Pain Of The Darkness, Light Of Love escrita por Rose Ivashkov


Capítulo 23
Capítulo 23 – O Dia Nacional da Esquisitice


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês! Enjoy!



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Adrian acordou com uma batida na porta.

“VÁ EMBORA!” Ele gritou.

“Adrian, sou eu. Lissa! Abra!” Ele se levantou. Azedo!

“Já vai! Espere um pouco porque eu to sozinho!” O mau humor era nítido. Ele apanhou sua bengala e foi até a porta.

“Oi Liss!” Disse sem ânimo algum, com voz monótona. Ela o beijou.

“Oi Chris! Entrem!” Ele foi até o sofá e se sentou. Levantou-se novamente e se serviu de um whisky.

“Vocês bebem algo?”

“Adrian, não ta meio... Cedo?!” Disse Lissa, pensando em quantas vezes viu Rose fazer a mesma coisa. Ele riu sem humor.

“Talvez... Mas como eu não sei se é tarde ou cedo, qualquer hora é hora! Basta sentir vontade.”

“Ta tudo bem, Adrian??! Você ta tão estranho... Aliás hoje deve ser o dia da esquisitice. Rose também tava tão estranha no café da manhã...” Christian disse e Lissa o beliscou. “Ai! É verdade!”

“Fica quieto Chris!” Lissa exigiu.

“Deixa Liss, ele tem razão. Acho que sei por que ela tava estranha e a culpa é minha...”

“Adrian, vocês brigaram? Porque ontem pareciam dois pombinhos apaixonados... Achei até que iria sair casamento!” Adrian ficou sério. Christian, em um lapso de bom senso, parou com as brincadeiras porque conhecia bem Adrian Ivashkov e sabia da sua exímia capacidade de dar uma boa patada. Lissa, percebendo o clima que ficava cada vez mais pesado, denso, resolveu mudar de estratégia.

“Adrian, percebo que está cansado e não quer conversa, então nós já vamos e se quiser se juntar a nós mais tarde, venha até meu quarto comer fondue e tomar um vinho.”

“Liss... Me desculpe, eu... Ah! Droga! É que acabei de visitar Rose no sonho e acho que acabei de estragar o que eu tinha começado a estragar ontem. Eu sou um idiota e se ela não me odiava antes, agora certamente, ela me odeia!” Lissa estranhou a explosão dele. Depois de Rose, Adrian era a pessoa mais fechada que ela conhecia.

“Do que você ta falando?” Ela sabia do final do baile, mas não sabia o que poderia dar tão errado durante um sonho. Ele só abanou a cabeça e não disse mais nada. Ela precisava falar com Rose.

“Então... Até mais tarde, Adrian?! Se você quiser, é claro!” O beijou e foi embora com Christian. Ela iria falar com Rose mais tarde. Se Adrian a viu no sonho, era provável que ela estivesse dormindo e Lissa não queria provocar mal humor em Rose. No outro dia, após o Ano Novo, eles voltariam para a St. Vlad’s e Lissa queria uma noite agradável entre amigos.

***********************************************

Mais tarde...

Rose acordou ainda brava com aquela conversa com Adrian. Resolveu tomar uma ducha e ir procurar Lissa. Pegou a garrafa de vodka e se lembrou do trato, decidindo por guardá-la. Bateu na porta de Lissa.

“Oi Rose, tudo bem? Eu já ia te ligar.” Puxou Rose para um abraço e para dentro do quarto. Lá estava Christian, Mia, Eddie, Mason e Meredith. Ela disse um ‘oi’ coletivo e se sentou.

“Hummm, fondue de queijo! Adroro!” E se serviu. Serviu-se também de uma taça de vinho. ‘Vinho é leve e é só uma taça’ Disse a si mesmo. Nada como boa comida e boa bebida para melhorar o humor de Rose. Ficaram conversando sobre coisas banais. Nada de assunto embaraçoso ou pesado. Só uma noite agradável com amigos. Lissa via que Rose estava melhor e via também seu esforço, ficando feliz pela amiga.

“Oi Rose!” Mason se aproximou dela.

“Oi.” Ela respondeu sem sequer olhar para ele. Não queria conversar com ele. Ela ainda estava chateada porque quando ela achava que precisava dele, ele lhe deu as costas e por mais idiota que isso parecesse até para ela, isso foi bem ruim.

“Tudo bem?” Ela suspirou e olhou para ele.

“Agora você quer conversar? Porque você não vai conversar com a sua amiga, namorada, ficante ou seja lá o que ela for sua, que não me interessa. Fale com ela! A sua obrigação comigo é só depois que se formar. Você não é meu amigo!” Disse em turco, bem baixinho, mas cada palavra dela era como uma facada no peito dele.

“Rose, por que você está fazendo isso comigo?! Só porque naquele dia...”

“É. É por isso!” Se levantou e foi ao banheiro. ‘Rose, se acalme! Chega de cena! Não grite. Não se embriague” você fez um trato com Pavel e você vai cumprir. Lembre-se do seu bebê! Hoje, é o único que você pode chamar de seu... Se acalme.’ Ela disse em voz alta e em turco, olhando no espelho. Lavou o rosto, retocou o gloss e saiu. Quando voltou ao quarto deu de cara com Adrian e Dimitri. Ela notou que Adrian parecia abatido. Dimitri sorriu e ela retribuiu. Ele lhe fez uma reverência.

