Pain Of The Darkness, Light Of Love escrita por Rose Ivashkov


Capítulo 36
Capítulo 36–Mais uma discussão:Assim não dá Adrian


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!
R.I.



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“Assim não dá Adrian! Deixa de ser teimoso... A formatura está chegando, todos nós passamos no SAT e você já estudava lá. Sua matéria foi só trancada e eu já te matriculei novamente. Por que diabos você tem que complicar as coisas dessa forma, huh?!” Rose estava muito brava e mal conseguia pronunciar as palavras em inglês. Adrian, por sua vez, estava sentado tranquilamente, tomando café e pensando no quanto sua futura esposa era feroz.

Sim, futura esposa, porque ele havia pedido sua mão ao Abe-Terrível-Assustador-Mazur e ele concedeu a mão de sua Princesa a Adrian, mas Rose ainda não sabia. Por outro lado, ele não queria ter que voltar a Ivy League, onde ele se destacou tanto, onde era quarterback titular do time de futebol americano, um perfeito mulherengo, freqüentador de todas as festas possíveis e imagináveis. Ele não queria voltar portando uma bengala branca para cegos, dependente de todos para as suas necessidades mais básicas e que todos os vissem daquela forma e sentisse pena dele.

Ele ficou se imaginando em uma sala especial, com pessoas com necessidades especiais, tendo que aprender a ler Braille, o que devido a tantas insistências de Rose ele já havia começado as aulas particulares e havia aprendido um pouco. Rose se empolgou tanto que colocava uns daqueles óculos de viagem de tecido escuro para não conseguir ver nada e aprendia Braille com ele. Dizia ela que era para ajudá-lo com as lições, mas ele sabia que era apenas para deixá-lo mais confortável com as aulas.

Adrian estava decidido a não freqüentar Harvard e terminar seu curso. E olha que só faltava um ano, mas ele não queria, mas só saiu de seus devaneios quando Rose disse as palavras mágicas.

“Você está me ouvindo??? Se você não for para Harvard comigo e se esforçar um pouco e terminar seu curso, está acabado entre nós, porque eu não me apaixonei por um perdedor!” Aquilo entrou no peito de Adrian como se fosse uma estaca. Sentiu seu corpo esquentar e esfriar tudo ao mesmo tempo, enfiou a mão no bolso e acariciou a caixinha de veludo negro que tinha um diamante de sete quilates dentro. Ele iria pedir a mão de Rose oficialmente após a festa de formatura dela.

“Como é que é??? Então se eu não fizer as suas vontades de Princesa...” Ele gritou enfurecido, tomado pelos efeitos do espírito. “... Você vai meter o pé na minha bunda??? Obrigado! Estou indo embora!” Pegou sua bengala e saiu do quarto de Rose, batendo a porta. Ela se jogou no chão e chorou como nunca mais havia chorado depois da morte de Mohammed.

Ela sentia que suas entranhas estavam sendo descoladas e que sairiam todas em forma de lágrimas. Ela só conseguia gritar: “COVARDE!!! ADRIAN IVASHKOV, VOCÊ É UM COVARDE!!!” E chorar ainda mais.

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Rose acordou em sua cama e estava com o corpo todo dolorido. Mikail estava lá juntamente com Boris, que teve uma autorização para visitar sua dona da diretora Kirova. Ela estava muito preocupada com Rose, já que faltavam dois dias para a formatura e ela foi encontrada desmaiada em seu quarto. Ela resolveu abrir uma exceção.

“Docinho, eu ‘vi’ sua briga com o Adrian e acho que o Boris também ‘viu’. Ele ficou furioso dentro do canil e depois de vir aqui e chamar a Dra. Olendski, consegui que Kirova permitisse a entrada de Boris no dormitório. Acho que ela está, finalmente, entendo essa ligação de vocês. Como você está?” Rose nada disse, só começou a chorar de novo, abraçada ao seu psi-hound. Ela se sentia estranha e quando tentou alcançar um pouco de magia, percebeu que não tinha magia alguma ali e que ela deveria ter sido sedada. Mikail, sentindo a sua frustração, confirmou com a cabeça.

