A Máscara escrita por OllySwan


Capítulo 9
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Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, desculpem a demora... boa leitura!



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“Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer.”

Carlos Drummond de Andrade

            E foi assim cheio de dúvidas que recolhera suas vestes e vestindo-as retirou-se daquele lugar que somente lhe traziam mais e mais dúvidas.

~

            O silêncio reinava na mansão Windsor, a não ser pelos passos que podiam ser ouvidos descendo as escadas. Os empregados já sabiam que sua senhora estava perto e pediria por algo.

            Esme, a criada mais antiga e mais próxima de Isabella aproximou-se e cumprimentou a jovem Baronesa, que lhe retribuiu com um aceno.

            — Desejas algo, milady? – perguntou Esme.

            A Baronesa respirou fundo e mesmo querendo recusar-se a fazer aquilo, decidiu por fazê-lo.

            — Preparem a carruagem, diga que iremos à casa de meu irmão

            Esme abaixou-se em obediência e retirou-se a fim de fazer o que sua senhora lhe ordenara.

            A Baronesa suspirou e caminhou até a sala onde estava seu piano de cauda. Uma rápida lembrança apossou-se de sua mente, aquela mesma sala onde quase Lorde Cullen a tomara novamente.

            Desde a noite em que fizeram o tal acordo sua mente recusava-se a aceitar que havia se metido em tal problema. Ele era apenas mais um homem que a queria e depois poderia muito bem sujar-lhe a imagem.

            — O Cocheiro está a sua espera milady.

            A voz de Esme fez Isabella perder seus pensamentos e criar coragem para ir ver seu irmão e sua cunhada que a cobravam por uma visita através de cartas.

            Colocou seu chapéu cheio de laços e caminhou rapidamente até o cocheiro.

            — Se Milorde perguntar pela senhora, digo o que? – Esme perguntou.

            — Diga que precisei sair urgente, mas não diga aonde fui.

            O que menos Isabella imaginava era que Marcus a observava pela janela de seu aposento e a curiosidade lhe foi tão grande que desceu rapidamente para investigar sua criada.

            — Aonde a Baronesa foi a essas horas?

            Esme assustou-se com a voz de seu senhor.

            — Milady disse que precisou sair urgentemente, mas não me dissera aonde irá.

            A raiva enfureceu os olhos do Barão Windsor.

            — Saia daqui e me chame a criada de cabelos ruivos.

            E foi o que Esme fez, saiu imediatamente e chamou por Kate, já sabendo o que iria acontecer dentro daquela sala.

            Conhecia o Barão Windsor, sabia que mesmo amando Isabella jamais seria fiel a ela, sabia todas as criadas que ele possuía quando a Baronesa não estava presente.

~

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            — Ceci, à son tour, revenez! très bien!

            Rosalie andava de um lado para o outro com a ansiedade exposta em seu rosto, ensaiando as jovens para o Baile que aconteceria dentro de alguns dias.

            — Virou alguma espécie de educadora? – brincou a Baronesa Windsor ao aproximar-se da Baronesa Swan.

            — Oh Mon Dieu, ainda bem que você está aqui, preciso de sua ajuda... — ela sorriu e falou um pouco mais baixo — Não posso nem contar com a Condessa, olhe só como ela dança

            Isabella desviou o olhar para onde a Condessa Cullen dançava e sua vontade era abrir um sorriso e soltar suas gargalhadas, mas isso seria falta de classe.

            — E o que irá acontecer que nem eu estou sabendo? – perguntou Isabella.

            Rosalie a olhou assustada. — Não recebera o convite do Baile?

            Mas antes que respondesse, Rosalie a interferiu.

            — Recebeu sim, mas está a tanto tempo sem sair daquele aposento que nem sei se sabe que dia está próximo

            Isabella sorriu.

            — É, estou por fora das novidades.

            — Oh não Julieta! Oh Mon Dieu! Preciso explicar novamente?

            Isabella não agüentou e riu de sua cunhada chamando a atenção de uma das jovens, filha de algum dono de terras de Paris.

            — Bem, está próximo o casamento do Príncipe, não se lembra? – perguntou — Precisamos estar as mais belas damas da sociedade, afinal somos casadas com homens poderosos.

            Rosalie brincou, porém, Isabella sentiu-se mal ao lembrar-se com quem era casada.

            — Bem, aonde está Emmett? – perguntou a Baronesa.

