Pain Of The Darkness, Light Of Love escrita por Rose Ivashkov


Capítulo 8
Capítulo 8 – Depois do Jantar...


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal! Gostaria de receber reviews para postar os outros dois capítulos que tenho pronto até sexta, que tal?!

Enjoy!



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Rose estava quase pronta quando Lissa chegou ao seu quarto. Ela usava um vestido vermelho, um scarpin, um coque frouxo e terminava sua maquiagem. Mason a acompanharia. Ele era apaixonado por ela, mas ela não dava a mínima chance. Estava distraída só pensando naqueles lindos olhos verde esmeralda, típicos da família Ivashkov.

“Hey, Rose, acorda!” Lissa riu.

“Hey, to acordada, Liss.” Ela pensou um pouco. “Posso confiar algo a você?” Lissa riu e brincou.

“Claro, já não era sem tempo, né?! Somos amigas há mais de um ano e você não fala nada nunca!” Rose riu.

“Er... Bem... Como o Lord Ivashkov ficou cego? Ah! Eu sinto tanto... Ele caiu quando esbarrei nele e eu ainda ia atacar aquele guardião. Meu Deus! O que deu em mim?! Ele deve estar me odiando...”  Ela estava muito constrangida. Lissa a observou com curiosidade. Este tipo de atitude não era típico de Rose.

“Hey, calma. Ele não te odeia. Aliás, ele disse que se quiser ir comigo ao quarto dele após o jantar, você será bem vinda. Respondendo à sua pergunta. Ele viva com os pais na Romênia e a casa deles foi atacada por strigois. Foi um ataque sério e eles foram encontrados no esconderijo que tinha na casa. Ele viu os strigois quebrarem o pescoço de seu pai e de sua mãe, bebendo deles e depois, um strigoi tentou primeiro beber dele, mas ele disse que não sabe explicar, de alguma forma ele tocou naquele strigoi e foi como se aquele monstro recebesse uma descarga elétrica e aí, o strigoi o jogou na parede. Ele bateu a cabeça com força, sofreu um traumatismo craniano grave e perdeu os sentidos. Por sorte, os guardiões conseguiram salvá-lo e o levaram a um hospital moroi. Quando ele acordou do coma, depois de umas três semanas, ele notou que via tudo embaçado, mais sombras, luz, vultos. Depois, o médico disse que houve uma espécie de ruptura em seus nervos óticos dos dois olhos e que a lesão era irreversível, assim, a cegueira era iminente. No começo, ele usou óculos com grau absurdamente forte, pois foi diagnosticado com baixa visão. Durante uns três meses ele ainda conseguia enxergar com esses óculos, mas depois foi preciso começar a usar a bengala para cegos, pois só distinguia luz e sombras. Aí, ao final de cinco, seis meses ele estava completamente cego.”

Aquilo encheu o peito de Rose de dor. Ela sabia o que era dor, mas nem queria imaginar em perder os pais e a visão ao mesmo tempo. Ela quis mudar de assunto. Aquilo a comoveu muito.

“Ele não vai ao jantar?!”

“Não. Depois que ele ficou cego, ele não ficou muito adepto de aglomerações. Ah! Rose, você precisava conhecê-lo antes... Ele era tão alegre e agora é só amargura.” Disse Lissa pensativa.

“Liss, eu PRECISO beber algo!!! Esse jantar será um tédio e eu ainda tenho que ficar olhando para a cara da megera, depois do soco que ela me deu e que me custou um quilo de base e corretivo na cara!” Lissa olhou para Rose preocupada. Ultimamente ela estava bebendo cada vez mais.

“Eu não acho que você deva beber, justamente pelos mesmos motivos que você quer beber: seus pais!”

“Mas mesmo assim. Meus pais garantiram que no meu frigobar só tivesse suco, água, leite, refrigerante, ou seja, nada de álcool.” Rose estava azeda. Só de pensar que teria que aturar aquele bando de amigos do seu pai e, aquelas peruas da realeza bajulando Janine... Argh! Lhe dava enjôo. Ela ligou para o Mason.

“Mason, quando você vier me pegar, será que dá para você me trazer uma vodka, um whisky ou qualquer coisa que contenha álcool? Eu já estou pronta. Ah! Traga o suficiente para eu levar. Obrigada! Ah! Não deixe o Mika ver, okay?! Beijinho. Até já!”

“Rose, você não devia manipular o Mase desse jeito. Ele adora você. Está apaixonado e você vai acabar metendo-o em encrenca!” Lissa disse, desaprovando Rose. “Além do mais, isso não é mesmo uma boa idéia... Sério, seu pai vai te matar se você chegar lá, digamos... Alta!”