“Docinho, você estava muito nervosa depois que acordou e gritava muito e foi por isso que foi sedada. Você precisa ir a um alimentador. Eu posso te levar até lá. Já é o final do dia vampírico e deve estar vazio. Vamos! Eu te ajudo!” Ela assentiu e acompanhou Mikail. Para evitar o pavor das pessoas, Boris ficou no quarto dela.

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No dormitório de hóspedes, estava um Adrian muito, muito triste e muito, muito bêbado. Dimitri tentava fazer com que ele entrasse no chuveiro, mas ele se recusava gritando que queria era morrer e não tomar banho. Dimitri precisou usar toda a sua força física, já que Adrian era muito alto e forte demais para qualquer moroi e de toda sua força mental para não dar uns tapas nele.

“Adrian, você tem que parar com isso, tomar um banho, curar toda essa bebedeira, se quiser conseguir reatar com a Rose!” Adrian deu uma gargalhada.

“É... Você é que deve estar bem feliz com tudo isso... Assim você pode tentar conquistar o coração dela. Ela me chamou de covarde, de perdedor...” Pingava mágoa essas palavras quando Adrian dizia. “Ela me chamou de perdedor e de covarde, mas você, que é um guardião badass, ela nunca vai chamar você disso! Vá lá... conquiste-a...” Dimitri se enfurecia a cada momento e por fim, ele sentou Adrian na cadeira e saiu do quarto. Ele foi até o quarto da Rainha Tatiana, que estava na Academia para a formatura e contou tudo o que houve, ou pelo menos, o que Adrian lhe contou, já que ele não ficava com ele, quando ele estava com a Rose. A Rainha ficou muito zangada com Adrian e foi ao quarto dele, furiosa.

“ADRIAN IVASHKOV! LEVANTE A BUNDA DESSA CADEIRA AGORA E CHUVEIRO. É UMA ORDEM E EU NÃO VOU FALAR DUAS VEZES!” O grito de sua tia realmente o tirou de seus pensamentos e fez com que ele saltasse da cadeira. Se a situação não fosse tão deprimente, Dimitri teria uma crise de risos, porque vontade não lhe faltou. “ANDA, ADRIAN! ESTOU ESPERANDO!!!” Adrian, sem dizer nada, pegou sua bengala e foi na direção do banheiro. Dimitri foi atrás porque Adrian não estava mesmo em condições de tomar um banho sozinho.

Enquanto isso, Tatiana sentou-se e esperou para ter uma longa conversa com seu sobrinho. Ela saiba das dificuldades que Rose estava tendo para convencê-lo a voltar para Harvard, mas não sabia que as coisas estavam assim tão graves e achou que era o momento certo para interferir. Ela já amava Rose como a uma sobrinha querida, que conseguiu colocar vida nos olhos cegos de Adrian, que conseguiu colocar um pouco de suavidade na vida de seu sobrinho, que a vida havia tirado tão abruptamente e ela não ia ver o casamento que ela estava preparando para eles, ir por água abaixo. Resolveu que depois de sua conversa com Adrian, teria uma com Rose, mas teria que ter cuidado, porque, ao ver a caixinha com o diamante que lhe pertenceu sobre a mesa de cabeceira de Adrian, soube que ele não teve oportunidade de fazer o pedido a ela.

Depois de meia hora, umas cinco xícaras de café forte e sem açúcar, Adrian já tinha boa compreensão das palavras e estava em sua cama, de pijama, chorando baixinho.

“Ela me chamou de perdedor, tia... de covarde! O que eu poderia fazer! Ela não entende que pra mim é difícil voltar a Harvard! Eu era o quarterback daquela Universidade! Eu era popular, ia a todas as festas, fazia o que eu queria, era bem visto e agora, voltar lá depois de tanto tempo, cego, sem ter independência para quase nada! É muito duro e ela não entende! E pra que eu vou querer me formar se nem posso trabalhar!” Ele choramingava e sua tia, com toda paciência do mundo, acariciava seus cabelos.