“Princesa...” Ela fechou a cara, parecendo confusa.

“Oi Dimitri. Olha, por favor, eu te peço que não me faça mais reverência... Isso é... constrangedor. Eu não sou a Rainha!” Ela deu-lhe um beijo no rosto e ele travou de novo.

“Oi Princ... Rose. Tudo bem?” Ela sorriu.

“Tudo... Oi Adrian.” Disse seca se dirigindo a Adrian.

“Oi pequena turca...” Ele murmurou. Como aquilo estava ficando cada vez mais estranho, Lissa resolveu aliviar.

“Rose, você não vai provar o fondue de chocolate?” Rose riu, percebendo a saída estratégica de Lissa.

“É. Acho que depois de tanto queijo, vou para a sobremesa.” E foi comer. Adrian riu do jeito que ela falou. Ele chegou lentamente perto dela.

“O fondue de queijo está bom?” Ela não o olhou. Não conseguia. Ainda estava chateada pelo que ele disse.

“Está!” Se limitou a responder. Ele era insistente.

“Será que você se importa de me servir um?” Ele a estava testando. Ela bufou.

“Sim. Eu me importo! Se vira!” E saiu o deixando ali parado feito um dois de paus*, completamente sem graça. Lissa notou, embora a conversa tenha sido discreta.

“Adrian, posso te ajudar?” Ele não respondeu.

“Viu Lissa, ela agora me odeia de verdade!” Ele saiu dali e conseguiu achar um sofá livre, se sentando. Dimitri fez um prato e o entregou em sua mão.

“Adrian, você não vai falar com ela?” Ele abanou a cabeça.

“Por que? O que houve?!”

“Depois Dimka!” Dimitri assentiu.

“Okay.”

Rose ficou quieta desde a hora em que Adrian chegou. Só melhorou depois que Dimitri foi falar com ela.

“E então? Quer treinar amanhã comigo de novo?” Ela sorriu feliz. Ela havia gostado de treinar e conversar com ele.

“Claro... Sete horas?!” Dimitri riu.

“Não é meio cedo para você?!” Ela riu.

“Nope! Eu não tenho costume de acordar tarde e me ensinaram que para treinar é melhor bem cedo.” Eles riram e conversaram bastante. Adrian os ouvia e ficava cada vez mais e mais zangado. Ele estava louco de ciúmes e Lissa notou e sentou-se ao seu lado.

“Relaxa, primo. Quer vinho?” Ele assentiu. Ela voltou com o vinho e ele falou, apreciando o buquê.

“O Dimitri ta apaixonado por ela.” Lissa riu.

“E você ta com ciúmes! Ah, Adrian... A Rose é louca por você e só não está aqui ao seu lado porque você foi um cretino com ela. Eu sei o que houve no final do baile! Ela, inexplicavelmente me contou. Acho até que ela me contou porque não está falando com Mikail. Qual é o seu problema? Você não tinha o direito de magoá-la...”

“E eu piorei tudo. Ah... Liss... Como eu queria poder viver esse romance, mas...”

“Mas o quê? O que te impede?”

“Eu não sirvo para ela Lissa e tenho que me conformar com isso. Eu não posso prendê-la a mim... O que eu poderia oferecer a ela? A minha cegueira?! A minha eterna dependência?! Eu não posso fazer isso...”

“Você poderia oferecer o seu amor... O seu coração... Adrian, você tem que parar com essas idiotices e viver! Viver um grande amor... Sei lá, fazer tudo o que tem vontade! Você se entregou e resolveu que não pode fazer nada porque é cego, mas não é verdade, Adrian! Você pode fazer o que quiser, basta querer. Você pode ser feliz... Agora chega de choramingar. Vá ser feliz! Vá ficar com a pessoa que ama. Amar e ser amado, Adrian, é uma coisa rara! Aproveite!” Ela deu um beijo em sua testa, muito carinhoso e saiu o deixando ali com seus pensamentos. Lissa falou a ele quase que exatamente o que sua tia havia lhe falado. Ela havia chamado a sua atenção pelo que ele disse para Rose no baile. Ela havia ficado brava e não tinha gostado nada da tenacidade dele em insistir que ele não era digno de viver um grande amor. Ele ficou ouvindo a voz, a risada dela e de Dimitri. Aquilo quase o estava fazendo surtar de nervoso e ciúmes. Resolveu acabar com a festa.

“Dimka, será que você poderia me acompanhar até meu quarto? Estou cansado.” Disse tentando ficar calmo. Dimitri riu. Ele sabia o eu aquele cansaço repentino significava. Adrian, às vezes, parecia uma criança mimada. Se não tinha o que queria, emburrava.

“Tudo bem, Adrian, já vamos. Tchau Rose e até amanhã então. Às sete no ginásio?!” Ela riu.

“Sim. E se prepare para apanhar.” Eles riram.

“Veremos. Veremos!”

(*dois de paus = carta de baralho e na gíria, significa que a pessoa está parada completamente estática, sem esboçar qualquer reação.)


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Notas finais do capítulo

Reviews????
Bjs. R.I.



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