Little Lies escrita por yellowizz


Capítulo 6
Capítulo 6 - Nova oferta.


Notas iniciais do capítulo

Dois capítulos seguidos (5 e 6) aproveitem, haha, boa leitura. (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/127113/chapter/6

Escolha o lado bom e fique com metade dele.

Saí da cafeteria e voltei para o meu escritório olhando para todos os lados a procura de Peter, ele não poderia me ver sozinha por ai ou sabe se lá o que seria capaz de fazer. Entrei e tranquei a porta, encostando-me nela logo após.

Olhei de relance para a minha mesa e vi alguns papéis que não me recordo de ter deixado-os ali. Aproximei-me e peguei o papel em minhas mãos, correndo os olhos pela folha percebi que eram “informações sobre Stella?” pensei.

Li as informações diversas vezes, e no final havia um recado escrito à mão.

Nós já sabemos sobre você, Blair. Mas podemos evitar um escândalo se você vir até a Dálet e fazer-nos um favorzinho. Até logo. E não traga o seu namoradinho.” Ass: Sr. Daniel Couper.

“Que droga de convite é esse?” pensei. “Por que me queriam na empresa concorrente?”

Coloquei os papéis na primeira gaveta da mesa que era trancada, joguei a chave na última gaveta e saí, cuidando a cada passo para que nenhum dos dois me visse. Passei pela porta da empresa e enquanto procurava um táxi, vi dois brutos-montes me seguirem. 

- Aonde vai, Srta? – um deles me perguntou já segurando discretamente meu braço. 

- Eu preciso sair certo? É um caso de vida ou morte! – dramatizei tentando convencer um deles que estava me segurando.

- As ordens que recebi foram bem claras, não pode sair da empresa sem a presença do Sr. Bass. – disse ele segurando já o microfone que tinha pendurado na orelha e direcionado à boca.

- Ok, espere! – eu disse segurando o microfone. – Venha comigo então.

- Isso não me foi permitido.

Droga, como eu vou convencê-lo?

- Certo, eu não vou fugir. Eu não quero fugir. Só preciso concertar as coisas. Se você não colaborar comigo agora, uma hora ou outra eu vou tentar sair por ai e vai ser bem pior do que agora, certo? – sorri.

- Ande logo. – ele disse olhando por cima dos ombros, para certificar-se de que ninguém nos havia visto saindo da empresa.

Entramos em um táxi e seguimos até a Dálet.

Entrei discretamente na empresa sendo seguida pelo guarda-roupas que chamam de segurança. Assim como na Aleph, as pessoas ficavam olhando pra mim, algumas sorrindo na recepção da empresa. Pelo que percebi, não seria difícil chegar até o Daniel.

- Espere aqui, ou não poderei resolver o que preciso. – disse baixinho para o segurança.

- Estou de olho. – ele avisou.

Revirei os olhos e subi com o elevador. Como eu havia imaginado o escritório de Daniel também era no último andar. Saí do elevador e logo uma garota aparentando ter seus vinte anos, cabelos curtinhos e pretos, veio correndo em minha direção.

- Srta. Stella, o seu café está no seu escritório. Espere. A Senhorita não tinha uma reunião com o Sr. Daniel à meia hora atrás? – ela perguntou me encarando. Evitei como pude de que ela me olhasse diretamente, talvez percebesse alguma diferença com a original Stella.

- Sim, estou indo pra lá. – disse saindo rapidamente do campo de visão da garota e seguindo por um corredor à esquerda. Onde uma plaqueta indicava “Presidência”. Quase corri até lá. Bati incessantemente na porta até que ela se abriu.

- Parece que a nossa convidada chegou, Stella. – ele disse olhando novamente para dentro da sala. Pelo que percebi, Daniel era quem havia atendido a porta, de terno e gravata, cabelo curtinho e com os seus quase trinta anos, talvez. – Seja bem-vinda, Waldorf. – então ele sabia mesmo de tudo.