            — Está descansando em seu aposento, disse-me que não agüenta ver a burrice destas jovens que não sabem se comportar

            A Baronesa Windsor revirou os olhos.

            — São todas da sociedade? – perguntou.

            Rosalie sorriu envergonhada. — Algumas são camponesas

            — E como convidas as camponesas para algo tão prestigiado? Estás ficando louca Rosalie?

            As damas continuaram conversando por mais algum tempo. Isabella não se agüentava em ver as idiotices da Condessa e já estava ficando preocupada com Rosalie, já que estava grávida e não podia fazer esforço ou se aborrecer com algo.

            Só que não percebera o Conde Edward atrás de uma porta analisando todos os seus passos e movimentos. Foi então que desviou seu olhar para a janela e pôde vê-lo.

            As jovens animadas dançavam, Rosalie as acompanhava e nem percebera como sua cunhada se prendera no olhar daquele Conde.

            Maldizendo a si mesma por estar encarando o olhar de luxuria daquele ser, voltou a si e continuou fazendo suas coisas enquanto o Conde continuava a observá-la.

            Edward respirou fundo e lentamente adentrou o salão no qual as belas jovens ensaiavam com outros jovens sendo comandados pela Baronesa Windsor, que sempre deixava transparecer seu ar superior.

            Os músicos então cessaram e as jovens abaixaram-se em continência ao Lorde. A Baronesa sentiu a vontade de revirar os olhos, não entendia o porquê daquele senhor se meter nos ensaios.

            — Bom dia Mademoiselles! – disse modestamente com seu sotaque Inglês.

            — Bonne journée Lorde Cullen – Rosalie e Isabella o cumprimentaram.

            O Conde não pode evitar encarar os olhos da Baronesa e viu a insatisfação estampada em seus olhos.

            — O que estás fazendo por aqui? – perguntou Isabella ao vê-lo se aproximando.

            O Conde olhou ao redor e sorriu cinicamente.

            — Não vês que estas moças não estão se movimentando corretamente? – suspirou — Creio que precisam de algum senhor para mostrar como se deve fazer.

            Rosalie ficou em silêncio e então voltou seu olhar para sua cunhada.

            — Talvez, mas sua esposa já não quis mais ensaiar e retirou-se para seu aposento

            Edward balançou a cabeça em sinal de desapontamento. — Creio que alguma bela dama não se importaria de me acompanhar, não achas?

            Isabella cruzou os braços tentando entender o joguinho daquele homem. As moças estavam indo tão bem e não havia nada de errado na maneira de dançarem. Voltou seu olhar para Rosalie, porém nada lhe disse.

            — Alguma jovem camponesa? – Rosalie perguntou aturdida.

            Na sociedade as jovens camponesas não se misturavam desta maneira, principalmente com senhores poderosos vindos de outros lugares, a não ser quando eles escolhiam uma para fazer o que queriam que fizesse.

            Edward sorriu.

            — Não, milady. – pensou um pouco e continuou — Estas damas já estão acompanhadas, a senhora não poderia, pois estás carregando uma criança, creio que não faria mal se a Baronesa Windsor me acompanhasse.

            Isabella ouviu tal sugestão e foi como se levasse um choque. Era isso o que o Conde pretendia, provocá-la.

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            Edward sorriu novamente e estendeu uma de suas mãos para a jovem Baronesa que com desgosto a segurou e partiu para uma dança.

            Ele segurou uma das mãos da Baronesa lentamente e assim caminharam três passos em ângulos diferentes, abaixaram-se e trocaram de mãos.

            Repetiram os passos algumas vezes e então juntaram-se para valsar em círculos. As jovens camponesas assistiam a tudo admiradas e pensavam nas suas mentes como o Conde Cullen e a Baronesa Windsor ficavam bonitos juntos.

            Rosalie encarou sua cunhada sabendo que algo estava errado. Isabella nunca fora de se arreganhar mas também nunca fora de demonstrar insatisfação com algo. Mas como conhecia sua cunhada notou muito mais coisa, principalmente na maneira que os olhos do Conde encontravam-se com os dela. Como se houvesse uma ligação invisível.

            O tempo todo em que dançou com o Conde sua mente vagava em lugares que desconhecia. A raiva a dominava. Nunca entendera porque ele criava esses joguinhos para si.