“Filho, você não é um perdedor, a sua atitude é que foi. E você está sendo covarde por não querer voltar pra universidade. Isso é uma grande besteira, Adrian! E você, depois que conheceu Rose, já está muito mais independente do que eu pensei que fosse possível depois do acidente. Adrian, você não percebe a evolução que você teve, filho? O quanto você progrediu? Rose só quer o seu bem e ela batalhou muito por isso! Ela fez o SAT e passou com uma das melhores notas para poder te acompanhar onde você quisesse! Ela quis Harvard porque eles tem um excelente programa para deficientes visuais. Eu sei disso, porque eu a ajudei na pesquisa. Lá é um dos melhores programas que existe! Você está sendo covarde e ingrato e ela deve estar arrasada, porque para ela chegar a terminar com você, tenho certeza que ela usou todo tipo de argumento possível. Adrian, você precisa perceber o quanto essa garota fez por você, o quanto ela te ama, filho!” E Adrian chorou ainda mais.

“Ela nunca vai me perdoar...” Disse baixinho. “Se ela me perdoar, eu prometo que vou tentar terminar o curso, mas é só o que eu posso prometer. Eu vou tentar com todas as minhas forças.” Sua tia sorriu para Dimitri que retribuiu e concordou e Adrian adormeceu balbuciando o nome de sua amada: Rose.

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No quarto de Rose, Lissa lhe dava um chá. Rose estava muito chateada e não queria muita conversa e Lissa sabia respeitar isso, mas embora ela não fizesse questão de que Rose falasse algo, ela falava um bocado.

“Rose, Adrian está com medo... é só isso! Dê um tempo a ele! Ta... Tudo bem, nós temos dois dias até a formatura e um mês até as aulas começarem, mas ele precisa se acostumar com a idéia de voltar para Harvard. Para ele é muito complicado porque ele era bem conhecido por lá e quando voltar, vai despertar muitas perguntas. Isso vai ser difícil pra ele, já que ele é do jeito que é. Ele melhorou muito, mas nem tanto assim, né?!” Rose estava meio que catatônica. Ora prestava atenção e ora não. Lissa continuava.

“Afinal, pra ele esse negocio de conviver com um monte de humanos, na sua atual situação física deve ser complicada, já que ele não confia em quase ninguém. Aqui é tranqüilo, ou relativamente tranqüilo, porque somos todos ou moroi ou damphir e sabe dos problemas e dos elementos, mas lá fora é diferente. E blá...blá...blá...blá...” Rose estava nervosa com a falação de Lissa e Mikail, sentindo a inquietação de Rose, com medo de que ela tomasse uma atitude que magoasse sua amiga, que na verdade só queria ajudá-la, resolveu dar um jeito de Lissa ir embora.

“Lissa, a Rose está cheia de tranqüilizantes. Sem querer ser indelicado, mas será que a conversa não poderia ficar para amanhã? Ele deveria descansar e dormir um pouco agora. Desculpe.” Ambos visivelmente constrangidos, Lissa percebeu que Rose estava mesmo precisando dormir, pois suas olheiras a denunciavam, deu um beijo rápido e carinhoso na amiga e foi embora.

“Obrigada Mika.” Rose disse depois que Lissa saiu. “Se ela ficasse aqui mais dois minutos, acho que eu a estaqueava só para ela parar de falar, já que não consigo alcançar minha magia para colocar fogo no seu vestido.” Seu humor estava péssimo e sua cabeça doía muito. Deitou-se ao lado de Boris e dormiu.

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Acordaram ambos, Adrian e Rose numa tremenda ressaca. Adrian, numa ressaca de toda a bebida ingerida no dia anterior e Rose, de ressaca pelos remédios que lhe foram dados. Cada um em seu quarto com seus pensamentos nada animadores para aquela linda noite de inicio de outono. Primavera acabando, outono chegando, um dia da formatura e um mês de Harvard e Rose não fazia a mínima idéia de como convencer Adrian a ir, ainda mais agora que ela havia terminado com ele, num momento de pura falta de paciência com as suas desculpas.

Ele, pensando em um jeito de conseguir resolver seu problema com Rose, fazer com que ela o perdoasse e eles pudessem ficar juntos na noite da formatura, para que ele, finalmente, conseguisse pedi-la em casamento. Ele segurava a caixa com o anel que sua tia lhe deu e acariciava aquele diamante como se fosse a própria Rose. 


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Notas finais do capítulo

E então galera?
Mereço reviews dessa vez?
Bjs.



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