Assenti sorrindo cinicamente e adentrando o cômodo. Sentada na ponta da mesa da presidência estava Stella. Olhamos-nos surpresas pela semelhança inegável entre nós duas.

- Uau, ela se parece mesmo comigo. – disse Stella me olhando de cima a baixo. – Incrível. Eles fizeram uma cópia perfeita, não? – agora ela olhou pra Daniel que já havia se sentado na cadeira atrás da mesa. Eu estava já cansada de toda essa comparação e olhos que vinham em mim e voltavam na conversa deles.

- Vamos direto ao assunto, o que querem de mim? – perguntei fazendo-os olhar em minha direção.

- Acalme-se, Srta. Waldorf, não é nada demais. – ele disse sentando-se na mesa ao lado de Stella. - Precisamos que você denuncie o Peter Willans.

- Não é o suficiente. Sem provas eu não posso nada. – falei mostrando o óbvio.

- Então consiga provas.

- De que? – tentei parecer confusa.

- Você sabe muito bem do que estou falando. Roubo de identidade, suborno, seqüestro... – engoli em seco. Se eu o denunciasse, Chuck estaria envolvido em tudo também. Cúmplice. Mas por que eu me importo tanto?

- Se não o fizer...? – perguntei.

Ele levantou-se e veio andando em minha direção. Mantive minha postura ereta enquanto esperava sua resposta.

- Não queremos nada de violência, certo? Apenas seremos justos. Você me ajuda e eu salvo a sua pele, ou recusa e eu dou um sumiço no seu namoradinho.

- E o que me garante de que se eu denunciar Peter, vocês não entregarão Chuck?

- Não precisamos garantir nada. A escolha é sua. – disse ele pegando uma mexa do meu cabelo e olhando para Stella.

- Pense bem, Blair. Não queremos que ninguém saia machucado, apenas esperamos que Peter pague pelo que está fazendo. – disse a loira sentada ainda na ponta da mesa.

- Chuck está dentro disso, mas não parece. – falei referindo-me a ele ter me defendido de Peter, mesmo quando eu havia estragado os planos dos dois.

- Na verdade Chuck está nisso acidentalmente. – ela falou relembrando. – Peter e eu tínhamos um caso, mas quando ele começou a me colocar dentro de seus planos ilegais para ficar no topo da empresa, eu desisti de tudo e desapareci. Nós estávamos discutindo, então Chuck apareceu e ouviu toda a conversa. Depois disso, ele foi obrigado a guardar o segredo sobre o golpe para tomar a presidência. Peter queria acabar com o Sr. Boughest e eu o impedi. Então aparentemente sem emprego, procurei Daniel que então me convidou para trabalhar na sua empresa, e eu aceitei. – ela disse olhando para o presidente.

- E como ficaram sabendo sobre mim? – perguntei.

- Acabamos descobrindo que Peter Willans havia encontrado Stella. Mas como a verdadeira sou eu, notamos que tudo não se passava de uma farsa para que ninguém o culpasse do desaparecimento. Nós saímos juntos no último dia que eu trabalhei lá, e todas as pessoas viram. Então nas próximas semanas eu sumi e ele estava sendo apontado como culpado. A polícia estava seguindo seus passos cautelosamente até “Stella” reaparecer. – ela disse fazendo aspas com os dedos.

- Deixem Chuck fora disso e eu ajudarei vocês. – eu disse decidida, mas confusa por nem ao menos saber por que eu havia deixado Chuck de lado, afinal, fora ele que me trouxera para todo esse problema.

- Certo. E mantenha esse segredo só entre nós. – Daniel disse enquanto eu saía do escritório.

Eu deveria ter imaginado que meu trabalho no meio desse rolo todo não seria apenas vender alguns cosméticos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que será que Blair vai fazer para conseguir provas contra Peter sem comprometer Chuck? Segredo. Beijinhos e comentem.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Little Lies" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.