo - Diz Tom, colocando uma mão no ombro do irmão mais novo - Vamos embora amanhã e tudo vai voltar ao normal...
Bill sorri e Tom corresponde.


Georg e Gustav estavam conversando também.
- O que você acha que realmente é isso? - Diz Georg, deitado se apoiando no braço para poder ver Gustav.
- Isso o que? - Gustav estava sentado, encostado na cabeçeira da cama.
- Isso tudo que esta acontecendo ...
- De verdade ... - Gustav morde o lábio no meio da fala - Não sei ...
Georg se levanta e pega seu notebook que estava debaixo da cama em uma maleta.
- O que vai fazer?
Georg não responde e Gustav vai até ele.
- Vou pesquisar sobre isso, essas coisas ficam na minha cabeça e não me deixam dormir o suficiente...
- Vai pesquisar sobre coisas estranhas, aparições ou ... ?
- Bem, - Diz Georg digitando algo no Google - Mais especificamente ...
Ele digita o nome do hotel e o numero do quarto.
- Creio que devemos cortar o mal pela raiz.
- Olha Georg ... - Diz Gustav percebendo que a pesquisa deu o resultado já esperado.
O primeiro link que apareceu os deu a certeza, o problema era realmente naquele quarto.

Bill levantou da cama.
- Bem, vamos dormir porque amanhã temos que acordar cedo pra ir ao aeroporto.
- Sim, e Bill eu ...
De repente algo interrompe Tom, um choro de bebê invade o local.


Bill e Tom saem no corredor e logo Georg e Gustav aparecem na porta do quarto também.
- O que é isso? - Pergunta Tom.
O choro definitivamente era de um bebê pequeno, o mais estranho era que ele não vinha de um lugar exato, vinha de todos os lados.
Bill coloca as mãos no rosto e olha pra Tom.
Nenhum deles sabia o que fazer ou falar.
Tom vai para a sala, o vento que entrava pelo vidro quebrado o fez tremer. Os três o seguiram.
- Isso não vai parar ... - Comentou Georg.
- Eu quero ir embora, eu não aguento isso ... - Bill estava encostado na parede.
O vento que vinha da janela balançava a cortina violentamente, Gustav foi arrumar quando olhou pra baixo.
- Gente ... tem alguém caido lá embaixo ...
Todos foram ver, realmente, tinha uma mulher lá, como se ela tivesse caido de algum dos quartos, ela estava na direção da janela deles, parecia um boneco, estava toda quebrada.
Nisso, começa a escorrer um liquido vermelho das paredes da sala, era sangue.
Bill assustado, quase cai pela janela quebrada, Tom o segura e ele o abraça.
O choro estava diminuindo, porém a sala estava cheia de sangue pelas paredes e pelo chão.
De repente um barulho vem de um dos quartos como se coisas de lá estivessem caindo no chão.
Georg estava indo ver quando Bill o chama.
- Não Georg, para ... já sabe o que é ...
Georg o olha com uma expressão sentida e vira de costas, indo pro quarto.
Era no quarto de Tom, todas as coisas dele que antes estavam na penteadeira, agora estavam caídas no chão.
E havia algo mais ali, algo debaixo da cama que fazia um barulho estranho, como se estivesse se mexendo, rastejando, Georg estava se afastando aos poucos.
- Georg!
Ele escuta Bill o chamar, mas estava entretido demais ali para sair ou responder, o medo o congelava, realmente havia algo ali.
Georg engole seco, de repente um braço sai debaixo da cama, era branco como neve e havia cortes com sangue, com o susto o rapaz cai no chão.
Gustav chega na porta.
- O que foi Georg?
O rapaz ainda encarava o chão, porém, não havia mais nada.
Tom e Bill chegam no quarto, Georg se levanta e os encara.
- Desculpe roubar sua fala Bill, mas eu quero ir embora...
Não havia mais sangue em lugar algum, não se escutava mais choro, eles foram ver e a mulher não estava mais lá na calçada e não havia sinais de que ela esteve hora alguma, porém as lembranças eram reais, o que acontecia de estranho ali, começava e terminava do nada, porém era o suficiente para assusta-los.


Todos estavam no quarto dos G's. Georg liga seu notebook de novo e entra no Google.
- Georg tentou já, porém o notebook desligou sozinho quando ele foi entrar na pagina que falava do quarto ... - Diz Gustav aos Kaulitz.
- Vejam isso ...- Diz Georg que começa a ler o titulo da notícia - "Assassinatos no quarto 483 tira a vida de esposa e filhos".
Os garotos se entre olham, pelo jeito aquele lugar tinha uma história não muito agradável.


~


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo:
Capítulo V - A tragédia no 483