“Quem sabe assim, só assim eu consiga paz.” Lissa a olhou perplexa.

“Rose...”

“Sério, Lissa, quem sabe se eu morresse eu não sentiria tanta culpa, tanta dor e ficaria em paz de uma vez por todas...” Lissa nunca tinha ouvido Rose falar tanto de si. Nada disse. Rose deixou escapar uma lágrima, mas limpou rapidamente quando ouviu bater na porta. Era Mason.

Ele estava de folga e era o par de Rose. Abriu o casaco e tirou seis garrafinhas de vodka do bolso e as entregou a Rose. Ela lhe abraçou, lhe deu um beijo no rosto, abriu uma das garrafas e bebeu toda em um gole só. Sorriu e disse:

“Agora sim estou melhor! Obrigada, Mase.” Ele e Lissa abanaram a cabeça desaprovando. Rose pegou as outras garrafas, abriu e despejou o liquido dentro de seu porta-bebida que carregava na bolsa. Bebeu mais um pouco, jogou na bolsa.

“Vamos!” Disse pegando no braço de Mason. Saíram os três e foram até o quarto de Christian onde esse e Eddie já estavam prontos. Quando chegaram ao salão de festas, local onde se realizaria o jantar, Rose já havia bebido todo o líquido e já estava “alegrinha”. A contra gosto, foi para a mesa de seus pais, deu um beijo em Abe e sentou-se. Nem olhou para a mãe. Na mesa estavam também o casal Conta, o casal Zeklos, pais de Jesse e o próprio.

Rose ainda se sentia envergonhada por sua mãe tê-los pego se beijando e ter dado aquele escândalo. Nem Rose acreditava que tinha ficado com Jesse. Não que ele fosse feio, nada disso, ele era muito alto, com a magresa e palidez normal dos moroi, cabelos castanhos claros, quase loiros e lindos olhos verde água, mas ela não gostava dele desta forma. Ela não queria namorar com ele.

“Rose...” Ele disse baixinho.

“Oi Jess, tudo bem. Não fala nada, okay? Faça de conta que aquele dia não existiu.” Ela também respondeu baixinho.

“Mas eu gosto de você, Rose!” Ela olhou com dó dele. Ele realmente estava apaixonado. Ela podia ver em sua aura.

“Mas eu não estou pronta para namorar, Jess. Nem você, nem ninguém. Entenda!” Ela sorriu para ele com tristeza. Ela não gostava de ferir as pessoas e aquele olhar dele estava matando-a.

“Tudo bem. Eu respeito. Amigos?!” Ela podia ver o quanto dizer isso foi difícil para ele. Ela sorriu.

“Amigos!” O moral dele levantou significativamente só com o sorriso dela.

O jantar transcorreu tranqüilo. A rainha fez um discurso sobre os ataques, sobre a segurança. Pediu um minuto de silêncio pelas vítimas fatais dos ataques e para a surpresa de Rose e de Christian, ela mencionou a coragem deles. Todos os olharam e isso era uma coisa que eles tinham em comum – detestavam atrair atenção para si.

Eles sorriram sem graça e se olharam. Estavam corados! Rose não via a hora de sair dali. Estava meio alta, mas parecia que ninguém havia notado. Graças a Deus! Ela pensou. Quando acabou o jantar e todos começaram a circular e ir dançar, ela foi na direção de Lissa. Estava na hora de escapar, mas foi interceptada por Mikail.

“Onde você pensa que vai, princesa?” Ela odiava ser chamada de princesa. Ela pensou: ‘Ele notou. Merda!’ Ela sorriu.

“Estou cansada e vou com Lissa. Para conversar... Fofocar. Sobre o jantar que já foi pra lá de constrangedor!” Ele riu.

“Rose, seus pais estão de olho em você e, a propósito, onde você conseguiu bebida? Porque a senhoria está bêbada e se dê por feliz, porque eles não notaram.” Ela riu.

“Tenho minhas fontes...”

“Pois se eu descobrir quais são as ‘suas fontes’, acredite, elas vão secar.” Ele disse sério e Rose estremeceu. Ele não estava mesmo brincando.

“Calma, maninho. Eu estou bem! Não vou estragar o Natal da feliz Família Mazur!” Disse Rose com um sarcasmo atípico para ela. Ele estranhou.

“Rose...”

“Ta! Tchau Mika, vou me encontrar com a Lissa.” Disse saindo.

“Juízo, docinho! Juízo!” Ela voltou correndo, lhe deu um beijo no rosto e foi.

No quarto do Adrian estavam ele e Dimitri. Ela foi com Lissa, Christian, Eddie e Mason. Notou que Adrian bebia algo parecido com whisky.

