Little Lies escrita por yellowizz


Capítulo 7
Capítulo 7 - Segredos


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, reeditei esse capítulo porque achei que precisava de alguns retoques, mas nada muito novo. rs Boa leitura. :)



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Chega de mentiras perfeitas.

Desci pelo elevador e vi aquele segurança me esperando. Fomos até o táxi que nos esperava voltando para a Aleph Cosmetics.

Subi até o último andar e vi Chuck parado com uma cara de poucos amigos encostado à porta do meu escritório.

- Precisamos conversar. – ele disse sério enquanto eu abria a porta. – que depois do incidente com Peter, acabei trancando-a cada vez que saio – esperando Chuck adentrar o lugar e encostar-se à mesa.

- O que quer? – perguntei como se não soubesse.

- O que você pensa que está fazendo? Ou melhor! Onde você pensa que está Waldorf? – ele gritou, fazendo-me estremecer. Não demonstrei e também não disse nenhuma palavra. – Eu vou perguntar uma vez e quero uma resposta convincente. – ele passou a mão pelo rosto parecendo procurar a pergunta correta. – Aonde você foi?

- Não interessa. – provoquei-o, ah, como eu adorava fazer isso.

- Não? Você tem certeza que não? – ele debochou. – Você sabe o que acontecerá a todos nós se você for vista andando por ai? Você, Blair Waldorf está sendo procurada em cada canto dessa cidade! Idiota, se eles acharem você, será Peter que não irá descansar antes de achá-la. – ele abaixou a cabeça reprovando a minha atitude.

- E o que isso importa pra você? – questionei, vendo-o levantar os olhos direcionando-os a mim. Fora ele que me trouxe para cá, não foi? Então que agüente.

- O que isso importa? Eu te trouxe a cá para substituir Stella viva. E se você continuar assim, não durará muito tempo. – ele disse se aproximando.

- Iriam acabar comigo de qualquer jeito. – concluí.

- Isso não é verdade.

- Você não precisa mentir. Assim que Stella aparecesse, ela ocuparia o lugar dela, e eu? Acha que por eu saber de toda essa tramóia iriam me deixar sair ilesa? – eu ri.

Chuck não falou nada, ele sabia que isso era verdade. Sabia que eu estava certa. Mas o mais estranho foi a preocupação que eu vi em seus olhos quando ele os direcionou mais uma vez pra mim.

- Eu também não vou sair ileso dessa. – ele concluiu, colocando suas mãos nos bolsos. Não parecia triste, apenas um pouco pensativo.

- Então me ajude.

- Como?

Eu sabia que jamais deveria lhe contar o que me aconteceu nesta tarde, para o seu próprio bem. Mas afinal, se nos uníssemos, poderíamos acabar com o jogo de Peter e ambos sairmos sã e salvos disso tudo.

- Eu estava na Dálet agora. – vi seus olhos se estreitarem ao receber a informação. Antes que ele protestasse, eu prossegui. – Daniel Couper, presidente da empresa está com Stella. Eles dois me pediram ajuda para denunciar Peter.

- E eu. – concluiu.

- Eu só aceitei sobre a garantia de que deixariam você longe disso. – confessei, arrependendo-me logo após.

- E você acreditou neles? – ele riu, esfregando o polegar e o indicador no próprio queixo.

- Que opção eu teria? Já estou correndo um risco deixando você a par disso. – revirei os olhos indo até a minha mesa. – Me dê licença, eu preciso pensar em algo para resolver isso de uma vez por todas.

- Vamos pra casa. – ele disse olhando no relógio de pulso.

Assenti percebendo o quão exaustivo o dia havia sido. Apenas um dia nesta empresa e já estou com problemas demais. Fomos de limousine até a mansão, Chuck estava bebendo algo e eu acabei dormindo durante todo o trajeto. O carro estacionou fazendo-me acordar. Entrando na mansão o cheiro de comida que vinha da cozinha poderia muito bem ter-me feito seguir em frente até lá antes de subir as escadas à esquerda, porém a vontade de tirar aqueles sapatos dos pés estava ainda mais tentadora, me fazendo seguir a segunda opção.

Depois de tirar os sapatos e descer as escadas, Chuck me esperava no final com seu costumeiro sorriso de canto.

- Blair Waldorf andando de meias pela casa? – ele perguntou fingindo-se de espantado.

- Saltos são da porta para fora. – eu disse simplesmente, passando por ele e seguindo para a cozinha. Convenhamos, haja pernas que agüentem saltos o dia todo.

O cheiro de comida estava definitivamente muito tentador. A mulher que cozinhava deveria ser a nova empregada. Sentamos-nos à mesa de jantar como Chuck mesmo havia sugerido.

Enquanto comíamos minha mente vagava a procura de alguma ideia para derrubarmos Peter.

- Então, já sabe o que fazer? – eu sabia exatamente do que Chuck falava, mas não havia nada preparado.

- Não. – confessei.

- Deveria pensar em algo. – bebeu um pouco de vinho e continuou. – Antes que Peter pense em algo para você.

- O que ele disse? – perguntei.