            Enquanto dançavam o Conde despejava seu sorriso sedutor para todas as jovens presentes. Algumas deixavam sua mente vagar na elegância e aparência daquele homem tão jovem, formoso e que possuía um grande título na sociedade.

            Edward sorria por dentro e por fora. Estava percebendo que a Baronesa já estava furiosa com tudo aquilo, mas na verdade estava adorando ver a sua fúria, que a deixava mais bela do que já era.

            — Já conseguiu o que querias, me provocar, estou errada? – a Baronesa disfarçou sua fala para que ninguém percebesse como se comunicava com o Conde de uma maneira tão próxima.

            Edward fez uma expressão de desapontamento. — Porque eu lhe provocaria?

            E assim deram mais uma volta e encontraram-se, ficando face a face.

            — Porque desde que me conheceras é só isto o que sabes fazer.

            Assim a música encerrou-se e ambos abaixaram-se de frente um para o outro, como no fim de todas as melodias.

            Edward sentiu a vontade de responder à Isabella que adorava provocá-la, mas decidiu por deixar para lá. Ela era uma pessoa difícil de lidar e nesse pouco tempo que a conhecia já percebia isso muito bem.

            Todas as jovens aplaudiram e colocaram-se em pé. Emmett observava tudo pela porta de entrada. Com um sorriso nos lábios aplaudiu sua irmã.

            — Très bien! Sempre tão encantadora minha jovem irmã           

            O Barão sorriu e aproximou-se de sua irmã, puxando sua mão direita e beijando-a lentamente.

            — Pensei que não lhe verias hoje – Isabella comentou.

            — Impossível, esta barulheira infernal não me deixou descansar nem um segundo sequer. – Emmett sorriu e gesticulou com as mãos para que continuassem ensaiando enquanto puxava a Baronesa para seu escritório, onde assim, poderiam conversar em paz.

            Isabella caminhou e entrou no escritório de seu irmão, que era totalmente decorado em tons negros, iluminação conservando o estilo medieval e sem dúvidas, Emmett sabia muito bem escolher a decoração de sua casa.

            Ele a chamou com os dedos e ambos sentaram-se no sofá de couro, de frente um para o outro.

            — Minha irmã, senti sua falta – ele a abraçou forte, como se não a visse a muito tempo. — Porque trancou-se em seu quarto? Você tem idéia dos comentários ruins que as pessoas faziam ao seu respeito?

            A Baronesa revirou os olhos

            — E achas que estou preocupada com esta sociedade medíocre?

            Emmett suspirou.

            — Porque estavas dançando com Edward?

            Isabella sentiu o tom de voz de Emmett, sua voz sempre mudava quando não gostara de algo.

            — Estávamos mostrando para as camponesas como se dança, afinal não sei da onde sua mulher tirou a idéia de convidar as camponesas para o tal baile.

            Emmett sorriu — Ela sabe o que faz.

            Sua irmã viu os olhos de seu irmão brilhar quando falara em Rosalie. Ele era verdadeiramente apaixonado por ela.

            — E a criança? – perguntou.

            — Está bem, cuido muito para que Rosalie se sinta da melhor maneira, quero esse filho o mais saudável possível!

            Isabella sorriu minimamente.

            — Porque estás me olhando desta maneira? – perguntou Emmett, percebendo a maneira penosa que sua irmã lhe dirigia o olhar.

            — Não é nada.

            — Olha, não quero nem que penses nisto – Emmett levantou-se — Ela está bem e a criança também, ambos ficaram bem!

            — Emmett! Eu sei! Eu não estou dizendo absolutamente nada! – Isabella interferiu, percebendo a maneira desesperada que seu irmão ficou ao pensar na possibilidade.

            Rosalie sofrera um acidente quando criança que lhe tirara a possibilidade de ser mãe algum dia. Mas o destino lhe fora tão bom que lhe concedeu a oportunidade de gerar um filho. Mas isto não significava que sua maternidade não era de risco, qualquer erro e a sua vida poderia ser marcada para sempre.

            Emmett não aceitaria perder Rosalie, ele a amava demais para tal dor.

            A Baronesa e seu irmão conversaram por mais algum tempo até que notou o cair da tarde. Passara o dia inteiro com seu irmão e sua cunhada, sentiu-se bem e estava preparada para qualquer coisa.

            A Carruagem a levou de volta para sua casa e rapidamente arrumou-se para sair novamente.

            Como sempre fazia, esperou Lorde Windsor sair para depois seguir para o Moinho. Fez sua apresentação e como sempre, alguém já a esperava em seu aposento.