“Olá!” Ele disse. “Como foi o jantar?” Se dirigindo à Lissa. Rose pensou. ‘Como ele sabia identificar as pessoas? Pelo cheiro?!’ Lissa riu.

“Olá primo.” Deu-lhe um beijo no rosto. “O jantar foi o de sempre, mas com um diferencial. Chris e Rose foram elogiados pela rainha por terem ajudado no combate contra os strigois na Academia.” Dimitri e ele ficaram surpresos.

“Ajudado?” Perguntou Adrian. Lissa riu.

“Ambos são usuários de fogo e praticam magia ofensiva. Ajudaram com seus elementos assim como Tasha!” Ele ficou taciturno, quieto, pensativo.

“Fogo...” Ele disse e olhava na direção de Rose. Ela de repente, sentiu-se quente como se estivesse perto de uma fogueira. Aqueles olhos... Ela pensava.

“Que bom que aceitou meu convite, Princesa Mazur.”

“Rose, me chame de Rose. Tem algo para beber aqui? Durante o jantar, na mesa com meu pai e a megera, tive que beber água.” Ele riu e Rose arfou.

Era o sorriso mais lindo e debochado que ela já tinha visto. Ele sorria aberto, sem esconder as presas. Ela correspondeu na mesma medida, sem esconder as suas presas. Ela estava hipnotizada! Se ela fosse fácil de ser compelida, ela juraria que ele estava fazendo isso com ela. Ela pensou.

“Temos o que você quiser!”

“Vodka. Prefiro vodka e se possível russa.” Ele sorriu, se levantou e se guiou com sua bengala até o frigobar. Ela o admirou pela destreza, mas seu coração se partiu de ver um jovem tão lindo depender de uma bengala para andar. E quanta tristeza, dor e revolta tinha em sua aura!

“Pode deixar, Lord Ivashkov, eu me sirvo se não se importa.” Ele fechou a cara e Lissa abanou a cabeça para Rose, que não entendeu nada.

“Primeiro: Me chame de Adrian. Segundo: Você é convidada e eu sou perfeitamente capaz de te servir. Eu não são tão inútil assim, se é o que te parece!” Disse sendo absolutamente rude com ela e ela se sentiu ofendida.

“Desculpe-me, não foi o que eu quis dizer.” Disse com voz embargada. “Na verdade, acho que vou dispensar o drinque, está tarde. Obrigada pelo convite!” Disse saindo correndo, antes mesmo que alguém pudesse impedi-la se sentindo humilhada. Ela não queria ofender. Só quis ajudar! No caminho, encontrou-se com Mikail.

Onde você estava? Seu pai ficou preocupado com você por não ter atendido o telefone.” Ela se lembrou que seu celular estava no silencioso.

“Eu estava com a Lissa, mas agora vou para o meu quarto.” Mason a alcançou e Mikail foi logo o repreendendo, dizendo que no outro dia tinha turno para os novatos, logo pela manhã. Mason deu um beijo no rosto de Rose e se foi.

“Agora eu vou te acompanhar...”

“Não precisa!”

“Não é uma opção. O que houve com você? Quer conversar?”

“Então. Você pode dar uma volta comigo? Já acabou o seu turno?” Ele assentiu. Estava nevando um pouco e Rose quis se sentar no jardim de inverno.

“Então docinho, o que houve?!”

“Ai Mika, eu conheci Adrian Ivashkov hoje e ele nos convidou a todos para bater papo no seu quarto. Eu fui...” E ela contou a Mikail tudo o que houve desde que ela o derrubou até o momento em que ele a encontrou no corredor.

“Rose, querida, ele é um rapaz muito depressivo... Ele não era, mas você, melhor do que ninguém, sabe o que uma tragédia faz com uma pessoa. Ele não é má pessoa, mas não o recomendo como companhia para você. Ele gosta de beber, você também... Ele é depressivo, você também...” Ela o interrompeu sussurrando e olhando em volta.

“A aura dele é igual à da Lissa e parecida com a minha. Ninguém mais aqui tem auras parecidas com a da gente. Será que ele também sabe fazer curas? Teve uma hora que eu me senti... Sei lá, hipnotizada! Ah! Aqueles olhos lindos, tristes e vazios... Aquele sorriso lindo... Ah!” Ela suspirou e Mikail riu.

“Ah! Docinho! Só vi você suspirar desse jeito quando estava com Mohammed!” Ela o olhou e seus olhos se encheram de lágrimas. Ele a abraçou.

“Ah! Querida, não chore... shhhh... Desculpe!” Aí que ela chorou mesmo. Quando ela parou de chorar, ele estava todo manchado de maquiagem.

“Venha, vou te levar para o seu quarto!” Ela assentiu. Ele a colocou na cama e ficou lá até que ela dormiu.


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