Chuck voltou seus olhos para o prato.

- Nada com o que deva se preocupar. – dizendo isso, levantou-se da mesa e subiu as escadas. Eu fiquei ali, terminando o jantar e pensando nas últimas palavras do Bass.

Já fazia um bom tempo que eu estava rolando de um lado a outro na cama sem conseguir pregar os olhos. A voz de Chuck quase gritando ao telefone estava me incomodando, eu estava tão irritada a ponto de mandá-lo calar a boca. Saí do quarto indo em direção ao dele que ficava duas portas a frente.

Pus a mão na fechadura, tentada a abri-la estupidamente. Mas pensei por um momento o quão tola poderia ser essa atitude. Ouvi Chuck mais uma vez falar em voz alta no celular, colei meu ouvido à porta tentando entender a conversa.

- Eu não vou fazer isso. – ele dizia mantendo sua voz firme. Fez-se um silêncio enquanto a pessoa do outro lado da linha falava, pelo que imaginei.

- Se não o fizer, Bass, estará tudo arruinado.

- Esqueça Peter. Sua ideia estúpida só trará mais problemas. – Então era com Peter Willans que Chuck falava. Silêncio mais uma vez.

- A menos que ela peça demissão, o plano ainda está de pé.

- Acha que Stella* pediria demissão a um cargo que sempre quis? Até mesmo o Sr. Boughest irá duvidar disso.

- Seria mais inteligente de sua parte preocupar-se em fazer Blair convencer o Sr. Boughest de sua demissão do que tentar protegê-la.

- Não é sobre proteger a Blair e sim a nós mesmos.

- Nada de sentimentalismos agora, Chuck. O que me interessa são os negócios. Siga o meu plano e então tudo será resolvido.

- Não. Definitivamente isso está fora de questão.

- Em um dia apenas nessa empresa, essa garota estragou tudo! Acabe com ela ou o plano B será você!

- Droga! – ouvi o barulho de algo sendo jogado ao chão. Deduzi ser o celular. Ele estava bravo, mas nem o seu mau humor me impediu de entrar no quarto ligeiramente e tirar a limpo o que eu acabara de ouvir.

- O que está fora de questão? – perguntei vendo Chuck virar-se em minha direção ainda com uma mão massageando a sua testa.

- Não me diga que estava ouvindo a conversa atrás da porta.

- Parece justo eu ficar sabendo de alguns segredos seus também. – entrei e fechei a porta, encostando-me em seguida atrás dela.

- Não estamos lidando com justiça. Ao contrário. Não estou sendo justo nem comigo mesmo. – aproximou-se, colocando suas mãos nos bolsos e um costumeiro sorriso de canto na boca. Percebi que sua última frase referia-se a correr um risco e contrariar o plano de Peter.

- Sugiro que seja. Ou acabaremos juntos a sete palmos abaixo da terra. – falei mostrando um sorriso vitorioso no rosto pela belíssima conclusão.

- Não pense nisso.  – ele disse envolvendo minha cintura, me puxando para próximo do seu próprio corpo. Chuck depositava beijos por meu pescoço. Involuntariamente, deixei minha cabeça pender pra o lado oposto dos seus beijos num pedido silencioso para que continuasse. Eu deveria estar furiosa por ele ter fugido do assunto, não deveria? Quando senti que o aperto em minha cintura se intensificou enquanto ele depositava uma trilha de beijos do meu pescoço até a minha bochecha, soube que a resposta para a pergunta anterior era não. Nossos olhares se cruzaram tão intensos e visivelmente cheios de desejo. Chuck abaixou seu olhar, mirando agora meus lábios. E como eu previa, capturo-os, juntando nossos corpos tanto quanto ainda fosse possível e caminhou até a cama, virando-me de costas para ela. Senti que minhas pernas bateram na beirada, fazendo-me perder o controle e cair sentada, com Chuck ainda me beijando tão avassaladoramente e caindo sobre mim, sem deixar o seu próprio corpo pesar. Seus beijos desceram para o meu colo e suas mãos ágeis tratavam de retirar a minha blusa. Seus toques sobre a minha pele descoberta me provocavam arrepios. Afastou-se de mim, olhando-me com aqueles olhos estupidamente indescritíveis, sorriu de canto ao perceber o efeito que me causava. Tratei de arrancar-lhe a camisa, estourando um ou dois botões, eu precisava senti-lo também, deslizar minhas mãos por seu corpo tão bem delineado e arranhar-lhe as costas enquanto sentia sua mão apertar agora a minha coxa, movimentando seu polegar pela parte interna dela. Confesso que as sensações eram absurdamente maravilhosas, e Chuck parecia estar satisfeito também. Cedi às suas carícias e incrivelmente deixei minha cabeça longe de qualquer problema.

* Stella que ele se refere nessa frase é a verdadeira, porque ela não pediria demissão por um cargo que sempre gostou e foi competente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, não fiz nada muito forte, mas acho que deu pra ter um gostinho do primeiro momento mais hot deles, certo ? haha, enfim, é isso. Reviews please. *-*



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