            Abriu lentamente a porta, respirando fundo, inalando aquele perfume do demônio.

            Com um sorriso nos lábios encontrou-o sentado em seu leito com uma garrafa de vinho tinto nas mãos.

            — Já sabia que eu viria? – perguntou em tom de cinismo.

            — Ainda me perguntas? – sorriu — Mas você não és o primeiro – suspirou — Muitos Lordes também me procuram todos os dias.

            O Conde fechou seu sorriso e a encarou sério.

            — Mas eu sou o único que podes possuí-la todos os dias – disse com altivez.

            Isabella sorriu, estava conseguindo o que queria. Iria provocá-lo, assim como fazia com ela. Afinal, logo seu tormento iria acabar, pois a época das colheitas acabaria e Lorde Cullen teria de voltar para Londres, onde era seu lugar, e a deixaria em paz.

            — Então Lorde Cullen, desejas o que nesta noite? – perguntou Isabella, ou melhor, Sophie, pois era assim que se denominava com a máscara vermelha em sua face.

            A Jovem sorriu e foi trocar-se, segundos depois voltou com um robe negro de seda.

            Lorde Cullen a observou aproximando-se e tudo o que conseguiu pensar foi um “Oh Mon Dieu”

            Isabella aproximou-se e subiu no leito, engatinhando até onde Lorde Cullen estava sentado.

            — Até hoje, dominou-me como querias – sorriu — Hoje irás ser dominado.

            Lorde Cullen fechou os olhos sentindo cada palavra ser absorvida por seu corpo. Só a voz daquela mulher já mudava tantas coisas.

            Sua vontade era agarrá-la e retirar suas roupas a força. Mas não era isto o que iria fazer, queria conhecer os poderes de Isabella.

            Isabella começou despejando seus lábios no vão do pescoço de Edward. Ele arfou ao senti-la tão próxima e a única coisa que conseguiu foi pedir-lhe algo.

            — Retires a máscara, por favor.

            A mulher estagnou ao ouvi-lo pedindo, por favor. Normalmente seria rude ao dizer para tirar a máscara. Lentamente desamarrou o laço vermelho que segurava sua máscara e a jogou em um canto do aposento.

            Colocou-se em frente ao homem e encarou-o profundamente. Ambos os olhares possuíam faíscas de desejo, luxúria.

            Isabella colocou-se sentada no colo de Edward, sentindo imediatamente o seu membro pulsante de encontro ao seu corpo. Mordeu o lábio inferior e analisou cada pedaço do corpo de seu amante.

            Amante, uma palavra irônica em seu pensamento. Tivera tantos homens e nunca nenhum fora considerado amante.

            Com agilidade empurrou-o para que ficasse deitado sobre seu leito. Percebendo-o totalmente entregue a ela, sentou-se em cima de seu membro alisando-o sobre a roupa, em movimentos circulatórios.

            — Minha bela torturadora... – disse o Conde enquanto sentia a intimidade de Isabella junta a sua, separados somente pelos tecidos de suas vestes.

            Isabella sorriu e por fim conseguiu retirar toda a parte de cima da roupa de Lorde Cullen, deixando somente a mostra seu peitoral, por onde passava com os lábios depositando beijos e carinhos estimulantes.

            Rapidamente suas mãos desceram retirando a parte de baixo das roupas, deixando Lorde Cullen totalmente exposto para ela. Arfou ao vê-lo completamente nu. Um corpo totalmente bem esculpido e bem desenhado.

            Como Lorde Cullen conseguia ser tão desejoso?

            — Estou em suas mãos – disse ele com a voz enrouquecida, o que deixou Isabella muito mais excitada.

            Ao vê-lo excitado diante de sua presença, com seu membro pulsante a espera por ela, desceu seus lábios ao encontro do membro daquele homem, fazendo movimentos e coisas que Lorde Cullen jamais esqueceria.

            Edward não sabia explicar o que era sentir os lábios de Isabella em seu corpo, era algo que estava fora de questão. A cada carícia, era como se uma corrente passasse por seu corpo, e nem mesmo todas as mulheres que já tivera o fizeram sentir tamanho prazer, quanto sentia quando estava com ela.

            Ele fechou os olhos entregando-se a habilidade de Isabella. Com os lábios, língua, se deliciava no membro de Lorde Cullen, provocando-o, fazendo-o gemer, fazendo-o implorar por ela.

            — Pelo amor... – ele não conseguia nem terminar de falar.

            Isabella ergueu sua cabeça para o homem e sorriu para ele. Um sorriso sedutor.

            — Está fazendo algum tipo de teste comigo? – perguntou Lorde Cullen.

            — Eu disse que estaria no comando esta noite – disse com altivez.

            Isabella retirou seu robe revelando seu corpo por inteiro, seus seios rosados e duros de excitação, sua pele macia, seus cabelos castanhos descendo por suas costas.

            Aproximou sua intimidade de Lorde Cullen e com habilidade colocou-se por cima devorando-o com seu corpo, arfando com uma satisfação inexplicável.

            Ele a segurou pelos quadris e mergulhou mais ainda no corpo daquela mulher, sentindo sua maciez, fazendo ambos gemerem e encontrarem uma rapidez que seria invejada por qualquer um.

            Edward dedicou-se a proporcionar-lhe prazer, passando seus lábios pelo corpo daquela mulher, beijando seu pescoço, acariciando seus seios... até aquela ardente mulher que o montava foi tomada por completo. Contorcia-se, estava em puro fogo subindo e apertando-se contra ele, com todas as forças que possuía.

            Com um único gemido incoerente atingiu o ápice e ali se entregou aos braços de Lorde Cullen, que também com um grito atingiu o prazer que Isabella lhe proporcionou.

            Ambos se perderam por completo, suas cabeças soltavam ondas que não sabiam dizer o que era. Eles se olharam mais uma vez e então ele a segurou pela nuca e a beijou com vontade, com ardência.

            Isabella correspondeu ao beijo entregando-se por completo. Suas línguas dançaram juntas, beijaram-se como se nunca haviam se beijado, ela o apertou mais e se aprofundou naquele oceano e somente se soltaram quando não havia mais fôlego.

            Edward alisou seu rosto e desceu alisando todo o corpo de Isabella.

            — Estou sem palavras... – disse o Conde observando a mulher estirada sobre seu corpo, com a respiração desregulada e a pele fria e trêmula.

            Isabella o encarou com os olhos cansados e sorriu timidamente.

            — Nunca pensei que fosses tão... atenciosa – disse baixo, porém ela o ouviu.

            — Este é o meu trabalho, Milorde – murmurou por entre os dentes.

            Edward desfez seu sorriso e rapidamente saiu do aperto daquela mulher, procurando por suas roupas.

            Isabella percebeu a mudança repentina de humor e resolveu perguntar o que havia acontecido.

            — O que houve?

            — Não é nada, milady. – suspirou e vestiu suas roupas, retirou do bolso algumas moedas e deixou no leito de Isabella.

            — Obrigado por mais uma noite, Sophie.

            E assim retirou-se do aposento de Isabella com uma pontada em seu peito. Nunca a tratara como mais uma prostituta, porque ela o tratava como mais um cliente?

            Também nem sabia por que se preocupava tanto com isso, ela era só mais uma cortesã. Não sabia nem por que estava gastando tanto com ela, comprando-lhe presentes e roupas.

            Suspirou e entrou na carruagem que já estava o esperando.

            Dentro do aposento Isabella se perguntava o que havia dito para que ele mudasse tão rapidamente. Olhou para as moedas e sentiu um aperto dentro de si.

            De repente percebeu algo na poltrona de seu aposento. Aproximou-se e viu um ramalhete de flores e algumas caixas com bombons, um cartão escrito “Ouvrez votre placard et une surprise”

            Ela foi até seu armário e o abriu lentamente, quase teve um susto quando viu todas as roupas novas que estavam lá. Eram as roupas que ele queria que ela as usasse para ele.

            — Oh Mon Dieu... – suspirou e fechou seus olhos, aquilo não poderia estar acontecendo com ela. Havia tantas cortesãs na Cidade Luz, porque fora acontecer justo consigo?

Tudo passará

As traquilidades destruídas continuarão

Quando as memórias desaparecem dentro do vazio

Somente o tempo dirá essa história

Se tudo foi em vão

(Within Temptation – Frozen)

Continua...


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Notas finais do capítulo

E aí meninas, o que acharam? *-* faz tempo que eu não postava aqui... mas é porque estou terminando outra fic minha, mas não desisti dessa aqui não ;D


espero muitos comentários!

xoxo, OllyS.Bass